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Propedêutica do Aparelho Respiratório 2Aual 18 24.03.2021 Dr.Caio Lamunier Propedeutica Clínica Congestão Pulmonar A congestão pulmonar revela disfunção diastólica do VE, na aula ocorre aumento da pressão diastólica final do VE, agravada pela insuficiência mitral frequentemente encontrada na CMDI, ambas aumentando a pressão dentro do átrio esquerdo e nas veias pulmonares e acarretando extravasamento de líquido nos alvéolos e, consequentemente, graus variados de dispneia. Relaciona-se congestão e hiperemia pois ambos causam o aumento do volume sanguíneo local, contudo, seu mecanismo que leva a cada uma delas é diferente. A hiperemia é um processo ativo que é causado por vasodilatadora neurogênico, metabólicos ou inflamarias que levam a uma vasodilatação arteríolas e influxo de sangue oxigenado. Já a congestão, é um processo passivo que resulta do efluo venoso reduzido, tanto loca, quanto sistêmico é que leva um acúmulo de sangue pouco oxigenado na região; devido a isso, a congestão leva a uma coloração arroxeada (cianótico). Pode estar presente na IC ou em uma obstrução venosa. Congestão Crônica localizada - Efeitos de longa duração Ex.: insuficiência venosa crônica - IMAGEM: coloração mais castanho escuro, mais espessada, com veias varicosas. Congestão Crônica Sistêmica: Insuficiência cardíaca - Fígado em “noz moscada” Necrose de zonas centrolobulares do fígado que não mais sensíveis a infecções. MACROSCOPIA: zona centrolobular com coloração mais escurecida e deprimida. - siderófagos pulmonares Ocorre com maior frequência na ICC , TEP e pneumonia Pulmão molhado, expansibilidade normal, frêmito normal ou aumentado devido a vibração da água; na percussão será som claro pulmonar, murmúrio vesicular presente pois entra ar nos alvéolos. Como haverá líquido no parênquima pulmonar fazendo o som de estertores finos (abertura do alvéolo). A congestão pulmonar aguda ocorre o congestionamento dos capilares alveolares, cursando com edema septal alveolar (aumento da pressão hidrostática) e hemorragia intra-venosa focal. Já na congestão pulmonar crônica, os septos alveolares estão espessados e fibróticos, devido aos processos de inflamação crônica e cicatrização, e nesses casos os alvéolos costumam apresentar macrófagos carregados de hemossiderina (células da insuficiência cardíaca). Consolidação Pulmonar A consolidação pulmonar é definida como a substituição do ar dos alvéolos por líquido, células ou a combinação destes dois. Nos exames radiológicos estás alterações se caracterizam por imagens opacas, causando apagamento dos vasos pulmonares, sem perda significativa de volume do segmento afetados os limites são mal definidos, exceto quando estas lesões alcançam a superfície pleural. Brônquios aerados no interior das consolidações são chamados “broncogramas aéreos”. A ocupação de alvéolos pode decorrer de sangue, pus, água, proteína e células. As lesões pulmonares com padrão alveolar (consolidação) podem ser agudas ou crônicas. Lesões agudas são: pneumonia, edema pulmonar, hemorragia pulmonar, aspiração. Causas crônicas: neoplasias, pneumonia em organização, pneumonia eosinofílica crônica, protreinose alveolar. IMAGEM: Corte de tomografia computadorizada mostra consolidação em lobo superior esquerdo. As setas vermelhas mostram os broncogramas aéreos, a verde aponta para o limite cissural e a seta amarela mostra a interface mal definida entre o pulmão normal e lesado. Ocorre em maior frequência em pneumonias, TEP, TB e tumores. Processo inflamatório grande e ter extravasamento de líquido intra alveolar com vasodilatação formando uma consolidação grande em uma região. Cavitação Pulmonar A lesão