Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Sérgio Raposo de Medeiros Pesquisador da Embrapa Gado de Corte CARBOIDRATOS NA NUTRIÇÃO DE BOVINOS DE CORTE Campo Grande - MS CARBOIDRATOS: PRINCIPAL FORMA DE ENERGIA • Carboidrato é a categoria de nutriente mais abundante do mundo. • forragens são o alimento preponderantes para ruminantes... • ...mas aproveitariam muito pouco, pois suas próprias enzimas incapazes de quebrar ligações químicas dos carboidratos estruturais. AGVs MAIOR PARTE DA ENERGIA DO RUMINANTE • Microrganismos ruminais () degradam CHO (estruturais ou não) até açúcares simples • Fermentados Ácidos Graxos Voláteis (AGV) • Ácidos Graxos Voláteis = Fonte de Energia + Precursores de gordura e glicose • Maior parte da digestão CHO no rúmen Rúmen AGVs MAIOR PARTE DA ENERGIA DO RUMINANTE • Microrganismos ruminais () degradam CHO (estruturais ou não) até açúcares simples • Fermentados Ácidos Graxos Voláteis (AGV) • Ácidos Graxos Voláteis = Fonte de Energia + Precursores de gordura e glicose • Maior parte da digestão CHO no rúmen Rúmen CHO Microrganismos degradam CHO AGVs MAIOR PARTE DA ENERGIA DO RUMINANTE • Microrganismos ruminais () degradam CHO (estruturais ou não) até açúcares simples • Fermentados Ácidos Graxos Voláteis (AGV) • Ácidos Graxos Voláteis = Fonte de Energia + Precursores de gordura e glicose • Maior parte da digestão CHO no rúmen Rúmen CHO Microrganismos degradam CHO AGV AGV AGV AGV Açucares simples fermentados a AGV AGVs MAIOR PARTE DA ENERGIA DO RUMINANTE • Microrganismos ruminais () degradam CHO (estruturais ou não) até açúcares simples • Fermentados Ácidos Graxos Voláteis (AGV) • Ácidos Graxos Voláteis = Fonte de Energia + Precursores de gordura e glicose • Maior parte da digestão CHO no rúmen Energia para os tecidos Rúmen CHO Microrganismos degradam CHO AGV AGV AGV AGV Açucares simples fermentados a AGV AGVs MAIOR PARTE DA ENERGIA DO RUMINANTE • Microrganismos ruminais () degradam CHO (estruturais ou não) até açúcares simples • Fermentados Ácidos Graxos Voláteis (AGV) • Ácidos Graxos Voláteis = Fonte de Energia + Precursores de gordura e glicose • Maior parte da digestão CHO no rúmen Energia para os tecidos Precursores de gordura e glucose Rúmen CHO Microrganismos degradam CHO AGV AGV AGV AGV Açucares simples fermentados a AGV AGVs MAIOR PARTE DA ENERGIA DO RUMINANTE • Microrganismos ruminais () degradam CHO (estruturais ou não) até açúcares simples • Fermentados Ácidos Graxos Voláteis (AGV) • Ácidos Graxos Voláteis = Fonte de Energia + Precursores de gordura e glicose • Maior parte da digestão CHO no rúmen Energia para os tecidos Precursores de gordura e glucoseMaior parte da digestão no rúmen Rúmen CHO Microrganismos degradam CHO AGV AGV AGV AGV Açucares simples fermentados a AGV CARBOIDRATOS: SUAS FRAÇÕES DE INTERESSE Carboidratos Estruturais (CE) • Responsáveis por dar forma e manter a estrutura da planta. • Resistente à degradação por enzimas de mamíferos. Carboidratos Não Estruturais (CNE) • Ligados à reserva e translocação de energia, síntese de