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Pré e pós operatório

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1 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC CIRURGIA 
JULIANA OLIVEIRA 
AVALIAÇÃO 
PRÉ-OPERATÓRIA 
INTRODUÇÃO 
É importante perceber que o preparo pré-operatório de um 
paciente abrange desde o atendimento no consultório, 
atendimento a pacientes internados, até a avaliação de um 
paciente no serviço de emergência. 
As formas de avaliação pré-operatória diferem dependendo 
da natureza da queixa, da intervenção proposta, das 
comorbidades dos pacientes, da avaliação dos fatores de 
risco, dos resultados das investigações direcionadas e das 
intervenções que otimizam o quadro geral e o preparo do 
paciente para a operação. 
Importante: 
o Não existe cirurgia sem risco; 
o Com o aumento da expectativa de vida, opera-se cada 
vez pessoas mais idosas e consequentemente as 
cirurgias possuem maior risco de complicações. 
o Principais fatores: 
Condição do paciente; 
Local/tipo de intervenção proposta; 
Tipo de anestesia; 
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERTÓRIA 
➔ Objetivos: 
o Determinar o risco do procedimento proposto. 
o Minimizar riscos conhecidos, sejam os riscos do 
procedimento em si ou do paciente. 
 
➔ Como? 
o Identificando comorbidades desconhecidas ou fatores 
de risco. 
o Otimizando condições medicais no pré-operatório e 
para isso é necessária uma boa comunicação, para 
evitar que haja divergência entre solicitante e 
solicitado. 
 
Uma avaliação completa deve ser feita e novas 
sugestões devem vir junto com a proposta 
cirúrgica: 
Consulta inicial; 
Anamnese; 
Exame físico; 
Identificar comorbidades e alergias; 
Definir necessidade de exames complementares; 
Avaliação com especialistas; 
Estabelecer diagnóstico, incluindo alergias; 
Propor tratamento cirúrgico; 
Aplicar temo de consentimento livre e esclarecido; 
Estabelecer vínculo médico-paciente-família; 
 
➔ Definição: 
o Análise clínica que tem a finalidade de mensurar o risco 
de complicações nos pacientes cirúrgicos e questões 
interorgânicas. 
 
➔ Objetivo: 
o Identificar fatores de risco e adotar medidas para 
corrigir, controlar ou estabilizar os fatores, reduzindo 
eventos adversos. 
 
➔ Como avaliar o paciente? 
o História clínica e exame físico, identificando fatores de 
risco e doenças coexistentes. 
o Exames complementares, analisando idade, sexo, 
doenças associadas e tipo de cirurgia. 
o Avaliações especializadas, identificando se há doenças 
graves associadas e também em doenças controladas. 
 
➔ Exames pré-operatórios: 
Pacientes hígidos!! 
o ECG (>40 anos em homens e >50 anos em mulheres); 
o RX de tórax (>60 – 65 anos) 
o Hemograma (procedimentos com risco de 
sangramento > 500 ml) 
o Creatinina (>40-50 anos) 
o Glicemia (>40-45 anos) 
o Sumário de urina (se indicação de sondagem vesical) 
o B-HCG (mulheres em idade fértil). 
 
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO 
O sistema de estratificação de risco de anestesia da 
sociedade de anestesia (ASA): 
I. Paciente normal e saudável 
II. Paciente com doença sistêmica leve. Incluindo IMC 30 
– 40, DM controlado, fumantes. 
III. Paciente com doença sistêmica grave que limita 
atividade, mas não o deixa incapacitado, incluindo DM 
não controlado, IMC >40, dependentes químicos. 
IV. Paciente com doença que o deixa incapacitado e que é 
uma ameaça constante à vida. 
V. Paciente moribundo, que não tem expectativa de 
sobreviver 24h com ou sem uma operação. 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Consiste em avaliar o riso de complicações cardíacas em 
procedimentos não cardíacos. 
Preconiza-se uma avaliação, sobretudo com o especialista 
se o paciente for: 
o Hipertenso (PA <140 x 90 mmHg) 
o ICC 
o DAC 
o Arritmias 
 
