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Vigilângia Epidemiológica das Arboviroses

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MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS 
ARBOVIROSES
Ref.: Nota técnica 
DEFINIÇÃO 
A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei 
n° 8.080/90 como: 
“um conjunto de ações que proporciona o 
conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou coletiva, 
com a finalidade de recomendar e adotar as 
medidas de prevenção e controle das doenças ou 
agravos”. 
O objetivo principal é fornecer orientação 
técnica permanente para os profissionais de 
saúde, que têm a responsabilidade de decidir 
sobre a execução de ações de controle de doenças 
e agravos. 
Assim, disponibilizando informações atualizadas 
sobre a ocorrência dessas doenças e agravos e os 
fatores que a condicionam, numa área geográfica 
ou população definida. 
E ainda constitui importante instrumento para: 
 Planejamento, organização; e 
operacionalização dos serviços de saúde. 
Como também para a normatização de atividades 
técnicas afins. 
NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DE 
CASOS 
DEFINIÇÃO DE CASO 
Os casos notificados devem corresponder aos 
sinais e sintomas conforme as definições de casos 
suspeitos. 
 
SUSPEITO DE DENGUE 
CASO SUSPEITO DE DENGUE 
1. Pessoa que resida ou tenha viajado nos 
últimos 14 dias para a área onde ocorre a 
transmissão de dengue ou presença do Ae. 
Aegypti; e 
2. Apresente febre usualmente entre 2 e 7 dias 
com 2 ou mais das seguintes manifestações: 
 Náuseas e vômitos; 
 Exantema; 
 Mialgia e artralgia; 
 Cefaleia; 
 Dor retro-orbital. 
3. Petéquias ou prova do laço positivo, e/ou 
leucopenia. 
Também pode ser considerado como o caso 
suspeito de dengue: 
4. Toda criança proveniente ou que residem área 
com transmissão ativa de dengue, com: 
Quadro febril agudo, inespecífico, sem foco de 
infecção segmentar aparente (amidalite. Sinusite, 
pneumonia, infecção de pele e partes moles etc), 
usualmente entre 2 e 7 dias, mesmo sem a 
presença de exantema cutâneo. 
CASOS SUSPEITOS DE DENGUE COM SINAIS 
DE ALARME 
É todo caso de dengue que, no período de 
duração da doença, incluindo o período de 
declínio da febre, apresente 1 ou mais dos 
seguintes sinais clínicos: 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
 Dor abdominal intensa e contínua ou dor 
apalpação do abdome; 
 Vômitos persistentes; 
 Acúmulo de líquidos (ascites, derrame 
pleural, pericárdico); 
 Sangramento de mucosas; 
 Letargia ou irritabilidade; 
 Hipotensão postural; 
 Hepatomegalia maior do que 2cm; e ou 
 Aumento progressivo de hematócrito. 
CASO SUSPEITO DE DENGUE GRAVE 
É todo caso de dengue que apresente 1 ou mais 
das seguintes condições clínicas: 
 Choque ou desconforto respiratório 
devido ao extravasamento grave de 
plasma evidenciado por: 
 
 Taquicardia; 
 Extremidades frias e tempo de 
enchimento capilar igual ou maior a 
2s; 
 Pulso débil ou indetectável; 
 Pressão diferencial convergente < 
igual 20mmHg; 
 Hipotensão arterial em fase tardia. 
 
 Sangramento grave, segundo avaliação do 
médico, como: 
 
 Hematêmese; 
 Melena; 
 Metrorragia volumosa; 
 Sangramento do SNC. 
 
 Comprometimento grave de órgãos, 
como: 
 
 Dano hepático importante 
(ASL/ALT>1000); 
 SNC: alteração da consciência; 
 Coração (miocardite) etc. 
SUSPEITO DE CHIKUNGUNYA 
A infecção pelo vírus Chikungunya deve ser 
considerada em pacientes com: 
 Quadro febril agudo, com febre de início 
súbito >38,5ºC; e 
 Dor intensa nas articulações 
acompanhando o período febril, e 
envolvendo múltiplas articulações de 
forma sequencial, acompanhada ou não 
sinais inflamatórios articulares. 
A!! Também pode estar associado aftas orais, 
mialgias, cefaleia holocraniana ou retro-
orbitária e exantema cutâneo. 
O doente deve residir ou ter visitado, em até 2 
semanas antes do início dos sintomas, áreas onde 
estejam ocorrendo casos suspeitos ou que tenha 
vínculo epidemiológico com algum caso 
confirmado da doença. 
SUSPEITA DE ZIKA 
A infecção pelo vírus Zika deve ser considerada 
em indivíduo que apresente: 
 Exantema: geralmente pruriginoso ou 
maculopapular craniocaudal; 
 Acompanhado de 1 dos seguintes sinais e 
sintomas associados: 
 
