Buscar

protocolo pre natal rondonópolis MT

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

ESTADO DE MATO GROSSO 
PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS 
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE 
PROGRAMA MÃE RONDON – 2019 
 
1 
 
Consultas: mensais até 32 semanas; quinzenais: 32 a 36 semanas; semanais: até o parto. Não existe alta do pré-natal! 
Educação em saúde: Realizar palestras quinzenais seguindo os seguintes temas: (a) modificações fisiológicas da gestação; (b) 
Importância do pré-natal; (c) alimentação na gestação; (d) sexo na gestação; (e) atividades físicas e laborais; (f) tabagismo; (g) álcool 
e drogas; (h) direitos na gestação; (i) preparo para o parto; (j) preparo para a amamentação (k) planejamento familiar. 
Fatores de risco que podem ser monitorados no PSF: < 15 anos, > 35 anos, esforço físico excessivo, exposição a agentes 
físicos, químicos e biológicos, estresse; Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez; Baixa escolaridade; Condições 
ambientais desfavoráveis; < 1,45 m; baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Ganho ponderal inadequado; Infecção urinária; Anemia; 
CIUR ou macrossomia ou DHEG em gestação anterior, Intervalo interpartal < 2 anos; Cirurgia uterina anterior, 3 ou + cesarianas. 
Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao pré-natal de alto risco (PNAR) 
▪ Fatores relacionados às condições prévias: Cardiopatias; Pneumopatias; Nefropatias; Endocrinopatias; Doenças hematológicas 
(anemia falciforme e talassemia); Hipertensão arterial crônica (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de gestação); Doenças 
neurológicas (como epilepsia); Doenças psiquiátricas (psicoses, depressão); Doenças autoimunes (lúpus); Alterações genéticas 
maternas; TVP anterior; Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais); Portadoras de doenças infecciosas como 
hepatites, toxoplasmose, HIV; Hanseníase; Tuberculose; Qualquer patologia que necessite de acompanhamento especializado. 
▪ Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de 
causa desconhecida; História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção 
prematura da gestação, morte fetal, síndrome HELLP, eclâmpsia, UTI); Abortamento habitual (2 ou + consecutivos). 
▪ Fatores relacionados à gravidez atual: Restrição do crescimento intrauterino; Polidrâmnio ou oligodrâmnio; Gemelaridade; 
Malformações fetais ou arritmia fetal; Distúrbios hipertensivos da gestação (HAS, DHEG, pré-eclâmpsia); Infecção urinária de 
repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite; Anemia grave; Rubéola ou citomegalovírus adquiridas na gestação; proteinúria; 
Diabetes mellitus gestacional; Desnutrição materna severa. 
Fatores de risco que indicam encaminhamento à urgência/ emergência obstétrica:*Síndromes hemorrágicas (incluindo 
descolamento prematuro de placenta, placenta prévia); *Suspeita de pré-eclâmpsia;*Sinais premonitórios de eclâmpsia: escotomas 
cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito; *Eclâmpsia; *Crise hipertensiva (PA > 160/110); 
*Amniorrexe prematura; *Trabalho de parto prematuro; *IG >ou = de 41 semanas; *Hipertermia (na ausência de sinais ou sintomas de 
IVAS); *Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes; *Suspeita/diagnóstico de pielonefrite; *Suspeita de trombose venosa 
profunda; *Prurido gestacional/icterícia; *Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com comprometimento sistêmico; 
*CIUR, oligoâmnio ou óbito fetal. 
Não encaminhar para a maternidade: ameaça de aborto sem avaliação médica, AU incompatível sem US. Gripe, resfriado, ITU 
baixa. Dor em baixo ventre não relacionada a trabalho de parto. Paciente com PA < ou = 140/90 em medida única, edema ou cefaleia 
sem aumento da PA. Dor de dente. Retirada de pontos. Alteração inflamatória em ferida operatória 
CONSULTAS: SEMPRE ANOTAR CONSULTAS, EXAMES E US NO CARTÃO DE GESTANTE! 
* Primeira consulta: avaliar queixas, peso, altura, pressão arterial, ausculta cardiopulmonar, palpação de tireoide, abdome e 
extremidades. Palpação das mamas e exame genital. Se > 12 semanas: palpação obstétrica, altura uterina, BCF, movimentação fetal. 
Verificar vacinas. Encaminhar ao dentista. Iniciar ácido fólico se gestação menor que 13 semanas ou sulfato ferroso se maior. 
* Consultas subsequentes: Observar queixas, orientar paciente, cálculo da idade gestacional, mucosas, edema, ganho de peso, IMC, 
PA, palpação e altura uterina, BCF, movimentação fetal. Exame físico dirigido conforme as queixas. 
Planejamento familiar: Se paciente com 2 cesarianas anteriores, encaminhar na 1ª consulta ao planejamento familiar para LT. Iniciar 
anticoncepção trimestral (medroxiprogesterona de depósito) em puérperas na 1ª visita puerperal. As vantagens do início imediato dos 
métodos contraceptivos superam o risco teórico de interferir na lactogênese. 
*Cálculo da idade gestacional: calcular a partir do 1o exame de US desde que seja entre 6 e 20 semanas. Exames mais tardios, 
deve-se considerar a DUM desde que a paciente seja confiável. 
Profilaxia para PE com AAS: iniciar o mais precoce possível após 12 semanas. Sempre se paciente com história de PE em gestação 
anterior, DM2, HAC, doença renal ou auto-imune, gemelaridade. Se 2 desses presentes: idade> 35 anos, primigesta, intervalo 
interpartal>10 anos, raça negra, IMC>30, mãe ou irmã com PE. 
Sinais de alerta: Sangramento; Cefaleia + Escotomas visuais + Epigastralgia + Edema excessivo; Contrações regulares + Perda de 
líquido; Diminuição da movimentação fetal; Febre. 
Controle nutricional: se alterado encaminhar para nutricionista. 
Pressão arterial: Considerar alterada se PAS ≥ 140mmHg ou PAD ≥ 90mmHg, em pelo menos 3 ocasiões. Encaminhar ao PNAR 
com anotação do controle diário da pressão arterial + exames laboratoriais: HMG, Ur, Cr, TGO, TGP, DHL, ácido úrico, PROT24h. 
* PAS com aumento de 30mmHg ou mais e/ou PAD com aumento de 15mmHg ou mais: alerta! Fazer controle diário por 7 dias. 
*Se manter +50% das medidas de PAD/dia acima de 100 mmHg, iniciar metildopa (500 mg até 2g, intervalos de 12,8 ou 6 horas). 
 
