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Amebíase - Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar

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Amebíase - Entamoeba histolytica
INTRODUÇÃO 
As amebas são protozoários que se locomovem 
através de expansões da membrana plasmática 
denominadas pseudópodes e possuem várias 
espécies que podem ser encontradas no homem, 
como Entamoeba histolytica, E. hartmani, E. 
dispar, E. coli, Endolimax nana, Indamoeaba 
butschlli, Diantamoeba fragili e Entamoeba 
gingivalis. 
Entre essas espécies a E. gingivalis vive na 
cavidade bucal, as demais vivem no intestino 
grosso, mas apenas a E. histolytica pode ser 
patogênica em algumas situações causando a 
amebíase. Ressalta-se que a presença das amebas 
é um indicativo de precariedade sanitária. 
MORFOLOGIA 
A Entamoeba histolytica pode se apresentar de 
duas formas: trofozoíto ou cisto. 
TROFOZOÍTO 
O trofozoíto é a forma ativa. Possui: 
 Núcleo com cariossoma central e 
cromatina regular; 
 endoplasma; 
 ectoplasma; 
 pseudópode. 
 
 
CISTO 
O cisto é a forma de resistência da Entamoeba. 
Possui: 
 Até 4 núcleos com cariossoma central e 
cromatina regular; 
 corpo cromatóide (forma de bastão); 
 parede cística. 
 
BIOLOGIA 
Hábitat: intestino grosso. 
Formas invasivas: pulmão, fígado, rim, cérebro 
e outros órgãos. 
Locomoção: pseudópodes. 
Alimentação: fagocitose, pinocitose e transporte 
de membrana. 
Reprodução: divisão binária (trofozoítos) e 
múltipla (cisto). 
CICLO BIOLÓGICO 
 Ingestão do cisto maduro. 
 No estômago, a membrana cística é 
digerida, liberando uma forma 
citoplasmática contendo quatro núcleos 
(metacisto – forma intermediária entre o 
cisto e trofozoíto); 
 O trofozoíto é formado quando cada 
núcleo se junta com uma porção do 
 
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citoplasma. Assim, um cisto forma quatro 
trofozoítos. 
 No intestino grosso os trofozoítos se 
multiplicam por divisão binária. 
 Próximo da Entamoeba ser eliminada, 
vira cisto com um núcleo (pré-cisto), que 
amadurece formando quatro núcleos e é 
eliminado nas fezes. 
Pode haver casos da Entamoeba atingir outros 
tecidos, causando uma amebíase 
extraintestinal. 
 
TRANSMISSÃO 
A infecção acontece através da ingestão do cisto 
maduro que pode ser transmitido por forma direta 
ou indireta. 
Forma direta: rota fecal-oral. 
Forma indireta: 
 Alimentos infectados por eliminador de 
cisto; 
 alimentos regados por água contaminada 
ou adubo contaminado; 
 água poluída com cisto; 
 vetores mecânicos. 
PATOGENIA 
A Entamoeba causa efeito letal direto nas células 
intestinais devido à forte adesão a elas e produz 
enzimas proteolíticas, destruindo essas células e 
pode afetar camadas mais internas, chegando a 
atingir vasos sanguíneos e invadir outros órgãos 
como: fígado, pulmão, cérebro, pele, ânus, 
vagina. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
A amebíase pode ser assintomática (geralmente 
infectados por Entamoeba dispar) ou sintomática. 
Na sua forma sintomática, ela pode ser intestinal 
ou extraintestinal. 
AMEBÍASE INTESTINAL 
Caracterizada por quadros como: 
 Colites não disentéricas (quadros leves); 
 colites amebiana (quadros graves); 
 amebomas (processos inflamatórios 
intensos no intestino grosso); 
 apendicite amebiana; 
 complicações: perfuração intestinal, 
peritonite, hemorragias. 
COLITES NÃO DISENTÉRICAS 
Causadas geralmente pela E. dispar. 
Caracterizada por: 
 2 – 4 evacuações por dia, diarreicas ou 
não; 
 fezes moles, pastosas, as vezes com muco 
e sangue 
 cólicas na porção superior do abdômen; 
 alternância com períodos silenciosos. 
COLITES AMEBIANAS 
São as formas mais graves, causadas por E. 
histolytica. 
Caracterizada por: 
 8 – 10 evacuações por dia; 
 fezes diarreicas mucosanguinolentas; 
 
3 
 cólicas intensas; 
 prostração e grave desidratação; 
 perfuração no intestino. 
AMEBÍASE EXTRA INTESTINAL 
Caracterizada por quadros como: 
 Amebíase hepática; 
 Amebíase cutânea; 
 outros órgãos como: pulmão, cérebro, 
pele, fígado, baço, rim. 
A forma mais comum é a hepática, caracterizada 
por dor, febre e hepatomegalia. O abscesso 
hepático é comum e sua ruptura pode causar 
complicações que podem invadir outros órgãos 
como pulmão e coração. 
DIAGNÓSTICO 
As formas de diagnosticar a Entamoeba são: 
Exame parasitológico de fezes (indicado para a 
amebíase intestinal), através da coleta em dias 
diferentes, uma vez que, a Entamoeba não libera 
cistos todo dia. 
Para a amebíase extraintestinal são recomendados 
exames imunológicos e exames de imagem como 
por exemplo: tomografia computadorizada, 
ultrassonografia, ressonância magnética, 
radiografia, colonoscopia. Pode haver também a 
punção do abscesso hepático, entretanto, não é 
indicado devido ao risco de aumentar a chance de 
ruptura. 
EPIDEMIOLOGIA 
No mundo cerca de 480 milhões de pessoas estão 
infectadas, em que 10% possuem formas 
invasivas da doença. 
No Brasil, a maioria das pessoas são 
assintomáticas e possuem colite não disentérica, 
com exceção da região amazônica. 
É frequente em adultos, alguns profissionais são 
mais atingidos, como os que trabalham com 
coleta de lixo. Está presente também em animais 
como cães, porcos, macacos. Os portadores 
assintomáticos são a principal fonte de 
contaminação. E o cisto dura até vinte dias no 
ambiente. 
PROFILAXIA 
 Engenharia e educação sanitária; 
 exames frequentes nos manipuladores de 
alimentos; 
 lavar e tratar alimentos crus; 
 tratamento dos infectados; 
 combate aos vetores mecânicos. 
TRATAMENTO 
Os fármacos utilizados no tratamento da amebíase 
são: 
METRONIDAZOL 
Amebíase intestinal: 500 mg, 4 vezes ao dia, 
durante 5 a 7 dias; ou 
Amebíase hepática: 500 mg, 4 vezes ao dia, 
durante 7 a 10 dias. 
TINIDAZOL 
Amebíase intestinal: dose oral única diária de 2 g 
por 2 a 3 dias. Ocasionalmente, quando as três 
doses únicas diárias forem ineficientes, o 
tratamento pode ser continuado por até 6 dias. 
Amebíase extra intestinal: dose única diária de 
2g durante 3 dias consecutivos. 
SECNIDAZOL 
Amebíase intestinal: 2 comprimidos de 1000 mg 
(2000 mg), em dose única. 
Amebíase hepática: 1,5 g/dia a 2,0 g/dia durante 
5 a 7 dias. 
NITAZOXANIDA 
Um comprimido (500 mg), duas vezes por dia a 
cada 12 horas.

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