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PROVAS DISCURSIVAS => PAGINAS 1 A 10 PROVAS OBJETIVAS => PAGINAS 11 A 52 APOLS => PAGINAS 53 A 77 TODAS AS AULAS => PAGINAS 78 EM DIANTE Em processos de refrigeração, diferencie arrefecimento de resfriamento e de congelamento. 1 A redução da temperatura de uma substância até a temperatura ambiente é chamada de arrefecimento, enquanto a sua diminuição até sua temperatura de congelamento é denominada resfriamento. O congelamento desta substância ocorre se a temperatura for reduzida abaixo da sua temperatura de congelamento. Quando avaliamos os sistemas térmicos, é muito importante verificarmos a eficiência das fontes de energia. Muitas vezes, estas fontes baseiam-se em processos de combustão e a escolha do combustível mais apropriado é de extrema relevância. Frente a isto, quando uma substância é considerada combustível? Qual a importância de verificarmos a temperatura de fusão das cinzas em combustíveis líquidos e sólidos? 2 Combustível é a substância que, ao reagir com um agente oxidante (comburente), libera energia suficiente para seu aproveitamento na forma de calor e/ou trabalho. A temperatura de fusão das cinzas: importante para verificação de depósitos de cinzas nos equipamentos devido a sua solidificação na superfície. Considere o ciclo que descreve um processo industrial de geração de energia elétrica, onde uma turbina a gás utiliza como combustível gás natural. Calcule o rendimento térmico do processo. 3 Trabalho consumido pelo compressor (1-2) W12=C.(T2-T1)= 0,3023(160-26)= 40,51 kJ/kg Trabalho efetuado pela turbina (3-4) W34=C.(T3 - T4 )= 0,3198(800-650)= 47,97 kJ/kg Calor inserido no sistema pelo queimador (2 -3) Q23 C(T3-T2)=0,3283(800-160)= 210,11 kJ/kg Eficiência térmica do processo Η ={[Wlíquido]/Qentra} * 100=(47,97-40,51)*100/210,11=3,55% O motor quatro tempos é utilizado principalmente em caminhões e carros, pois apresenta um ganho considerável de potência em relação ao motor dois tempos devido à combustão ser realizada em intervalos de giros. Esse tipo de motor completa um ciclo a cada quatro cursos do pistão. Descreva os quatro tempos que constituem o funcionamento deste motor. 4 O primeiro tempo (admissão) inicia-se com o pistão no PMS, com o movimento descendente e com a abertura da válvula de a admissão. A mistura ar/combustível (para motor Otto) ou o ar (para motor Diesel) é admitido. No segundo tempo (compressão), o pistão sobe com as válvulas fechadas, comprimindo o fluido admitido na câmara de combustão. Nos motores a diesel, o combustível é adicionado no fim dessa etapa. No terceiro tempo (explosão), ocorre a ignição e a expansão dos gases da queima, o que provoca a descida do pistão do PMS ao PMI. Essa etapa é a única que transmite trabalho ao pistão. Os gases da queima são comprimidos e descartados no quarto tempo, quando o pistão sobe e a válvula de escapamento se abre. O motor quatro tempos é utilizado principalmente em caminhões e carros, pois apresenta um ganho considerável de potência em relação ao motor dois tempos devido à combustão ser realizada em intervalos de giros. Esse tipo de motor completa um ciclo a cada quatro cursos do pistão. Quais são os processos termodinâmicos que constituem os ciclos Otto e Diesel ideais para este tipo de motor? No que se diferenciam? 5 Compressão isometrópica; Aquecimento isocórico da mistura gasosa; CICLO OTTO: é composto pelos seguintes processos: Discursiva _Jun/18_01 Página 1 de Sis. témicos e Energéticos Aquecimento isocórico da mistura gasosa; Expansão isoentrópica; Rejeição isocórica de calor para o meio externo. Compressão isometrópica; Aquecimento isobárico; Expansão Isoentrópica; Rejeição isocórica de calor para o meio externo. CICLO DIESEL: é composto pelos seguintes processos: A diferença está nas condições termodinâmicas do aquecimento, que é o volume constante no ciclo OTTO e a pressão constante no Ciclo DIESEL. Defina 1º Lei da Termodinâmica. 6 Também conhecida como Princípio da Conservação da Energia, esta lei afirma que a energia não pode ser criada ou destruída, somente transformada. Na consideração mais simples, somente para energia térmica, a soma do trabalho (W) realizado ou recebido por um sistema e do calor (Q) trocado por ele é igual a sua variação de energia interna (U). Ou seja, Ou seja, Ou seja, Q + W = ΔΔU Defina 2º lei da Termodinâmica e Entropia. 7 Esta lei relata que os processos ocorrem espontaneamente em uma determinada direção, sendo necessário realizar um gasto energético para forçar a operação contrária. É o caso do fluxo de calor de um objeto quente para outro mais frio. Esta questão de irreversibilidade do sistema é mensurada por uma grandeza chamada Entropia, a qual mede a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho em transformações termodinâmicas. Para processos naturais e em sistemas isolados, a Entropia sempre aumenta e é máxima quando o sistema se encontra em equilíbrio. Defina lei Zero da Termodinâmica?8 Também conhecida como Princípio do Equilíbrio Térmico, define que quando dois corpos de temperaturas diferentes estão em contato, calor fluirá do corpo mais quente para o corpo mais frio até que a temperatura dos dois corpos seja a mesma. Da mesma forma, se dois corpos estiverem em equilíbrio com um terceiro, estarão em equilíbrio entre si, ou seja, com a mesma temperatura. Em psicométrica, defina temperatura de boldo Seco (TBS) e temperatura de Bulbo úmido (TBU)?9 TBS é a temperatura indicada por um termômetro comum. TBU é a temperatura indicada por um termômetro que possui seu bulbo envolto de uma manta absorvente molhada, como tecido ou algodão, por exemplo. A evaporação da água acarreta a diminuição da temperatura medida. Descreva o Ciclo Termodinâmico de Carnot?10 O ciclo de Carnot considera uma sequência de transformações gasosas reversíveis frente a duas fontes térmicas. Quanto maior a temperatura da fonte quente, maior é o rendimento da máquina operando neste ciclo, desde que a substância se comporte como um gás ideal . O ciclo de Carnot é composto por duas transformações isotérmicas, durante os processos de expansão e compressão do gás, intercaladas com transformações adiabáticas. O ciclo de Carnot considera uma sequência de transformações gasosas reversíveis frente a duas fontes térmicas. 11 Expansão isotérmica, expansão adiabática, compressão isotérmica, compressão adiabática. Quando estudamos transformadores termodinâmicos, aplicamos constantemente os diagramas de fases. O que são estes diagramas? quais as principais variações relacionadas? Qual a finalidade destes diagramas? 12 Os diagramas de fases são gráficos que correlacionam duas variáveis independentes das substâncias puras. As variáveis mais utilizadas são a temperatura e a pressão. Nesses diagramas, é possível verificar as linhas de equilíbrio entre as fases, as quais representam as condições em que ocorrem as mudanças de fases Considerando os processos de combustão utilizados como fonte de energia, qual tipo de combustível (gasoso, liquido ou solido) possui maior dificuldade de queima ? Porque qual a consequência? 13 Excesso é maior para os sólidos e menor para os gases, pois quanto mais difícil for a queima, maior a quantidade de ar necessária para completar a combustão Página 2 de Sis. témicos e Energéticos Diferencia caldeira Flamobubular de caldeira Aquatubular. Qual tipo é o mais utilizado? Porque?14 Nas flamotubulares, os gases quentes passam por dentro de tubos banhados externamente pela água a ser aquecida e evaporada. As caldeiras aquatubulares, neste tipo de caldeira, a água circula por dentro dos tubos e o gás de combustão por fora. A circulação da água pode ocorrer por convocação natural, como consequência da variação de densidade entre a água líquida e o vapor, ou convecção forçada. As caldeiras aquatubulares, são as mais utilizadas, tendo maior flexibilidadetanto em relação à quantidade de vapor produzido, quando na pressão de operação O que é turbina a Gás? Descreva seu Funcionamento.15 A turbina a gás (TG) é definida como uma máquina térmica que utiliza a energia termodinâmica contida nos gases de combustão, para produção de trabalho mecânico ou propulsão. Esse equipamento fornece trabalho de forma contínua, sem apresentar movimentos alternativos, como nos motores, e com elevada confiabilidade. Tem a vantagem de ser leve e compacto, tendo em vista a alta potência, e tem alguma flexibilidade em relação ao tipo de combustível (embora menor que a turbina a vapor). Durante sua operação, a temperatura na câmara eleva-se muito, por isso, é necessário resfria-la. O processo de partida e parada é bastante lento, levando-se em consideração sua elevada inércia. O que é turbina a Vapor? Descreva cada um dos seus componentes de acordo com suas funções?16 A turbina a vapor (TV) é uma máquina térmica que aplica a energia termodinâmica contida do vapor para produção de trabalho mecânico. Esse trabalho é transmitido por intermédio de um eixo para um compressor, uma bomba ou um gerador de eletricidade, por exemplo, nos quais o consumo de energia é muito elevado para utilização de motores elétricos ou à combustão interna. As principais partes de uma turbina a vapor são: a carcaça, os mancais, o rotor e as palhetas. A carcaça é o “casco” da turbina, responsável por conter todo o conjunto rotativo e acondicionar os bocais de entrada e saída do vapor. O rotor é composto pelas palhetas – transformam a energia do vapor em trabalho – e pelo eixo – responsável pela transmissão do torque. Esse conjunto é “encaixado” na carcaça inferior e suportado pelos mancais. As palhetas são projetadas para apresentarem pressões diferentes nas duas faces. Essa diferença de pressão tem como consequência uma força resultante que gira o eixo. A quantidade de rodas (conjunto de palhetas instaladas no mesmo ponto) define se a turbina é simples (uma única roda), dupla (duas rodas) ou múltipla (mais rodas). Em um motor Alternativo, a energia química é convertida em movimento mecânico por intermédio de um pistão. Em quais etapas do ciclo mecânico é realizado. 