ESTADO DE MATO GROSSO 
PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS 
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE 
PROGRAMA MÃE RONDON – 2019 
 
2 
Primeiro trimestre ou primeira consulta 24a a 28a semana 32ª e 36ª semana 
ROTINA 1 
1. Hemograma + eletroforese de hemoglobina 
2. Tipagem sanguínea + Rh 
3. Glicemia de jejum 
4. VDRL + Anti HIV + HBsAg + Toxoplasmose 
5. Exame de urina e urocultura 
6. TSH + T4 livre 
 Coombs indireto: Rh materno negativo, independente do paterno. 
 Anti HCV – teste rápido 
 CCO (após a 13a semana) 
 US obstétrico – 1ª consulta 
ROTINA 2 
1. TOTG 75 g 
(todas as 
pacientes) 
2. EAS + urocultura 
3. VDRL 
 
Adicionar se 
necessário: 
 Coombs indireto 
 Toxoplasmose 
ROTINA 3 
1. Hemograma 
2. VDRL + Anti HIV + HBsAg 
3. Exame de urina e 
urocultura 
 
Adicionar se necessário: 
 Coombs indireto 
 Toxoplasmose 
 
 Hemograma 
* Se hemoglobina > que 11: sulfato ferroso 1x/dia. 
* Se hemoglobina entre 8 e 11: sulfato ferroso 3 cps/dia. Repetir hemograma em 60 dias para avaliar melhora. 
* Se hemoglobina < que 8 ou anemia não responsiva: ao pré-natal de alto risco, solicitar EPF. 
* Se plaquetopenia: repetir exame para confirmação – se positivo – ao pré-natal de alto risco (PNAR). 
 Eletroforese de hemoglobina 
* Se anemia falciforme (HbSS ou HbSC) ou talassemia: ao pré-natal de alto risco. 
* Se traço (HbAS): solicitar eletroforese de hemoglobina do pai. Se negativo: manter controle de rotina. Se positivo ou 
desconhecido: US em 3o trimestre devido risco de anemia fetal. 
 Coombs indireto 
* Trimestralmente se gestante Rh negativo com esposo Rh positivo ou desconhecido. Se positivo: ao PNAR. 
* Se Rh materno negativo e paterno positivo ou desconhecido e sangramento vaginal: à maternidade para imunoglobulina. 
 Glicemia 
*Se glicemia < 92 – realizar TOTG 75 SOMENTE entre 24 e 28 semanas. 
*Se glicemia ≥ 92 e < 126:nova amostra. Se manter: DIABETES GESTACIONAL – ao PNAR. 
*Se glicemia ≥ 126: nova amostra. Se manter: DIABETES PRÉVIO – ao PNAR. 
* Diagnóstico de DMG: um valor alterado no TOTG 75g (jejum≥92, 1h≥180, 2h≥153) SOMENTE entre 24 e 28 semanas. 
* Se diagnóstico de DMG: encaminhar ao pré-natal de alto risco com orientação de dieta. 
 VDRL 
* Se positivo: tratar gestante e parceiro independente do exame do parceiro. Tratar sempre como sífilis terciária: penicilina 
benzatina 2400000UI IM por semana por 3 semanas consecutivas. Tratar sempre, independente da titulação! 
* Orientar uso de preservativo durante o tratamento. Repetir exame mensalmente para controle de cura. 
* PNAR somente se lesão fetal ao US. 
 Anti HIV/ HBsAg/ Anti HCV 
* Se positivo: ao pré-natal de alto risco SAE. 
* Se HbsAg: pedir TGO + TGP + HbeAg. 
 Toxoplasmose 
* Se IgG e IgM negativos: repetir em 2º e 3o trimestres. Se IgG ou IgM positivos em alguma dessas novas dosagens: 
encaminhar paciente ao alto risco e iniciar rovamicina. 
* Se IgG e IgM positivos: solicitar pesquisa de avidez para toxoplasmose se gestação menor que 18 semanas. Se avidez 
baixa: encaminhar paciente para o alto risco e iniciar rovamicina. Se avidez alta: infecção antiga. Se maior que 16 
semanas: tratar como infecção atual: encaminhar paciente para o alto risco e iniciar rovamicina se menos que 30 semanas 
e esquema tríplice se maior. 
* Se IgG negativo e IgM positivo: iniciar rovamicina – repetir sorologia em 21 dias. Se não positivar IgG: suspender. 
* Tratamento: rovamicina 1g (2 cps de 1,5 mUI) 8/8h. Esquema tríplice: pirimetamina 25 mg 12/12h + sulfadiazina 1.500 
mg 12/12h + ácido folínico 10 mg/dia. 
 
