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Espinha Bífida É uma falha no fechamento da notocorda, seja no neuroporo anterior (26º dia) e/ou posterior (28º dia) resultando em alterações neuromotoras e somatossensoriais. As alterações neuromotoras são representadas pela hipotonia e ausência do movimento, enquanto que a alteração somatossensorial é representada pela não resposta ao estimulo. Se for neuroporo posterior se tem exposição da medula e meninges e se for anterior: cerebelo • Qual o motivo do não fechamento? Está relacionado a ausência do ácido fólico Anterior: → anencefalia – nasce sem a formação da calota craniana e dos hemisférios, a maioria morre no nascimento ou já nasce morto. → Encefalocele: pode ser frontal ou occipital, não produz a calota craniana e o quarto ventrículo continua migrando os neurônios, formando um grupo extra que, consequentemente, fica para fora. Não se tem deslocamento dos neurônios, se tem produção excessiva. → Meningocele: alteração de neuroporo posterior, apresenta somente as meninges expostas, pode causar alteração de sensibilidade. → Mielomeningocele: além de ter as meninges expostas se tem filos medulares, podendo ter ausência de algumas vértebras. É a que mais ocorre e é mais lombar. Não existe motivo específico. A espinha bífida ocorre mais no sexo feminino, sem motivo aparente. O número de casos aumentou devido a vontade de emagrecer das mulheres. O que mais tem ácido fólico: fígado, língua e verduras escuras. → Diagnostico: através da ultrassonografia (no primeiro), se vê um alargamento das vertebras. No segundo ultra ou no terceiro observam a bolsa. Pode ser feito também um exame para ver os níveis anormais de alfa-fetoproteina no líquido amniótico, é desnecessário pois o ultrassom já mostra, além de ser perigoso por ter que fazer uma punção. Níveis neurológicos: → Encefalocele: alteração de equilíbrio, coordenação e sensibilidade, além do atraso nas aquisições do marco motor → Meningocele ou mielomeningocele: as características estão presentes de acordo com o nível neurológico (altura da lesão). Classificação: ↳ Meningocele e mielomeningocele cervical: a lesão ocorre de C6 e C7. A criança é cadeirante, não vai tem ação motora em membro inferior, falta de ativação da musculatura do quadril e pobre ativação da musculatura de tronco. Consegue ter um pouco de ação de bíceps e punho. ↳ Torácico: T1 e vai até T10, nível C8. Não apresenta movimentação ativa nos quadris ou MMII, sua marcha durante a infância é realizada com auxilio de muletas e na fase adulta se faz utilização de cadeira de rodas. Tudo ok em MMSS. Usa-se o tipo de órtese pelvepodálica e andador. Tende a ser gordinho, pois também tem alteração no centro de fome. ↳ Lombar Alto: T11 e T12 a L3. Nos MMII se tem um pouco de adutores de quadril, extensores de joelho, não tem gastro, tem um pouco de quadríceps. ↳ Lombar Baixa: L4 a L5. Função de psoas, adutores, quadríceps, flexores mediais dos joelhos, eventualmente tibial anterior e glúteo médio. Para deambulação se faz o uso de orteses supodálicas e bengalas canadenses. ↳ Sacral: tudo de membro superior, de tronco, quadril, MMII tudo, inclusive a flexão plantar. Ele vai ter instabilidade de manter o pé em neutro, cai com uma inversão ou uma eversão, depende do elemento postural e o peso. Faz-se o uso de palmilhas. Os reflexos estão ausentes. Se faz a cirurgia, retira a bolsa. O que tem dentro da bolsa? Filos medulares e meninges, outros tecidos, cabelo, tecido gorduroso, é uma massa. Tem que conseguir manter os filos íntegros. Em alguns lugares se fazem com o laser, pegam os tecidos e não os filos. Tem se também a cirurgia intrauterina, faz uma