17 Injeção do combustível no cilindro.1 Compressão do combustível, consumindo trabalho.2 Queima do combustível.3 Expansão dos gases de combustão, gerando trabalho.4 Expulsão dos gases.5 Em um motor alternativo, a energia química é convertida em movimento mecânico por intermédio de pistões. Seu ciclo mecânico compreende: Calcule a relação Ar/combustível na combustão de 1Kmol de C3H8 e excesso de 15%.18 C3H8 + 502 > 3C02 + 4H2O Cada kmol de combustível consome 5kmol de O2 Massa de O2 = 5*32=160kg Massa de ar necessária = 160*100/23=695,6 kg Massa de combustível = 12*3+8 =44kg Proporção estequiométrica = 695,6/4415,8 kg de ar/kg de combustível Proporção com excesso de ar = 15,8*1,15 = 18,2 kg de ar/kg de combustível O ciclo de Carnot trabalha entre duas fontes térmicas; uma quente (temperatura de 50° C) e uma fria (temperatura de -50°C). Qual o rendimento desta maquina em percentual. 19 TF= -50 + 273 = 223K TQ= 50 +273 = 323K n+ 1-TF/TQ = 1-223/323 = 0,31 = 0,31% Página 3 de Sis. témicos e Energéticos Tanto os fornos quanto as caldeiras utilizam o processo de combustão para seus funcionamentos. Diferencie estes dois equipamentos quanto a suas aplicações. 20 Os fornos são aplicados quando se necessita conservar calor em altas temperaturas com o objetivo de fornecer energia necessária à desumidificação, aquecimento e à realização de algumas reações. As caldeiras são equipamentos destinados a gerar vapor d’água através do calor liberado pela queima do combustível. Considerando os processos de combustão utilizados como fonte de energia, qual o tipo de combustível (Gasosos, liquido ou sólido) possui maior dificuldade de queima? porque? qual a consequência? 21 Combustível solido. O estado sólido dificulta a queima deste tipo de combustível. Leva a uma considerável quantidade de geração de resíduo sólido constituído de cinzas e carbono não queimado. Perda de energia com descarte de gases quentes pela chaminé.1 Perdas por radiação e convenção para o ambiente através do invólucro da caldeira e do isolamento térmico.2 Perda por radiação direta da fornalha quando é necessário abri-la constantemente para adição de combustível sólido. 3 Perdas por combustão incompletas ou combustível queimado.4 Perdas por calor sensível nas cinzas descartadas.5 Perda por energia gasta na vaporização da água contida no Combustível6 Perdas por descarte de água quente (purga) para desconcentração de praticados e sais.7 Perdas por operação intermitente (durante o processo de partida e parada há um gasto energético sem produção de vapor especificado). 8 Para avaliarmos o rendimento térmico de um equipamento a combustão podemos aplicar tanto o método direto, avaliando as energias contidas nos Fluidos de entrada e de saída, assim como pelos métodos indiretos, fazemos o levantamento do processo. Descreva 4 tipos de perdas consideradas pelos métodos indiretos. 22 Expansão adiabática (turbina).1 Troca de calor a pressão constante (condensador).2 Bombeamento adiabático (bomba).3 Troca de calor a pressão constante (caldeira).4 O Funcionamento de uma turbina a vapor pode ser representado pelo Ciclo Rankine. Quais transformações termodinâmicas constituem o ciclo ideal e a quais equipamentos elas se referem? 23 Diferencie cadeira Flamotubular de cadeira aquatubular. Qual é o mais utilizado? Porque?24 Nas flamotubulares, os gases quentes passam por dentro de tubos banhados externamente pela água a ser aquecida e evaporada. Os tubos são montados como um trocador de calor, com um ou mais passes. Como vantagem, atendem demandas variáveis de vapor, são de construção fácil e não necessitam de tratamento apurado de água; Na aquatubulara água circula por dentro dos tubos e o gás de combustão por fora. A circulação da água pode ocorrer por convocação natural, como consequência da variação de densidade entre a água líquida e o vapor, ou convecção forçada, com a utilização de uma bomba. As caldeiras aquatubulares são as mais utilizadas, tendo maior flexibilidade tanto em relação à quantidade de vapor produzido, quando na pressão de operação. A queima de combustível em foros e caldeiras é realizada na mamara de combustão. O que são e qual a função dos Queimadores ali instalados? 25 Queimadores são dispositivos usados para a queima de combustíveis líquidos e gasosos, tendo como função promover boa mistura entre o combustível e o comburente; pulverizar esta mistura e direciona-la parra a câmara de combustão e manter de forma continua e eficiente. Em um determinado momento, um psicrômetro instalado em Curitiba Indicava UR = 60% e TBU = 15 °C . Qual TBS é a temperatura de ponto de Orvalho (TPO) do ar neste momento? O que acontecerá se a temperatura ambiente for reduzida abaixo da TPO?. 26 Utilizando a carta psicrométrica (valores aproximados) TBS = 20°C e TPO = 10,8 °C Abaixo da TPO, a umidade relativa do ar ficara em 100% e haverá condensação de agua (como chuva ou orvalho, por exemplo). Em um determinado momento, um psicrômetro instalado em Camaçari indicava TBS = 35 °C e TBU = 27 Página 4 de Sis. témicos e Energéticos Em um determinado momento, um psicrômetro instalado em Camaçari indicava TBS = 35 °C e TBU = 30 °C . Qual a temperatura de ponto de Orvalho (TPO) do ar neste momento? O que acontecerá se a temperatura ambiente for reduzida abaixo deste valor?. 27 Avaliando os gases de combustão, como é possível verificar se a combustão está ocorrendo de forma completa ou não? Como se garante a combustão completa em processos Industriais? 28 Em processos de refrigeração, defina coeficiente de eficiência para qualquer ciclo termodinâmico e para o ciclode refrigeração Gurmet. 29 Página 5 de Sis. témicos e Energéticos Coeficiente de eficiência - Este parâmetro representa, para qualquer ciclo de refrigeração, a capacidade que a máquina térmica tem de retirar calor da fonte fria em relação a potência consumida pelo compressor.(cop) Carnot, baseando-se na reversibilidade dos processos. Com isso, este ciclo possui o maior rendimento possível e nenhuma outra máquina térmica que opere nas mesmas condições conseguirá rendimento maior. - Compressão por um compressor com entropia constante. - Recebimento isobárico de calor. - Expansão em uma turbina, com entropia constante. - Perda isobárica de calor. Equipamentos - Compressor, turbina, trocador de calor. Avaliando os gases de combustão, como é possível verificar se está ocorrendo de forma completa ou não? Como se garante a combustão completa em processos industriais? Uma indicação imediata de combustão incompleta é a coloração escurecida dos gases de combustão. Controle de um processo de combustão envolve a avaliação do ar adicionado em excesso para garantir a queima completa. Explique 2 modificações no ciclo rankine que podem levar ao aumento de sua eficiência. 1-Uma opção é a redução da pressão (abaixo da atmosférica) no condensador por meio do aumento do trabalho líquido. Essa condição é obtida ao reduzir a temperatura da água de resfriamento no trocador. 2-Outra possibilidade de aumento de eficiência é a elevação da pressão da caldeira, o que aumenta a temperatura de ebulição da água. Embora a energia adquirida pelo fluido na caldeira seja maior, essa manobra reduz o trabalho líquido na turbina, além de acarretar aumento da umidade do vapor e resultar na erosão das pás da turbina. Efeito do aumento da pressão da caldeira no ciclo Rankine. DEFINA A 3 LEI DA TERMODINÂMICA Esta lei especifica, pelo Princípio de Nernst, que a Entropia é nula quando o sistema se encontra no zero absoluto de temperatura, ocorrendo para todos os cristais perfeitos. Para outras substâncias, pode-se afirmar que a entropia é mínima em 0K e que em qualquer outra situação será sempre positiva. Diferencie Ua(umidade absoluta) e UR( umidade relativa) UA-é a quantidade mássica de vapor d’água da mistura em um determinado volume de ar úmido. UR-é a razão da pressão parcial do vapor d’água e a pressão de saturação, na mesma temperatura, normalmente expressa em porcentagem. 