outros produtos, etc. ESTRUTURA DA PAREDE CELULAR Membrana Plasmática CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS • Conjunto de CHOs determinados através de ensaio enzimático (Smith, 1981): • Amido, açúcares simples, frutanas, ácidos orgânicos e outros • São rapidamente fermentados fonte de energia mais prontamente disponível para o rúmen. • Intensa produção de ácidos graxos voláteis em pouco tempo (quando comparada com os carboidratos estruturais) pode pH ruminal. Carboidratos não fibrosos (CNF) são definidos como: CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS Carboidratos não fibrosos (CNF) são definidos como: %CNF = 100 – (% PB + % EE + %FDNLivre de PB + % CZ) CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS Carboidratos não fibrosos (CNF) são definidos como: %CNF = 100 – (% PB + % EE + %FDNLivre de PB + % CZ) Onde: CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS Carboidratos não fibrosos (CNF) são definidos como: %CNF = 100 – (% PB + % EE + %FDNLivre de PB + % CZ) Onde: • PB = proteína bruta CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS Carboidratos não fibrosos (CNF) são definidos como: %CNF = 100 – (% PB + % EE + %FDNLivre de PB + % CZ) Onde: • PB = proteína bruta • EE = extrato etéreo CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS Carboidratos não fibrosos (CNF) são definidos como: %CNF = 100 – (% PB + % EE + %FDNLivre de PB + % CZ) Onde: • PB = proteína bruta • EE = extrato etéreo • FDN Livre de PB = FDN – N-FDN CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS Carboidratos não fibrosos (CNF) são definidos como: %CNF = 100 – (% PB + % EE + %FDNLivre de PB + % CZ) Onde: • PB = proteína bruta • EE = extrato etéreo • FDN Livre de PB = FDN – N-FDN • CZ = cinza CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS RELAÇÃO ENTRE CNF E CNE (1/2) Definida pela fórmula abaixo: CNF = CNE + Polissacarídeos Não Amiláceos Hidrossolúveis • A diferença entre CNF e CNE é igual aos PNA hidrossolúveis do alimento. RELAÇÃO ENTRE CNF E CNE (2/2) • Gramíneas e seus grãos Valores de CNF semelhantes ao de CNE (açúcares + amido ). • Portanto, são pobres em PNA hidrossolúveis • Polpa de citrus, polpa de beterraba e leguminosas São ricas em pectina. • Resultado de CNF é bem maior que CNE. • Portanto, são ricos em PNA hidrossolúveis. LIGNINA RESTRINGE DEGRADAÇÃO DOS CE • Função dos carboidratos estruturais é formar e manter a estrutura da planta. • Lignina é o principal componente que dá rigidez à planta e resistência à degradação ruminal. • Indegradabilidade da fibra pode influenciar o consumo voluntário do animal. • O animal pode querer consumir mais, mas não consegue pelo limite físico do rúmen (“rumen fill”). LIGNINA E A INIBIÇÃO DA DEGRADABILIDADE • Principal Mecanismo: barreira mecânica aos microrganismos ruminais e suas hidrolases. • Outros efeitos postulados: toxicidade direta de compostos fenólicos e um efeito hidrofóbico da lignina, mas que teriam papéis secundários na inibição (ou nem isso). • A toxicidade dos fenólicos existe, mas