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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação Presencial – AD 1 Período – 2019/2 Disciplina: ESTATÍSTICA II Coordenador da Disciplina: FLÁVIO FERREIRA Aluno: Sergio Ferreira Bastos Polo: Belford Roxo Matrícula: 18117160131 Curso: Engenharia de Produção 1) Uma dada empresa adquiriu um grande carregamento de discos de aços com especificação de dureza de 250 HB. Uma amostra de 21 discos foi analisada e obteve-se a média X =258 HB e desvio padrão S= 5 HB. Determine o intervalo de confiança para média da população com 97,5% de confiança. Comentários: Como a variância da População é desconhecida, deve-se utilizar a variância amostral (S2) Como estimador da qualidade da variância da População (σ2). Além disso, a amostra tem tamanho menor que 30, sendo, nesses casos, utilizada a distribuição de probabilidade t de Student para determinar o intervalo de confiança para a média da População. Dados: μ = 250HB; X̅ = 258HB; S = 5HB; α = 1 − 97,5% = 0,025; v = 21 − 1 = 20; n = 21. Solução: Equação do Intervalo de Confiança para a média, P (�̅� − 𝑡𝛼 2;𝑣 ∗ 𝑆 √𝑛 < 𝜇 < �̅� + 𝑡𝛼 2;𝑣 ∗ 𝑆 √𝑛 ) = 1 − α O valor de 𝑡𝛼 2 ;𝑣 é tabelado e vale: 𝑡0,025 2 ;20 = 2,4231. Assim, substituindo os valores numérico, temos: P (258 − 2,4231 ∗ 5 √21 < 𝜇 < 258 + 2,4231 ∗ 5 √21 ) = 1 − 0,025 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro P(258 − 2,6438 < 𝜇 < 258 + 2,6438) = 0,975 P(255,3562 < 𝜇 < 260,6438) = 0,975 Conclusão: O Resultado obtido mostra que a dureza média do carregamento de discos de aço está no intervalo de 255,36 BH à 260,64 BH, com 97,5% de confiança. Como a Média da Dureza especificada no carregamento é de 250HB, podemos concluir que, para 97,5% de confiança, o carregamento não atende as especificações contratadas, pois 250HB está fora do Intervalo obtido. 2) Um importador comprou 2000 caixas de laranjas de um fornecedor brasileiro. A qualidade garantida pelo fornecedor é de no máximo 5% de laranjas não-conformes. Para verificar a qualidade, o importador analisou as laranjas de 3 caixas com 150 unidades cada, das quais encontrou-se um total de 13 laranjas não-conformes. Teste a hipótese de o carregamento satisfazer a especificação de qualidade (com 95% de confiança). Comentários: Trata-se de um problema envolvendo Proporção populacional, cuja distribuição de probabilidade á dada pela distribuição binomial. Nestes casos (para grandes amostras: >= 30), a distribuição binomial é aproximada pela distribuição normal para a construção de intervalos de confiança. Como não foi dado o parâmetro populacional (p) que identifica a quantidade de laranjas não-conformes, o mesmo terá que ser estimado pela fração (f) de laranjas não-conformes apresentadas na amostra. Dados: N = 2.000 ∗ 150 = 300.000; 𝑝 = 5% = máximo de 0,05; f = 13 450 = 2,89% = 0,0289; α = 1 − 95% = 0,05; n = 450. Solução: Equação do Intervalo de Confiança para proporção, P (𝑓 − 𝑧𝛼 2 ∗ √ 𝑓(1−𝑓) 𝑛 < 𝑝 < 𝑓 + 𝑧𝛼 2 ∗ √ 𝑓(1−𝑓) 𝑛 ) = 1 − α. O valor de 𝑧𝛼 2 é tabelado e vale: 𝑧0,05 2 = 1,96. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Assim, substituindo os valores numérico, temos: P (0,0289 − 1,96 ∗ √ 0,0289(1−0,0289) 450 < 𝑝 < 0,0289 + 1,96 ∗ √ 0,0289(1−0,0289) 450 ) = 1 − 0,05. P(0,0289 − 0,01548 < 𝑝 < 0,0289 + 0,01548) = 0,95 P(0,01342 < 𝑝 < 0,04438) = 0,95 Conclusão: O Resultado obtido mostra, com uma confiança de 95%, que o fornecedor cumpriu com o prometido de entregar a carga de laranjas com, no máximo, 5% de Laranjas não-conformes. Pode se observar que a estimativa de laranjas não-conformes entregues pelo fornecedor está entre 1,3% e 4,4%, o que faz com que o carregamento de caixas de laranjas seja aprovado. 3) Um engenheiro suspeita que os resultados de 2 máquinas de sua empresa estão com resultados diferentes. Para verificar esta suspeita, ele mede os resultados de cada máquina e obtém: Máquina Dados das Máquinas n �̅� S Máquina A 12 15,25 0,010 Máquina B 11 15,90 0,015 Determine o intervalo de confiança para diferença entre as médias, com 97,5% de confiança. Comentários: O intervalo de confiança para a diferença entre as médias permite comparar, com determinada porcentagem de confiança, o resultado da média apresentada pelas duas máquinas. No caso apresentado é conhecido apenas os valores amostrais das variâncias das máquinas (S2). É de se esperar que a variância (desconhecida) das duas máquinas seja a mesma, ou seja, variâncias iguais (𝜎𝐴 2 = 𝜎𝐵 2 = 𝜎2) e desconhecidas. Como 𝑆𝐴 2 e 𝑆𝐵 2 são dois estimadores não enviesados de 𝜎2, podemos combiná-los para obter um estimador comum ou ponderado (pelos graus de liberdade associados), 𝑆𝑝 2 identificado como variância conjunta (pooled). Vejamos: 𝑆𝑝 2 = (𝑛𝐴 − 1)𝑆𝐴 2 + (𝑛𝐵 − 1)𝑆𝐵 2 𝑛𝐴 + 𝑛𝐵 − 2 Assim a estatística do teste é dada por: T = (�̅�𝐴 − �̅�𝐵) − (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵) 𝑆𝑝√ 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 ~ 𝑡𝑛𝐴+𝑛𝐵−2 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Com isso, podemos determinar o intervalo de confiança para a diferença entre as médias populacionais: P (−𝑡𝛼 2 ,𝑣 < 𝑡𝑣 < 𝑡𝛼 2 ,𝑣) = 1 − α ⟹ P (−𝑡𝛼 2 ,𝑣 < (�̅�𝐴−�̅�𝐵)−(𝜇𝐴−𝜇𝐵) 𝑆𝑝√ 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 < 𝑡𝛼 2 ,𝑣) = 1 − α ⟹ P ((�̅�𝐴 − �̅�𝐵) − 𝑡𝛼 2,𝑣 ∗ √𝑆𝑝 2 ( 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 ) ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵) ≤ (�̅�𝐴 − �̅�𝐵) + 𝑡𝛼 2,𝑣 ∗ √𝑆𝑝 2 ( 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 )) = 1 − α Para verificarmos a hipótese que apresenta a igualdade entre as duas médias (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 = 0), utilizaremos a estatística do teste, substituindo 𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 por 0: t0 = (�̅�𝐴 − �̅�𝐵) − 0 𝑆𝑝√ 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 ~ 𝑡𝑛𝐴+𝑛𝐵−2 Com isso o teste é dado por: −𝑡𝛼 2,𝑣 < t0 < 𝑡𝛼 2,𝑣 No caso da utilização do p-Valor para o teste de hipótese bilateral, temos: 𝑝-𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝑃(𝑡 > |t0|) + 𝑃(𝑡 < − |t0|) Dados: 𝑛𝐴 = 12; 𝑛𝐵 = 11; �̅�𝐴 = 15,25; �̅�𝐵 = 15,90 𝑆𝐴 2 = (0,010)2; 𝑆𝐵 2 = (0,015)2; α = 1 − 97,5% = 0,025; v = 12 + 11 − 2 = 21. Solução: Aplicando a equação mostrada nos comentários, temos: P ((�̅�𝐴 − �̅�𝐵) − 𝑡𝛼 2,𝑣 ∗ √𝑆𝑝 2 ( 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 ) ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵) ≤ (�̅�𝐴 − �̅�𝐵) + 𝑡𝛼 2,𝑣 ∗ √𝑆𝑝 2 ( 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 )) = 1 − α 𝑆𝑝 2 = (𝑛𝐴 − 1)𝑆𝐴 2 + (𝑛𝐵 − 1)𝑆𝐵 2 𝑛𝐴 + 𝑛𝐵 − 2 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro O valor de 