abertura, localiza-se onde está a alteração, guarda os filos e fecha, tem que ser feito da 16 a 24 semana. Hidrocefalia: é um aumento do liquido cefalorraquidiano no encéfalo, ocorre pela estenose (o quarto ventrículo produz o liquido, desce pela medula e retorna para ser absorvida, mas se tem uma cirurgia em algum lugar e não consegue ser feito o retorno, tendo um acumulo), atresia ou compressão do aqueduto de Sylvius. • O que se faz? Coloca uma válvula no ventrículo e tem a liberação no peritônio para absorção. Ela fica interna, a sonda passa abaixo da pele. Ela dura em torno de 10 anos, dependendo do crescimento das crianças, e em adultos pode durar de 30 a 50. • Quais os perigos? Se a sonda dobrar (precisa ser feito outra cirurgia) e se ela parar de passar. • Quais as características de sonda dobrada? Febre, vômito e inchaço de glabela. Se tem microcefalia associada. • Quais são as características? A criança se ela nasce com ela, nasce com um aumento e pode ter um aumento do diâmetro da cabeça e pode apresentar febre. Classificação Arnold-Chiari Tipo I: deslocamento caudal das amígdalas cerebelares através do forâmen magno. Tipo II: pronunciado deslocamento caudal do cerebelo, do bulbo, da região inferior da ponte e do 4º ventrículo para o interior da canal vertebral e herniação das amígdalas. Tipos III: todo o cerebelo está deslocado e hipotonia muscular (encefalocele cervical). Tipo IV: hipoplasia cerebelar, poligiria, aumento da massa intermédia do tálamo. (NÃO ESTÁ ASSOCIADA A ENCEFALOCELE) Cognitivo e intelecto perfeito, tem o desenvolvimento atraso nos primeiros dois anos de vida. Síndrome da medula presa Após o fechamento da bolsa, o filium pode permanecer aderido e não migrar para seu ambiente habitual, com o crescimento da criança a medula começa a ser tracionada e estirada, apresentando espasticidade, clônus, alterações de sensibilidade e dor na cicatriz. Pode apresentar hidromielia que é o acumulo de liquor na medula, gerando um efeito compressivo na medula, causando fraqueza, hipotonia dos membros superiores, escoliose, perda de sensibilidade e movimentos. Se tem dificuldade da passagem de info pelo corno anterior e posterior. → Deformidades dos membros inferiores → Quadril: flexão – abdução – rotação externa: devido a postura viciosa de abandono dos membros; Flexao – adução: ação isolada dos flexores e adutores (desequilibro) → Luxação → Pé: equino-cavo-varo. Fraturas: mobilidade está diminuída, ocorre uma menor fixação do cálcio ao tecido ósseo, os ossos ficam mais frágeis e susceptíveis, além da ausência de sensibilidade e propriocepção. Ela não sente, mas é ativa (Tratamento) • Cirúrgico: fechamento das costas, colocação de dreno e correção de deformidades musculoesqueléticas. Procedimento: O útero e exteriorizado e o líquido amniótico é armazenado, o feto é anestesiado por via transplacentária e logo em seguida se faz uma abertura no útero, onde o neurocirurgião realiza a correção da coluna do feto, após a correção o líquido amniótico é recolocado no útero e o mesmo é recolocado no ventre. • Fisioterápico → Avaliação: Diagnóstico médico fechado, porém fazer avaliação funcional, definir objetivos e tratamento. → Anamnese: Abordar informações desde o período pré-conceptual (alimentação), gestação (pré- natais,movimentação do feto, alguma intercorrência, até momento atual (patologias associadas, desenvolvimento. ↳ Fisioterapia convencional: etapas motoras (atraso motor), posicionamento e manuseio. ↳ Integração Sensorial: Estímulos sensoriais e proprioceptivos ↳ Treino de Deambulação ↳ Fisioterapia Respiratória ↳ Órteses ↳ Orientações
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