são necessárias quantidades bem maiores, nas quais ele normalmente ocorre no rúmen. CNE SÃO PRONTAMENTE FERMENTESCÍVEIS • CHO não estruturais (CNE) Alta taxa de fermentação Produção de ácido lático pH Ruminal Menor degradação da fibra • Quantidades pequenas, por outro lado, podem ajudar a reduzir o tempo de colonização das partículas de alimentos pelas bactérias (tempo prévio até início da degradação). AMIDO • Corresponde a 50-100% do CNE na maioria dos alimentos. • Grau de cristalização e Processamentos (moagem, floculação, laminação, etc.) afetam sua degradação. • A taxa de fermentação de várias fontes de amido: aveia > trigo > cevada > milho > sorgo. DIGESTIBILIDADE RUMINAL DO AMIDO Processamento pode alterar aproveitamento: Digestibilidade do Amido no Rúmen Milho (%) Sorgo (%) Inteiro 62,6 - Laminado à seco 65,0 64,0 Moído 76,4 67,3 Laminado à vapor 76,8 - Floculado 85,6 82,6 Nocek e Taminga, 1991 (Dietas de Gado de Leite) MOAGEM ALTERA LOCAL DE DIGESTÃO Digestibilidade do amido no rúmen: • Milho Quebrado: 44% • Milho Moído: 60-65% • Apesar de passar mais rápido no rúmen! • Digestibilidade total no trato gastrintestinal é semelhante é 90%. RECOMENDAÇÕES SOBRE PROCESSAMENTO Recomendação prática: • Valores Milho >30% da MS Apenas quebrá-lo vs. • Valores abaixo destes Moídos grosseiramente. Recomendação corrente • Maximizar fermentação ruminal dos CNE: • Máximo crescimento microbiano; • Máxima degradação ruminal. MÁXIMA DEGRADAÇÃO RUMINAL DE CHO Para reduzir efeito negativo no pH ruminal: • tamponantes (bicarbonato de sódio), alcalinizantes (calcário tipo filler); • ingredientes com bom poder tampão (polpa de citrus, leguminosas, etc); • aditivos (ionóforos, leveduras); • manejo alimentar (dieta em várias refeições). DIGESTÃO PÓS-RUMINAL DE AMIDO• Dietas “fibra longa” maior % amido degradado Intestino Delgado vs. Dietas com fibra picada • Maior ruminação maior taxa de diluição da fase líquida DIGESTIBILIDADE DO AMIDO NO RÚMEN Fatores que podem diminuir efeito do processamento no de energia: • Alta digestibilidade ruminal pode reduzir digestibilidade da dieta pH • Glucose absorvida no intestino maior eficiência energética (Não há perdas por fermentação). • Desde que não seja quantidade muito elevada de amido. FATORES DE AJUSTE DE PROCESSAMENTO* Milho ou Sorgo, floculado 0,92Sorgo, grão, amassado 1,00Demais alimentos 1,04Milho, grão alta umidade 1,00Milho, grão moído 0,95Milho, grão quebrado FPAAlimento Fonte: NRC, 2001 * Multiplicam fração de CNF na fórmula do NDT 1,04 CAPACIDADE DIGERIR AMIDO SERIA LIMITADA (1) Baixa produção de enzimas e (2) Baixa capacidade de absorver glucose. • É possível que haja aumento da capacidade de 1 e 2, por adaptação. • Dietas com PB podem estimular a produção de amilase pancreática peptídio de liberação de Colecistoquinina (CCK) sensível a estimulação por protease. EFEITO ASSOCIATIVO: AMIDO E ZEBUÍNOS • Zebuínos dietas grãos e NDT estimado >68% NDT observado ~ 68% • NDT estimado = NDT igual a soma da contribuição do NDT de cada alimento, proporcional