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@veterinariando_ •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·• ·•·• Algodão •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·• ·•·• Formas de utilização do algodão na nutrição animal: 1. Retirada da pluma do algodão – oferecido ao animal caroço + linter 2. Caroço de algodão – prensado para a retirada do óleo 3. Torta de algodão – é o produto presando resultante do caroço 4. Farelo de algodão – é o produto resultante do prensado e da extração química da torta de algodão Fatores antinutricionais • Ácidos graxos ciclopropenóides – são encontrados no óleo contido no caroço de algodão. Causam a diminuição da fertilidade em touros devida à alteração sobre a cauda dos espermatozoides, aumento do diâmetro do lúmen dos túbulos seminíferos e do tamanho das células de Sertoli • Gossipol – pode ser toxico para suínos e aves. Os sintomas incluem dispneia, diminuição da taxa de crescimento, anemia e anorexia, danos causados principalmente, no fígado e no coração. o Gossipol é um pigmento polifenólico de cor amarela, tóxico, antioxidante e antipolimerizante, produzido em glândulas localizadas nas raízes, folhas, caule e sementes do algodão e pode afetar também na fertilidade dos animais de produção como bovinos • É utilizado sais de ferro para diminuir a toxidez do gossipol de algodão, sendo o sulfato ferroso (FeSO4) o mais utilizado. O FeSO4 reage com o Gossipol formando um complexo ferro-gossipol, o qual diminui a toxidez da substância. • Grande parte do gossipol é removido durante a manufatura da torta de sementes de algodão na fase de cozimento, mesmo assim podem ser encontradas as formas “Livres” e “conjugadas” do gossipol • É recomendado adicionar sulfato de ferro, oxido ou hidróxido de cálcio a dieta contendo caroço de algodão, para neutralizar os efeitos do gossipol • A peletização contribui para diminuir o potencial de toxicidade do gossipol, pois o calor úmido provoca modificação em suas propriedades • Os microrganismos do rúmen promovem a destruição do gossipol – mais indicado para vacas adultas e machos em fase de terminação • Altas temperaturas – o processamento do farelo diminui o gossipol livre • O cozimento do farelo de algodão a 100ºC durante 10min em calor úmido reduz em 44% o nível de gossipol livre • Inclusão de sulfato ferroso, oxido e hidróxido de cálcio que se ligam ao gossipol caroço de algodão • Após a retirada da pluma do algodão • A composição bromatológica vai depender da variedade do algodão e impurezas na semente • Nível moderado de proteína, alta gordura, fibra e energia – pode ser encontrado com linter ou deslintado (maior energia e proteína) • Deve ser armazenado em lugar limpo e seco – devido a grande quantidade de óleo • Gossipol – fator anti-nutricional • Não usar para monogástricos • Não usar para reprodutores • Não usar para bovinos jovens • Possui alto teor de óleo • Limitar até 10-15% da ração • É rico em fosforo e pobre em lisina, triptofano, vitamina D e pró-vitamina A Farelo de algodão • É obtido após a separação da casca e extração do óleo e depois é moído • É considerada a segunda fonte mais importante de proteína disponível para alimentação animal • Farelo de algodão (2% de óleo) – após esmagamento e extração por solvente, moído e/ou peletizado • Torta ou torta gorda (5% de óleo residual) apenas esmagamento (usada esmagada, moída e peletizada) • O teor de proteína bruta depende da quantidade de casca incluso no produto final e varia de 28% a 38% de proteína bruta • Atualmente há relatos de algodão existente no mercado são desgossipolizados (teor de gossipol inferior a 0,04%) RESTRIÇÕES DE USO o Aves poedeiras podem consumir até 3% da ração o Suínos podem consumir até 5% da ração – são animais mais sensíveis o Coelhos são animais sensíveis o Bovinos adultos não há restrições e animais jovens de 10 a 15% da ração o Sempre se atentar a presença de gossipol o Odor na carne •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·• ·•·• Farelo de canola •·•·•·•·•·•·•·•·•·••·•·•·• ·•·•·•·• • A canola (Brassica napus L.) é uma oleaginosa que foi desenvolvida a partir do melhoramento genético da planta denominada Colza • A canola tem elevado teor de óleo • Grande quantidade de ômega-3 e gorduras monoinsaturadas – rica em ácidos graxos essenciais – oleico e linoleico e baixo teor de gordura saturada • O farelo é subproduto obtido por meio da extração do óleo da semente da canola • Dependendo da extração: pode