1 1. Considere as seguintes informações acerca do gráfico psicrométrico acima apresentado: Válido para pressão barométrica igual a 760 mmHg, em que entalpia é dada em kcal/kg de ar seco; Razão de mistura expressa em gramas de vapor de água por quilograma de ar seco; No eixo das ordenadas, à esquerda, a pressão de vapor é dada em mbar e em mmHg. Suponha um ar úmido à temperatura de bulbo seco igual a 30 ºC e temperatura de bulbo molhado igual a 15 ºC. A linha do vapor saturante, ou de saturação, a partir da qual é possível estimar a temperatura do termômetro de bulbo molhado corresponde à curva que indica umidade relativa de E - 100% Os segmentos OE e OG indicados no esboço da carta psicrométrica ilustrada acima representam, respectivamente, as seguintes propriedades: 2 B - umidificação sem aquecimento e resfriamento sensível. A figura abaixo ilustra o diagrama temperatura-entropia de um ciclo padrão a ar Brayton. Considerando que as entalpias nos pontos indicados no gráfico correspondem a h1 = 300 kJ/kg, h2 = 610 kJ/kg, h3 = 1300 kJ/kg e h4 = 650 kJ/kg, o rendimento térmico do ciclo é dado por 3 C - 49,3% Uma máquina térmica, que, em cada ciclo, realizasse trabalho positivo e liberasse energia em forma de calor sem nenhum consumo de energia violaria: 4 C - A primeira lei da termodinâmica A - Norma Regulamentadora NR - 13 trata de:5 A - Caldeiras e Vasos de Pressão; Objetiva 01 - Sis. térmicos e energéticos Página 1 de Sis. témicos e Energéticos Considere as seguintes informações acerca do gráfico psicrométrico acima apresentado: válido para pressão barométrica igual a 760 mmHg, em que entalpia é dada em kcal/kg de ar seco; razão de mistura expressa em gramas de vapor de água por quilograma de ar seco; no eixo das ordenadas, à esquerda, a pressão de vapor é dada em mbar e em mmHg. Suponha um ar úmido à temperatura de bulbo seco igual a 30 ºC e temperatura de bulbo molhado igual a 15 ºC. O ponto de estado para as condições de ar úmido descritas no texto apresenta razão de mistura, em gramas de vapor de água por quilograma de ar seco, aproximadamente igual a 6 C - 50 princípios básicos da refrigeração por compressão de vapor foram estabelecidos no século 19, e esta forma de refrigeração é quase universalmente adotada hoje em dia. Na sua forma mais simples, um sistema mecânico de refrigeração possui quatro componentes interligados: um evaporador, um compressor, um condensador e uma válvula de expansão. Muitos são os fluidos refrigerantes utilizados. Analise as alternativas abaixo e assinale a INCORRETA a respeito das propriedades dos refrigerantes; 7 Possuir um ponto de ebulição alto e baixo calor latente de vaporização. Os compressores utilizados em refrigeração são classificados em relação ao tipo de acoplamento do motor elétrico com o compressor em: 8 C - Herméticos e abertos O metano (CH4), também conhecido por gás dos pântanos, é produzido pela decomposição de compostos orgânicos, na ausência de oxigênio, por determinadas bactérias e consumido na própria atmosfera. Quando 5 mols de metano reagem com 3 mols de oxigênio, o número de mols de gás carbônico (CO2) liberados será igual a: 9 CH4 + 2 O2 > CO2+ 2 H2O B - 1,5 mol. Em uma carta psicrométrica, a umidade relativa indica:10 E - A porcentagem de umidade contida no ar, baseada na condição de saturação do ar. A função da válvula de segurança em caldeiras e vasos de pressão é:11 A - Promover o escape do excesso de vapor, caso a pressão máxima de trabalho permitida da caldeira venha a ser ultrapassada, e os outros dispositivos venham a falhar O rendimento de um ciclo de Rankine ideal simples pode ser aumentado pela(o) 12 A - Redução da pressão na seção de descarga da turbina As torres de resfriamento têm a função de: 13 C - Diminuir a temperatura da água utilizada no sistema. Em uma cozinha termicamente isolada, um refrigerador comum é ligado e sua porta deixada aberta. A temperatura da cozinha: 14 Página 2 de Sis. témicos e Energéticos da cozinha: D - Aumenta de acordo com a segunda lei da termodinâmica O coeficiente de eficiência em um ciclo de refrigeração saturado simples é definido como:15 D - A relação entre o calor absorvido pelo evaporador e o calor de compressão. Qual a função do compressor em um sistema de refrigeração?16 A - Succionar e comprimir o fluido na forma gasosa O hidrocarboneto n-octano é um exemplo de substância presente na gasolina. A reação de combustão completa do n-octano pode ser representada pela seguinte equação não balanceada: 17 C8H18 (g) + O2 (g) ? CO2 (g) + H2O (g). Após balancear a equação, pode-se afirmar que a quantidade de: Dados de massas molares em g/mol: C8H18 = 114, O2 = 32, CO2 = 44, H2O = 18. A - Gás carbônico produzido, em massa, é maior que a de gasolina queimada. Com relação à medição de umidade e aos instrumentos para realizá-la, assinale a opção correta. 18 E - Os procedimentos usualmente utilizados na medição de corrente elétrica também são utilizados na medição deumidade, desde que a grandeza umidade possa ser convertida em carga elétrica. Página 3 de Sis. témicos e Energéticos Objetiva 02 - Sis. Témicos e Energéticos Página 4 de Sis. témicos e Energéticos Página 5 de Sis. témicos e Energéticos Recorte de tela efetuado: 08/06/2018 22:36 Página 6 de Sis. témicos e Energéticos Página 7 de Sis. témicos e Energéticos Página 8 de Sis. témicos e Energéticos Página 9 de Sis. témicos e Energéticos Página 10 de Sis. témicos e Energéticos Página 11 de Sis. témicos e Energéticos Página 12 de Sis. témicos e Energéticos Página 13 de Sis. témicos e Energéticos Página 14 de Sis. témicos e Energéticos Questão 1/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Quando avaliamos as propriedades do ar úmido, a razão entre a massa de vapor d’água e a massa de ar seco chama-se: Nota: 20.0 A razão de mistura B umidade absoluta C umidade relativa D umidade específica Você acertou! Aula Teórica 2 Questão 2/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Um sistema formado por um gás ideal sofre uma transformação com as seguintes características: W= U Q = 0 Onde W é o trabalho realizado, U é uma variação da energia interna e Q é o calor fornecido ou absorvido pelo sistema. Estes dados permitem concluir que no processo houve uma transformação: Nota: 20.0 A adiabática B isobárica C isométrica D isotérmica E adiabática e isotérmica Δ Δ Você acertou! Aula Teórica 1 Não há troca de calor. Questão 3/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Qual é o volume, em ml, ocupado por 4 mol de um gás a 800 mmHg e 30 ºC? (Dado: R = 62300 mmHg . ml/mol . K)? Nota: 20.0 A 9438,45 B 1,223. 10 C 9345 D 9,43845 . 10 E 0,123 -1 4 Você acertou! Aula Teórica 1 n = 4 mol; T = 30ºC = 303K; P = 800 mmHg; V = ? P . V = n . R . T V = n . R . T P V = (4 mol) . (62300 mmHg . ml/mol . K) . (303 K) 800 mmHg V = 94384,5 l = 9,43845 . 10 ml4 Questão 4/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Qual definição abaixo descreve o líquido sub-resfriado: Nota: 20.0 A É a quantidade de vapor existente na mistura líquido-vapor em condição de saturação. B É o vapor na temperatura e na pressão de saturação. C É a substância que se encontra em temperatura inferior e/ou na pressão superior às de saturação. D É o vapor que possui menor pressão e/ou maior temperatura que as de saturação. E É o vapor altamente superaquecido e com estado de equilíbrio longe do de saturação. Você acertou! Aula Teórica 1 Questão 5/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Qual definição abaixo descreve um gás: Nota: 20.0 A É a quantidade de vapor existente na mistura líquido-vapor em condição de saturação. B É o vapor na temperatura e na pressão de saturação. C É a substância que se encontra em temperatura inferior e/ou na pressão superior às de saturação. D É o vapor que possui menor pressão e/ou maior temperatura que as de saturação. E É o vapor altamente superaquecido e com estado de equilíbrio longe do de saturação. Você acertou! Aula Teórica 1 Questão 1/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Qual a massa de vapor de água em uma sala de 75 m que contém ar a 25 C, 100kPa e 75% de umidade relativa? Nota: 20.0 A 1300 kg B 1,52 kg C 1520 g D 0,0013 kg E 1,3 kg 3 o Você acertou! Aula Teórica 2 - e-aula 1 UR = (P /P )*100 P @ 25 C = 0,03169 bar P = 0,75*0,03169 = 0,02377 bar = 0,02377*10 Pa = 2,377 kPa PV = nRT Pv = (R/MM)T v = (R/MMa)T /P v = (8314,6/18)*298/2,377 kPa v = 57,91 m /kg V = V /m m = V /v m = 75/57,91 = 1,3 kg v vs vs o v 5 v v v v v 3 v v v v v v v Questão 2/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos O processo representado pelo desenho abaixo, esboçando uma carta psicrométrica, caracteriza a operação de: Nota: 20.0 A Resfriamento simples B Resfriamento com secagem do ar C Umidificação simples D Aquecimento com secagem do ar Você acertou! Aula Teórica 2 Questão 3/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Qual propriedade do ar úmido é lida nas linhas representadas abaixo em uma carta psicrométrica? Nota: 20.0 A TBS B UR C TBU D volume específico E razão de mistura Você acertou! Aula Teórica 2 Questão 4/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos O processo representado pelo desenho abaixo, esboçando uma carta psicrométrica, caracteriza a operação de: Nota: 20.0 A Resfriamento simples B Resfriamento com secagem do ar C Umidificação simples D Aquecimento com secagem do ar Você acertou! Aula Teórica 2 Questão 5/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos “A diminuição da temperatura de uma substância até sua temperatura de congelamento” é a definição de: Nota: 20.0 A Refrigeração B Arrefecimento C Resfriamento D Congelamento Você acertou! Aula Teórica 3 Questão 1/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Uma determinada máquina térmica tem seu funcionamento regido por um ciclo composto por quatro etapas: expansão isobárica de A a B, expansão isotérmica de B a C, contração isobárica de C a D e compressão isométrica de D a A. Qual diagrama P x V corresponde a esse ciclo? Nota: 20.0 A B C D E Você acertou! aula teórica 3 Questão 2/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Em um sistema de refrigeração, a função do condensador é: Nota: 20.0 A elevar a pressão do fluido refrigerante, promovendo sua circulação no sistema B liquefazer o fluido refrigerante, retirando seu calor latente C retirar calor do meio a ser resfriado D despressurizar o fluido refrigerante da pressão de condensação até a de vaporização Você acertou! AULA TEÓRICA 3 Questão 3/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Em relação aos trocadores de calor utilizados nos sistemas de refrigeração, qual afirmação está incorreta? Nota: 0.0 A Os condensadores costumam utilizar água ou ar como fluido refrigerante. B Trocadores tipo placa podem ser utilizados tanto para evaporadores quanto para condensadores. C No evaporador seco o fluido refrigerante entra no evaporador de forma intermitente através de uma válvula de expansão, sendo vaporizado e superaquecido ao receber calor em seu escoamento dentro dos tubos. D Os condensadores evaporativos são constituídos por uma torre de resfriamento de tiragem mecânica, no interior da qual é instalada uma série de tubos, por onde escoa o fluído a ser refrigerado. aula teórica 3 Questão 4/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Em um sistema de refrigeração, a função do dispositivo de expansão é: Nota: 20.0 A elevar a pressão do fluido refrigerante, promovendo sua circulação no sistema B liquefazer o fluido refrigerante, retirando seu calor latente C retirar calor do meio a ser resfriado D despressurizar o fluido refrigerante da pressão de condensação até a de vaporização Você acertou! aula teórica 3 Questão 5/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos A gasolina, o etanol e o gás natural são os principais combustíveis utilizados em veículos de passeio no Brasil. Na combustão, a gasolina libera maior quantidade de monóxido de carbono, em comparação aos demais combustíveis, e, por conter resíduos de enxofre, libera também dióxido de enxofre. A combustão do gás natural, por sua vez, libera quantidades significativas de formaldeído. Monóxido de carbono, dióxido de enxofre e formaldeído são poluentes. Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa que apresenta somente afirmações incorretas. I. A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos líquidos, enquanto o etanol e o gás natural apresentam compostos que pertencem às funções orgânicas álcool e hidrocarboneto, respectivamente. II. Os três poluentes citados apresentam fórmula: CO, SO e HCHO, respectivamente. III. O formaldeído é o poluente responsável pela formação da chamada “chuva ácida”. IV. O CO , liberado como poluente somente na combustão da gasolina, é o principal responsável pelo efeito estufa. V. Gasolinae gás natural são combustíveis fósseis. Nota: 20.0 A I e III. B II e III. C III e IV. D II e IV. 2 2 Você acertou! Aula teórica 4 Questão 1/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Caldeiras a vapor são: Nota: 20.0 A equipamentos destinados produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo; B equipamentos destinados a produzir óleo sob pressão; C equipamentos destinados a consumir vapor; D equipamentos destinados a converter vapor em água. Você acertou! Aula teórica 4 Questão 2/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos A ordem numérica correta de preenchimento da segunda coluna é: Nota: 20.0 A 4 – 5 – 2 – 3 – 1. B 4 – 2 – 5 – 1 – 3. C 5 – 4 – 3 – 1 – 2. D 4 – 5 – 3 – 2 – 1. E 5 – 2 – 4 – 3 – 1. Você acertou! aula teórica 4 Questão 3/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Para otimização do processo de combustão, pode-se utilizar o recurso: Nota: 20.0 A aquecimento do ar de combustão. B resfriamento do ar de combustão. C aquecimento da água de alimentação. D resfriamento da água de alimentação. E aquecimento dos gases da chaminé. Você acertou! Aula teórica 4 Questão 4/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Fumaça preta (fuligem) expelida pela chaminé de uma caldeira indica que o processo de combustão está ocorrendo com Nota: 20.0 A falta de água no tambor da caldeira. B excessiva temperatura do combustível. C excesso de ar de combustão. D falta de ar de combustão. E falta de óleo no queimador. Você acertou! Aula teórica 4 Questão 5/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos O calor fornecido à água pode: 1 – aumentar a sua temperatura, mas mantendo-a no estado líquido; 2 – promover a mudança de fase do líquido para o vapor. Os tipos de calor citados são: Nota: 20.0 A 1 – Calor sensível e 2 – Calor sensível. B 1 – Calor latente de sublimação e 2 – Calor sensível. C 1 – Calor sensível e 2 – Calor latente de vaporização. D 1 – Calor latente de fusão e 2 – Calor latente de solidificação. Você acertou! Aula teórica 4 Questão 1/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos A turbina a vapor (TV) é uma máquina térmica que aplica a energia termodinâmica contida do vapor para produção de trabalho mecânico. As principais partes de uma turbina a vapor são: a carcaça, os mancais, o rotor e as palhetas. Em relação à palheta, é correto afirmar que: Nota: 20.0 A é o “casco” da turbina, responsável por conter todo o conjunto rotativo e acondicionar os bocais de entrada e saída do vapor. B é composto pelas palhetas – transformam a energia do vapor em trabalho – e pelo eixo – responsável pela transmissão do torque. C é projetada para apresentar pressões diferentes nas duas faces, tendo como consequência uma força resultante que gira o eixo. D suporta o rotor sobre a carcaça inferior. Você acertou! AULA TEÓRICA 5 Questão 2/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos 100 kJ de calor é adicionada a um ciclo de Carnot a 1000 K. O ciclo rejeita calor a 300 K. Quanto trabalho o ciclo produz e quanto calor o ciclo rejeita, respectivamente? Nota: 20.0 A 70 kJ; 100 kJ B 30 kJ; 70kJ C 70 kJ; 30kJ D 30 kJ; 100 kJ Você acertou! AULA TEÓRICA 5 Questão 3/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Existe um componente do motor de combustão interna que possui a função de tampar os cilindros formando a câmara de combustão. Marque a opção que o indica CORRETAMENTE. Nota: 20.0 A Cabeçote B Bloco de cilindros C Volante D Pistão Você acertou! AULA TEÓRICA 6 Questão 4/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Um motor a diesel de seis cilindros tem um volume total de 12,0 litros e taxa de compressão de 16:1. Com base no ciclo padrão de ar Diesel, qual a razão entre o volume deslocado por um cilindro ao final do processo de fornecimento de calor, a pressão constante, e o volume máximo desse mesmo cilindro se a razão de corte é igual a 2,5? Nota: 20.0 A Menor que 0,10 B Entre 0,10 e 0,12 C Entre 0,12 e 0,18 D Entre 0,18 e 0,2 E Maior que 0,20 Você acertou! AULA TEÓRICA 6 Questão 5/5 - Sistemas Térmicos e Energéticos Nas aplicações reais, as transformações do ciclo Rankine não são totalmente reversíveis. Algumas modificações são realizadas para o aumento da eficiência do ciclo, com foco em: Nota: 20.0 A reduzir a temperatura de transferência de calor para o fluido na caldeira e aumentar a temperatura na qual o calor é rejeitado pelo fluido no condensador. B aumentar a temperatura de transferência de calor para o fluido na caldeira e reduzir a temperatura na qual o calor é rejeitado pelo fluido no condensador. C reduzir a temperatura na qual o calor é rejeitado pelo fluido no condensador e eliminar a perda de carga por conta do escoamento do fluido nas tubulações e nos equipamentos. D aumentar a temperatura de transferência de calor para o fluido na caldeira e eliminar a perda de carga por conta do escoamento do fluido nas tubulações e nos equipamentos. Você acertou! AULA TEÓRICA 5 DISCIPLINA: SISTEMAS TÉRMICOS E ENERGÉTICOS AULA 1 Prof.ª Ana Carolina Tedeschi Gomes Abrantes 2 CONVERSA INICIAL Prezados alunos, meu nome é Ana Carolina e terei o prazer de desenvolver com vocês a disciplina de Sistemas Térmicos e Energéticos. Iniciaremos nossos trabalhos abordando conceitos fundamentais para o desenvolvimento de todo o conteúdo. Nós revisaremos alguns conceitos da Termodinâmica vistos na disciplina “Física - Termodinâmica e Ondas”. Aprofundaremos essa ciência para que seja possível a aplicação de suas leis nos processos industriais. Por último, definiremos “Máquinas Térmicas” para que seja possível o entendimento da aplicação dos equipamentos que serão estudados posteriormente. Bons estudos! CONTEXTUALIZANDO O engenheiro de produção tem a importante tarefa de gerenciar os recursos humanos, financeiros e materiais de uma empresa, com o objetivo de aumentar sua produtividade e rentabilidade. Para isso, é relevante que sua formação aborde o funcionamento dos equipamentos utilizados no processo produtivo, visando otimizar a integração da mão de obra e da matéria-prima com estes equipamentos. São muitos os equipamentos fabris utilizados nas indústrias químicas e de manufatura, sendo praticamente impossível abordar todos eles em um curso de engenharia. Porém, alguns desses equipamentos são aplicados com maior frequência na indústria, sendo essencial o aprendizado a respeito deles. Entre tais equipamentos estão aqueles que compõem os Sistemas Térmicos e Energéticos. Estes sistemas, muitas vezes, estão relacionados ao Setor de Utilidades de uma fábrica, setor responsável por fornecer insumos indispensáveis ao processo fabril: energia elétrica, vapor, água de resfriamento, ar de instrumento, refrigeração, etc. Por não estarem relacionados diretamente com o produto final, os equipamentos relacionados a esses sistemas são utilizados em todas as indústrias de forma semelhante, sendo possível, portanto, adequar os assuntos que serão abordados nesta disciplina a qualquer aplicação. 