a participação. • NDT observado = É o NDT correspondente ao ganho diário de peso (GDP) observado. • Em condições “normais” – em que aditividade e proporcionalidade valem: NDT observado = NDT estimado • Ou seja, o animal ganha o que esperávamos quando formulamos a dieta ! REGRESSÃO ENTRE OS VALORES DE NDT DETERMINADOS EXPERIMENTALMENTE EM BOVINOS NELORE EM RELAÇÃO A VALORES DE NDT ESTIMADOS POR TABELAS ASSUMINDO OS PRESSUPOSTOS DE ADITIVIDADE E PROPORCIONALIDADE (LANNA, 1998) 50 55 60 65 70 75 80 50 55 60 65 70 75 80 NDT estimado, % N D T o b se rv ad o, % 68% NDT REGRESSÃO ENTRE OS VALORES DE NDT DETERMINADOS EXPERIMENTALMENTE EM BOVINOS NELORE EM RELAÇÃO A VALORES DE NDT ESTIMADOS POR TABELAS ASSUMINDO OS PRESSUPOSTOS DE ADITIVIDADE E PROPORCIONALIDADE (LANNA, 1998) 50 55 60 65 70 75 80 50 55 60 65 70 75 80 NDT estimado, % N D T o b se rv ad o, % 68% NDT REGRESSÃO ENTRE OS VALORES DE NDT DETERMINADOS EXPERIMENTALMENTE EM BOVINOS NELORE EM RELAÇÃO A VALORES DE NDT ESTIMADOS POR TABELAS ASSUMINDO OS PRESSUPOSTOS DE ADITIVIDADE E PROPORCIONALIDADE (LANNA, 1998) 50 55 60 65 70 75 80 50 55 60 65 70 75 80 NDT estimado, % N D T o b se rv ad o, % 68% NDT O NDT observado se aproxima do NDT estimado REGRESSÃO ENTRE OS VALORES DE NDT DETERMINADOS EXPERIMENTALMENTE EM BOVINOS NELORE EM RELAÇÃO A VALORES DE NDT ESTIMADOS POR TABELAS ASSUMINDO OS PRESSUPOSTOS DE ADITIVIDADE E PROPORCIONALIDADE (LANNA, 1998) 50 55 60 65 70 75 80 50 55 60 65 70 75 80 NDT estimado, % N D T o b se rv ad o, % 68% NDT O NDT observado se aproxima do NDT estimado REGRESSÃO ENTRE OS VALORES DE NDT DETERMINADOS EXPERIMENTALMENTE EM BOVINOS NELORE EM RELAÇÃO A VALORES DE NDT ESTIMADOS POR TABELAS ASSUMINDO OS PRESSUPOSTOS DE ADITIVIDADE E PROPORCIONALIDADE (LANNA, 1998) 50 55 60 65 70 75 80 50 55 60 65 70 75 80 NDT estimado, % N D T o b se rv ad o, % 68% NDT O NDT observado se aproxima do NDT estimado O NDT observado deveria seguir aumentando e ficar nessa faixa, mas... REGRESSÃO ENTRE OS VALORES DE NDT DETERMINADOS EXPERIMENTALMENTE EM BOVINOS NELORE EM RELAÇÃO A VALORES DE NDT ESTIMADOS POR TABELAS ASSUMINDO OS PRESSUPOSTOS DE ADITIVIDADE E PROPORCIONALIDADE (LANNA, 1998) 50 55 60 65 70 75 80 50 55 60 65 70 75 80 NDT estimado, % N D T o bs er va do , % 68% NDT O NDT observado deveria seguir aumentando, mas o que ocorre é que o NDT estimado (da dieta) aumenta (68,69,70...), mas o GDP sempre equivale ao NDT observado de ~ 68% CHOs ESTRUTURAIS NECESSÁRIOS NO RÚMEN • Há uma quantidade mínima de carboidratos estruturais para efetiva estimulação da ruminação, da salivação e da motilidade ruminal. • Caso contrário, pode ocorrer: • acidose, timpanismo e laminite. MOTILIDADE RUMINAL Motilidade fundamental para o ruminante • Ruminação; • Maior contato substrato com as enzimas; • Auxilia na renovação do conteúdo ruminal Taxa de Passagem. TAXA DE PASSAGEM Implicações da velocidade da taxa de passagem • Altera eficiência da produção de proteína microbiana; • Pode fazer desaparecer microrganismos com taxa de renovação <<< Taxa de