ESTADO DE MATO GROSSO 
PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS 
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE 
PROGRAMA MÃE RONDON – 2019 
 
3 
 Exame de urina 
* Se suspeita ITU baixa: iniciar tratamento empírico, coletar EAS + urocultura. Se suspeita de pielonefrite: ao hospital de 
referência. * Repetir urocultura 7 dias após o término do tratamento. 
* Antibióticos de escolha: cefalexina ou macrodantina (< 36 sem) ou amoxacilina+clavulanato. 
 TSH 
* Valores normais independente do trimestre: 
TSH entre 0,3 e 4,5 com T4 livre normal 
TSH entre 0,3 e 2,5 com T4 livre abaixo da normalidade 
* Se TSH ou T4 livre alterados: pedir novo exame. Se TSH acima da normalidade: levotiroxina 50 mcg e ao PNAR. Se 
abaixo: ao PNAR. 
 CCO: encaminhar para avaliação no ambulatório de PTGI se alteração celular. 
 US obstétrico 
* Ministério da Saúde disponibiliza somente 1 exame que deve ser solicitado em 1ª consulta. Caso tenha mais exames 
disponíveis: fazer 1 ultrassom em cada trimestre. 
*Sempre analisar crescimento fetal nos exames. Modo fácil: calcular IG pelo primeiro e pelo último US. Se> 2 semanas, 
utilizar tabela abaixo. 
* Novos exames somente se alteração em altura uterina, sangramento ou queixa de perda líquida. 
* Se polihidrâmnio ao US: encaminhar ao alto risco. Solicitar TOTG 75g se no período correto, sorologias para sífilis, 
toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, herpes e parvovírus. 
* Se oligoâmnio ou restrição de crescimento ao US: encaminhar ao alto risco. Solicitar sorologias para sífilis, 
toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola e herpes. Realizar controle diário da pressão arterial. 
* Se macrossomia fetal: encaminhar ao alto risco. Solicitar TOTG 75g se no período correto ou então glicemia de jejum e 
hemoglobina glicada. 
 
 Estatura Peso Circunferência Craniana (cm) Circunferência Abdominal (cm) 
3º
 t
rim
es
tr
e 
7º
 m
ês
 
27 s 35 cm 879 – 1234 g 23.0 – 27,6 21.3 – 24,7 
28 s 37 cm 1004 – 1416 g 24.0 – 28,6 22.3 – 25,7 
29 s 38 cm 1145 – 1613 g 24.9 – 29,5 23.4 – 26,8 
30 s 39 cm 1294 – 1824 g 25.8 – 30,4 24.4 – 27,8 
8º
 m
ês
 
31 s 41 cm 1453 – 2049 g 26.7 – 31,3 25.4 – 28,8 
32 s 42 cm 1621 – 2285 g 27.5 – 32,1 26.4 – 29,8 
33 s 43 cm 1794 – 2530 g 28.2 – 32,8 27.4 – 30,8 
34 s 44 cm 1973 – 2781 g 28.9 – 33,5 28.3 – 31,7 
35 s 45 cm 2154 – 3036 g 29.6 – 34,2 29.2 – 32,6 
9º
 m
ês
 
36 s 46 cm 2335 – 3291 g 30.2 – 34,8 30.1 – 33,5 
37 s 47 cm 2513 – 3543 g 30.7 -35,3 31.0 – 34,4 
38 s 48 cm 2686 – 3786 g 31.2 – 35,8 31.9 – 35,3 
39 s 49 cm 2851 – 4019 g 31.6 – 36,2 32.7 – 36,1 
40 s 50 cm 3004 – 4234 g 32.0 – 36,6 33.6 – 37,0 
 
 
À disposição para esclarecimentos, 
Dra. Larissa Fonseca dos Santos – CRM MT 6843 
Ginecologia e Obstetrícia – Medicina Fetal – Cardiologia Fetal 
lari.fs@gmail.com - 996860066 
CAISM – Rondonópolis – MT 
mailto:lari.fs@gmail.com

Outros materiais