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MAD2- Autoimunidade- Resumo

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Autoimunidade 
Resposta imune específica contra um antígeno ou 
uma série de antígenos próprios. 
 
Tipos 
Localizadas (órgão-específicas) e sistêmicas (não 
órgão-específicas). 
A localização do antígeno determina onde uma doença 
se situa no espectro. Um indivíduo pode ter mais de 
uma doença autoimune. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como os linfócitos reconhecem os antígenos? 
Receptores de membrana (proteínas) produzidas de 
acordo com regulação gênica. 
 
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da 
autoimunidade são a suscetibilidade genética e os 
desencadeadores ambientais, como infecções e lesão 
tecidual local. 
 
• Susceptibilidade genética (potencial de 
produzir anticorpos contra autoantígenos); 
• Falhas na autotolerância (Eliminação ou 
regulação inadequadas das células T ou B, 
levando ao desequilíbrio entre ativação e 
controle de linfócitos, é a causa subjacente a 
todas as doenças autoimune); 
• Fatores hormonais; 
• Ambientais; 
• Superantígenos: exibição anormal de 
autoantígenos 
Genes + falhas + gatilhos = tríade das doenças 
autoimunes 
 
Propagação do epítopo: fenômeno no qual ocorre 
uma liberação e alteração de antígenos outros 
teciduais, na ativação de linfócitos específicos para 
esses outros antígenos e na exacerbação da doença, 
frente a uma resposta iniciada contra um autoantígeno 
que lesiona tecidos. Isso explica que uma vez 
desenvolvida a doença autoimune, esta pode se tronar 
prolongada e se autoperpetuar. 
 
Associados a genes que regulam: 
• MHC(ex: complexo HLA em humanos); 
• Fagocitose; 
• Imunidade inata (ex.: sistema complemento); 
• Supressão de respostas imunes; 
• Apoptose; 
• Ativação de resposta citotóxica; 
 
Resumindo: é muito difícil de se tratar devido a 
quantidade de genes envolvidos (poligênico). 
A maioria das doenças autoimunes é poligênica, e 
numerosos genes de suscetibilidade contribuem para o 
seu desenvolvimento. A maior contribuição vem de 
genes do MHC; acredita-se que outros genes 
influenciem a seleção ou regulação de linfócitos 
autorreativos. 
 
Fatores ambientais podem atuar como gatilhos 
Infecções podem predispor à autoimunidade por meio 
de diversos mecanismos, incluindo a expressão 
elevada de coestimuladores nos tecidos e reações 
cruzadas entre antígenos de microrganismos e 
autoantígenos. Algumas infecções podem proteger 
indivíduos da autoimunidade por mecanismos 
desconhecidos. Além disso, infecção pode 
desencadear recidiva da doença autoimune. 
Mecanismos: 
• Ativação expectadora 
• Mimetismo molecular 
• Alteração da ignorância imunológica 
 
 
Todos esses têm o intuito de permitir a ativação dos 
linfócitos autorreativos, seja produzindo anticorpos, 
seja atacando autoantígenos. 
 
• Ativação expectadora 
Infecções teciduais podem induzir respostas 
imunológicas locais → recrutamento de leucócitos 
para tecidos → ativação de APCs teciduais. APCs 
expressam coestimuladores e secretam citocinas 
ativadoras de células T que não são específicas para o 
patógeno infeccioso e sim autoantígenos (ativação 
bystander), são os linfócitos autorreativos. 
Superantígenos: produção exacerbada de resposta 
inflamatória 
 Ex: Diabetes tipo I após uma infecção por Epstein 
barr virus (EBV) 
 
• Alteração da ignorância imunológica 
Alterações anatômicas em tecidos, causadas por 
inflamação (possivelmente secundárias a infecções), 
lesão isquêmica ou trauma, podem levar à exposição 
de autoantígenos que normalmente são ocultos ao 
sistema imunológico. 
Tecidos que não tem macrófagos e células dendríticas 
(APCs), nos quais são “invisíveis “pelo sistema imune, 
esses são protegidos, possuem sítios de privilégio. 
Dessa maneira, após lesão há liberação de DAMPS, no 
qual pode atacar antígenos que antigamente eram 
ignorados, seja liberando antígenos, seja destruindo 
barreiras que limitam o acesso de LT a sítios de 
privilégio. 
Ex: uveíte e orquite pós-traumáticas. 
 