3 TEMA 1 - PROPRIEDADES DE SUBSTÂNCIAS PURAS Uma substância pura é aquela formada por apenas um tipo de elemento, seja atômico ou molecular. Porém, observamos que, em uma aplicação real, não encontramos substâncias 100% puras, ou seja, sem algum tipo de mistura ou contaminação. Dessa forma, para podermos aplicar os conceitos deste tema em sistemas reais, iremos considerar como substâncias puras aquelas que possuem contaminação desprezível ou que a composição química seja constante e homogênea durante sua aplicação no processo industrial. Iremos considerar a água e o ar atmosférico como substâncias puras, por exemplo. Essas substâncias são encontradas e utilizadas, normalmente, em mais de um estado físico, seja sólido, líquido ou vapor, e a compreensãodas opções de mudança entre essas fases se faz necessária. De forma simples, uma substância sofre mudança de fase quando recebe ou cede calor, resultando na mudança do seu estado físico. Cada estado físico representa o quanto seus átomos e/ou moléculas estão coesas, sendo necessário realizar uma significativa troca de energia térmica para que as forças de coesão se modifiquem significativamente. Elevada força de coesão é encontrada no estado sólido, correspondendo a um baixo nível de energia interna. Em contrapartida, baixa força de coesão é verificada no estado gasoso, quando a substância apresenta maiores valores de energia interna. O estado físico de uma substância pura é definido por duas variáveis intensivas independentes, normalmente temperatura, pressão e/ou volume específico (em pares). Após a determinação de duas das variáveis, as demais propriedades tornam-se dependentes. Mudanças de fases em substâncias puras ocorrem em temperaturas constantes, porém não se surpreenda se na prática você verificar que a temperatura se modifica durante esse processo. Lembre-se de que os fluidos que trabalhamos no dia a dia possuem algum tipo de contaminação, e isso pode acarretar esse comportamento. Ao receber calor, uma substância pode sofrer fusão (de sólido para líquido), vaporização (de líquido para vapor) e sublimação (de sólido para vapor). Ao perder energia térmica, a substância pode passar de 4 vapor para líquido (condensação ou liquefação), de líquido para sólido (solidificação) e de vapor para sólido (sublimação). Existe uma condição em que há equilíbrio entre as três fases e, portanto, elas coexistem. Essa condição é conhecida como ponto triplo, e mais de um tipo de mudança de fase podem ocorrer. Veja a figura a seguir, que exemplifica as mudanças de fases para a água. Figura 1: Representação de mudança de fase para a água Fonte: <http://www.shutterstock.com/pic-241178560/stock-vector-phase-or-state-of-matter- phase-transition-this-diagram-shows-the-different-phase-transitions-for-example- water.html?src=fT-HL317_Yuw5ZJZdUqX9w-1-5>. Especificamente no processo de mudança de fase entre líquido e vapor, de grande aplicação industrial, a temperatura e a pressão são conhecidas como de saturação e podem ser correlacionadas em diagramas, que estudaremos mais a diante. O líquido e o vapor na temperatura e na pressão de saturação são chamados de saturados. Durante a condensação ou vaporização, as duas fases coexistem até a transformação total de uma fase em outra. É comum quantificar a porção de líquido existente no vapor saturado por meio de uma propriedade definida como título. Tal propriedade informa a percentagem de vapor contida em uma mistura e é representada pela letra x, conforme equação abaixo. 𝑥 = 𝑚𝑣 𝑚𝑣+𝑚𝑙 . 100 5 em que 𝑚𝑣 é a massa de vapor e 𝑚𝑙 é a massa de líquido de uma determinada mistura. É possível trabalharmos com líquidos e vapores que não se apresentam nas condições de saturação. O líquido que se encontra em temperatura inferior e/ou na pressão superior às de saturação é conhecido como sub-resfriado. Da mesma forma, o vapor que possua menor pressão e/ou maior temperatura que as de saturação é definido como superaquecido. Vapores altamente superaquecidos e com estado de equilíbrio longe do de saturação são chamados de gases. Como simplificação, os gases são normalmente estudados como gases ideais, verifique suas características no site: http://brasilescola.uol.com.br/fisica/gas-ideal.htm As variáveis que definem seu estado podem ser correlacionadas em equações de estado. A equação mais simples e amplamente conhecida foi desenvolvida para uma substância compressível simples, podendo ser aplicada com cautela em outras condições. Esta equação é chamada de equação de estado para gases perfeitos e é representada abaixo: 𝑃𝑉 = 𝑛�̅�𝑇 em que 𝑃 é a pressão (Pa), 𝑉 o volume (m³), 𝑛 o número de mols, 𝑇 a temperatura (K) e �̅� a constante universal dos gases (8,3145 𝐽 𝑚𝑜𝑙. 𝐾⁄ ). Para um determinado gás, a constante universal dos gases pode ser substituída pela constante do próprio gás (R), como se segue: 𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇, 𝑅 = �̅� 𝑀 em que 𝑀 é a massa molar do gás (𝑘𝑔 𝑚𝑜𝑙)⁄ e 𝑚 a massa do gás (𝑘𝑔). http://brasilescola.uol.com.br/fisica/gas-ideal.htm 6 TEMA 2 - DIAGRAMAS E TABELAS Os diagramas de fases são gráficos que correlacionam duas variáveis independentes das substâncias puras. As variáveis mais utilizadas são a temperatura e a pressão. Nesses diagramas, é possível verificar as linhas de equilíbrio entre as fases, as quais representam as condições em que ocorrem as mudanças de fases. A Figura 2 representa um exemplo genérico: Figura 2: Diagramas binário (direita) e ternário (esquerda) de fases Fonte: <http://www.shutterstock.com/pic-346560500/stock-photo-phase-diagram-2- dimensional-and-3-dimensional.html?src=Wz88fcYtslheSduOh8x-1Q-1-3>. Observe que as regiões delimitadas pelas linhas representam o estado físico no qual a substância se encontra em uma determinada faixa de temperatura e pressão. O estado gasoso é observado em baixas pressões, enquanto que pressões mais elevadas resultam nos estados sólido e líquido, dependendo da temperatura. Há uma intersecção, entre as linhas de mudança de fase, que representa o ponto triplo, ou seja, condição em que as três fases coexistem. Na extremidade da linha entre os estados líquido e gasoso – de condensação/vaporização – encontra-se o ponto crítico. Esse ponto representa, principalmente, a temperatura máxima em que o líquido pode existir. Em pressões supercríticas não se observa mudança de fase. 7 A água é o principal fluido que iremos trabalhar nesta disciplina e, portanto, é importante conhecermos o seu diagrama de fases (Figura 3). Figura 3: Diagrama binário de fases para a água Fonte: <http://www.shutterstock.com/pic-346560542/stock-photo-binary-phase-diagram-of- water-h2o.html?src=CkBFnDwY-REzBsiGi-zGHw-1-5>. Outros diagramas, também encontrados, são os que correlacionam pressão e temperatura com volume específico (). Nesses gráficos costuma-se representar somente uma curva com pico máximo (ponto crítico) relacionada à mudança de fase entre líquido e vapor. A região abaixo da curva representa a coexistência de líquido e vapor, enquanto que a esquerda é a região que caracteriza o líquido e a direita é a região do vapor. As linhas tracejadas reproduzem as condições de pressão constante (isobárica) no diagrama T versus e de temperatura constante (isotérmica) no diagrama P versus . 8 Figura 4: Outros diagramas binários de mudança de fase Fonte: Çengel e Boles (2013). Existe também a possibilidade de representarmos as variáveis de uma substância pura e seus respectivos estados físicos em um diagrama 3D, normalmente relacionando T, P e (Figura 2). Embora forneça um maior número de informações, é conveniente utilizarmos os diagramas bidimensionais para uma análise termodinâmica, os quais são projeções das superfícies do diagrama 3D. Ainda que os diagramas sejam muito úteis para avaliarmos o comportamento de uma substância pura, suas propriedades termodinâmicas são usualmente apresentadas em tabelas. Dessa forma, torna-se prática a coleta de dados para o estudo termodinâmico dos sistemas. Nessas tabelas, é necessário definir condições diferentes para duas variáveis intensivas independentes (temperatura e pressão, por exemplo) para então encontrarmos os valores das demais propriedades na linha horizontal correspondente (volume específico, entalpia específica, energia interna específica, entropia específica, etc.). Quando a substância em questão é a água, chamamos essas tabelas de Tabelas de Vapor, podendo correlacionar as variáveis para as condições de saturação, além dascondições de vapor superaquecido e líquido sub-resfriado. Como exemplo, abaixo se encontra uma Tabela de Vapor para a condição de saturação líquido-vapor da água. 9 Figura 5: Tabela de vapor Fonte: ÇENGEL e BOLES (2013). TEMA 3 - LEIS DA TERMODINÂMICA A Termodinâmica nos rodeia em todos os lugares: ao cozinharmos em uma panela de pressão, ao utilizarmos um automóvel para nos locomover, no orvalho formado pela manhã, no vapor utilizado para esterilizar materiais hospitalares. Esses são alguns dos infinitos exemplos possíveis de serem citados. Na indústria não é diferente. Diversos processos envolvendo energia, tanto em sua forma térmica quanto mecânica, são necessários para a obtenção de produtos de maior valor agregado. Caldeiras geram vapor que aquece produtos intermediários e move turbinas. Motores a combustão permitem que geradores elétricos sejam utilizados em situações que a energia da concessionária não está disponível. Refrigeração é necessária tanto na produção quanto em ambientes que acondicionam equipamentos de laboratório ou alimentos perecíveis. Portanto, não há como estudarmos os Sistemas 10 Térmicos e Energéticos sem compreendermos os conceitos da Termodinâmica e suas aplicações. A Termodinâmica surgiu da necessidade de o Homem entender situações do cotidiano que envolvem calor. Conforme esta ciência foi se desenvolvendo, quatro leis foram estabelecidas com o intuito de descrever e equacionar estas situações. São elas: Lei Zero, 1.ª Lei, 2.ª Lei e 3.ª Lei. Lei Zero: Também conhecida como Princípio do Equilíbrio Térmico, define que quando dois corpos de temperaturas diferentes estão em contato, calor fluirá do corpo mais quente para o corpo mais frio até que a temperatura dos dois corpos seja a mesma. Da mesma forma, se dois corpos estiverem em equilíbrio com um terceiro, estarão em equilíbrio entre si, ou seja, com a mesma temperatura. 