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Triagem Neonatal

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BRENDA RODRIGUES GENÉTICA 3° SEMESTRE 
• Em saúde pública, triar significa identificar, 
em uma população assintomática, os indivíduos 
que estão sob risco de desenvolver determinada 
doença ou distúrbio e que se beneficiariam de 
investigação adicional, ação preventiva ou 
terapêutica imediatas 
 
• Contribui para a saúde pública e detecta 
precocemente as doenças 
 
• Iniciou-se na década de 70 com testes para 
PKU (teste do pézinho) 
o No Brasil surgiu por iniciativas de instituições 
não-governamentais 
 
o Havia heterogeneidade nos procedimentos de diversas regiões brasileiras 
 
 
o Em junho de 2001 instituiu-se o PNTN (Programa Nacional de Triagem 
Neonatal) 
▪ Todos os estados brasileiros estão habilitados no PNTN com pelo menos 1 
serviço de referência credenciado pelo Ministério da Saúde 
 
• Avanços nas metodologias proporcionam uma maior triagem 
 
 
o Metodologia de rastreamento 
 
 
Objetivos da Triagem Neonatal 
• Realização do exame 
 
• Confirmação diagnóstica dos casos suspeitos 
• Tratamento 
 
• Acompanhamento 
 
• Busca ativa 
 
Critérios para triagem 
• O distúrbio tem sérias consequências potenciais 
 
• Existe tratamento ou prevenção efetiva 
 
• O teste é confiável com alta sensibilidade e especificidade 
 
• O distúrbio é suficientemente comum para justificar o custo da triagem 
 
• Há um sistema para garantir que seja oferecido a todas as crianças e que os resultados sejam comunicados e 
efetivos 
 
Critérios para inclusão de doenças PNTN 
• A história natural da doença deve ser bem conhecida 
 
• Ser possível a identificação da doença antes do início das manifestações clínicas 
Iniciar o tratamento adequado 
Minimizar riscos ou complicações 
Diagnosticar e tratar 
100% dos pacientes. 
Triagem 
Neonatal 
Biológica
Atenção
Básica
Laboratório 
especializado
Atenção 
especializada
Ações integradas da TN biológica 
BRENDA RODRIGUES GENÉTICA 3° SEMESTRE 
 
• A possibilidade de tratamento em estágio precoce deve trazer maiores benefícios, comparado ao 
tratamento após manifestação clínica da doença 
 
• Existência de um teste adequado para o diagnóstico em estágio precoce, passível de incorporação nas 
rotinas para diagnóstico de outras doenças já incorporadas em testes de TN 
 
• A incidência da doença deve ser bem alta na população 
 
• O custo-benefício da triagem populacional deve ser considerado, bem como sua efetividade 
 
• Deve existir uma ampla aceitação por parte da população 
 
Etapas da Triagem 
I. Teste de triagem propriadamente dita 
 
II. Busca ativa, acompanhamento do resultado e localização do recém-nascido e sua família, principalmente se 
o resultado for alterado – o tempo para o inicio do tratamento é crucial 
 
III. Realização de testes diagnósticos que variam de acordo com a necessidade de cada patologia, podendo 
requerer a particularidade de laboratórios especializados 
 
IV. Tratamento das doenças – podem durar a vida inteira e necessitar de acompanhamento de equipes 
multidisciplinares para prestar o melhor atendimento 
 
V. Avaliação periódica de todas as etapas anteriores 
 
O teste do Pézinho 
• É um programa de triagem usado em doenças que não apresentam características clínicas precoces, que 
tenha um teste de especificidade e sensibilidade altos em que os sintomas clínicos possam ser reduzidos ou 
eliminados com o tratamento e tenha estabelecido um programa de acompanhamento clínico específico e 
eficaz para o sucesso do tratamento 
 
• Utiliza a técnica de Espectrometria de Massas em Tandem (EMT) para a investigação de doenças 
metabólicas hereditárias (erros inatos do metabolismo [EIM]) 
 
• A primeira coleta deve ser feita entre o 3° e o 5° dia de vida do recém-nascido (após 48h), ainda na 
maternidade, para a maior efetividade da triagem 
 
o Antes do nascimento, o feto está relativamente protegido dos malefícios de uma doença metabólica em 
virtude da função placentária materna quanto ao fornecimento de nutrientes e filtragem de metabólitos 
tóxicos; por isso, muitas doenças são desmascaradas nos primeiros dias de vida, pois o bebê não pode mais 
se beneficiar da ajuda fisiológica da mãe, para compensar os seus déficits metabólicos 
 
o Caso a criança receba alta na maternidade, esteja na UTI neonatal ou seja transferida 
para outros serviços sem a realização do teste, o hospital deverá fornecer um formulário 
com o local e a data de coleta 
 
