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TCC POS GRADUAÇÃO FAVENI MARTA

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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - FAVENI
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
MARTA DA SILVA VIEIRA 
Governador Valadares - 2019
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - FAVENI
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
Monografia apresenta a banca examinadora da faculdade Venda Nova Imigrantes – FAVENI, como exigência para obtenção de um novo titulo de Pós- graduação em 
EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INFANTIL
17
Governador Valadares - 2019
MARTA DA SILVA VIEIRA 
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
A presente monografia foi aprovada como requisito para a obtenção do título DE PÓS-GRADUAÇÃO em EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INFANTIL LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI.
Banca Examinadora
 ORIENTADOR
______________________________________________
 Professora – ELIZABETH A. FERREIRA
Coorientador
______________________________________________
MEMBRO
______________________________________________
Governador Valadares, maio de 2019.
RESUMO
 A presente monografia propõe uma reflexão sobre a compreensão dos processos de alfabetização e letramento, tratando da origem, conceitos e especificidades de cada um desses processos educacionais. Procura também de diferenciá-los, para que essas especificidades possam ser compreendidas com clareza, ressaltando que são processos diferentes, porém, que devem ser trabalhados juntos, um contemplando o outro, para que se obtenha sucesso na formação inicial dos alunos do ensino fundamental. É analisado o conceito de analfabetismo funcional, suas consequências e como este se encontra no Brasil, cujos dados mostram uma triste realidade. O texto tem como proposta não só a construção desses conceitos abordados, como também expõe as contribuições que a junção desses dois processos (alfabetização e letramento) trazem para a educação. Acredita-se que o letramento constitui-se em um instrumento para melhores resultados na formação das crianças que saem das séries iniciais do ensino fundamental, o que contribuirá para diminuir os altos e vergonhosos índices de analfabetismo funcional no Brasil.
 Palavras-chave: alfabetização, letramento, analfabetismo funcional
ABSTRACT  
This monograph proposes a reflection on the understanding of literacy and literacy processes, addressing the origin, concepts and specificities of each of these educational processes. It also seeks to differentiate them, so that these specificities can be clearly understood, emphasizing that they are different processes, however, that must be worked together, one contemplating the other, so that success in the initial formation of elementary school students can be achieved. It analyzes the concept of functional illiteracy, its consequences and how it is found in Brazil, whose data show a sad reality. The text proposes not only the construction of these concepts, but also exposes the contributions that the combination of these two processes (literacy and literacy) bring to education. It is believed that literacy is an instrument for better results in the education of children who leave the initial grades of elementary education, which will help to reduce the high and shameful indexes of functional illiteracy in Brazil. 
 Keywords: literacy, literacy, functional illiteracy
SIGLAS
MEC – Ministério da Educação. Anteriormente está sigla também significou Ministério da Educação e Cultura.
EMEC – Não tem uma definição, mas pode ser entendido como “Eletronic MEC” ou MEC Eletrônico. Trata-se do Catálogo de Cursos Superiores do MEC que está disponível para consulta na internet.
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. É um instituto do MEC que realiza pesquisa nas áreas educacionais em vários níveis de educação no Brasil..
ENADE – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes. Usado para avaliar estudantes de cursos superiores no Brasil..
HTPC – Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo. É um horário usado nas escolas destinado a discussão sobre a educação na escola. Pode envolver os pais e demais profissionais da educação.
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. É usado para medir a qualidade da educação nos níveis fundamental  e médio.
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Atua na educação superior em nível de pós-graduação, tanto a especialização, mestrado ou doutorado.
FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Atua na execução dos programas educacionais do MEC.
PNE – Plano Nacional de Educação. É um projeto que traça um planejamento para a educação, posicionamento sobre certos assuntos, ações a serem tomadas e outras providências relacionadas a educação. O plano é inicialmente federal, mas depois estados e municípios traçam seus objetivos locais.
Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.  É um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual, formado, na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, vinculados à educação por força do disposto no Art. 212 da Constituição Federal
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 09
2. Novas perspectivas para os processos de alfabetização ...................... 11
3 - O que é o ambiente alfabetizador? ........................................................ 13
4 . Compreendendo a alfabetização como um processo fundamental .... 14
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 15
6 - REFERÊNCIAS .......................................................................................... 16
7 - ANEXOS ..................................................................................................... 19
1 - INTRODUÇÃO
 A busca pelo entendimento da alfabetização e letramento se faz quando conseguimos diferenciá-los. Por isso é necessário esclarecer a importância que cada uma assume nos processos de aprendizagem. Porém o trabalho mesmo sendo diferente precisa ser em conjunto para que juntos consigam desenvolver as capacidades daqueles que aprendam. Somente com esse trabalho poderão alcançar sucesso desde início no desenvolvimento da leitura e da escrita para as crianças que já estão em busca do conhecimento.
 A proposta do desenvolvimento desse trabalho está em demarcar a precisão e a necessidade dos professores trabalharem com crianças em idades escolares ainda bem pequenas. Buscando uma proposta lúdica, que envolva leitura e escrita, oferecendo apoio de confiança para as grandes descobertas que juntos realizaram ao longo do período escolar. Preza-se muito pelas necessidades do professor em estimular essas crianças para que o desenvolvimento aconteça de maneira harmoniosa e prazerosa. Não podemos esquecer o papel fundamental que a família carrega para o desenvolvimento produtivo dessa criança. O meio social que a criança primeiramente descobre são seus laços familiares.  No aconchego da família a criança percebe sua primeira visão de mundo, e suas primeiras descobertas acontecem. Refletindo que a criança não caminha sozinha nesse novo mundo de conhecimento a escola e as famílias são partes conjuntas nessa caminhada.
 De tal modo que a aprendizagem deve ser desenvolvida com estímulos e dinamismo, compete ao professor buscar por metodologias diversificadas para atender essas crianças que estão no início de suas vidas estudantis. Pois através dessa mistura de saber e prazeres às crianças começam adquirir seu conhecimento e construir suas primeiras relações afetivas com seus grupos de colegas em sala de aula. Ao lado da escola juntamente com a participação da família, a criança começa estabelecer seu desenvolvimento cognitivo, suas relações sociais, seus desejos e também seus medos. A escolajuntamente com a família interagindo e desfrutando com a criança seus interesses oferece uma bagagem cultural de tamanha significância.
 Portanto diante de muitos fatores favoráveis para o desenvolvimento da criança, tanto nas questões cognitivas, afetivas e sociais. Podemos enfatizar o amadurecimento dos processos de linguagem da alfabetização e do letramento que se encontram constantes nas suas primeiras habilidades escolares e também sociais. Sendo através de todo um cenário adequado as habilidades para leitura e escrita permaneceram em constante interação entre o prazer de se aprender e a necessidade de se realizar determinada tarefa.
2. Novas perspectivas para os processos de alfabetização 
 A alfabetização escolar tem sido alvo de várias controvérsias teóricas e metodológicas, exigindo das escolas e dos profissionais que lidam com o desafio de alfabetizar.
 Os professores, antes de estudarem a Psicogênese da Língua Escrita ensinavam para as crianças as letras começando pelas vogais e as sílabas, respeitando a ordem alfabética, elaboravam exercícios de coordenação motora, atividades de cópia para que as crianças repetissem o nome próprio e mesmo as letras e as sílabas isoladamente, centradas no ensino de forma fragmentada e descontextualizada.
 Tratava-se de uma visão de aprendizagem que era considerada cumulativa, baseada na cópia, na repetição no reforço e na memorização das correspondências fonográficas. Desconhecia-se a importância da criança desenvolver a sua compreensão do funcionamento do sistema de escrita alfabética e de saber usá-la desde o início em situações reais de comunicação.
 Na década de oitenta, surgiu o termo “analfabetismo funcional” para designar as pessoas que, sabiam escrever o próprio nome e identificavam letras, mas não sabiam fazer uso da leitura e da escrita no seu cotidiano. Observou-se que, mesmo dentre os que permaneciam por mais tempo nas escolas, alguns não eram capazes de interagir e se apropriar da leitura e escrita.
 Para Soares (2004) a alfabetização é “[...] a ação de ensinar e aprender a ler e a escrever”, ao tempo que letramento “[...] é estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita”.