1ª Lei: Também conhecida como Princípio da Conservação da Energia, esta lei afirma que a energia não pode ser criada ou destruída, somente transformada. Na consideração mais simples, somente para energia térmica, a soma do trabalho (W) realizado ou recebido por um sistema e do calor (Q) trocado por ele é igual a sua variação de energia interna (U). Ou seja, 𝑸 + 𝑾 = ∆𝑼 Observa-se que, para um gás perfeito, somente há realização de trabalho quando ocorre variação de volume, e variação da energia interna quando houver mudança de temperatura. O principal legado dessa lei é a sua aplicação, não somente considerando a energia interna, mas também a energia total (E), que, normalmente, abrange também as energias cinética (Ec) e potencial (Ep). Assim, a equação aplicada ao balanço energético de sistemas fechados se torna: 𝑑 (𝑈 + 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝) 𝑑𝑡 = �̇� + �̇� em que �̇� é a potência relacionada ao fluxo de calor, e �̇� é a potência relacionada ao trabalho. 11 Enquanto que, para sistemas abertos, considera-se também a energia contida nas correntes de entrada e saída: 𝑑 (𝑈 + 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝) 𝑑𝑡 = �̇� + �̇�𝑠 + �̇�𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎(ℎ + 𝑒𝑐 + 𝑒𝑝)𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 − �̇�𝑠𝑎𝑖(ℎ + 𝑒𝑐 + 𝑒𝑝)𝑠𝑎𝑖 em que �̇�𝑠 é a potência relacionada ao trabalho do eixo, �̇� é a vazão mássica, ℎ é a entalpia específica, 𝑒𝑐 é a energia cinética específica e 𝑒𝑝 a energia potencial específica. 2ª Lei: Esta lei relata que os processos ocorrem espontaneamente em uma determinada direção, sendo necessário realizar um gasto energético para forçar a operação contrária. É o caso do fluxo de calor de um objeto quente para outro mais frio (Figura 6). Figura 6: Representação da 2.ª lei da termodinâmica Fonte: <http://www.shutterstock.com/pic-351766562/stock-vector-second-law-of- thermodynamics.html?src=DJPa9OSMzPAZWSDA6kxkdQ-1-0>. Esta questão de irreversibilidade do sistema é mensurada por uma grandeza chamada Entropia, a qual mede a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho em transformações termodinâmicas. Para processos naturais e em sistemas isolados, a Entropia sempre aumenta e é máxima quando o sistema se encontra em equilíbrio. 12 Nessa lei é possível também observar que a energia é quantificada no balanceamento de energia e qualificada de acordo com o aproveitamento útil do processo de transformação. A partir desta lei tem-se a explicação do porquê trabalho pode ser convertido totalmente em calor, porém o mesmo não é verificado para o processo oposto, assim como da impossibilidade de transferir calor de um corpo frio a outro quente de forma espontânea. A partir do conceito envolvido na Segunda Lei da Termodinâmica, desenvolveu-se o estudo das Máquinas Térmicas, praticamente o principal objeto de estudo desta disciplina. 3ª Lei: Esta lei especifica, pelo Princípio de Nernst, que a Entropia é nula quando o sistema se encontra no zero absoluto de temperatura, ocorrendo para todos os cristais perfeitos. Para outras substâncias, pode-se afirmar que a entropia é mínima em 0K e que em qualquer outra situação será sempre positiva. TEMA 4 - MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas térmicas realizam trabalho a partir da diferença de temperatura entre duas fontes, a fria e a quente. Na retirada de calor de uma fonte quente, parte dessa energia realiza trabalho, enquanto a outra parte é descartada para a fonte fria (Figura 7). Quanto menor a perda de calor para a fonte fria, maior a eficiência da máquina térmica. 13 Figura 7: Funcionamento de uma máquina térmica Fonte: <http://www.infoescola.com/fisica/maquina-termica/>. Há registro da utilização do calor para a realização de trabalho mecânico desde a Antiguidade, com o uso do vapor. O inventor grego Heron (século I d.C.) construiu um objeto constituído por uma esfera de metal com dois orifícios por onde escapava vapor, produzido pelo aquecimento da água, girando a esfera (Figura 8). Figura 8: Dispositivo desenvolvido por Heron Fonte: <http://www.ancient-wisdom.com/greekautomata.htm>. 14 No século XVIII foram construídas máquinas capazes de realizar trabalhos industriais, porém com baixos rendimentos. Por volta de 1770, o inventor escocês James Watt desenvolveu uma máquina mais eficiente utilizando o conceito de máquina térmica aplicada até os dias atuais. Energia térmica retirada de uma fonte quente foi utilizada para movimentar um pistão, sendo parte dessa energia descartada para uma fonte fria. Figura 9: Dispositivo desenvolvido por Watt Fonte: <http://averdadedafisica.blogspot.com.br/2012/08/james-watt-de-instrumentos- cientificos.html>. A máquina térmica inventada por Watt foi empregada em moinhos, no acionamento de bombas, em locomotivas e em barcos a vapor. Foi utilizada também para acionar equipamentos industriais nas fábricas, motivando a Revolução Industrial. As máquinas térmicas trabalham em ciclos e são consideradas ideais quando obedecem ao ciclo proposto por Nicolas Léonard Sadi Carnot, em 1824. O ciclo de Carnot considera uma sequência de transformações gasosas reversíveis frente a duas fontes térmicas (Figura 10). Quanto maior a temperatura da fonte quente, maior é o rendimento da máquina operando neste ciclo, desde que a substância se comporte como um gás ideal. 15 Figura 10: Ciclo de Carnot Fonte: <http://www.mspc.eng.br/termo/termod0510.shtml>. O ciclo de Carnot é composto por duas transformações isotérmicas, durante os processos de expansão e compressão do gás, intercaladas com transformações adiabáticas. O seu rendimento pode ser calculado por: = 1 − |𝑄𝐹| |𝑄𝑄| = 1 − 𝑇𝐹 𝑇𝑄 em que: = rendimento. QF = calor liberado durante a compressão, J. QQ = calor absorvido durante a expansão, J. TF = temperatura da fonte fria, K. TQ = temperatura da fonte quente, K. As máquinas térmicas podem ser classificadasem função do sistema em que trabalham. Em sistemas abertos são chamadas de máquinas dinâmicas com característica motora, transformando energia térmica em energia cinética, como em turbinas, ou geradora, transformando energia cinética em energia térmica, na forma de pressão (turbocompressores). 16 As máquinas térmicas volumétricas são aplicadas em sistemas fechados, também se dividindo em motoras e geradoras. As motoras são constituídas por um fluido com elevada energia térmica, que movimenta um embolo ou pistão. Nas geradoras, o fluido tem sua energia térmica e/ou pressão aumentada devido à redução forçada de seu volume por causa da realização de um trabalho externo sobre o fluido. NA PRÁTICA Vamos agora resolver alguns exercícios relacionados aos conceitos desta aula. Aplicação 1: Uma esfera oca de 16 cm de diâmetro interno é pesada em uma balança de precisão, quando vazia e também depois de cheia com um gás desconhecido a 0,6 MPa. A diferença de peso entre essas duas condições é de 0,02 N. A temperatura ambiente é 25oC. Assumindo-se que seja uma substância pura, qual é esse gás? Resolução: Para identificarmos o gás utilizado no enchimento da esfera, precisamos saber qual o valor da sua massa molar (M), a qual pode ser obtida pela equação de estado dos gases perfeitos. 𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇, 𝑅 = �̅� 𝑀 Para o cálculo da massa molar, inicialmente temos que obter o valor da constante (R) desse gás. Fique atento para as unidades das variáveis, as quais devem estar no mesmo sistema. Uma vez que a pressão foi dada em Pa e o peso em N, utilizaremos o sistema internacional de unidades. Observe que o enunciado do problema já nos fornece a pressão (P) e a temperatura (T) em que esse gás se encontra. O volume ocupado pelo gás é função do raio interno, r, da esfera e pode ser calculado por: 17 𝑉 = 4𝜋𝑟3 3 = 4𝜋( 0,16 2 𝑚) 3 3 = 0,00215 𝑚3 A massa do gás referente a esse volume é obtida utilizando a segunda lei de Newton, em que força (F) é o peso medido e a aceleração (a) a força da gravidade. 𝐹 = 𝑚𝑎 → 𝑚 = 𝐹 𝑎 = 0,02 𝑁 9,81 𝑚 𝑠2 = 0,002 𝑘𝑔 Isolando R na equação de estado e substituindo as variáveis, temos: 𝑅 = 𝑃𝑉 𝑚𝑇 = 600000 𝑃𝑎 . 0,00215 𝑚3 0,002 𝑘𝑔 . 298 𝐾 = 2164,4 𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 Utilizando a constante universal dos gases ideais (�̅�) igual a 8315,9 J/kmol.K, obtemos a massa molar do gás. 𝑀 = �̅� 𝑅 = 8315,9 𝐽 𝑘𝑚𝑜𝑙 𝐾 2164,4 𝐽 𝑘𝑔 𝐾 = 3,84 𝑘𝑔 𝑘𝑚𝑜𝑙 Essa massa molar é bastante baixa. Ao pesquisar a respeito da massa molar dos gases, encontra-se que o gás He (hélio) é um gás nobre que possui M = 4 kg/kmol, muito próximo ao valor calculado. Assim, conclui-se que o gás adicionado no interior da esfera é o gás He. Aplicação 2: Um ciclo de Carnot trabalha entre duas fontes térmicas: uma quente (temperatura de 300°C) e uma fria (temperatura -50°C). Qual o rendimento dessa máquina em percentual? Resolução: Para o cálculo do rendimento do ciclo de Carnot, utiliza-se a equação abaixo, substituindo as temperaturas das fontes fria (TF) e quente (TQ), em Kelvin. 18 = 1 − |𝑇𝐹| |𝑇𝑄| = 1 − 273 − 50 273 + 300 = 0,61 O valor encontrado refere-se ao rendimento na medição unitária (de 0 a 1), sendo necessário multiplicar por 100 para obtermos em porcentual. 0,61.100 = 61% Portanto, o rendimento desse ciclo é de 61%. SÍNTESE Nesta rota revisamos as propriedades das substâncias puras e como essas são representadas em diagramas e tabelas. Verificamos as leis da Termodinâmica que regem a transferência de energia, envolvendo estas substâncias e a correlação destas leis com as máquinas térmicas. REFERÊNCIAS NETZ, P. A. Fundamentos da Físico-Química. Porto Alegre: Artmed, 2005. KLAR, A. E. A água no sistema. São Paulo: Nobel, 1988. ÇENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. 