• A realização do exame é feita através de punção do calcanhar do recém-nascido, 
após antissepsia do local utilizando álcool 70, em papel filtro, coletando gotinhas de 
sangue com a finalidade de diagnosticar e impedir o desenvolvimento de doenças 
genéticas ou metabólicas que possam levar à deficiência intelectual ou causar prejuízos à 
qualidade de vida 
 
o O sangue é comumente colhido no calcanhar por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, 
facilitando a obtenção do sangue; pode também ser coletado 
através de punção venosa em casos específicos 
 
 
o Um resultado positivo não significa que o bebê tenha a doença; indica que existe a necessidade de se 
investigar para excluir ou confirmar o diagnóstico da patologia apontada 
BRENDA RODRIGUES GENÉTICA 3° SEMESTRE 
 
Qualidade das amostras 
• Permita que uma quantidade suficiente de sangue aplicada em uma das faces do 
papel seja absorvida, até preencher completamente o círculo impresso no papel de filtro; 
verifique no verso do papel de filtro para confirmar se houve saturação 
 
• Não aplique camadas sucessivas de gotas de sangue e nem sangue mais de uma vez 
no mesmo círculo coletor 
 
• Evite tocar ou esfregar as amostras 
 
Amostras inválidas 
 
• Quantidade insuficiente de amostra; causas possíveis: 
o O papel de filtro foi removido antes que o sangue houvesse preenchido completamente o círculo ou 
absorvido pelo verso 
 
o O sangue foi aplicado incorretamente no filtro com um tubo capilar 
 
o A punção com lanceta foi insuficiente para provocar um afluxo de sangue capilar adequado para saturar a 
área de papel de filtro delimitada pelos círculos 
 
o O papel de filtro entrou em contato com loções ou talco antes ou durante a coleta provocando prejuízo na 
absorção da amostra 
 
 
• A amostra tem aparência supersaturada; causas possíveis: 
o Foi aplicado sangue em excesso no papel de filtro, possivelmente com um dispositivo 
 
o O sangue foi aplicado indevidamente em ambos os lados do papel de filtro 
 
 
• A amostra parece raspada ou arranhada; causas possíveis: 
o O sangue foi aplicado incorretamente com um tubo capilar ou outro dispositivo 
 
o Foram colocadas sucessivas camadas de gotas de sangue sobrepostas 
 
 
• A amostra parece diluída, descolorida ou contaminada; causas possíveis: 
o O local ao redor da punção foi ‘’espremido’’ ou ‘’ordenhado’’ 
 
o O papel de filtro entrou em contato com mãos usando luvas ou não, substâncias tais como álcool, produtos 
químicos, soluções antissépticas, água, etc. antes ou depois da coleta de sangue 
 
o As amostras de sangue foram expostas ao calor direto 
 
BRENDA RODRIGUES GENÉTICA 3° SEMESTRE 
 
• A amostra não estava seca quando foi enviada; causas possíveis: 
o A amostra foi enviada antes de sua completa secagem 
 
 
• A amostra apresenta anéis de soro; causas possíveis: 
o O álcool passado no local da punção não secou antes da coleta ser realizada 
 
o O papel de filtro entrou em contato com gel, loção ou líquidos 
 
o A área ao redor da punção foi espremida excessivamente 
 
o Secagem inadequada da amostra provocou hemólise e difusão no papel 
 
o Sangue hemolisado foi aplicado ao papel de filtro com seringa, tubo capilar, etc. 
 
Fatores que influenciam na precisão dos testes 
• Qualidade da amostra coletada 
• Idade da criança quando a amostra foi coletada 
• Idade gestacional ao nascimento 
• Tipo de alimentação do bebê 
• Status de transfusão 
• Medicamentos 
• Presença de doençascoexistentes ou condições do bebê que requerem cuidados médicos, etc. 
 