 Entende-se alfabetização como sendo um caminho para o letramento, alfabetizado é aquele indivíduo que conhece o código escrito, que sabe ler e escrever, dessa forma foi necessário ampliar esses conhecimentos, os indivíduos precisavam compreender o sentido dos textos.
A alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades pela leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Isso é levado a efeito, em geral por meio do processo de escolarização e, portanto da instrução formal. A alfabetização pertence assim, ao âmbito individual. (TFOUNI, 1998, p.9, e 1995, p. 9-10).
 A alfabetização supera o paradigma de mera tarefa de codificação e decodificação, ao tempo que situa a aprendizagem do código a partir dos usos sociais da escrita atribuindo-lhes sentido e significado com base nas diferentes situações de utilização. Nesse sentido, há uma ampliação da questão metodológica, que se referindo, segundo Frade (2007, p. 29), a um conjunto amplo de decisões relacionadas ao como fazer com capacidades a serem atingida, escolha de materiais, procedimentos de ensino, formas de avaliar, sempre num contexto da política mais ampla de organização do ensino. 
 Para Soares (2004), o termo letramento surge a partir das novas relações estabelecidas com as práticas de leitura e escrita na sociedade, ao passo que não basta apenas saber ler e escrever, mas que funções a leitura e a escrita assumem em decorrência das novas exigências impostas pela cultura letrada. 
 Revelou a evolução conceitual das crianças compreenderem como funciona o nosso sistema de escrita, incorporou a ideia defendida por Goodmann (1967) e Smith (1971) (apud SOARES, 2004) de que ler e escrever são atividades comunicativas e que devem ocorrer através de textos reais onde o leitor ou escritor lança de seus conhecimentos da língua. 
 A tradição de alfabetização estava vinculada a uma concepção, em que a aprendizagem inicial da leitura e da escrita tinha como foco fazer o aluno chegar ao reconhecimento das palavras significativas no seu meio cultural, a partir de 1980 a alfabetização escolar no Brasil passou por novos questionamentos, novas concepções de resultados.
 Criou-se então, o termo letramento, com Mary Kato em 1985, para designar aqueles que exercem práticas sociais de leitura e escrita, para além do apenas ensinar ler e escrever, sendo estas práticas com crianças que participam de eventos em que a escrita é integrante no processo de condições iniciais, sob os aspectos social, cultural, cognitivo e de inserção em uma sociedade letrada.
3 - O que é o ambiente alfabetizador?
"[...] um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita das quais as crianças têm oportunidade de participar" (RCNEI; SEF, 1998, p. 154).
A seguir, sugestões para a organização desse ambiente.
· Alfabeto num varal, perto dos alunos e na altura deles, no início do ano.
· Espaço para exposição de textos usados na leitura compartilhada, para que eles possam recuperá-los quando quiserem.
· Mural para exposição da produção dos alunos.
· Biblioteca de classe, com materiais diversos de leitura.
· Calendário com uma folha para cada mês que poderá ser preso a um cabide de saia (os alunos deverão receber uma folha de calendário similar para prender no caderno no começo de cada mês, para que façam a mesma marcação do calendário grande).
· Banco de palavras.
· Listagem com o primeiro nome de todos os alunos, organizados em ordem alfabética e tendo a letra inicial destacada em vermelho (usar letra maiúscula).
· Numerário (sequência numérica de 0 a 10 e numeral/ quantidade/ número).
 Estímulo ao desenvolvimento cognitivo dos alunos é a tônica de um ambiente alfabetizador. Tudo que for absolutamente desafiador e possível de ser realizado propiciará um processo de ensino e aprendizagem muito mais harmonioso, por ser mais produtivo.
 As crianças têm preferências por atividades diferentes e cada uma apresenta um ritmo próprio. O desenvolvimento das atividades psicomotoras, do relacionamento com os outros, da fala e de diversas outras formas de comunicação vão acontecendo em épocas relativamente distintas. As crianças reagem de formas diferentes, por isso o ambiente alfabetizador precisa ser organizado e assimilar hábitos de trabalho que contribuam para a independência de cada uma delas. A sala de aula deve estar preparada de forma a despertar o interesse pela leitura, pela escrita e pelo manuseio do material didático.
