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Resenha - Leviatã - Thomas Hobbes - Cap XXI

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Resenha: Leviatã, por Thomas 
Hobbes (capítulos XIII, XIV, XVII, 
XVIII, XIX e XXI) 
PARTE 6 
No capítulo XXI, o autor discorre sobre o significado da 
liberdade, que consiste, então, na ausência de oposição: ou seja, os 
impedimentos externos da ação. Um homem livre é aquele que não 
é impedido de fazer o que sente vontade de fazer quando o pode. 
 
O medo e a liberdade são compatíveis. Todos os atos 
praticados pelos homens no Estado, por medo da lei, são ações que 
seus autores têm a liberdade de não praticar. Também são 
compatíveis a liberdade e a necessidade, já que as ações que os 
homens praticam, derivados de sua vontade, também derivam da 
liberdade. Sendo os atos da vontade de todo homem, assim como 
seu desejo e inclinação derivam de alguma causa, e essa de uma 
outra causa , elas derivam também da necessidade. 
 
Tendo em vista conseguir a paz e através disso sua própria 
conservação, os homens criaram um homem artificial, o Estado, 
assim também criaram cadeias artificiais chamadas leis civis, as 
quais eles mesmos estabeleceram pacto entre o soberano e cada um 
deles. 
 
Tendo isso em vista, é que Hobbes começa a falar sobre a 
liberdade dos súditos, que, em resumo, está nas condições que o 
soberano permite, quando este ainda o deixar claro de acordo com 
suas palavras. E tal modelo de liberdade em qualquer forma de 
Estado é sempre o mesmo. Nesse caso, faz-se necessário ver quais 
direitos foram transferidos dos homens comuns ao soberano. 
 
Porém, caso o soberano ordene a qualquer homem que ele 
tire sua própria vida, este terá todo o direito de negar, já que, em 
seu estado de natureza é injusto que lhe seja privado o direito de se 
defender em nome de sua vida. 
 
A leitura do Leviatã constitui grande importância pelo 
caráter lógico dedutivo com o qual constrói a noção de natureza 
humana dentro de um contexto de crise. É um grande exercício 
mental e também tarefa reflexiva para a situação complexa de 
modelos de Estado vigentes ao redor do mundo e, principalmente 
o modelo de Estado que o Brasil possui. Entretanto, não é tarefa 
fácil buscar as origens das atitudes humanas, ainda que Hobbes 
tenha feito o possível para defini-las. A leitura não serve como uma 
simples conformação de um modelo absolutista em prol da 
segurança do povo pelo poder do soberano, mas, antes de tudo, um 
questionamento diante da premissa que o autor coloca logo nos 
primeiros capítulos de leitura acerca do estado natural do 
comportamento humano em sociedade.

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