Passagem; • Pode reduzir a extensão de degradação do alimento. FDN FISICAMENTE EFETIVO (FDNFe) • O FDN fisicamente efetivo é a porção deste que de fato estimula a ruminação e a motilidade ruminal. • Tamanho de partícula e grau de lignificação afetam FDNfe; • Medido como: • % do alimento que é retido em uma peneira de 1,18 mm • Importante: A vibração tem que ser VERTICAL ! (Horizontal pode subestimar valor). FDN FISICAMENTE EFETIVO Formato Físico Compri-mento (Cm) Feno Gram. Silag. Gram. Silag. Milho Feno Alfafa Silag.Alfa fa % do FDN que é fisicamente efetivo Longa 100 95 Picada Grosseiramente 4,8 a 8 95 95 90 85 Picada Medianamente 1,2 a 2,0 90 90 85 85 80 Picada Finamente 0,3 to 0,5 85 85 80 80 70 Moída 0,15 a 0,25 40 40 Mertens, 1997 FDN EFETIVO • Além dos aspectos físicos (FDNfe) considera outras características do alimento: • Tamponamento intrínseco; Teor e Tipo de carboidrato e proteína solúvel; Teor de gordura; Etc. • A propriedade de troca catiônica da fibra também é importante na capacidade de tamponamento do rúmen. • Ainda não é utilizado na prática. (VER SE FICA!) VALORES MÍNIMOS DE FDNe • Zebuínos tem maior exigência de FDNe crítico: ~ 25%; • A exigência de FDNe crítico para demais bovinos ficaria próximo a 15%; • Dependendo das fontes de energia, dos outros ingredientes, da adaptação à dieta, da fonte de fibra e do manejo alimentar valores menores podem não resultar em problema; • Dieta máximo ganho: 7% de volumoso com fibra longa. 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 0 10 20 30 40 50 % NDF Fisicamente efetivo na Dieta p H FDNFe VS. pH RUMINAL (MODELO DO CNCPS) Tedeschi et al, 2004 5,7 5,9 6,1 6,3 6,5 6,7 6,9 0 5 10 15 20 Horário pH ru m in al p re di to Refeições 8h, 13h e 6h Refeições 8h e 6h Refeições PADRÃO DE ALIMENTAÇÃO NO pH RUMINAL QUALIDADE DA FORRAGEM E DESEMPENHO* Idade (dias) NDF ADF Lignina PB NDT Estimado 1 – 14 49,9 30,0 2,8 16,7 66,8 29 – 41 58,4 36,7 3,0 11,4 64,1 57 – 70 65,5 39,8 3,5 5,3 62,0 85 – 98 69,2 43,4 4,5 3,7 59,4 113 – 126 70,8 44,2 5,3 3,3 57,5 155 – 168 71,7 45,6 6,2 3,0 55,7 Teor do componente, % na Matéria Seca 0,767 kg/dia 0,246 kg/dia§ * Cruzado, PV médio = 450 kg, etc.; § Desde que corrigida a proteína Composição e valor nutritivo de Capim Elefante Napier em função da idade e Energia (Estimada) Desempenho FERMENTAÇÃO RUMINAL Produção de Ácidos Graxos Voláteis (AGVs) • Acético (C2) • Propiônico (C3) • Butírico (C4) Produção de Metano (CH4) e CO2 • Escapa o rúmen por eructação (boca) e também pela parede do rúmen e pulmões. • Problemas com a saída Timpanismo Rémond et al, 1995 FERMENTAÇÃO RUMINAL Influência do tipo de dieta na proporção dos AGV* % AGVs Acético (C2) Propiônico (C3) Butírico (C4) Dietas rica em fibra 70 20 10 Dietas rica em concentrado 50 35 15 Rémond et al, 1995 FERMENTAÇÃO RUMINAL Influência do tipo de dieta na proporção dos AGV* % AGVs Acético (C2) Propiônico (C3) Butírico (C4) Dietas rica em fibra 70 20 10 Dietas rica em concentrado 50 35 15 • Quando pH foi mantido estável (uso de tamponantes) proporção praticamente