7. ed. Mc Graw Hill, 2013. DOMÍNGUEZ, M. M.; ANTONIO, A. J. R.. Máquinas Térmicas. Madrid: UNED, 2014. DISCIPLINA: SISTEMAS TÉRMICOS E ENERGÉTICOS AULA 2 Prof.ª Ana Carolina Tedeschi Gomes Abrantes 2 CONVERSA INICIAL Bem-vindos ao mundo da Psicrometria! Nesta rota abordaremos a fundamentação dos processos de (des)umidificação, nos quais ocorrem as transferências de massa e de calor. Trabalharemos com dois fluidos – o ar atmosférico e a água – que serão considerados como substâncias puras em nossa análise. O principal termo citado será “umidade do ar”, o qual utilizamos corriqueiramente, porém sem pensar nos princípios físicos envolvidos. Vocês sabem por que encontramos orvalho pela manhã? E qual a razão de os alimentos se desidratarem quando abertos na geladeira? Após este estudo vocês serão capazes de responder a essas questões e muitas outras aplicadas ao ambiente industrial. Bons estudos! CONTEXTUALIZANDO Psicrometria é a ciência que estuda as misturas de ar e vapor d´água, ou seja, a umidade do ar. Expandindo-a para outros processos: estuda as misturas binárias nas quais um dos componentes é um vapor condensável. Sua denominação vem do grego psychro, que significa frio. O ar atmosférico é uma mistura de gases (N2, O2, CO2, Ar, etc.) com vapor de água e contaminantes diversos, como particulados. Quando estes dois últimos são removidos, denominados o ar como ar seco, o qual possui composição praticamente constante: 78%v de N2, 21%v de O2, 0,9%v de Ar e 0,1%v de outros gases. Podemos considerá-lo como um gás perfeito por ser uma mistura homogênea. A partir da sua composição é possível calcular a massa molecular (Mar) e a constante do gás (Rar) para o ar seco, sendo 28,966 kg/kmol e 287,035 J/kgK, respectivamente. No caso do vapor d’água, também podemos considerá-lo como um gás perfeito por se tratar de um composto químico. A massa molecular (MH2O) e a constante do gás (RH2O) para o vapor d’água já são conhecidas: 18,02 kg/kmol e 461,52 J/kgK, respectivamente. 3 Conhecer as condições de umidade do ar se faz importante em diversas áreas, como no armazenamento e na conservação de alimentos, por refrigeração ou por secagem, no condicionamento de ar para conforto térmico e no tratamento de ar de instrumento industrial, por exemplo. Nesses processos há não somente transferência de calor, mas também de massa, que dependem da temperatura e da umidade do fluido gasoso e da temperatura do líquido que entra em contato. TEMA 1 - PROPRIEDADES DO AR ÚMIDO As propriedades do ar úmido estão associadas à temperatura (de bulbo seco, de bulbo úmido e do ponto de orvalho), à quantidade de vapor d’água (pressão de vapor, razão de mistura, umidades específica, absoluta e relativa, e grau de saturação), ao volume ocupado (volume específico) e à energia nele contida (entalpia). Temperatura de bulbo seco (TBS): é a temperatura indicada por um termômetro comum. Temperatura de bulbo úmido (TBU): é a temperatura indicada por um termômetro que possui seu bulbo envolto por uma manta absorvente molhada, como tecido ou algodão, por exemplo. A evaporação da água acarreta a diminuição da temperatura medida. Essa medição deve ser realizada em ambiente ventilado, com o ar que se quer medir a uma velocidade mínima entre 2 e 5 m/s. Observe na Figura 2, a seguir, que a TBU é menor do que a TBS, a não ser quando o ar estiver saturado. Conhecendo seus valores é possível obter a umidade relativa do ar, seja por cálculos, por tabelas ou gráficos específicos. 4 Figura 2: Medição de temperatura de bulbo seco e de bulbo úmido. Fonte: <http://ocw.upm.es/produccion-animal/produccion-avicola/contenidos/TEMA_3/3-2- condiciones-ambientales-ta-y-hr/view>. Temperatura de ponto de orvalho (TPO): é a temperatura na qual o vapor d’água contido no ar começa a se condensar devido à saturação do arúmido. Basicamente, essa condição é alcançada por resfriamento, mantendo a razão de mistura e a pressão constantes. Pressão de vapor (pv): todo componente gasoso em uma mistura exerce uma pressão em todas as direções, pressão essa que depende da sua concentração. Enquanto o meio não se torna saturado deste componente, chama-se essa pressão de pressão parcial de vapor (pv). No caso de saturação, tal pressão é máxima e denominada pressão de saturação (pvs). Razão de mistura (w): é a razão entre a massa de vapor d’água e a massa de ar seco de uma amostra da mistura. Umidade absoluta (UA): é a quantidade mássica de vapor d’água da mistura em um determinado volume de ar úmido. Umidade relativa (UR): é a razão da pressão parcial do vapor d’água e a pressão de saturação, na mesma temperatura, normalmente expressa em porcentagem. 𝑈𝑅 = 𝑝𝑣 𝑝𝑣𝑠 . 100 5 Umidade específica (UE): é a relação entre as massas de vapor d’água e de ar úmido. Grau de saturação: é a relação entre as razões da mistura atual e da mistura saturada, na mesma temperatura e pressão. Volume especifico (v): é o volume por unidade de massa de ar seco (m3/kgar seco). Entalpia específica (h): é a energia contida no ar úmido por unidade de massa de ar seco (kJ/kgar seco). TEMA 2 - MEDIÇÃO DA UMIDADE DO AR A umidade do ar é medida por instrumentos chamados higrômetros, que podem se basear em princípios de funcionamento diferentes, conforme tabela abaixo. Tipos de Higrômetros e seus princípios de funcionamento Condensação: Inventado por Daniell, determina o ponto de orvalho por condensação do fluido interno as esferas, devido ao resfriamento causado pelo molhamento do tecido que envolve uma delas. Leia como é seu funcionamento em: <http://mfisica.nonio.uminho.pt/patrimonio/alfa/pat_alf_h.html>. Absorção: Absorção da umidade por um material higroscópico, medindo-se a variação de massa desse material. Pode-se também ter uma referência qualitativa pela mudança de cor do material. Elétricos: Pode medir a variação da resistência elétrica de um condutor contendo sal higroscópico, em função da umidade, ou a capacitância elétrica de um capacitor. 6 Ótico: Mede a espessura de um filme higroscópico utilizando a intensidade da luz refletida em função da umidade. Psicrômetro: Medição da temperatura com um termômetro de bulbo seco e outro de bulbo úmido. A diferença de valores é proporcional à umidade. Visualize um modelo bastante comum em: <http://www.incoterm.com.br/ tecnica/5195+03+0+00+termo- higrometro+analógico+bulbo+seco+e+úmido>. Fio de cabelo: O cabelo humano (sem gordura) é capaz de ter seu tamanho aumentado ao absorver umidade e de contrair quando a perde, essa variação de comprimento é ampliada e transmitida a um indicador. Leia mais em: <http://www.astro.mat.uc.pt/novo/observatorio/site/museu/T0389hig.htm>. É de grande importância a escolha de um instrumento adequado ao processo que se deseja controlar, uma vez que um resultado confiável nos possibilita trabalhar no aumento da eficiência desse processo. Atualmente, os instrumentos mais utilizados são o psicrômetro e o digital, este com base em princípios elétricos. Figura 3: (a) Relógio digital com medição de temperatura e umidade. (b) Medidor digital de temperatura e umidade de aplicação comercial e industrial. (a) (b) Fonte: <www.highmed.com.br>. TEMA 3 - UMIDADE RELATIVA A umidade relativa (UR) nos informa quão perto da saturação o ar úmido se encontra, sendo o valor de 0% a ausência de vapor d’água e 100% a saturação deste ar, em uma determinada temperatura e pressão. É a umidade 7 que costumamos trabalhar no nosso dia a dia quando avaliamos as condições meteorológicas (Figura 4), por exemplo. Figura 4: Exemplo de previsão do tempo com destaque para a umidade informada Fonte: <http://www.climatempo.com.br/>. Analiticamente, a umidade relativa pode ser calculada conhecendo-se previamente a temperatura de ponto de orvalho (TPO) e a temperatura ambiente, também nomeada como bulbo seco (TBS), pela fórmula: 𝑈𝑅(%) = 𝑒 [5417( 1 𝑇𝐵𝑆 − 1 𝑇𝑃𝑂 )] . 100 Na prática, a determinação da temperatura do ponto de orvalho não é muito usual, sendo mais adequado obter a umidade relativa a partir dos dados fornecidos por um psicrômetro (TBS e TBU, em oC). Nesse caso, a umidade relativa é obtida por: 𝑈𝑅(%) = 𝑝𝑣 𝑝𝑣𝑠 . 100 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑣 = 𝑝𝑣𝑠𝑚 − [𝐴. 𝑃(𝑇𝐵𝑆 − 𝑇𝐵𝑈)] Para esse cálculo, a constante psicrométrica A, a ser utilizada, depende da movimentação do ar, a qual interfere na medição da TBU. Para ambientes ventilados, essa constante vale 0,00067 oC-1, enquanto que se deve utilizar o valor de 0,0008 oC-1 para ambientes sem ventilação. P representa a pressão atmosférica local, em mmHg, e pvs e pvsm às pressões máximas de vapor (mmHg) para a TBS e a TBU, respectivamente. As pressões máximas podem ser calculadas com as equações abaixo, em mbar: 𝑝𝑣𝑠 = 6,1078. 10 7,5 𝑇𝐵𝑆 237,3+𝑇𝐵𝑆 𝑝𝑣𝑠𝑚 = 6,1078. 