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Hemenêutica Constitucional

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB 
CAMPUS VIII – PAULO AFONSO 
FICHAMENTO DE HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Aluno: Igor Ryan Lacerda Dantas
Fichamento de Hermenêutica Constitucional
JÚNIOR, Dirley da Cunha. Curso de Direito Constitucional. 6ª ed. Salvador: editora JusPODIVM, 2012. 
1. Hermenêutica e interpretação jurídica
São elementos que não se confundem, apenas de ambas terem como papel propiciar a melhor compreensão do Direito, a hermenêutica determina os métodos e os princípios que guiarão a interpretação. Já a interpretação, é a atividade que vai buscar alcançar o sentido. Nota-se, portanto, uma relação mútua. A interpretação, por outro lado, deve atribuir o sentido e aplica-lo a o caso concreto. Uma norma pode ser classificada como o resultado da interpretação, sendo assim, cabe à interpretação construir a norma a partir do texto e da realidade social.
2. Interpretação jurídica e interpretação constitucional
A interpretação constitucional é como uma espécie da interpretação jurídica, ou seja, insere-se no âmbito da interpretação jurídica. O papel da interpretação constitucional é dar sentido e aplicar as normas constitucionais, necessita de métodos específicos para o seu objeto. Essa interpretação deve se dar respeitando as peculiaridades regem os seus preceitos. As normas constitucionais possuem, geralmente, conceitos mais abertos, o que dá maior possibilidade de se interpretar.
3. Métodos de interpretação constitucional
A interpretação constitucional possui um conjunto de métodos que reciprocamente se complementam.
3.1. Método jurídico ou hermenêutico-clássico
Parte do princípio que a Constituição é uma lei. Com isso, o intérprete deve utilizar os elementos: a) elemento gramatical; b) elemento histórico; c) elemento sistemático; d) elemento teológico e e) elemento genético. É um método insuficiente para a interpretação constitucional, esta que precisa de métodos mais adequados com o seu objeto.
3.2. Método tópico-problemático 
Esse método possui algumas premissas: 1) caráter pratico da interpretação; 2) caráter aberto, em razão da sua estrutura normativa-material; 3) preferência pela discussão do problema em razão da abertura das normas constitucionais que não permitem qualquer operação de subsunção a partir delas próprias. Os intérpretes se utilizam de vários pontos de vista para se chegar a interpretação mais conveniente para o problema, é um processo aberto de argumentação entre os intérpretes. Com isso, busca um caminho contrário aos métodos tradicionais, que partem da norma para solucionar o problema.
3.3. Método hermenêutico-concretizador 
Parte da ideia de que a leitura do texto deve se dar a partir da pré-compreensão do seu sentido através de uma atividade criativa do intérprete. Tem como objetivo concretizá-lo a partir de uma situação concreta, ou seja, admite o objetivo inicial da norma constitucional sobre o problema. Permite ao intérprete determinar o conteúdo material da norma, que deve ser vinculado à realidade concreta. 
3.4. Método científico-espiritual 
Para este método, a interpretação constitucional não pode se limitar à análise fria de seu texto, deve levar em consideração a compreensão da Constituição como uma ordem de valores e como elemento do processo de integração, o intérprete deve levar em conta os valores presentes na realidade concreta.
3.5. Método normativo-estruturante 
Parte da ideia de que deve existir uma relação entre o texto e a realidade, entre os preceitos jurídicos e os fatos que eles intentam regular. O intérprete deve levar em consideração os elementos da interpretação do texto e os da investigação da realidade.
4. Princípios de interpretação constitucional 
Os princípios de interpretação constitucional prestam auxilio ao intérprete, são princípios de natureza instrumental.
4.1. Princípio da unidade da Constituição
É uma unidade porque as normas nascem de uma mesma fonte, e, se isso não ocorrer, possuem o mesmo fundamento de validade. É a Constituição que confere unidade ao ordenamento jurídico. A Constituição se constitui uma unidade porque suas normas não possuem hierarquia entre si. A Constituição sempre é interpretada como uma unidade, de forma coerente.
4.2. Princípio do efeito integrador 
Deve favorecer uma maior integração política e social com o projeto normativo.
4.3. Princípio da máxima efetividade 
O intérprete deve atribuir às normas constitucionais um sentido que traga maior efetividade, para que se extraia todas as suas potencialidades.
4.4. Princípio da justeza ou da conformidade funcional
A conformidade funcional tem como função impedir que o intérprete modifique o sistema de divisão de funções e competências.
4.5. Princípio da concordância prática ou da harmonização 
O intérprete deve buscar a coordenação e harmonização de normas conflitantes, para que não ocorra um conflito e, com isso, o sacrifício de uma das normas. Está ligada ao princípio de unidade, as normas possuem igual valor, impedindo a negação de um para com a outra.
4.6. Princípio da força normativa da Constituição
A Constituição possui força normativa, e, com isso, consegue vincular e impor os seus comandos. Para preservar a força normativa da Constituição, o intérprete deve manter as normas atualizadas, garantindo a sua eficácia.
4.7. Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade 
Traz limitações para que os órgãos do poder público não ajam com excesso. Como também, está ligado a ideia de garantia do devido processo legal.
Subprincípios: a) adequação: as medidas tomadas pelo poder público devem estar aptas para atingir os fins almejados. B) necessidade: o poder público deve adotar aquele que menos sacrifícios ou limitações causem aos direitos fundamentais. C) proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens devem superar as desvantagens.
4.8. Princípio da presunção de constitucionalidade das leis
As normas devem estar de acordo com os parâmetros formais e materiais delineados na Constituição.
4.9. Princípio da interpretação conforme a Constituição
Quando a norma possui mais de um sentido, deve-se dar prioridade a que possibilite maior conformidade com a Constituição. 
Paulo Afonso – BA
Fevereiro/2020

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