 
2 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC CIRURGIA 
JULIANA OLIVEIRA 
 Exames: 
o ECG 
o Ecocardiograma 
o Teste ergométrico 
o Ergoespirometria 
o Cintilografia miocárdica 
o CATE 
Conforme a avaliação do cardiologista tem-se a realização 
de procedimentos mais invasivos como cintilografia e 
CATE, sendo necessário adiar a cirurgia para colocar o 
paciente “a par” da situação cardiológica, visto que, todo 
procedimento gera uma resposta endócrino metabólica, de 
modo, que é uma resposta adrenérgica, e o corpo não 
consegue distinguir se é um trauma para benefício próprio 
ou um acidente, respondendo sempre da mesma forma, 
como se fosse algo ruim para o organismo, logo, se existe 
uma descompensação é preciso ser cessada antes, pois, 
esse mecanismo endócrino metabólico vai exigir do 
coração. 
➔ Riscos cardiológicos: 
Se o paciente faz uso de algum medicamento 
continuamente, deve-se manter o uso habitual. 
o Os pacientes podem necessitar de revascularização 
miocárdica, modificação na escolha da anestesia ou uso 
de monitoramento invasivo intra-operatório. 
o Deve-se aguardar 4-6 semanas após angioplastia. 
o Aguardar 4-6 semanas após infarto, p.ex. 
o 2 lances de escada = Sem ter dispneia, é um fator 
marcante, indicando que o paciente não precisa de um 
especialista. 
SISTEMA PULMONAR 
A função pulmonar também é importante ser estratificado, 
principalmente para cirurgias torácicas e andar superior do 
abdome. 
o Indivíduos com idade superior a 60 anos com doença 
pulmonar de base, fumantes ou com sintomas 
pulmonares. 
o A estratificação normalmente se inicia com um RX de 
tórax e espirometria: VEF1, capacidade vital forçada e a 
capacidade de difusão do monóxido de carbono. 
o Fatores gerais de complicações: 
Idade avançada; 
Nível de albumina baixo; 
Estado funcional dependente; 
Perda de peso ou obesidade. 
o Comorbidades: 
AVC, ICC, IRA, uso crônico de esteroide e transfusões 
sanguíneas. 
o Fatores pulmonares: 
DPOC, tabagismo, produção de escarro, pneumonia, 
dispneia e apneia obstrutiva do sono. 
o Intervenções pré-operatórias: 
Suspensão de cigarro (> 2 meses), terapia 
broncodilatadora, tratar infecções existentes (ATB), 
pré-tratamento da asma. 
SISTEMA RENAL 
Existem fatores de risco concomitantes para as doenças 
cardiovasculares, circulatórios, hematológicos e 
metabólicos que são secundários a disfunção renal, por 
conta disso, é fácil compreender que alguns exames, ainda 
que não tenha relação com os rins, são importantes, como 
p.ex. ECG, além disso, os exames laboratoriais e 
hemograma completo também são importantes. 
Paciente renal crônico com anemia, ainda que se entenda 
que é consequência do problema renal, deve ser solicitado 
a dosagem de eritropoetina no pré-operatório. 
Pode necessitar de hemodiálise no perioperatórios, fazendo 
controle de volumes e eletrólitos, paciente dialíticos devem 
dialisar no pré-operatório, podendo necessitar também no 
pós-operatório. 
Deve-se atentar para a metabolização de agentes 
anestésicos e medicamentos, evitar drogas nefrotóxicas de 
efeito prolongado, principalmente em pacientes que 
possuem doença renal crônica não dialítica. 
SISTEMA HEPATOBILIAR 
Sua estratificação é feita com base nos exames de função 
hepática, p.ex. bilirrubina, albumina, fibrinogênio, 
protrombina e fator V. 
A prova de função hepática quer medir como está a 
saúde da função metabólica do fígado 
Deve-se fazer provas inflamatórias e colestáticos p.ex. 
TGO, TGP, FA e GGT. 
Etiologia das hepatopatias, para saber se é possível reverter 
o fator agressivo do fígado, fazendo p.ex. sorologias para 
hepatite. 
É necessário averiguar se há hepatite aguda, pois, caso haja 
é necessário adiar oprocedimento por algumas semanas. 
A presença de infecção eleva o risco cirúrgico. 
➔ Estratificação da função hepática: É a classificação de 
Child Pugh, baseada na taxa de mortalidade das 
principais afecções. 
 