• Mimetismo molecular 
Microorganismos podem conter proteínas antigênicas 
que reagem de maneira cruzada com antígenos 
próprios e então as respostas imunológicas contra os 
patógenos podem resultar em reações contra os 
autoantígenos. Os microorganismos imitam ou reagem 
cruzadamente com proteínas do organismo. Dessa 
forma a resposta imunológica atuará em respostas 
contra os microrganismos infecciosos e contra os 
antígenos próprios. ex: homologia entre proteínas 
miocárdicas e proteínas estreptocócicas. 
Exemplos 
Espondilite anquilosante (após infecção da bactéria 
Klebsiella pneumoniae) 
Febre reumática aguda pós infecção por S. pyogenes: 
• 3 a 4% dos pacientes desenvolvem poliartrite, 
cardite e coreia 
• Proteína M estreptocócica compartilha 
homologia com a miosina cardíaca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aparência típica de um eritema marginado nas costas 
de uma criança com febre reumática aguda. 
Cortesia do Professor Mike South, Royal Children’s Hospital 
Melbourne; usado com permissão, Fonte: BMJ Practice. 
 
 
Síndrome de Guillain-Barré 
• Danos à bainha de mielina e células de 
Schwann presentes nos nervos sensoriais e 
motores, mediada pela resposta imunológica. 
• De distribuição mundial, incidência anual em 
torno de 1 a 2 casos/100.000 habitantes, com 
leve preponderância para o sexo masculino. 
• Causa mais frequente de paralisia flácida, no 
contexto neuromuscular. 
• ⅔ dos casos de Guillain-Barré têm história de 
gastroenterite ou doença respiratória (like Flu) 
antes do início dos sintomas neurológicos. 
• Paralisia com recuperação 
 
 
Caso clínico 1 
Paciente de 34 anos, sexo masculino, apresentou 
quadro de exantema, prurido, febre e artralgia, que se 
resolveu em 72h com o uso de sintomáticos. Após 10 
dias, passou a apresentar parestesias em membros 
inferiores, que evoluiu para membros superiores em 
24h. Paciente não buscou ajuda médica por julgar 
tratar-se de “câimbras” devido a falta de atividade 
física regular. Após 4 dias, o quadro evoluiu com 
fraqueza nos membros inferiores, impedindo a 
deambulação. Exame neurológico: Força muscular 
grau V/V em membros superiores e grau III/V em 
membros inferiores. Hipoestesia tátil e dolorosa nos 
quatro membros, com padrão de bota e luva. 
Hipopalestesia em membros inferiores, até o 
tornozelo. Após questionado o paciente relata infecção 
por Chikungunya vírus (CHIKV) há 8 meses atrás, que 
evoluiu para melhora em 3 semanas. A equipe médica 
iniciou o protocolo de tratamento para Síndrome de 
Guillain-Barré. 
Perguntas e respostas 
1-Qual resposta imune é ativada? 
- Adquirida humoral (anticorpos) e celular 
 
2-A doença é órgão-específica ou inespecífica? 
-Específica. 
 
3- Qual a correlação entre o quadro infeccioso prévio 
e o desenvolvimento da doença? 
-A infecção serviu como gatilho por mimetismo 
molecular. 
 
 
4- Quais reações de hipersensibilidade associadas a 
esta patologia? 
-II e IV. 
 
Caso clínico 2 
Sexo feminino, 25 anos, branca, dona de casa; Queixa 
Principal: Dor nas articulações há quatro meses. 
História Clínica: Paciente refere que há cerca de quatro 
meses vem apresentando dores nas articulações, de 
caráter migratório, simétrico, com piora ao acordar, 
que permanece por até 30 min, sem deformação 
articular, associado a calor, rubor e edema locais. Nega 
trauma. Nega febre, perda de peso, astenia. Presença 
de Eritema malar. Eritema malar: eritema fixo, plano 
ou elevado nas eminências malares, tendendo a 
poupar a região nasolabial. A ficha clínica prévia do 
paciente relata tratamento bem sucedido de linfoma 
Hodkgin com quimioterapia ABVD e imunoterapia há 
3 anos, sem relatos de reicidiva. Exame laboratorial: 
Anti FAN reagente (anticorpo anti fator nuclear). Anti- 
DNA Reagente (anticorpo anti DNA). 
Perguntas e respostas 
1. Qual resposta imune é ativada? 
-Adquirida humoral (anticorpos) 
 
2. A doença é órgão-específica ou inespecífica?-Sistêmica. 
 
3. Quais reações de hipersensibilidade 
associadas a esta patologia? 
-III. 
 
 
4. Qual a correlação entre o quadro prévio de 
câncer e o desenvolvimento da doença? * 
-A morte celular pelo tratamento antitumoral levou à 
lise celular e liberação de antígenos próprios e 
formação de imunocomplexos. 
 
 
Referências 
• BMJ, Best Pratice. Disponível em : BMJ 
• ROITT, Fundamentos da imunologia , 13º 
edição , CAP 19. Disponível em : Link da minha 
biblioteca 
• ABBAS, Imunologia celular e molecular, cap 
15. Disponível em: Link da minha biblioteca 
• MALE, David. Imunologia, 8ª edição, cap 20. 
Disponível em: Link da minha biblioteca 
https://bestpractice.bmj.com/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733885/cfi/6/64!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733885/cfi/6/64!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595150355/cfi/6/46!/4/2/4/2@0:0
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