pulmonar cavitária é uma área pulmonar preenchida por ar no centro de um nódulo ou área consolidada, identificada habitualmente pela radiografia de tórax ou tomografia computadorizada. Vários agentes infecciosos e não infecciosos têm sido implicados como seus possíveis precipitantes. Neoplasias e Infecção são as duas causas mais comuns nos adultos. Dentro das causas infecciosas menos frequentes é o Haemophilus influenza. Condições como tabagismo, alcoolismo, idade avançada, diabetes mellitus, doença pulmonar crónica ou doença hepática são factores de risco. Nos TCs do tórax, nota-se cavitações, no lobo superior direito, de paredes espessas, rodadas por halo periférico de densificação em vídeo despolido do parênquima e densifacação reticular do interstício, e tem um nível hidro-aéreo no interior, uma área de densificação do parênquima que pode já esboçar incipiente cavitação ao nível do segmento apical do lobo inferior esquerdo. Sendo mais comum na tuberculose, maior frequência de fazer cavitações no ápice do lobo superior direito, pois é a região que tem mais ar e apresenta uma temperaria mais baixa. Ocorre também em pneumonia necrotisante, tumores e na evolução bronquiectasias (fechamento brônquico, deixa de ventilar essa área, fazendo um processo necrótico formando a cavitação. Os principais sintomas são tosse produtiva, vômito, halitose e febre eventual. Exame físico: - Percussão: normal ou timpânico. - Traquéia: sem desvio. - Ruídos adventícios: nenhum - Ruídos respiratórios: normais ou reduzidos; - FTV e Sons vocais: aumentados Essa linha reta significa que há um nível hídrico, há líquido dentro dessa cavitação. ÷ ↳ Atelectasia A atelectasia, ou colapso, ocorre devido à hipovemtilação dos pulmões. Pode envolver todo o pulmão ou um lobo, segmento ou subsegmento. A atelectasia pode ser causada por obstrução intrínseca de uma via aérea ou compressão externa dos linfonodos, massas parenquimatoso ou outras entidades. Quando os pulmões são atelectasiados, a desproporção ventilação-perfusão causa hipoxemia. A infecção pode resultar em atelectasia sustentada. As bases pulmonares e os segmentos posteriores são vulneráveis à atelectasia dependente, que é causada por ventilação inadequada, principalmente em pacientes imobilizados ou no pós-operatório. A atelectasia esparsa é causada por processos de enchimento alveolar, tais como hemorragia e edema. A atelectasia passiva, de relaxamento, ou compressiva ocorre quando o pulmão retrai-se a um volume menor devido a líquido ou ar no espaço pleural adjacente. A atelectasia obstrutiva ou reabsortiva se deve ao bloqueio brônquico na entrada de ar, resultando em consolidação retrátil. A obstrução intrínseca das vias aéreas pode ser causada por tampões mucosos, corpos estranhos ou tumores. A obstrução extrínseca das vias aéreas resulta da sua compressão devido ao aumento de tamanho dos linfonodos ou outras massas que incidem sobre as vias aéreas. A atelectasia redonda é causada pelo espessamento pleural que se invagina e aprisiona o pulmão adjacente. Qualquer doença pleural crônica pode causar atelectasia redonda, principalmente doença pleural relacionada ao amianto. É tipicamente assintomática e diagnosticado no estudo de imagem do tórax, mas pode causar dispneia e Taquipnéia e resultar hipóxia. Em pacientes no pós-operatório, a atelectasia pode ser uma das causas de febre baixa. A radiografia simples de tórax apresenta perdido volume pulmonar e deslocamento da fissura lobular, do mediastino ou do diafragma para o pulmão acometido. Comum em BCP, BCE, obstrução por secreção (DPOC), Tumores, corpo estranho e incubação seletiva. Bronquíolo obstruído e tudo a jusante não ficou ventilado Branco -> atelectasia Pulmão não está sendo ventilado Percussão: normal ou submaciço. Traqueia: desviada para o mesmo lado. Ruídos respiratórios: reduzidos ou ausentes Ruídos adventícios: nenhum FTV e sons vocais: diminuídos Derrame Pleural É uma condição em que há excesso de líquido na cavidade pleural, devido a um desequilíbrio na taxa normal de produção, absorção ou ambos. O líquido pleural normal é de 12 ml em cada hemotórax, com um fluxo de 05 ml/h entreprodução/absorção, com cerca de 2-3 g/dL de proteína. O DP pode ser unilateral ou bilateral. Ele pode ser suspeitado pelo exame físico ou ser um achado em um exame de imagem, sendo classificado em transudato (não inflamatório e não infeccioso) ou exsudato (inflamatório ou infeccioso). O aumento da pressão hidrostática faz com que o líquido dentro do vaso saia e vá para dentro do interstício ou pleura. Para esse líquido voltar para dentro do vaso, será a pressão coloidosmotiva. Pacientes em desnutrição ou que está perdendo proteínas apresentará um desequilíbrio entre essas duas forças que mantém o líquido dentro do vaso. Dentro da pleura parietal que existe o sistema linfático que irá drenar esse excesso de líquido que naturalmente é produzido pela diferença de pressão. Principais causas: Se o paciente for jovem, permear em tuberculose, se for mais idoso, pensar em câncer. A ↳ . c. ) I Na história clínica, são indícios de acometimento pleural: tosse, febre, dispneia e dor torácica, tipicamente ventilatório- depemdemte, de moderada a forte intensidade, relativamente bem localizada. Ao exame físico, os achados são encontrados nas bases pulmonares (dependentes da gravidade): diminuição de elasticidade e expansibilidade no hemitórax afetado, frêmito tóraco-vocal diminuído ou ausente, atrito pleural, submacicez à percussão e diminuição ou ausência de murmúrio vesicular. Entretanto, o paciente pode ter DP e não ter nenhum sintoma pleural nem ter ausculta pulmonar anormal. Portanto, a propedêutica pulmonar normal não descarta um DP. O diagnóstico pode ser feito através de exame de imagem como raio x, ultrassonografia e tomografia. Duas superfícies pleuras, ou serosas, separam os pulmões da parede torácica: pleura visceral e pleura parietal. Entre as pleuras existe um espaço pleural, ao qual, apresenta líquido pleural seroso. A pleura visceral não apresenta inervação sensitiva, mas a pleura parietal é rica em nervos (N.frênico e NN.intercostal).Consegue-se enxergar uma opacidade do hemitórax acometido, sinal do menisco Linha de líquido ei Na TC, nos dá visibilidade para checar a área cardíaca, o espessamento pleural, se há massa contralaterral Outros exames são a toracocentese (retira liquido pleural para a analise) e biopsia pleural (analise do liquido e analise histopatologia). Peurite: irritação da pleural parietal provoca dor pleurítica à inspiração profunda na pleurite viral, na pneumonia, na embolia pulmonar, na pericardite, no pneumotórax e nas colagenoses. Dispneia e dor toracica PODEM SER TRANSUDATOS, ENCONTRADOS NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, CIRROSE E SÍNDROME NEFRÓTICA PODEM SER EXSUDATOS, OBSERVADOS EM NUMEROSAS CONDIÇÕES, INCLUSIVE PNEUMONIA, NEOPLASIA MALIGNA, EMBOLIA PULMONAR, TUBERCULOSE, PANCREATITE, LESÃO DO DUCTO TORÁCICO (QUILOTORAX). DERRAMES GRANDES PODEM DESLOCAR O MEDIASTINO PARA O LADO OPOSTO O SE POSSÍVEL, DEVEM SER PUNCIONADOS PARA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO no local do derrame Ou ausente Percussão: maciça a submaciço Traqueia: desviada para o lado oposto Ruídos adventícios: nenhum, exceto atrito pleural Ruídos respiratórios: reduzidos ou ausentes FTV e sons vocais: diminuídos (mas pode estar aumentados na parte superior