 Este é um material "vivo" na sala de aula, ou seja, está em constante ampliação e utilização; é uma escrita de referência para os alunos. Explore ao máximo o material.
4 . Compreendendo a alfabetização como um processo fundamental. 
 Diante deste cenário, este trabalho tem como fundamento os estudos de alguns autores, tornando-se responsáveis pelo embasamento de nossa análise, estando estes constantemente destacando a alfabetização como um fator essencial para a sociedade.
 Preocupados com o rumo de que seguiria a educação nos anos que ainda estavam por vir, vários teóricos buscaram entender como acontecem os processos de transmissão no aprendizado que são repassados para as crianças. Dentre eles Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1999) que em suas pesquisas estudaram como o sucede o processo de aquisição da língua escrita e quais procedimentos eram ostentados na fundamentação daquele aprendizado, ressaltando que o maior interesse deles era compreender qual era o processo de construção da língua escrita, contudo focalizaram situações experimentais onde a criançaevidenciasse a escrita como ela a vê e, consequentemente, a leitura tal como ela entende.
 Baseada nos relatos das seguintes autoras, percebemos que a criança ao iniciar sua vida escolar trás consigo um conhecimento que é adquirido através da interação da mesma com as outras pessoas, ou seja, seus conhecimentos não são adquiridos apenas através de técnicas e métodos utilizados apenas no espaço escolar. Essa afirmação torna-se evidente em meio à citação de Ferreiro: “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem duvidas, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças”. (1985, p.24).
 Todavia a alfabetização, durante muito tempo baseava-se somente no ato de ler e escrever, ou seja, decodificando palavras, não necessitava relacionar o entendimento do que as crianças liam, o importante era que ocorresse a leitura, considerando com isso que o sujeito já havia atingindo a sabedoria necessária para a sua vida, não havendo cobrança alguma em relação ao entendimento do contexto exposto. Pouco ou quase nem um valor se dava aos métodos e práticas fundamentais para a obtenção do aprendizado havendo assim o oposto do que é priorizado nos dias atuais.
 Gontijo (2002) ressalta que a alfabetização é vista como um processo sócio histórico e cultural, no qual preenche a necessidade fundamental das crianças e dos seres humanos de inclusão na genericidade para si, portanto, a alfabetização, como dinâmica da relação entre a apropriação e a objetivação, é um processo voltado para a introdução de indivíduos na continuidade da historia. Entendemos com isso que a educação escolar, juntamente com a leitura e a escrita, são os principais conhecimentos necessários para a compreensão e formação de um ser civilizado, tornando-o capaz de modificar situações que beneficiem todos os envolvidos na sociedade, proporcionando seres críticos e conscientes de sua função social
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Podemos afirmar que existe uma diferença entre a alfabetização e o letramento. A alfabetização na tendência tradicional, encontramos uma diferença marcante e significativa, pois quando falamos de alfabetização no sentido tradicional, falamos de um processo de ensino-aprendizagem mecânico, repetitivo, sem significado e fora do contexto sócio-histórico cultural da criança. No letramento, essas concepções recebem outra visão, a do desenvolvimento da educação infantil com relação à linguagem escrita e oral que parte do princípio do que a criança sabe e o que faz parte do seu meio sociocultural, trabalhando com as práticas sociais da leitura e da escrita. Identificando toda manifestação de leitura e da escrita da criança como algo singular e intercedido de significados.
 Assim como as sociedades no mundo inteiro, centradas na escrita, e com o Brasil não poderia ser diferente. Ser apenas alfabetizado ou codificador de letras, é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade atual, é preciso se letrar, ou seja, tornar-se um indivíduo que não só saiba ler e escrever, mas exercer as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive (Soares, 2000).
 Na educação infantil é um dever trabalhar com a concepção de letramento com as crianças desde o momento em que está chega à educação infantil, estimulando-a a participar ativamente do processo de construção da leitura e da escrita do seu mundo. Fazer com que as crianças tenham liberdade de expressão e que possam experimentar as múltiplas linguagens, como a música, a dança, artes, leituras da literatura infantil clássica e brasileira, histórias em quadrinhos, jogos, brinquedos e brincadeiras e tantas outras, é imprescindível adotar o letramento no dia-a-dia, na primeira infância.
