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Maturacao e ativacao dos linfocitos T: Os linfócitos são formados em locais diferentes, sendo o B com formação completa na medula e o T vai para o timo e a formação do TCR ocorre no timo. Porém ambos saem com seus receptores formados e vão para os órgãos linfáticos periféricos. Estágios de maturação: Os linfócitos B e T, possuem estágios de maturação idênticos, sendo que a diferença está no local em que acontecerá e no receptor que será formado. Linfócito B → BCR acontecendo tudo na medula óssea; Linfócito T → TCR, acontecendo tudo no timo. Os estágios de maturação são: • Células tronco; • Formação de um pró-linfócito (B ou T); • Pré-linfócito; • Formação de um linfócito imaturo; • Subpopulações de linfócitos; • Linfócitos maduros → São chamados assim, pois ele já completou sua maturação, sendo que seu receptor já foi formado e ele pode ir para o órgão linfóide periférico (ELE É UM LINFÓCITO NAIVE). Eventos da maturação: • Comprometimento com a linhagem linfóide B e T: Pró linfócitos; • Proliferação de progenitoras e células imaturas, para que se tenha um grande reservatório de linfócitos úteis; • O rearranjo dos genes dos receptores, promovendo a formação deles; • Seleção, para que se tenha a receptores funcionais (receptores que foram formados adequadamente) e os receptores que conhecem o próprio e o não próprio; • Distinção das subpopulações (são exemplos de subpopulações, os linfócitos TCD4 e TCD8) funcionais. Células tronco multipotentes originam linhagens B e T: Iremos focar na T por enquanto, precisamos saber somente, por enquanto, que o progenitor linfóide comum, originado da célula tronco hematopoiética multipotente forma o pró-B e são gerados 3 subpopulações de B! Linfócitos T: Célula progenitora linfoide comum, origina uma célula precursora que da origem a Célula Linfóide Inata (ILC → Precursora de linfócitos T) e um pró-T, que é originada uma alfa-beta (CD4 e CD8, sendo a maioria das células) e uma gama-delta (está em menor quantidade, porém é muito importante na mucosa, tendo um pouco circulante → Tem um papel secundário). Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) - 72D Faculdade Ciências Médicas MG // Imunologia Formação dos receptores: BCR: Mesma estrutura do anti-corpo, tendo cadeia pesada e leve, com região variável e constante. A diferença para o anti-corpo é que o BCR está ancorado na membrana (primeira imagem na parte, sendo a estrutura que está “flutuando”); TCR: Possui cadeia alfa e cadeia beta (segunda figura) PRIMEIRA ETAPA: No pré linfócito, temos um pré receptor, pois há uma cadeia formada que continua até o final, mas a cadeia simples é substituída, ou seja, é uma cadeia provisória! Pré-linfócito: Há um pré receptor!! A primeira cadeia a ser formada no pré BCR é a cadeia pesada (Mu, que está relacionada ao IgM) e no pré TCR é a cadeia beta. Ao ser formado esse pré receptor, são enviados sinais de sobrevivência para a célula, para indicar que a etapa ocorreu de maneira adequada, permitindo então a ida para a próxima etapa! **Cada etapa ocorrerá essa transmissão de sinais de sobrevivência para indicar que pode ir para a próxima etapa. Se não ocorrer essa transmissão de sinal, as células não vão para a próxima etapa. SEGUNDA ETAPA: Linfócito imaturo, temos o receptor formado, com as duas cadeias formadas. O sinal de sobrevivência nessa etapa está relacionado ao reconhecimento desse receptor. Será apresentado pra ele antígenos próprios, ocorrendo seleção positiva (Linfócito B: quando ocorre um fraco reconhecimento do antígeno próprio. O linfócito T precisa reconhecer o MHC próprio, e ser capaz de interagir com ele! Se isso não acontecer, irá ocorrer uma morte por negligência/apoptose!) ou negativa (quando os receptores ligam fortemente ao antígeno próprio, ocorrendo assim, a deleção clonal! Para o linfócito B pode ocorrer a edição do receptor, e ele pode ser editado e testado de novo posteriormente). **Esse mecanismo é denominado tolerância central, e ocorre a seleção de repertório por meio desses mecanismos! Pontos de controle na maturação dos linfócitos: • Se o pré receptor não é formado pela célula Pró- B/T, ela sofre apoptose; • Se ocorre a falha na expressão correta do receptor na célula Pré-B/T, ela também sofre apoptose; • Quando o receptor é formado, a seleção se torna por repertório, sendo que havendo o reconhecimento do antígeno próprio de forma forte, ocorre também a apoptose. Rearranjo dos genes de receptores de antígenos: A recombinação VDJ (V: Variabilidade; D: Diversidade; J: Junção.) é super especial, pois ocorre somente nos linfócitos!! Nesse processo ocorre a organização das linhagens germinativas das Ig (BCR) e do TCR, que são fundamentalmente semelhantes (tem segmentos que são diferentes!). **Essa recombinação ocorrerá somente na região variável, pois a constante não muda, ou seja, não ocorre recombinação! Para o Ig (BCR), nós temos as cadeias D e J. Já para o TCR, temos a cadeia beta (primeira a ser formada: V, D e J), e a cadeia alfa (segunda a ser formada: V e J). Essa tabela indica as possibilidades de recombinações, que são escolhidas aleatoriamente, produzindo diferentes receptores! Além das recombinações, ocorrem