𝑡𝛼 2 ;𝑣 é tabelado e vale: 𝑡0,025 2 ;21 = 2,08. Assim, substituindo os valores numérico, temos: 𝑆𝑝 2 = (12 − 1) ∗ (0,010)2 + (11 − 1) ∗ (0,015)2 12 + 11 − 2 ⟹ 𝑆𝑝 2 = 0,0011+ 0,0022 12 + 11 − 2 ⟹ 𝑆𝑝 2 = 0,00016 P ((15,25 − 15,90) − 2,08 ∗ √0,0016 ( 1 12 + 1 11 ) ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵) ≤ (15,25 − 15,90) + 2,08 ∗ √0,0016 ( 1 12 + 1 11 )) = 0,975 P(−0,685 ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵) ≤ −0,615) = 0,975 Assim, o intervalo de confiança para 100(1 − 𝛼)% = 0,975 é dado por: −0,685 ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵) ≤ −0,615 Para o teste de hipótese, testando 𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 = 0 e utilizando o teste t, vem: t0 = (�̅�𝐴 − �̅�𝐵) − 0 𝑆𝑝√ 1 𝑛𝐴 + 1 𝑛𝐵 t0 = (15,25 − 15,90) − 0 0,0125√ 1 12 + 1 11 ⟹ t0 = −124,57 −𝑡𝛼 2 ,𝑣 < t0 < 𝑡𝛼 2 ,𝑣 ⟹ −2,08 < −124,57 < 2,08 Para o teste de hipótese, testando 𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 = 0 e utilizando o p-Valor, vem: 𝑝-𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝑃(𝑡 > |t0|) + 𝑃(𝑡 < − |t0|) ⟹ 𝑝-𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = 𝑃(𝑡 > 124,57) + 𝑃(𝑡 < − 124,57) ⟹ 𝑝-𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = 0 Conclusão: O intervalo de confiança para diferença entre as médias, com 97,5% de confiança é dado por −0,685 ≤ (𝜇𝐴 − 𝜇𝐵) ≤ −0,615. O Resultado do intervalo de confiança obtido mostra para 97,5% de confiança, que o mesmo não inclui o zero, com isso, concluímos que há diferença entre as médias das duas máquinas, ou seja: Há evidência UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro suficiente de que as máquinas estão com resultados distintos, o que confirma a suspeita do Engenheiro. O Resultado do p-Valor (𝑝-𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = 0) indica que a um nível de significância de 0,025 não excede 𝛼 = 0,025, assim a hipótese nula, 𝜇𝐴 − 𝜇𝐵 = 0, deve ser rejeitada, ou seja: temos evidencias para concluir que a máquina A resulta em um rendimento médio que difere do rendimento médio da máquina B. 4) Um dado engenheiro deseja obter uma amostra para controle de qualidade a fim de estimar a média dos resultados de um processo, com 95% de confiança e erro de 3 unidades. Os dados históricos do processo indicam um desvio padrão de 10 unidades. Qual deveria ser o tamanho da amostra? Comentários: Neste caso a variância populacional conhecida através dos dados históricos e supondo a distribuição normal, podemos utilizar a variável normal padronizada para o cálculo do tamanho da amostra que atenda as especificidades apresentadas. A vaiável normal padronizada é dada por: z𝛼 = �̅� − 𝜇 𝜎 √𝑛 ⟹ √𝑛(�̅� − 𝜇) = 𝜎z𝛼 ⟹ 𝑛 = ( 𝜎z𝛼 (�̅� − 𝜇) ) 2 ⟹ 𝑛 = 𝜎2z𝛼 2 𝑒2 Onde e é o erro máximo admissível. Dados: �̅� − μ = 3; σ = 10; α = 1 − 95% = 0,05. Solução: Aplicando a equação 𝑛 = 𝜎2z𝛼 2 𝑒2 , temos: 𝑛 = 102z𝛼 2 32 O valor de 𝑧𝛼 é tabelado e vale: 𝑧0,05 = 1,96, assim: 𝑛 = 1021,962 32 ⟹ 𝑛 = 42,68 ⟹ 𝑛 = 43 Conclusão: O tamanho da amostra necessária para o controle de qualidade, a fim de estimar a média dos resultados do processo, é de 43. O tamanho da amostra 43 é o tamanho mínimo para assegurar que a média do processo, dado 95% de confiança terá erro máximo de 3 unidades.
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