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RIBEIRO de OLIVEIRA . Letramento como instrumento de inclusão social. Lumen (Recife) , v. 18, p. 69-75, 2009. Sthefani Ingrid Oliveira Silva1 Muito se tem discutido sobre alfabetização e letramento e sobre a situação da leitura no Brasil. Segundo Perini “a escola não está vencendo o desafio de alfabetizar funcionalmente a parcela da população que consegue chegar a ela” (ibid, p. 79). Reflexo disso é o grande número de indivíduos que saem da escola sem compreender o que estão lendo, e entram para a gama de analfabetos funcionais do país. Alfabetização é o processo de ensinar a ler e a escrever. Portanto, pode ser considerado alfabetizado o indivíduo que aprender a ler e a escrever. O papel de transmitir esse conhecimento é da escola, que faz por meio do auxílio de materiais didáticos que são de extrema importância no processo de incentivo e aquisição da leitura. Por mais que a palavra letramento seja bastante conhecida no meio acadêmico ainda é um termo relativamente novo. Letramento trata da capacidade do indivíduo de exercer práticas sociais de leitura e escrita baseados na sociedade em que vive. Uma pessoa pode ser considerada letrada mesmo que não tenha sido alfabetizada. Ribeiro (2009), traz uma citação de Soares em uma entrevista que diz que “(...) letramento é o processo em que vive o indivíduo que não sabe só ler e escrever mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: sabe ler jornais, revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone, sabe escrever e escreve cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, sabe preencher um formulário, sabe redigir um ofício, um requerimento” (JORNAL DO BRASIL, 26/11/2000). Portanto, existem vários níveis de letramento que dependem do meio social e cultural do indivíduo. A autora também aborda a funcionalidade de gêneros textuais trabalhada por Marcuschi (2002). Trabalhar com gêneros textuais é importante para que os alunos tenham contatos com mais materiais além de textos curtos e descontextualizados. É importante que tenham 1 Graduada em letras - português/inglês, pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP; pós-graduanda em literatura brasileira, pela Faculdade Frassinetti do Recife - FAFIRE. contatos com os mais diversos tipos de texto que circulam socialmente, dessa forma, é possível rebuscar seu interesse pela leitura. A leitura deve estar fortemente presente na escola, por meio de práticas sociais de leitura e escrita com objetivo de formar alunos que consigam produzir e interpretar textos de usos sociais orais e escritos.
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