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Resenha: Leviatã, por Thomas 
Hobbes (capítulos XII, XIV, XVII, 
XVIII, XIX e XXI) 
PARTE 2 
No capítulo XIV, o autor começa falando sobre o conceito 
de direito natural, que nada mais é do que a liberdade de cada 
homem para utilizar seu poder da forma que achar melhor como 
forma de preservar sua vida. Enquanto a lei natural, explica que 
seja a norma estabelecida pela razão de forma a impedir que o 
homem aja para a destruição de sua própria vida ou privá-lo dos 
meios necessários para sua preservação. A diferença entre direito e 
lei, é que no direito há a liberdade de fazer ou não, enquanto que a 
lei obriga a fazer ou não. E, devido a natureza humana de guerra, 
todos os homens possuem direito a tudo o que puderem ter. Mas 
também constitui norma geral da razão o uso das vantagens da 
guerra como forma de conseguir a paz, enquanto a lei da natureza 
é procurar e seguir o estado de paz. Para que a paz seja possível, é 
preciso que se haja de acordo com a segunda lei da natureza que 
determina que os homens devem concordar em renunciar a uma 
parte de seus direitos sobre as coisas, igualmente, dividindo o 
mesmo nível de liberdade que todos os homens, “na medida em que 
considerar necessária a manutenção da paz” e de sua própria 
segurança. Porque se todos os homens se utilizam do mesmo 
direito, há guerra. 
 
Existem um conjunto de direitos que não podem ser 
renunciados ou transferidos, como por exemplo, o direito de se 
defender do ataque de outro homem quando ele pretende lhe tirar a 
vida ou quando em caso de ferimentos e aprisionamento. A 
transferência de direitos entre os homens recebe então o nome de 
contrato. E o contrato depende de duas partes cuja uma espécie de 
palavra determine a obrigatoriedade de cumprimento das trocas 
(mútuas), pois aquilo pode ser entregue no momento, ou depois de 
passado algum tempo, dependendo do que a palavra dos 
contratantes revele no momento uma vontade presente ou uma 
vontade futura onde há uma promessa. O pacto se anula quando 
não há cumprimento das partes, a não ser que haja um poder maior 
que os faça cumprir. Hobbes explica que o poder da palavra dos 
homens em estado de natureza se torna vão e fraco já que não há 
lei ou poder coercitivo que os faça cumprir com o que prometem. 
Esse poder pode ser feito em forma de Estado político ou poder 
religioso onde o temor e o medo das consequências do não 
cumprimento do pacto sejam suficientemente efetivos para que eles 
sejam efetivos. 
 
A pessoa que transfere os direitos, também deve transferir os 
meios de usufruir deles, já que, quando impossibilitado de acessar 
as partes que envolvem a transferência de qualquer direito, 
constitui o não cumprimento e a violação do contrato. E os homens 
se livram do contrato quando o cumprem ou quando são perdoados. 
O contrato se anula quando vai de encontro à natureza humana, 
como quando priva o homem dos meios de se defender ou o 
encaminha para a miséria. 
 
O aspecto religioso da obra permeia a impossibilidade de se 
estabelecer um pacto com Deus, mas somente com os seus 
representantes na Terra, bem como o poder religioso inspira temor, 
embora, talvez por um aspecto de distanciamento, o poder dos 
homens inspira mais temor diante da ambição, da riqueza e do 
prazer cujo objeto último é o poder dos espíritos ou o poder de 
outros homens.

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