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CARBOIDRATOS PROF.ª MSCª ACIDÁLIA CARINE VIEIRA SANTOS CARBOIDRATOS • São as moléculas mais abundantemente encontradas • Importante forma de armazenamento de energia (reserva): Vegetais (Amido) e Animais (glicogênio) • Desempenham funções ESTRUTURAIS E METABÓLICAS • Alguns carboidratos podem diferir da estrutura geral (pode ter outros grupamentos além do C, H e O) Sulfatos, Amina e Amida • São Carbonos hidratados (CnH2O)n Maioria dos carboidratos possuem esta estrutura geral Cn(H2O)n n≥ 3 NOMENCLATURA • Tipos de Carboidratos A nomenclatura será realizado a partir do NÚMERO DE AÇUCAR e pelo GRUPAMENTO QUIMICO • Quanto ao número de Carboidratos ( Nº C) Monossacarídeos Dissacarídeos Trissacarídeos Oligossacarídeos (são polímeros de açúcar que contêm entre 5 e 20 unidades de monossacarídeo Polissacarídeos (são polímeros de açúcar que contêm mais de 20 unidades de monossacarídeo) NOMENCLATURA • 2 Grupos Químicos (monossacarídeos) Grupamento Aldeídos Poliidroxialdeídos Grupamentos cetonas Poliidroxicetonas Poliidroxi = Varias hidroxilas REGRA PARA NOMENCLATURA DOS CARBOIDRATOS 1. Sufixo inicial Aldo ou Ceto 2. Sufixo da quantidade de carbono 3. Sufixo “ose” terminação da maioria dos carboidratos 1C = Mono 2 C = Di 3 C = Tri ..... 5 C = Penta.... EXEMPLO DE NOMENCLATURA 1. Aldo 2. Hexo 3. Ose Aldoexose ( Glicose) 1 2 3 4 5 6 IMPORTANTE Os átomos de carbono ligados aos grupos hidroxila estão ligados aos centros quirais, originando muitos estereoisômeros, que são açúcares encontrados na natureza. Esse estereoisomerismo é biologicamente importante porque as enzimas que agem sobre os açúcares são absolutamente estereoespecíficas Todos os carboidratos, MENOS AS DIIDROXICETONAS, apresentam carbonos simétricos (Quírais), apresentando formas isoméricas ópticas. O número de isômero = 2n n = numero de carbonos assimétricos Enantiômeros são dois isômeros ópticos diferentes CICLIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS • Em solução aquosa, as aldotetroses e todos os monossacarídeos com cinco ou mais átomos de carbono no esqueleto ocorrem predominantemente como estruturas cíclicas (em anel). • O grupo carbonil está formando uma ligação covalente com o oxigênio de um grupo hidroxila presente na cadeia • Torna a estrutura mais estável FORMAÇÃO DESSAS ESTRUTURAS EM ANEL • É formada pela reação geral entre álcoois e aldeídos ou cetonas • Esta reação forma derivados chamados de HEMIACETAIS OU HEMICETAIS CARBONO ANOMÉRICO • É o carbono da carbonila que participa da reação de ciclização do carboidrato • Pode assumir duas conformações: Alfa (α - ) Beta (β -) As conformações Alfa e Betas pode interferir nas reações com as enzimas, que geralmente só consegue degradar os carboidratos com conformação é α – 1,4. OS MONOSSACARÍDEOS SÃO AGENTES REDUTORES • Os monossacarídeos podem ser oxidados por agentes oxidantes como o íon cúprico (Cu21) • A glicose e outros açúcares capazes de reduzir o íon cúprico são chamados de açúcares redutores • É baseada na reação de Fehling, teste semi-quantitativo para avaliar a presença de açúcar redutor, que por muitos anos foi utilizado para detectar e dosar níveis elevados de glicose em pessoas com diabetes melitos LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS • São dois ou mais monossacarídeos unidos covalentemente • É formada quando um grupo hidroxila de uma molécula de açúcar, normalmente cíclica, reage com o carbono anomérico/anoméricos ou anoméricos/não anoméricos • Classificam os tipos de sacarídeos de acordo com o numero de ligação ( dissacarídeos, trissacarídeos, .... Oligossacarídeos e polissacarídeos) NOMENCLATURA DO POLISSACARÍDEO 1. Dar a configuração (α ou β) do carbono anomérico que une a primeira unidade de monossacarídeo (à esquerda) com a segunda. 2. Identificar o resíduo não redutor; para distinguir entre estruturas em anel de cinco (furano) e seis membros (pirano) no nome. 3. Indicar entre parênteses os dois átomos de carbono unidos pela ligação glicosídica, usando uma seta para conectar os dois números por exemplo, (1 → 4) mostra que o C -1 do resíduo de açúcar nomeado primeiramente está unido ao C - 4 do segundo. 