3 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC CIRURGIA 
JULIANA OLIVEIRA 
SISTEMA ENDÓCRINO 
➔ Diabetes melitos; 
A diabetes melitos é uma das doenças mais prevalentes 
do mundo, principalmente pelo fato desses pacientes 
possuírem várias macro e micro angiopatias, logo, é 
fundamental estratificar a saúde de outros órgãos como o 
coração, afecções circulatórias e retinopatias. 
Como exames complementares, é importante que o 
endocrinologista já peça a glicemia com hemoglobina glicada 
pois faz uma investigação dos 3 meses transcorridos, deve-
se averiguar eletrólitos, ureia, creatinina para analisar se há 
alterações renais e um ECG para averiguar alterações 
renais e cardíacas. 
É necessário suspender antidiabéticos orais no pré-
operatório como sulfonilureias e metformina. 
A insulina não deve suspensa, mas deve ser remanejada de 
forma criteriosa. A insulina de longa ação deve ser 
suspensa, já as de ação rápida devem ter sua dose reduzida, 
uma vez que esse paciente vai estar em jejum para o 
procedimento, a fim de evitar hipoglicemia, deve-se preferir 
operar esse paciente nas primeiras horas do dia e utilizar 
solução glicosada no intraoperatório com insulinas de 
duração rápida sob demanda. 
Níveis de glicose no perioperatórios: 80 a 150 mg/dL, 
aumentando o risco de hipoglicemia, aumento o risco 
eminente de morte. É preconizado que haja uma tolerância 
maior se concentrando entre 110 a 180 mg/dL. 
Pós operatório: 
o Glicemia capilar a cada 4 horas. 
o Insulina de curta duração de acordo com glicemia 
(basal + bolus). 
o Atentar para a alimentação do paciente. 
Os melhores controles glicêmicos estão associados com 
melhores resultados no pós operatório, sobretudo, com as 
taxas de infecção, desse modo, quanto maior o descontrole 
glicêmico, maior a taxa de infecção intra-hospitalar. 
Insulinas: 
Tem-se no mercado hoje uma variedade de insulinas, de 
acordo com seu início, efeito máximo e duração, podendo 
escolher o melhor para o perfil e a condição de cada 
paciente. 
o Ação rápida (lispro) e curta (regular): É indicado 
suspender após jejum, realiza a correção de 
hiperglicemia. 
o Ação intermediária (NPH) e longa ação (glargine): 2/3 
da dose noturna na noite anterior e ½ na manhã no dia 
da cirurgia. 
o Dosagens frequentes de glicemia e correção com 
insulina de curta ação. 
o Iniciar solução glicosada 5% ou 10% na manhã da 
cirurgia. 
 
➔ Doença tireoidiana: 
A tireoide é um outro órgão muito importante, levando em 
conta a função tireoidiana. 
 
Hipertireoidismo: 
o O paciente com hipertireoidismo descompensado deve 
ter seu procedimento adiado, visto que há risco de 
crise tireotóxica. 
o Os pacientes com a condição controlada devem 
manter seus medicamentos como p.ex. propiltiluracil, 
metilmazol, betabloqueadores ou digoxina, para que 
mantenham o controle da função tireoidiana. 
 
Hipotireoidismo: 
o Esses pacientes precisam ter a reposição do hormônio 
tireoidiano e esses hormônios, no perioperatório, deve 
se manter aumentado devido à demanda. 
 
➔ Usuários crônicos de corticosteroides: 
Tem-se a supressão do eixo hipotálamo – hipofisário; 
50 a 75 mg/dia de hidrocortisona por um ou dois dias 
(procedimentos menores). 
100 a 150 mg/dia de hidrocortisona por dois a três dias 
(procedimentos maiores. 
 