 Letramento é, portanto, a condição de ensinar e aprender as práticas sociais da leitura e da escrita. É o trabalho que o educador infantil deve realiza na sua sala de aula, oportunizando às suas crianças todo tipo ou vários tipos de linguagens escritas e orais, tais como: livros infantis, receita culinária, bula de remédio, jornais, revistas, cartas, bilhetes, rótulos e tudo que lemos e escrevemos da nossa realidade.
 Na Educação Infantil – EI, não deve apenas cuidar, mas educar para o mundo. O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra.
6 - REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Departamento da Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Conhecimento de Mundo. Brasília, 1998. V. 3, p. 151-152.
BRITO, L. P. L. Letramento e Alfabetização:implicações para a Educação Infantil.In:
FARIA, Ana LúciaGoubart e MELLO,Suely Amaral(orgs).O mundo da escrita no universo da pequena infância.Campinas,SP:autores Associados, 2007. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985. 
FRADE, I. C. A. S. Métodos de alfabetização, métodos de ensino e conteúdos da alfabetização: perspectivas históricas e desafios atuais. Revista Educação. Santa Maria. Vol. 32. n.1. p. 21-39. 2007.
 GOULART, C. Letramento e modos de ser letrado: discutindo a base teórico-metodológica de um estudo. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 11, n 33,Sept/Dec2006.Disponível em:. Acesso em: 03 set. 2012.
 _____________. Palavra e gênero em práticas alfabetizadoras. Revista Intercâmbio, 12: 165- 173. SP: LAEL/PUC-SP, 2003. KLEIMAN, A. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. 
SOARES, M. Alfabetização e Letramento, Caminhos e Descaminhos. Revista Pátio, ano VIII, n. 29, p. 20, fev/abr. 2004a. 
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2004b. SOARES, M. Língua escrita, sociedade e cultura: relações, dimensões e perspectivas. Revista Brasileira de Educação. n. 0. set/out/nov/dez, 1995, p. 5-16.
SOARES, M. Novas Práticas de Leitura e Escrita: Letramento na Cibercultura.EducaçãoeSociedadeCampinas,v.23,n.81,dez.2002.Disponívelem:. Acesso em: 03 set. 2012. 
TFOUNI, L.V. Adultos não Alfabetizados: o avesso do avesso. Campinas: Pontes, 1998. TFOUNI, L.V. Letramento e Alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995. VAL, M. G. C. O que é ser alfabetizado e letrado? In: CARVALHO, Maria Angélica F. de; MENDONÇA, Rosa Helena (orgs.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. 
WEISZ, T. O diálogo entre o ensino e aprendizagem. São Paulo: Editora Ática, 2000
7 - ANEXOS
Cantigas, parlendas e trava-línguas: contribuição para o letramento
MARCHA SOLDADO
Marcha soldado, cabeça de papel. 
Se não marchar direito, (crianças marchando)
Vai preso pro quartel.
Corre soldado, cabeça de papel.
Se não correr direito, (crianças correndo)
Vai preso pro quartel.
Pula soldado, cabeça de papel.
Se não pular direito, (crianças pulando)
Vai preso no quartel.
As crianças mudam os movimentos de acordo com a letra da música e as ordens dadas por quem está cantando: 
Anda soldado...
Senta soldado...
Grita soldado...
Dorme soldado... 
A CANOA VIROU
1ª parte
Forma-se um círculo e, de mãos dadas, a turma canta os versos a seguir trocando o nome "Maria" pelo nome de um aluno, que deverá ir para o centro da roda. Depois, repete-se a música falando o nome de outro aluno até que todas as crianças tenham ido para o centro. 
A canoa virou
Por deixar ela virar
Foi por causa da Maria
Que não soube remar.
2ª parte
Depois, você deve cantar a estrofe a seguir. Quando ouvir seu nome, o aluno deve sair do centro da roda e ficar de costas para ela. Repete-se a música até que todos tenham saído da posição da 1ª parte da cantiga. 
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Eu tirava a Maria do fundo do mar.

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