4. Identificar o segundo resíduo. Se houver um terceiro resíduo, descrever a segunda ligação glicosídica seguindo as mesmas convenções. OBS: Os carbonos anoméricos podem se ligar através de ligações glicosídicas para formar carboidratos compostos. POLISSACARÍDEOS • Podem ser chamados de Glicona • São carboidratos que possuem vários monômeros ligados entre si ( mais de 20 carboidratos ligados entre si) • Classificados: Homopolissacarídeos: Único carboidrato ligado entre si Heteropolissacarídeos: Dois ou mais tipos de carboidrato distintos ligados HOMOPOLISSACARÍDEOS E HETROPOLISSACARÍDEOS • Podem serde dois tipos: Ramificados Não-ramificados FUNÇÃO DOS CARBOIDRATOS 1. POLISSACARÍDEOS COM FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO • Os principais Polissacarídeos são o Amido (Vegetal) e Glicogênio (Animal) • Amido: È um polímero de glicose que pode ocorrer de dois tipos: Amilose: Cadeia longa não ramificada (α 1→4) Amilopectina: Cadeia longa ramificada (α 1→4 / (α 1→6) AMILOSE • A enzima α –amilase quebra a cadeia na região α 1→4 • Uma única ponta redutora • Uma unica região não redutora • Libera glicose para produção de energia AMILOPECTINA • A enzima α –amilase quebra a cadeia na região α 1→4 • A enzima α 1→6 glicosídase quebra a região da cadeia α 1→6 • Uma única ponta redutora • Varias regiões não redutora • Libera glicose para produção de energia GLICOGÊNIO É um polímero de glicose semelhante a amilopectina, porém possui um maior numero de ramificações Possui um único ponto redutor Alto numero de pontos não redutores Assume esta forma de granulo para que a pressão osmótica dentro da célula não seja grande ( devido ao auto numero de moléculas de glicose que está ligada) Glicogenina 2. POLISSACARÍDEOS COM FUNÇÃO ESTRUTURAL • Os principais Polissacarídeos são o Celulose, Quitina e Pepitidoglicano • Celulose: É um homopolissacarídeos de glicose unido através da ligação β 1→4 As enzimas humanas não consegue hidrolisara ligação β 1→4 , porém os ruminantes possuem enzimas capazes de degradar esta ligação QUITINA É um homopolissacarídeos linear composto por resíduos de N-acetil glicosamina unidos através da ligação β 1→4 Esqueleto dos principais artrópodes e não são degradas pelas α - amilases PEPTIDOGLICANO • É um heteropolissacarídeo da parede de bactérias composta de 2 carboidratos distintos combinado com aminoácido 3. POLISSACARÍDEOS COM FUNÇÃO DE TRANSPORTADORES DE INFORMAÇÃO • Fornecem comunicação entre as células e a matriz extracelular circundante; • Sinalizam proteínas para o transporte e a localização em organelas específicas, ou para degradação, quando a proteína é malformada ou supérflua; • Atuam como pontos de reconhecimento para moléculas de sinalização extracelulares (fatores de crescimento, por exemplo) ou parasitas extracelulares (bactérias e vírus). • São chamados de POLISSACARÍDEOS CONJUGADOS (Glicoproteínas e Glicolipídios), Pois os carboidrato que carrega a informação está covalentemente ligado a uma proteína ou lipídeo POLISSACARÍDEOS CONJUGADOS • São oligossacarídeos específicos ligadas a componentes da membrana plasmática formam uma camada de carboidratos (o glicocálice) • São componentes centrais para reconhecimento e adesão entre células, migração celular durante o desenvolvimento, coagulação sanguínea, resposta imune, cicatrização de ferimentos e outros processos celulares. POLISSACARÍDEOS CONJUGADOS • Eles se localizam nas membranas biológicas São formadas por uma bicamada de lipídios, na qual estão inseridas diversas proteínas, por esta razão a membrana é dita LIPOPROTEICA. • São componentes centrais para reconhecimento e adesãoentre células, migração celular durante o desenvolvimento, coagulação sanguínea, resposta imune, cicatrização de ferimentos e outros processos celulares POLISSACARÍDEOS CONJUGADOS • Componente lipídico (bicamada de lipídeos) Principalmente Fosfolipídeos • Componente proteico (proteínas inseridas na bicamada) Proteínas Periféricas Proteínas Integrais • Componente glicídico (carboidratos) Porção de carbohidratos dos glicolipídeos e glicoproteínas, constituindo o glicocálix GLICOSAMINOGLICANOS • São heteropolissacarídeos extracelulares nos quais uma das duas unidades de monossacarídeo é um ácido urônico (o queratan-sulfato é uma exceção) e a outra é um aminoaçúcar N-acetilado. EXEMPLO DE POLISSACARÍDEOS CONJUGADOS • PROTEOGLICANOS: São macromoléculas da superfície celular ou da matriz extracelular nas quais uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos sulfatados estão covalentemente unidas a uma proteína de membrana ou a uma proteína secretada A cadeia de glicosaminoglicano pode ligar-se a proteínas extracelulares por meio de interações eletrostáticas entre a proteína e os açúcares negativamente carregados do proteoglicano. São os principais componentes de todas as matrizes extracelulares. EXEMPLO DE POLISSACARÍDEOS CONJUGADOS • GLICOPROTEÍNAS: Possuem um ou alguns oligossacarídeos de complexidades variadas, unidos covalentemente a uma proteína. Comumente encontradas na superfície externa da membrana plasmática (como parte do glicocálice), na matriz extracelular e no sangue. Podem ser encontrado nas células em organelas específicas, como: aparelho de Golgi, grânulos de secreção e lisossomos. EXEMPLO DE POLISSACARÍDEOS CONJUGADOS • GLICOESFINGOLIPÍDEOS: São componentes da membrana plasmática nos quais o grupo hidrofílico da cabeça é um oligossacarídeo. Servem como pontos específicos para o reconhecimento por lectinas. O cérebro e os neurônios são ricos em glicoesfingolipídeos, que auxiliam na condução nervosa e na formação da mielina.
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