inalterada • pH deve ser principal fator. Adaptado de Valadares et al., 2002 FERMENTAÇÃO RUMINAL AGV (moles/mol hexose) Dieta : C2 C3 C4 CO2 CH4 Rica em Fibra 1,34 0,45 0,11 0,92 0,61 Rica em Concentrado 0,90 0,70 0,20 0,92 0,28 Adaptado de Valadares et al., 2002 FERMENTAÇÃO RUMINALAGV (moles/mol hexose) Dieta : C2 C3 C4 CO2 CH4 Rica em Fibra 1,34 0,45 0,11 0,92 0,61 Rica em Concentrado 0,90 0,70 0,20 0,92 0,28 * Dieta Rica em Concentrado: Menor perda de energia como Metano (CH4) e menor incremento calórico, por ter mais propiônico (C3) DESEMPENHO EM DIETAS DE SILAGEM DE MILHO COM 80 OU 20% DE CONCENTRADO Tratamento Ganho Consumo Conver- são Peso Final Custo kg/d kg/d kg/kg kg $/@ Mi 20 1,00 7,4 7,4 401 17,5 Mi 80 1,41 6,2 4,4 406 14,5 ABSORÇÃO DO AGVs • Absorvidos em grandes quantidades na forma não dissociada (HA) em pH normal Pequena quantidade na forma HA. HA H+ + A- • Absorção de HA, “puxa” equação para o lado esquerdo, assim como pH baixo ( H+); • Sangue = pH mais alto que rúmen Ajuda transporte passivo (energia livre de neutralização); • Ao lado da mucosa CO2 liberado H2CO3 HCO3 - + H+ “puxa” equação para o lado direito. pH E FORMA LIVRE DE AGV pH 5,2 5,1 5,0 4,9 4,8 4,7 4,6 4,5 4,4 % HA 28 33 45 48 50 56 61 66 72 HA H+ + A- •Como o pH do Rúmen é ~ a 6, a grande maior parte está na forma dissociada (A-) •Conforme pH [HA] Absorção USO DOS AGVs PELOS TECIDOS • Acético: Metabolizado principalmente pelos tecidos periféricos; • Propiônico: Metabolizado principalmente no fígado Gluconeogênese; • Butírico: Metabolizado principalmente no epitélio ruminal (74-90%) Propionato = 18-30%. PAPILAS RUMINAIS Papilas filiformes (corte cruzado oval ou circular) • Fluxo sanguíneo ruminal não estimulado • Falta de ácido propiônico e butírico A = Cabra de 1 dia B = Veado (selecionador) C = Reedbuck (pastejador) Papila da fome ABSORÇÃO PÓS-RUMINAL DE CARBOIDRATOS CHOs (Polissacarídeos, Oligossacarídeos, dissacarídeos) Enzimas Monossacarídeos MEMBR NA Monossacarídeos Lúmen Citossol DISSACARIDASSES • Presente nas pontas das microvilosidades • Dissacarídeos (Maltose, Lactose, Sacarose)... • ...resultam em .... • Monossacarídeos (Glucose, Frutose, Galactose) TRANSPORTE DE MONOSSACARÍDEOS (1) FRUTOSE • Difusão mediada por carreador não contra gradiente; • Transformação da frutose em glucose em piruvato na célula epitelial ajuda ! MALTOSE, XILOSE, ARABINOSE • Difusão simples. TRANSPORTE DE MONOSSACARÍDEOS (2) GLUCOSE E GALACTOSE • Podem ser transportados contra gradiente • Transporte Ativo • Carreador une Na e Monossacarídeo • “Na+Monossacarídeo” é bombeado pra fora da célula (gasto de ATP) EXIGÊNCIA DE GLUCOSE PELOS RUMINANTES Propiônico (C3) • Principal fonte para gluconeogenêse; • 27-59% “pool” de C do corpo do animal. • Glucose fundamental para o Sistema Nervoso Central! • Economia de Glucose do Ruminante: • Acético (C2): Principal fonte de: • Energia para os tecidos que não nervosos e • Carbono para a lipogênese! Sérgio Raposo de Medeiros Pesquisador da Embrapa Gado de Corte Obrigado.
Compartilhar