ATENÇÃO: 
O cortisol é o principal hormônio da resposta endócrino 
metabólica ao trauma, ou seja, sempre que o corpo é 
agredido de alguma maneira, há uma elevação de cortisol 
plasmático, os indivíduos que fazem uso de exógeno tem o 
seu eixo hipotálamo hipofisário suprimido, logo, esses 
indivíduos devem ter, conforme a magnitude do trauma, a 
dosagem do cortisol aumentada, para que mimetize a curva 
de resposta endócrino metabólico ao trauma, sobretudo 
nos 3 ou 4 primeiros dias, isso nos indivíduos que não tem 
complicação no pós operatório. 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
➔ Paciente com imunossupressão: 
o Tem maior risco de complicações de ferida operatória 
e infecção. 
o HIV: Manter imunossupressão. 
SISTEMA HEMATOLÓGICO 
➔ Anemia: 
o Anormalidade laboratorial mais frequente no pré-
operatório. 
o Exames complementares para averiguar: 
Hemograma completo, reticulócitos, perfil de ferro 
(ferro sérico, capacidade total de ligação de ferro, 
ferritina), ácido fólico, vitamina B12. 
o Tratamento pré-operatório. 
o Transfusão sanguínea: Em geral não são necessárias, 
mas quando necessária atentar-se aos pacientes 
 
4 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC CIRURGIA 
JULIANA OLIVEIRA 
testemunha de jeová, pois, não aceitam tal 
procedimento. 
 
➔ Coagulação: 
o História pessoal ou familiar de sangramentos 
anormais. 
o Transfusão de plaquetas quando menor que 50 mil. 
O paciente submetido a terapia com anticoagulante deve 
ser avaliado caso a caso, dentro do possível o 
anticoagulante deve ser suspenso ou revertido no pré-
operatório. 
o Anticoagulantes: 
- Warfarin: Suspender no pré-operatório. 
- Heparina não fracionada – 6h antes da cirurgia. 
- Heparina de baixo peso molecular – 12h antes da 
cirurgia. 
- Filtro de veia cava no pré-operatório: Pacientes com 
embolia pulmonar ou TVP proximal recentes (menos 
de 2 semanas). 
- Profilaxia de TEV – protocolos institucionais. 
 
ESTADO NUTRICIONAL 
Os nossos músculos são a nossa reserva energética e 
metabólica. 
o Perda ponderal > que 10% nos últimos 3 meses ou 5% 
em um mês. 
o Nível de albumina, caquexia, dentição podre, ascite ou 
edema periférico. 
o Suporte nutricional: 
Todos os incapazes de usar dieta normal. 
5 a 10 dias antes da cirurgia. 
Nasoenteral, parenteral ou ambas. 
o Desnutrição grave: 
Nutrição parenteral no pré-operatório por 7 a 10 dias. 
ANTIBIOTICOPROFILAXIA 
o São utilizados em cirurgias potencialmente 
contaminadas e infectadas, 
o Administrado antes da incisão. 
o Repetições da dose de acordo com meia vida e da 
cirurgia. 
o Objetivo de reduzir risco de complicações infecciosas 
no pós-operatório. 
Infecção de sítio operatório superficial e profundo. 
Importante: Endocardite infecciosa. 
PREPARO INTESTINAL 
o Antibióticos orais: 
Podem aumentar o risco de infecção pós-operatória 
por clostridium difficile. 
o Preparo mecânico do cólon pode aumentar o risco de 
deiscência e infecção, podendo tornar as fezes do 
indivíduo mais líquidas, podendo contaminar mais 
facilmente o sítio inflamatória. 
o É preferencial deixar as fezes sólidas, as quais causam 
menos complicações no pós-operatório. 
MEDICAMENTOS 
Deve-se manter: 
o Drogas cardíacas: Betabloqueadores e antirrítmicos. 
o Drogas pulmonares: Inalantes e nebulizantes. 
o Anticonvulsivantes. 
o Anti-hipertensivos. 
o Drogas psiquiátricas. 
 