 
Doenças triadas pelo teste do pezinho e tipos de exame 
Doenças Exames Painel de exame 
Fenilcetonúria e 
outras 
hiperfenilalaninas 
Fenilalanina 
(MS/MS*) 
C 
O 
M 
P 
L 
E 
T 
O 
(TPCDLE) 
E 
X 
P 
A 
N 
D 
I 
D 
O 
(TEPEX) 
M 
A 
S 
T 
E 
R 
(TP14MS) 
P 
L 
U 
S 
(TP13MS) 
N 
O 
V 
O 
A 
M 
P 
L 
I 
A 
D 
O 
(NOVOAMP) 
A 
M 
P 
L 
I 
A 
D 
O 
(TPAMPTOX 
B 
Á 
S 
I 
C 
O 
(TPBASTOX) 
Hipertireoidismo 
congênito 
TSH 
Anemia falciforme e 
outras 
hemoglobinopatias 
Avaliação das 
hemoglobinas 
Fibrose cística Tripsina 
Imunorreativa 
Hiperplasia congênita 
da suprarrenal 
17 OH 
Progesterona 
Deficiência de 
Biotinidase 
Atividade de 
Biotinidase 
Toxoplasmose 
congênita 
 
Hipotireoidismo 
congênito e 
Deficiência de TBG 
(Globulina ligadora 
de Tiroxina T4) 
TSH e T4 
Aminoacidopatias e 
Distúrbio do Ciclo da 
Ureia 
Análise 
qualitativa dos 
aminoácidos 
(MS/MS*) 
Distúrbios da Beta 
Oxidação dos Ácidos 
Acilcarnitinas 
(MS/MS*) 
 
BRENDA RODRIGUES GENÉTICA 3° SEMESTRE 
Graxos e das 
Acidemias Orgânicas 
Deficiência de Acetil-
CoA 
Desidrogenase de 
Cadeia Média 
Acilcarnitinas 
para 
deficiência de 
MCAD 
(MS/MS*) 
 
Galactosemias Galactose total 
Deficiência de G6PD Atividade de 
G6PD 
 
Sífilis congênita IgM anti-
Treponema 
Pallidum 
 
Doença de Chagas Anticorpos 
totais/IgG anti-
Trypanosoma 
cruzi 
 
Citomegalovirose IgM anti-
Citomegalovírus 
 
Rubéola congênita IgM anti-
Rubéola 
 
Tirosinemias Tirosina 
(MS/MS*) 
 
Doenças lisossômicas 
(Doença de Gaucher, 
Pompe, Fabry e MPS I) 
Perfil 
bioquímico 
para doenças 
Lisossômicas 
(MS/MS*) 
 
SCID, AGAMA e 
outras 
Imunodeficiências 
Congênitas 
Detecção de 
cópias de TREC 
e KREC 
 
Atrofia muscular 
espinhal (AME 5q) 
Triagem 
neonatal para 
Atrofia 
Muscular 
Espinhal – AME 
5q (SMA) 
 
AIDS/SIDA ou 
Soropositividade para 
HIV 
Anticorpo Anti 
HIV 1 e 2 
 
Surdez congênita Pesquisa da 
mutação 35 del 
G 
 
As diferenças entre os testes do pezinho estão na tecnologia utilizada para a análise e na quantidade de 
doenças e condições pesquisadas. 
 
Não confunda o teste do pezinho com a 
impressão do pezinho, à tinta, na 
carteira de Saúde da Criança. 
 
Em qualquer uma das situações, o pediatra, a maternidade ou o laboratório podem, a critério 
clínico/epidemiológico ou solicitação familiar, personalizar os testes de triagem, subtraindo ou acrescentando 
os exames disponíveis conforme a sua necessidade. 
 
BRENDA RODRIGUES GENÉTICA 3° SEMESTRE 
Teste da Orelhinha 
 
• Exame de triagem realizado por um fonoaudiólogo para avaliar a perda 
auditiva em RN normais, independente de fatores de risco, pois a possibilidade 
de surdez na população em geral é de 3:1.000 bebês/nascidos vivos 
 
• O exame (Emissões Otoacústicas [EOA]) consta na colocação de um 
fone acoplado a um minicomputador na orelha do bebê, produzindo sons de 
fraca intensidade e recolhendo a resposta que a orelha interna normal produz 
 
o Deve-se estar atento para que não haja secreções no ouvido do bebê, 
situação em que poderia simular um teste falso-positivo 
 
Teste do Olhinho 
• Consiste na avaliação clínica e exame com oftalmoscópio direto 
nos olhos do RN, realizada por um pediatra ou neonatologista, na sala 
de parto ou ocorrendo a alta hospitalar, através da Pesquisa do 
Reflexo Vermelho 
 
• Se for notado um reflexo diferente entre os olhos (assimetria) ou a 
presença de um reflexo branco-amarelado (leucocoria), o RN deve ser 
avaliado pelo oftalmologista imediatamente, possibilitando o 
diagnóstico precoce de patologias, como catarata ou glaucoma 
congênito 
 