ter farelo de canola com alto teor de óleo ou com baixo teor de óleo • A canola possui mais matéria seca do que o farelo de soja, além disso possui maior número de aminoácidos sulfurados, extrato etéreo, fibra bruta, cálcio e fósforo total e vitaminas do complexo B (colina, niacina, tiamina, riboflavina, ácido fólico e biotina) FATORES LIMITANTES o Possui alto teor de glucosinolatos que limitam a produção de hormônios da tireoide, podem afetar o fígado o Presença de ácido fitico o Presença de tanino cerca de 1,5 a 3% que promovem um sabor mais amargo (menor consumo) e limita a digestibilidade o Presença de sinapina cerca de 0,6 a 1,8% - resulta num cheiro ruim de peixe em ovos de galinhas o Limite: ➢ Por segurança inclui até 10% para frangos e poedeiras ➢ Até 8% para leitões ➢ Para bovinos não tem restrições – pode substituir parcialmente o farelo de soja – 25% em vacas leiteiras ➢ Suínos e aves é recomendado cerca de 1/3 do peso do farelo •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·• ·•·• Farelo de girassol •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·• ·•·• • Girassol (Helianthus annuus L.) • Óleo de girassol é a quarta fonte de óleo vegetal mais consumida • 400 a 500kg de óleo/tonelada de semente • Subprodutos: casca (200 a 250kg) e farelo (350 a 400kg) • O gossipol e ácido clorogenico é semelhante ao tanino, age inibindo as proteases e promovem um menor digestibilidade e menor aproveitamento das proteínas • É necessário a suplementação de metionina e lisina RESTRIÇÕES o Grandes variação nos estudos e variação das amostras o Para monogástricos – possui alto teor de fibra, baixa energia metabolizável e custo, é necessário a suplementação com óleo e lisina o Gossipol e ácido clorogenico – fatores antinutricionais •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·• ·Farelo proteinoso de milho ·•·•·•·•·••·•·•·•·• ·•·•·• • Conhecido pelo nome comercial que é Refinazil ou Promil • É a parte fibrosa obtida após a remoção da maior parte do amido, do gérmen e do glúten na industrialização do milho • É uma excelente fonte de proteína (proteína não degradada no rúmen) • Possui baixo teor de amido e alto teor de fibra (baixo risco de acidose) • É menos palatável RESTRIÇÕES o Não há restrições para ruminantes o Frango de corte até 5% da ração – altos teores de fibra (limita a utilização nas rações para aves) o Suínos – possui boa aceitação, porém tem baixa palatabilidade e é necessária a suplementação de aminoácidos essenciais o Possui vida útil de 6 meses, sendo comercializado nas formas de farelo ou peletizado •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·• ·•·• Farinha de glúten 60 •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·•·•·• • Conhecida pelo nome comercial Protenose (RMB) ou Glutenose 60 (Cargill) • Farinha de glúten de milho 60 é o produto obtido a partir da remoção da maior parte do amido, do gérmen e das porções fibrosas na industrialização do milho • Proteína de alta digestibilidade – 60% de proteína bruta, alto teor de metionina e AGI e baixa lisina • Rico em energia, xantofila e beta caroteno (cor amarelada na gema) • Ração de aves, pets, suínos e ruminantes •·•·•·•·•·•·•·•·• ·••·•·•·•·•·• ·•·• Resíduos de destilaria •·•·•·•·•·•·•·•·•·••·•·•·•·•·•·•·• • Conhecido como DDG e WDG (dried distillersgrains e wet distillers grains) • São obtidos por meio da indústria do etano por meio do milho • Durante o processo de fabricação do etanol, o material fermentado passa por uma etapa de secagem, dando origem ao DDG e quando retirado antes da fase de secagem temos o WDG • WDG – deve ser utilizado até 3 a 4 dias • Apresentam elevada fibra digestível e a maior parte da sua proteína não é degradável no rúmen (PNDR) • Para cada tonelada de milho processada são produzidos, na média, 300kg de DDG, 430 litros de etanol e 15 litros de óleo • Produto que possui alto teor de proteína bruta cerca de 30% - (aas – podem degradar com aquecimento) • Maior teor de PNDR (até 2,6x) que o farelo de soja • Monitorar contaminantes como micotoxinas e microbiológicos • Alto teor de amido que promove energia • Possui alto teor de fosforo – sempre balancear com cálcio (2:1) LIMITAÇÕES o Suínos ➢ Creche – até 30% ➢ Crescimento e lactantes – até 50% ➢ Incluir enzimas para digestão das proteínas o Aves ➢ Fase inicial – 6% ➢ Crescimento – 12 a 15% ➢ Poedeiras – até 15% o Bovinos ➢ Boa palatabilidade ➢ Até 30% de DDG no concentrado
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