Deve-se suspender: 
o Redutores de lipídeos e vitaminas no dia. P.ex. estatinas 
o Antiagregantes plaquetários: AAS e clopidogrel (7 a 10 
dias antes). 
o AINEs (1 dia antes), principalmente nos grupos de 
risco. 
o Estrogênio (4 semanas antes) 
o Medicamentos naturais (1 a 7 dias antes) 
JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO 
Normalmente o anestesiologista fica à frente desse 
processo, pois, há um maior risco de aspiração no processo 
de intubação. 
o Riscode aspiração/regurgitação. 
o Sólidos de 6 a 8 horas. 
Obs: Leite e derivados do leite, devido ao seu alto teor 
de gordura que lentificam o esvaziamento gástrico, 
devem estar inclusos nesse tópico. 
o Líquidos de 2 horas. 
CONSULTA PRÉ – ANESTÉSICA: 
o Orientações quanto ao jejum pré-operatório. 
o Avaliação de via aérea difícil, principalmente em casos 
de anestesia geral. 
o Medicação sedativa pré-anestésica. 
o Revisão das medicações de uso habitual e alergias. 
o Considerar reserva de hemoderivados/tipagem. 
o Considerar reserva de unidade fechada. 
 
5 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC CIRURGIA 
JULIANA OLIVEIRA 
CUIDADOS 
PÓS-OPERATÓRIO 
o Tem-se alterações súbitas das funções fisiológicas e 
metabólicas normais. 
o Variam de acordo com o tipo e porte da cirurgia. 
o Dor, jejum, perda sanguínea, redução de perfusão 
tissular e distúrbios funcionais de órgãos. 
o Objetiva-se fazer a manutenção da homeostase, 
controle da dor, prevenção e detecção de 
complicações. 
 
➔ Sala de recuperação pós-anestésica: 
o Permanência de 1 a 3h 
o Monitoramento dos sinais vitais. 
o Retorno à função basal dos sistemas cardiovascular, 
respiratório e neurológico. 
o Escala de Aldrete e Kroulik >8 
o Destino: Quarto 
Unidade fechada não precisa de CRPA. 
 
➔ Como avaliar? 
 
 
➔ Exames complementares: 
Variam de acordo com a demanda do paciente e da rotina 
em cirurgias maiores (tipo de procedimento, tipo de 
anestesia, etc). 
 
➔ Prescrição médica: 
o Repouso: Relativo, ao leito, cabeceira elevada à 30º. 
o Dieta; 
o Reposição de hidroeletrolítico e analgesia. 
o Medicações especiais p.ex. antibiótico. 
o Sintomáticos: Analgesia, antiemético, antipirético. 
o Profilaxia de TEV, gastrite de estresse e antibiótico. 
o Medicamentos de uso habitual. 
o Cuidado com cateteres e drenos. 
o Cuidados funcionais: fisioterapia motora e respiratória. 
o Curativos. 
 
➔ Repouso: 
o Deambulação precoce. 
o Cabeceira elevada a 30º. 
o Fisioterapia motora e respiratória. 
o Prevenção de atelectasia. 
 
➔ Nutrição: 
o Necessidade basal de 400 kcal/dia em jejum 
- SG 5% 500ml = 25g glicose = 100kcal 
o Dieta oral precoce; 
 
o Fatores importantes: 
Condições pré-operatórias, estado nutricional, intensidade 
do trauma operatório, complicações, idade. 
o Reposição de eletrólitos: 
- Perdas diárias: 
800 a 1500 ml urina; 250 ml fezes; 600 a 900 ml perdas 
insensíveis p.ex. suor. 
 
o Necessidade diária: 
Água: 25 a 30 ml/kg/dia (20 a 25 ml/kg/dia) 
Na: 1 a 2 mEq/kg/dia 
K: 0,5 a 1 mEq/kg/dia 
 
Reposição volêmica: 
- Soro fisiológico; 
- Ringer lactato; 
 
Controle glicêmico: 
- Soro glicosado 5 ou 10%; 
- Glicemia entre 110 a 180 (200) mg/Dl; 
- Glicemia capilar 2/2h, 4/4h, 6/6h. 
- Insulina ação rápida se necessário. 
- Hipoglicemia; 
 
6 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC CIRURGIA 
JULIANA OLIVEIRA 
- Glicose hipertônica 25 ou 50%; 
 
➔ Antibiótico: 
Depende muito da indicação. 
 