de um derrame volumoso). Pneumotórax É definida como a presença de ar livre acumulado no espaço pleural, resultante da ruptura de uma ou de ambas as pleuras, ou ainda, proveniente da formação de gases no interior da cavidade pleural devido à fermentação pútrida de ampliemas. O aspecto radiológico mais importante de um pneumotórax é uma linha ou borda pleural visceral convexa ou reta na direção da parede torácica e produzindo uma separação transparente da pleura visceral e parietal. Na maioria dos casos, nenhuma estrutura vascular pulmonar é visível além da pleura visceral. Em radiografias de tórax em posição vertical, o ar é basicamente encontrado no espaço pleural apicolateral. Não há necessidade de radiografias de tórax expirarorias para detectar pneumotórax pequenos já que todos são visíveis no filmes inspiratórios. Em radiografias de tórax em posição supina, o ar pleural acumula-se em uma localização infrapulmonar, delineando o susto costofrênico, formando o sinal do sulco profundo. Um pneumotórax hipertensivo leva a um desvio acentuado do mediastino para o lado contralateral e ao achatamento ou inversão do hemidiafragma ipsilateral. O pneumotórax reduz os volumes pulmonares, a complacência pulmonar e a capacidade de difusão. As consequências dependem do tamanho do acometimento, da presença ou não de estado hipertensivo e da condição pulmonar prévia. a hipoxemia arterial geralmente ocorre quando há colapso de 50% ou mais do parênquima pulmonar, já que persiste a perfusão de áreas mal ventiladas e gerando, consequentemente, efeito shunt. Se o pulmão contralateral é nomal, a hipoxemia é transitória à medida que a perfusão do pulmão colapsado diminui. Pneumotórax espontâneo geralmente ocorre com o paciente em repouso, raramente durante o exercício. Dor torácica aguda e ipsilateral e dispneia são os sintomas mais frequentes. A intensidade da dispneia depende do tamanho do pneumotórax, da velocidade de acúmulo do ar e da reserva cardiopulmonar do paciente. Paciente com hidropneumotórax espontâneo hipertensivo. Radiografia do tórax mostra atelectasia completa do pulmão esquerdo com um pneumotórax grande e um nível hidroaéreo basal esquerdo. O paciente tinha tuberculose primária. : No exame físico, o que cjama atenção no PEP é a diminuição ou abolição do MV e frêmito tóraco-vocal. A expansibilidade torácica está localmente diminuida, com tapanismo à percussão. Em alguns casos, podemos encontrar aumento da frequência cardiaca que, associado à cianose e hipotensão arterial, nos faz suspeitar de pneumotórax hipertensivo. O diagnoticos pode ser feito através da historia e pelo exame físico, mas a confrimação é feita por exames de imagem. O exame de imagem mais utilizado é a radiografia convencional de tórax. A imagem caracteriza uma faixa de ar sem marcas vasculares entre a parede torácica e/ou diafragma e a pleura visceral. Já no TC de tórax, além da demonstração radiologia do pneumotórax, pode demonstrar a presença ou não de bolhas apicais subpleurais, suas dimensões, disposição anatômica e da existência ou não de doença contralateral. O PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO É UMA EMERGÊNCIA MÉDICA, POIS PODE DESLOCAR OS VASOS DA BASE E PROVOCAR PARADA O TAMBÉM DESLOCA O MEDIASTINO PARA O LADO OPOSTO O NÃO É NECESSÁRIO NENHUM EXAME COMPLEMENTAR O TRATAMENTO IMEDIATO: PUNÇÃO NO 2º EIC, LINHA HC O TIRADO O PACIENTE DA EMERGÊNCIA, DRENA-SEPercussão: hipersonoridade/hiperressonte Traqueia: desviada para o lado oposto Ruídos adventícios: nenhum (exceto atrito pleural) Ruídos respiratórios: diminuídos ou ausentes FTV e sons vocais: diminuídos a ausentes Referencias I. 1 .
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