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(
Parasitologia - Nicole Mancen Freire - P2
) (
2
)
ENTEROBIUS VERMICULARES
Popularmente conhecido como oxiúros, o E. vermiculares é o agente etiológico da enterobiose, que acomete em sua maioria o público infantil.
 - Morfologia -
Apresenta como formas evolutivas: adulto e ovo. 
 O adulto tem asas cefálicas, expansões vesiculosas muito típicas,é dióico e apresenta um nítido dimorfismo sexual. A fêmea é maior e apresenta esôfago rabditóide, sendo repleta de ovos em sua extremidade. O macho é menor e com extremidade recurvada. 
O ovo lembra o formado de uma letra D, apresentando uma dupla camada de membranas. No momento em qua sai da fêmea, já apresenta em seu interior uma larva. 
- Ciclo Biológico -
Trata-se de um ciclo monoxênico. Após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem. As fêmeas, repletas de ovos, se desprendem do ceco e dirigem-se para o ânus (principalmente à noite), fazendo a oviposição na região perianal. Os ovos eliminados, já embrionados, se tomam infectantes em poucas horas e são ingeridos pelo hospedeiro. No intestino delgado, as larvas rabditóides eclodem e iniciam o parasitismo principalmente a nível do ceco e apêndice. Aí chegando, transformam-se em vermes adultos. Um a dois meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal. 
É válido lembrar que os ovos são muito leves, formando uma espécie de aerossóis, podendo ficar suspensa no ar, o que facilita o mecanismo de infecção de outras pessoas. Por isso, como a oviposição acontece na parte da noite, é importante que os lençóis de pessoas infectadas não sejam sacudidos, mas devem ser diariamente lavados, bem como as roupas íntimas, diariamente lavados e levados à água fervente para evitar uma reinfecção. 
Os mecanismos de transmissão que podem ocorrer são:
(1) Heteroinfecção: quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro (é também conhecida como primoinfecção)
(2) Infecção indireta: quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou.
(3) Auto-infecção externa ou direta: hospedeiros contaminados levam os ovos da região perianal a boca. E o principal mecanismo responsável pela cronicidade dessa verminose.
(4) Auto-infecção interna: processo raro no qual as larvas eclodem ainda no reto e depois migraram até o ceco, transformando-se em vermes adultos.
(5) Retroinfecção: as larvas eclodem na região perianal
(externamente), penetram pelo ânus e migram pelo
intestino grosso chegando até o ceco, onde se transformam em vermes adultos.
- Patogenia -
A oviposição realizada pelas fêmeas na região perianal no período noturno causa intenso prurido, causando insônia e irritabilidade. Por irritação mecânica pode haver enterite do tipo catarral. Pode haver formação de grânulomas hepáticos.
OBS: Nas mulheres, pela região perianal ser próxima da região vaginal e da região perineal, pode haver vaginite, cistite e salpingite. 
- Diagnóstico - 
É realizado um exame de fezes por meio do método da fita gomada ou método de Graham. Nesse exame, é colocada uma fita adesiva na região perianal do paciente para posteriormente ser analisada a possível oviposição das fêmeas do parasito.
- Tratamento -
Pamoato de pirvínio (pyr-pan)

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