 
➔ Analgesia: 
o Operações em andar superior de abdome e tóraz 
produzem mais dor. 
o Permanência de drenos também aumenta a intensidade 
da dor. 
o Principais medicamentos utilizados: 
- Analgésico simples (dipirona e paracetamol); 
- AINES; 
- Opióides (>60 ou comorbidades, o analgésico de 2ª 
linha passa a ser o opioide); 
- Outros: Bloqueios – epidural, bloqueio de nervos 
periféricos, raquimedular. 
 
 
 
Alterações fisiológicas da dor: 
o Aumento da FC; 
o Aumento da PA; 
o Aumento da resistência vascular periférica; 
o Aumento do trabalho cardíaco; 
o Hipoxemia e retenção de Co2; 
o Atelectasias (restrição ventilatória); 
o Dificuldade de tossir; 
o Diminuição do volume corrente, da capacidade residual 
funcional e alterações na ventilação/perfusão. 
o Náuseas, vômitos e íleo paralítico. 
o Oligúria. 
o Retenção urinária. 
o Ansiedade, medo. 
o Fadiga. 
o Falta de sono. 
o Imunossupressão. 
o Dor muscular. 
o Estenose venosa. 
o Tromboembolismo. 
 
➔ Antieméticos: 
o Anestesia geral e procedimentos de trato digestivo alto 
e via biliar. 
o Vômitos – dor e risco de deiscência. 
o Procinéticos – metoclopramida, bromoprida. 
o Ação central – dramin, ondansetrona. 
 
➔ Profilaxia de TEV: 
Fatores de risco: 
o Idade, obesidade, ACO, doenças cardiovasculares, 
câncer, traumatismo em MMII, imobilização 
prolongada. 
o Depende do risco cirúrgico – protocolos institucionais. 
o Baixo risco: Deambulação precoce e meias elásticas. 
o Risco moderado/alto: Heparina não fracionada ou de 
baixo peso molecular, filtro de veia cava. 
o Profilaxia mecânica: Meias elásticas, compressão 
pneumática de MMII, deambulação precoce. 
o Profilaxia farmacológica: Heparina não fracionada ou de 
baixo peso molecular. 
 
➔ Gastrite de estresse (lesão aguda de mucosa gástrica): 
o Grandes queimados, trauma grave e choque 
hipovolêmico, sepse, insuficiência respiratória e 
insuficiência de múltiplos órgãos. 
o Multifatorial. 
o Medicamentos: 
- IBP; 
- Bloqueadores de receptores H2; 
- Antiácidos; 
- Sucralfate; 
o SNG ou CNG: 
- Íleo no PO; 
- Aspiração gástrica; 
- Cirurgias trato digestivo superior. 
- Retirar quando drenagem menor que 400 ml e RHA 
presente. 
o Cateter vesical de demora: 
- Retirar quanto antes. 
o Drenos: 
- Terapêutico ou profilático: Tubulares, laminares, 
túbulo laminar. 
- Fechados ou abertos. 
- Não deve ser rotina, retirar assim que possível. 
o Curativos: 
- Mantidos nas primeiras 24 – 48 horas desde que 
limpos e secos. 
- Curativos especiais: Opsite, tegaderm (permanecem 
por até 5 dias). 
- Evitar antissépticos e desinfetantes. 
- Infecção (abertura da ferida). 
 
➔ Prescrição padrão: 
o Repouso seletivo com estímulo à deambulação. 
 
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4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC CIRURGIA 
JULIANA OLIVEIRA 
o Dieta branda quando bem acordado. 
o O2 sob cateter nasal 3l/min SN 
o SG 5% 500 ml + NaCl 20% ou ringer lactato 500 ml. 
Uso: Endovenosa, contínuo, 84 ml/h ou 28 gotas/min. 
o Cefazolina 2g, endovenosa, dose única. 
o Dipirona 2g, endovenosa, 6 em 6h. 
o Tramadol 100 mg, endovenosa, 8 em 8h, se dor 
intensa. 
o Metoclopramida 10mg, endovenosa, 8 em 8h. 
o Heparina 5.000 UI, subcutâneo, 8 em 8h. 
o Reconciliação medicamentosa. 
o Fisioterapia motora ou respiratória. 
o Sinais vitais de 6 em 6h.

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