as secções de nucleotídeos, que aumentam ainda mais esse repertório. Essas recombinações, geram uma diversidade real de receptores na ordem de 10 elevado a 7 a 10 elevado a 9 clones diferentes de Linfócitos B e Linfócitos T. Como essa recombinação ocorre de maneira adequada? Proteínas linfócitos específicas mediam a recombinação V(D)J, reconhecendo sequências de DNA chamadas sequências sinal de recombinação (RSSs). As RSS’s são sequências conservadas de 7 ou 9 nucleotídeos, que possuem espaçadores de 12 ou 23 nucleotídeos, que são não conservadas. Nessa recombinação, possui uma regra de 12 a 23, pois haverá uma combinação de 12 com 23, sendo que nunca serão combinadas regiões que tenham o mesmo tamanho de espaçador (nunca serão combinadas duas V’s, por exemplo). As recombinações podem ser em formatos diferentes, podendo ocorrer deleção ou inversão das coisas que não interessam, e depois dessa deleção, para unir as duas partes clivadas, (granpeá-las), são utilizadas enzimas (Artemis, que é ativada pela DNA PK, e é uma endonuclease que abre os grampos, e a TdT, que adiciona os nucleotídeos!). **Quando devem ser combinados VDJ, primeiro são recombinados D e J, pra depois o V se combinar com eles. TERCEIRA ETAPA: É a fase duplo-positiva, pois o TCR está formado e possui CD4 e CD8. **O complexo TCR é o mesmo independente se a molécula for CD4 ou CD8, pois ele é a molécula TCR, com duas moléculas CD3 e cadeias Zetas (possuem o ITAM, que vai sinalizar para as células, todo o sinal que elas precisam para a sua ativação, promovendo uma cascata de ativação)! O que varia entre os CD’s é a parte variável. Nós não queremos que a célula seja dupla-positiva, pois precisamos que ela seja ou CD4 ou CD8, logo, precisamos que ela seja simples-positiva! Como ela passa de duplo-positiva para simples-positiva? Isso ocorre no momento da seleção positiva, sendo que ao se passar pela fase do reconhecimento de MHC, a célula expressa um tipo e deixa de expressar outro, ou seja, se a célula reconhece o MHC CLASSE1, ela continua expressando o CD8 e deixa de expressar o CD4 (porque é o CD8 que interage com o MHC1), porém, se a célula interage com o MHC CLASSE 2, a molécula CD4 vai continuar se expressando e a CD8 que deixará de ser expressado. Ativação da célula T: O linfócito T é formado, e está com seu receptor pronto! Após isso, ele vai para o órgão linfóide periférico, ele já está formado, mas está naive (nunca teve contato com um antígeno externo), e circula pelos linfonodos até encontrar com um antígeno, que é apresentado para ele, por meio das células apresentadoras de antígeno, sendo que se é para o antígenoespecífico para qual ele foi destinado, ele vai reconhecer e será ativado, se transformando então em células efetoras, que migram para o local da infecção para o combate ao patógeno. A diferenciação na qual essa imagem se refere é de a célula se tornar útil para o combate ao patógeno! COMO OCORRE A ATIVAÇÃO: Primeiramente ocorre a interação TCR - MHC com peptídeo, porém, somente esse primeiro sinal não é suficiente para que ocorra a ativação da célula, se ocorrer somente esse sinal, a célula T se tornará não responsiva ou tolerante. Mas, por meio do segundo sinal, a co-estimulação, a célula será ativada corretamente! Esse segundo sinal se da por meio da interação de B7 com CD28, fazendo com que essa célula se torne efetora. **Células T efetoras não precisam da co-estimulação para que ele realize a sua função! Ele precisa de interagir MHC com TCR, mas não B7 com CD28. Principais membros das famílias B7 e CD28: B7: B7-1, B7-2, ICOS-L, PD-L1 e PD-L2; CD28: CTLA-4 (quando o B7-2 se liga a ele, é promovida a regulação da resposta imune. O CTLA-4 é induzido, pois a nossa célula passa a expressar ele para que ocorra a regulação da resposta imune, quando ela já foi eficiente e suficiente!), ICOS (também possui efeito regulador, mas não é muito utilizado na clínica) e PD-1 (possui a mesma ação do CTLA-4, possuindo uma regulação negativa das células T, porém o ligante dele é diferente, sendo PD-L1 e PD-L2!) **Células tumorais também possuem PD-L1, e quando elas são expressadas, o tumor regula o nosso sistema imune, fazendo com que não consigamos matar esse tumor! Na clínica, o objetivo é bloquear esse PD-L1, para que a resposta continue ativa por mais tempo. Outra molécula que está relacionada com o auxílio e pode ser ligada é a CD40 (quando temos a interação do TCR com MHC, sem co-estimulador nesse momento, essa célula pode induzir sinal para que aumente a expressão do ligante de CD40, que está presente no Linfócito T, e a célula apresentadora de antígeno (APC) possui CD40. Essa ligação leva a uma estimulação na célula apresentadora, para expressar B7, ou seja, ela passa a expressar B7, que se liga no CD28). **O CD40 não é co-estimulador!! É necessário o B7 para que ocorra a co-estimulação. Alterações nas moléculas de superfície após a ativação das células T: Quando os linfócitos T são ativados, ocorre o aumento da expressão de algumas moléculas de superfície! Devemos destacar o aumento da expressão do IL-2, que é muito importante para a proliferação das células T! Pontos importantes:
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