10 7,5 𝑇𝐵𝑈 237,3+𝑇𝐵𝑈 8 Para conversão das unidades de pressão considere 760 mHg = 1013,25 mbar. TEMA 4 - TABELAS E GRÁFICOS PSICROMÉTRICOS As tabelas e os gráficos psicrométricos foram criados com o objetivo de facilitar a obtenção das propriedades do ar, principalmente na avaliação da eficiência de um equipamento e nas tomadas rápidas de decisão. É importante ressaltar que os dados levantados por tabelas e gráficos são aproximados, sendo necessário utilizar as equações na elaboração de um projeto. Em uma tabela psicrométrica, como a da figura que veremos a seguir, é possível obter a umidade relativa (%) correlacionando a temperatura medida com bulbo seco (oC), com a diferença (T) entre as temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido (oC). Tabelas desse tipo são construídas normalmente para a pressão atmosférica. Exemplo: Às 14h de um determinado dia, um termômetro de rua instalado no centro de Curitiba indica a temperatura de 26oC. Ao medir a temperatura de bulbo úmido nesse mesmo local e momento, obteve-se o valor de 20oC. Qual a umidade relativa nesse instante? Para se resolver esse tipo de problema, utilizando a tabela psicrométrica, é necessário inicialmente obter a diferença entre a TBS e a TBU. Nesse caso, a diferença é de 6oC. Deve-se então cruzar a coluna referente a este T com a linha da TBS de 26oC. Os destaques em vermelho mostram que a umidade relativa no centro de Curitiba no momento descrito é de 58%. 9 Tabela 1: Tabela Psicrométrica Fonte: <www.feiradeciencias.com.br>. Os gráficos psicrométricos, também conhecidos como cartas, são construídos para uma determinada pressão, como a ambiente, e disponibilizam mais informações se comparados às tabelas. Na figura a seguir é possível verificar um esquema da carta psicrométrica com as principais propriedades do ar. Figura 5: Carta Psicrométrica Fonte: Adaptado de Goribar (2009). 10 No eixo das abcissas são representadas as temperaturas de bulbo seco e no das ordenadas, do lado direito, encontram-se as razões de mistura. As curvas localizadas entre os eixos correspondem às linhas de umidade relativa, sendo a linha localizada mais à esquerda a de saturação (100%). Esta curva é graduada para leitura da temperatura de bulbo úmido (linha inclinada) e da temperatura do ponto de orvalho (traçando-se uma linha paralela à abcissa). Os desenhos abaixo facilitam a compreensão da representação das propriedades do ar na carta psicrométrica. Além das propriedades já abordadas, é possível também fazer a leitura do volume específico do ar seco, a partir de linha inclinadas a 65º, e da entalpia referente à quantidade de calor envolvida na mudança de estado, nos segmentos de reta mais à esquerda da curva de saturação.Figura 6: Linhas de leitura das propriedades do ar na carta psicrométrica. Fonte: <http://www.fao.org/docrep/x5057s/x5057S0U.GIF>. Ao estarem reunidas em um único gráfico, as linhas de leituras das propriedades do ar podem apresentar um pouco de dificuldade na leitura. Por isso, é muito importante que se tenha atenção em relação a leitura das propriedades que se deseja trabalhar. 11 Exemplo: Às 14h de um determinado dia, um termômetro de rua instalado no centro de Curitiba indica a temperatura de 26oC. Ao medir a temperatura de bulbo úmido neste mesmo local e momento, obteve-se o valor de 20oC. Qual a umidade relativa neste instante? Em uma carta psicrométrica é importante termos duas propriedades definidas para determinarmos um ponto de estado. A partir desse ponto podemos obter o valor das outras propriedades. No nosso exemplo, foram definidas a TBS e a TBU. Para a determinação do ponto de estado (veja na carta psicrométrica a seguir), deve-se encontrar a TBS na abcissa e puxar uma linha horizontal para cima (em azul). Em seguida, identifica-se o valor da TBU na curva de saturação (UR=100%), prolongando a linha inclinada a 45º (em azul). O ponto onde as linhas se cruzam é o ponto de estado. Este ponto está um pouco abaixo da curva de UR=60%, confirmando o valor encontrado anteriormente com a tabela psicrométrica. Outras propriedades podem ser obtidas a partir do ponto encontrado, como a razão de mistura ( 0,013 kgvapor/kgar seco, em amarelo), o volume específico ( 0,863 m3/kgar seco, em vermelho) e a entalpia, prolongando a linha da TBU para a esquerda ( 57,5 kJ/kgar seco, em verde). Figura 7: Carta psicrométrica para pressão atmosférica Fonte: <www.fao.org/docrep/x5057s/x5057S0S.GIF> 12 TEMA 5 - OPERAÇÕES QUE MODIFICAM O AR Muitas operações unitárias utilizam a modificação das propriedades do ar úmido como princípio de funcionamento. Entre os processos existentes, pode- se citar: Resfriamento simples: Nesse processo, a temperatura é reduzida, mantendo-se a razão de mistura, sem condensação de água. A umidade relativa é aumentada, pois quanto menor a temperatura, menor será a capacidade de absorção de vapor d’água pelo ar seco. Ex.: serpentina de resfriamento. Resfriamento adiabático: Não havendo transferência de calor (entalpia constante), o resfriamento é ocasionado pela evaporação de água, aumentando a razão de mistura e a umidade relativa. Ex.: lavador de ar. Resfriamento e desumidificação: A redução da temperatura com transferência de calor é acompanhada pela condensação de água, diminuindo a razão de mistura. Ex.: serpentina com condensação. 13 Aquecimento simples: Operação contrária ao resfriamento simples, há o aquecimento do ar mantendo a razão de mistura constante. Por consequência, há a redução da umidade relativa. Ex.: aquecimento com resistência elétrica. Umidificação simples: Aumento da razão de mistura com adição de vapor d’água, mas sem mudança da TBS. Há aumento da umidade relativa e da TBU. Ex.: injetor de vapor. 14 Desumidificação e aquecimento: O aquecimento do ar é provocado pela redução da razão da mistura devido à retirada de vapor d’água por elementos desumidificantes. Umidificação e resfriamento não adiabático: A umidificação causa redução da temperatura, devido à evaporação da água, além do aumento da razão de mistura e da umidade relativa. Ex.: umidificador de ar ambiente. TROCANDO IDEIAS Após ter estudado esse conteúdo, tenho certeza que você poderá correlacioná-lo com alguma situação do seu dia a dia. Divida sua experiência conosco no nosso fórum! Aproveite para nos contar a respeito de sua conclusão em relação às questões levantadas na conversa inicial! NA PRÁTICA Torres de Resfriamento: uma aplicação da Psicrometria Torres de resfriamento são equipamentos utilizados para resfriar a água utilizada nos processos industriais, como fluido refrigerante. No início da era industrial, a água era coletada de rios próximos aos locais de aplicação, passava 15 pelos equipamentos de troca térmica e era despejada no mesmo rio sem tratamento prévio. Esse tipo de operação é conhecido como circuito aberto. Ainda hoje é possível encontrar alguma indústria que opere desse modo, porém as legislações ambientais estão bastante rígidas em relação a isso, já que há a possibilidade de afetar a fauna e flora do meio aquático com a elevada temperatura e os possíveis contaminantes. Inclusive, já se discute a possibilidade de cobrança do efluente despejado, assim como é feito para a água coletada de rios e represas para aplicação industrial em algumas regiões. Com essas restrições, a utilização do circuito aberto deixa de ser viável na maior parte dos casos, aplicando-se então os circuitos semiaberto e fechado. O circuito semiaberto é utilizado quando se necessitam de elevadas vazões de água de resfriamento, sendo o sistema mais aplicado industrialmente. É caracterizado pelo reaproveitamento de toda água de resfriamento circulante, a qual tem sua temperatura reduzida na torre de resfriamento pelo processo de evaporação. A adição de água bruta é realizada continuamente para repor a massa de água evaporada na torre, além de possíveis vazamentos. Embora o circuito semiaberto apresente vantagem na economia de consumo de água, esse processo de evaporação ocasiona a concentração de sólidos e de sais dissolvidos na água, os quais provocam depósitos e corrosão nos equipamentos de troca térmica. Por isso, um tratamento da água se faz necessário com dispersantes, anti-incrustantes, anticorrosivos, reguladores de pH, entre outros produtos químicos. Basicamente, o resfriamento da água ocorre pelo seu contato direto com o ar atmosférico, provocando a vaporização da água. A energia necessária para a mudança de fase é fornecida pela própria água, que tem sua temperatura reduzida. Paralelamente, o ar se torna saturado em vapor d’água. Conhecendo- se as propriedades do ar, verifica-se que a eficiência deste processo depende da umidade relativa do ar de entrada, uma vez que esta propriedade está correlacionada à capacidade de o ar reter mais ou menos vapor d’água. Em dias quentes e “secos”, facilitam a evaporação da água, resultando em uma água de resfriamento mais fria. Em contrapartida, dias frios e chuvosos prejudicam o funcionamento da torre de resfriamento, produzindo uma pequena redução na 16 temperatura da água. Não são raras as situações em que a temperatura final da água de resfriamento não é baixa o suficiente para manter a eficiência dos trocadores de calor, prejudicando a produção industrial. A figura abaixo representa uma torre de resfriamento de circuito semiaberto. Figura 8: Torre de resfriamento de circuito semiaberto Fonte: http://www.termoparts.com.br/tp/informacao-24/biblioteca-tecnica-50/agua-de- resfriamento-porque-mante-la-limpa-163.html A água a ser resfriada, após passar pelo processo industrial, é bombeada para o topo da torre de resfriamento, sendo distribuída por bicos aspersores sobre o enchimento interno, também chamado de recheio ou colmeia. O objetivo desse enchimento é aumentar a área de contato entre a água e o ar, facilitando a transferência de calor entre eles. Por isso, é constituído por diversas placas, assemelhando-se a uma colmeia de abelha. Exemplos de recheios estão representados nas fotos a seguir. 17 Figura 9: Exemplos de enchimento de torres de resfriamento Tipo grade Tipo filme Tipo barra Fonte: <http://www.termoparts.com.br/tp/pecas- 22/?osCsid=e76bb83db4263dcb70cf8903c1eb4de7>. A água, após passar pelos recheios, é coletada em uma bacia na parte mais baixa da torre, onde é tratada
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