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Aula - Pré-natal

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Humanização da Assistência Integral a Saúde da Mulher e Pré-Natal 
Os dados de mortalidade materna e perinatal, de morbidade e de bem-estar da população feminina de nosso pais, sugerem uma fragilidade na qualidade dos serviços de saúde, uma vez que expõem aspectos desumanizadores do atendimento e a limitação de investimentos na promoção da saúde.
 
 Na saúde da mulher há que se questionar a atual qualidade de atendimento dos serviços, o seu real impacto na promoção da saúde e, também, até que ponto tem-se buscado o efetivo reconhecimento, a participação e a valorização dos sujeitos direta ou indiretamente envolvidos no processo reprodutivo. 
 A eficácia do acompanhamento pré-natal para a mãe e o concepto é uma prática suficientemente comprovada, mas ainda apresenta deficiência tanto na extensão da cobertura como na qualidade da atenção ofertada. 
PORTANTO.... 
 
Estes encontros devem buscar a superação do controle das intercorrências obstétricas, atual foco da atenção em saúde, enfocando a qualidade de vida e o acolhimento no atendimento, gerando uma assistência mais global e humanizada. 
Nesse processo de mudanças, alguns questionamentos são muito importantes:
Como se sentem os que passam pela experiência reprodutiva?
O que significa carregar ou aguardar a chegada de outro ser?
Quais são as expectativas?
Quais serão as conseqüências?
Como o companheiro vive e participa desse processo?
- Como a família vivencia, sente, participa ou participará desse momento?
O PRÉ-NATAL
O acompanhamento pré-natal deve ter início quando ela procura o serviço ao suspeitar de gravidez e deve finalizar com o início do trabalho de parto, devendo ser pautado por medidas de promoção, manutenção e recuperação da saúde da mulher e do feto.
 
O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando, ao fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal.
Uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada se dá por meio da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias; do fácil acesso a serviços de saúde de qualidade, com ações que integrem todos os níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar para alto risco.
(MS< 2005)
Objetivos do pré-natal
 Promover para a mulher e seu filho uma passagem pela experiência de reprodução o mais saudável possível, através de:
Redução de vulnerabilidades às quais se encontra exposta;
Da avaliação do processo gravídico, da monitorização do estado fetal e da detecção precoce de problemas;
Da adoção de medidas educativa;
Do apoio psico-emocional à mulher, ao seu companheiro e família;
Da garantia da atenção à criança em desenvolvimento;
Do encaminhamento da mulher gestante a um nível de assistência mais complexo, caso surjam complicações.
Parâmetros estabelecidos
Captação precoce das gestantes com realização da primeira consulta de pré-natal até 120 dias da gestação;
Realização de, no mínimo, seis consultas de pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação;
Escuta da mulher e de seus(suas) acompanhantes, esclarecendo dúvidas e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as condutas a serem adotadas;
Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou individualmente,com linguagem clara e compreensível, proporcionando respostas às indagações da mulher ou da família e as informações necessárias;
Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante;
Exames laboratoriais
Imunização antitetânica: aplicação de vacina dupla tipo adulto até a dose imunizante (segunda) do esquema recomendado ou dose de reforço em mulheres já imunizadas;
Avaliação do estado nutricional da gestante
Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais;
Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e de mama;
Tratamento das intercorrências da gestação;
Classificação de risco gestacional a ser realizada na primeira consulta e nas subseqüentes;
Atendimento às gestantes classificadas como de risco, garantindo vínculo e acesso à unidade de referência para atendimento ambulatorial e/ou hospitalar especializado;
Registro em prontuário e cartão da gestante, inclusive registro de intercorrências/urgências que requeiram avaliação hospitalar em situações que não necessitem de internação.
 Para que seja possível o monitoramento da atenção pré-natal e puerperal, de forma organizada e estruturada, foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde, um sistema informatizado, SISPRENATAL, de uso obrigatório nas unidades de saúde e que possibilita a avaliação da atenção a partir do acompanhamento de cada gestante.
 Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recomendações essenciais para a atenção pré-natal, perinatal e puerperal. Tais recomendações basearam-se em revisão sistemática de estudos controlados e da aplicação dos conceitos da Medicina Baseada em Evidências. Os dez princípios fundamentais da atenção perinatal, assinalados pela OMS, indicam que o cuidado na gestação e no parto normais deve:
Não ser medicalizado,
Ser baseado no uso de tecnologia apropriada,
Ser baseado em evidências,
Ser regionalizado e baseado em sistema eficiente de referência de centros de
Cuidado primário para centros de cuidado secundário e terciário;
Ser integral e levar em conta necessidades intelectuais, emocionais, sociais e culturais das mulheres, seus filhos e famílias, e não somente um cuidado biológico;
Estar centrado nas famílias e ser dirigido para as necessidades não só da mulher e seu filho, mas do casal;
Considerar as decisões da mulher;
Considerar as diferenças culturais
Respeitar a privacidade, a dignidade e a confidencialidade das mulheres.
Ser multidisciplinar
O diagnóstico de gravidez
Atraso menstrual
Atividade sexual
TIG
Positivo Negativo
 
 Gravidez Repetir TIG 15 Dias
 Iniciar pré-natal Negativo
 
 consulta médica
TIG – TESTE INDICATIVO DE GRAVIDEZ
23
Início do Pré-Natal
Cadastro no SISPRENATAL
Fornecer: Cartão da gestante
 Agenda da gestante
As consultas no pré-natal
Legislação
De acordo com a lei 7.498/86 ( lei que regulamenta o exercício profissional da enfermagem), o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo enfermeiro.
Mínimo: 6 Consultas
Preferencialmente:
Uma consulta no 1º trimestre
Duas consultas no 2º trimestre
Três consultas no 3º trimestreExames que devem ser solicitados
1ª. Consulta
Dosagem de hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht): avalia se a gestante apresenta anemia, que pode ter ocorrido por um distúrbio menstrual ou por deficiência nutricional prévia.
Grupo sangüíneo e fator Rh: indica o grau de risco para doenças hemolíticas.
3. Sorologia para sífilis (VDRL): repetir próximo à 30ª semana - pode causar anomalias fetais.
4. Glicemia em jejum: repetir próximo à 30ª semana
5. Exame sumário de urina (Tipo I): repetir próxima à 30ª semana – avaliar condições urinárias, podendo detectar infecção
6. Sorologia anti-HIV, com o consentimento da mulher após o “aconselhamento pré-teste”
7. Sorologia para hepatite B (HBsAg, de preferência próximo à 30ª semana de gestação);
8. Sorologia para toxoplasmose (IgM para todas as gestantes e IgG, quando houver disponibilidade para realização).
09. Colpocitologia oncótica (se maior que 03 anos)
10. Outros: Urocultura, USG, ....
Vacinação antitetânica
Objetivo é a prevenção do tétano no Rn e na mulher.
 DT = Difteria/tétano
 TT = Toxóide tetânico 
Gestante Não Vacinada
 
1ª dose 2ª dose* 3ª dose
Precoce 60 dias após 60 dias após 
 2ª dose
  
Gestante Vacinada
Se 1 ou 2 doses: completar esquema de 3 doses
 
Reforço: 10/10 anos
Na gestação: 5 anos
Peso
Ganho de peso é de 1,5kg no primeiro trimestre;
4,5 a 5,5kg no segundo trimestre
3,5 a 4,5 kg no terceiro trimestre.

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