O SUS e a Triagem Neonatal 
• Com a reformulação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PTNT), iniciada em 2021, o Sistema Único 
de Saúde (SUS) passou: 
o A universalizar a TN a todo o território brasileiro 
 
o Criou o programa de capacitação técnica e gerencial para médicos, técnicos de laboratórios e 
coordenadoras de triagem neonatal de todos os estados 
 
o Passou a testar 6 doenças com o exame do pezinho, que inclui: 
▪ Fenilcetonúria: É um dos erros inatos do Metabolismo (EIM) causado por uma deficiência enzimática 
(ausência da enzima Fenilalanina-hidroxilase [FH], que converte a Fenilalanina em Tirosina), de origem 
autossômica recessiva, levando ao acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue; sem um 
diagnóstico precoce, a criança com fenilcetonúria provoca efeitos tóxicos no Sistema Nervoso Central 
(SNC); o tratamento precoce inclui uma dieta especial; 
▪ Frequência: 1:10000 RN 
 
▪ Hipotireoidismo congênito: deficiência de hormônios tireóideos causada pela incapacidade da glândula 
tireoide do recém-nascido em produzir quantidades adequadas dos hormônios, resultando em uma 
redução generalizada dos processos metabólicos; sem o diagnóstico precoce, a criança poderá 
desenvolver um retardo no crescimento e no desenvolvimento mental; o tratamento consiste na reposição 
dos hormônios deficitários 
▪ Frequência: 1:4000 RN 
 
▪ Doença falciforme e outras hemoglobinopatias: grupo de doenças que alteram a morfologia da 
hemoglobina, de origem autossômica recessiva; a hemoglobina normal, HbA, é substituída pela HbS, 
levando a hemácia a assumir a forma de uma foice (‘’falcizada’’) – o paciente falcêmico é homozigoto 
para HbS, enquanto os heterozigotos assumem o traço falcêmico; o paciente afetado apresenta quadros 
de anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular 
cerebral (AVC), maior susceptibilidade a infecções e sequestro esplênico; o tratamento através de 
antibioticoterapia profilática, suplementação com ácido fólico, além do seguimento clínico especializado 
▪ Frequência: 8:100000; Traço falciforme: 500:100000 
 
▪ Fibrose cística (mucoviscidose): doença hereditária, de origem autossômica recessiva causada por um 
aumento da viscosidade do muco devido a mutação no gene CTRF (Cystic fibrosis transmembrane 
condutance regulador), afetando os aparelhos digestivo e respiratório e as glândulas exócrinas, resultando 
em alterações no transporte transmembranar epitelial de Cl, Na e H2O; nos pulmões, pode bloquear as 
BRENDA RODRIGUES GENÉTICA 3° SEMESTRE 
vias aéreas, propiciando a proliferação bacteriana, levando à infecção crônica, lesão pulmonar e ao 
óbito por disfunção respiratória; no pâncreas, devido a obstrução pela secreção espessa, há uma perda 
de enzimas digestivas, levando à desnutrição; o tratamento consiste em acompanhamento médico 
regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica e fisioterapia 
respiratória e, em casos de complicações infecciosas, está indicada a antibioticoterapia de amplo 
espectro 
▪ Frequência: 1:2500 
 
▪ Hiperplasia adrenal congênita: conjunto de síndromes, de origem autossômica recessiva, resultante da 
alteração em enzimas responsáveis pela síntese de cortisol nas glândulas adrenais e, em alguns casos, 
aldosterona e pelo acúmulo de precursores; os sintomas clínicos estão correlacionados com o grau da 
deficiência enzimática, podendo incluir vômitos, desidratação, hipotensão, ganho ou perda inadequada 
de peso, hiponatremia (menor concentração de sódio/sangue), hiperpotassemia (grande concentração 
de potássio/sangue), podendo progredir para virilização progressiva, crescimento excessivo, 
desenvolvimento ósseo avançado, puberdade precoce e baixa estatura na vida adulta; o tratamento 
deve ser contínuo ao longo da vida 
 
▪ Deficiência de biotinidase: doença metabólica, de origem autossômica recessiva, na qual ocorre uma 
depleção da biotina endógena devido à incapacidade de sua reciclagem ou do uso da biotina ligada às 
proteínas fornecidas pelos alimentos;os sintomas manifestam-se através de distúrbios neurológicos e 
cutâneos, tais como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, 
alopecia e dermatite eczematóide; o diagnóstico tardio pode fazer com que os sintomas progridam para 
distúrbios visuais e auditivos; o tratamento consiste na utilização de biotina (vitamina) em doses diárias 
▪ Frequência: 1:100.000 – 150.000

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