 Febre baixa (<38,5ºC); 
 Hiperemia conjutival/conjuntivite 
sem secreção nos olhos; 
 Artralgia/poliartralgia transitória 
associada ou não a sinais 
inflamatórios; 
 Edema periarticular; 
 Náuseas e /ou vômitos; 
 Mialgia; 
 Placas cutâneas semelhantes a 
alergia de pele (urticariformes); 
 Cefaleia retro-orbitária; 
 Gânglios aumentados em região 
pré-auricular ou retroauricular 
geralmente doloroso; 
 Eritema palmar. 
NOTIFICAÇÃO 
DENGUE 
1. Notificar no SINAN (Sistema de Informação de 
Agravos e Notificação) os casos suspeitos de 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
dengue, independente da realização da coleta de 
material biológico para exame específico; 
2. Utilizar a Ficha de Investigação Dengue e 
Febre Chikungunya padronizada pelo MS; 
3. Todos os casos de dengue grave e dengue com 
sinais de alarme devem ser notificados para a 
Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde 
de sua abrangência por e-mail e/ou pelo telefone 
em até 24h a partir da suspeita inicial, e digitados 
no SINAN online; 
4. A Regional de Saúde deve comunicar casos de 
Dengue grave e Dengue com sinais de alarme e 
óbitos por e-mail e ou pelo telefone em até 24h a 
partir da suspeita inicial; 
5. Investigar imediatamente todos os óbitos 
suspeitos de dengue utilizando o Protocolo de 
Investigação de Óbito num site do governo; 
6. O referido protocolo deverá ser encaminhado 
à DIVEP em até 24h por e-mail. 
CHIKUNGUNYA 
1. Notificar no SINAN online os casos suspeitos 
de Chikungunya, independente da realização da 
coleta de material biológico para exame 
específico; 
2. Utilizar a Ficha de Investigação Dengue e 
Febre Chikungunya padronizada pelo MS; 
3. Todos os casos de Chikungunya com 
gravidade devem ser notificados para a 
Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde 
de sua abrangência por e-mail e/ou pelo telefone 
em até 24h a partir da suspeita inicial, e digitados 
no SINAN online; 
4. Investigar imediatamente todos os óbitos 
suspeitos de Chikungunya utilizando o protocolo 
de investigação de óbito num site do governo; 
5. O referido protocolo deverá ser encaminhado 
à DIVEP em até 24h por e-mail. 
ZIKA 
1. Notificar os casos suspeitos de Zika no 
SINAN, código CID 10 A92. 8. Utilizar a Ficha de 
Notificação Individual – FNI/SINAN NET 
2. Os sinais e sintomas deverão ser descritos no 
campo de observação da FNI. 
ENCERRAMENTO DE CASO 
DENGUE 
CONFIRMADO 
1. Todo caso suspeito de Dengue confirmado 
laboratorialmente por qualquer umas das 
técnicas de análise disponível (sorologia IgM, 
antígeno NS1, isolamento viral, PCR, Imuno-
histoquímica). 
A!! Os casos graves e óbitos devem ser 
confirmados preferencialmente por técnicas 
moleculares; 
2. Na impossibilidade de realizações de 
confirmação laboratorial específica, considerar o 
encerramento do caso por vínculo 
epidemiológico com outro confirmado 
laboratorialmente; 
3. No curso de uma epidemia, a confirmação 
pode ser feita através de critério clínico-
epidemiológico, na falta de coleta de amostras ou 
na impossibilidade das mesmas; 
4. O óbito de todo paciente portador de 
comorbidades, ou de complicações associadas ao 
Dengue cuja morte ocorreu durante o curso da 
doença, será confirmado como óbito por 
Dengue; 
5. O óbito de todo paciente que não cumpra 
quaisquer dos critérios da definição de caso 
confirmado de Dengue deverá ser analisado por 
uma comissão interdisciplinar para 
encerramento do caso. 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
DESCARTADO 
Todo caso suspeito de Dengue que possui 1 ou 
maisdos seguintes critérios: 
1. Diagnóstico laboratorial negativo: para 
amostras com coleta no período recomendado e 
conservação adequada; 
2. Tenha outro diagnóstico laboratorial 
(Chikungunya, Zika, Sarampo, Rubéola, 
Leptorpirose, Meningite etc); 
3. Seja um caso sem exame laboratorial, cujas 
investigações clínicas e epidemiológicas são 
compatíveis com outras patologias. 
CHIKUNGUNYA 
CONFIRMADO 
1. Por diagnóstico laboratorial pelos testes 
específicos: 
 Isolamento viral; 
 Detecção de Vírus de RNA por RT-PCR; 
 Detecção de anticorpo IgM em uma única 
amostra de soro (coleta durante a fase aguda 
ou convalescente); e/ou 
 Aumento de 4x no título de anticorpos 
específicos anti-CHIKV(amostra coletada 
com pelo menos 2-3 semanas de diferença); 
2. Na impossibilidade de realização de 
confirmação laboratorial específica, considerar 
confirmação por vínculo epidemiológico com 
outro confirmado laboratorialmente; 
3. No curso de uma epidemia, a confirmação 
pode ser feita através de critério clínico-
epidemiológico, na ausência de coleta de 
amostras, e desde que haja evidência de 
circulação temporal e espacial do vírus no 
território; 
4. Os casos graves e óbitos devem ser 
preferencialmente confirmados por técnicas 
moleculares. 
DESCARTADO 
Todo caso suspeito de Chikungunya que possui 1 
ou mais dos seguintes critérios: 
1. Diagnóstico laboratorial negativo, caso a 
amostra tenha sido coletada no período 
recomendado e conservação adequada; 
2. Tenha outro diagnóstico laboratorial: 
Dengue, Zika, Sarampo etc; 
3. Seja um caso sem exame laboratorial, cujas 
investigações clínicas e epidemiológicas são 
compatíveis com outras patologias. 
ZIKA 
CONFIRMADO 
1. Através do diagnóstico laboratorial por meio 
de detecção de RNA viral a partir de: 
 Espécimes clínicos; ou 
 Sorologia por detecção dos anticorpos 
IgM; 
2. Na impossibilidade de realização de 
confirmação laboratorial específica, considerar 
confirmação por vínculo epidemiológico com 
outro confirmado laboratorialmente; 
3. No curso de uma epidemia, a confirmação 
pode ser feita através de critério clínico-
epidemiológico, na ausência de coleta de 
amostras, e desde que exista a confirmação 
laboratorial dos primeiros casos no território; 
4. Os casos graves/complicações neurológicas e 
óbitos devem ser confirmados preferencialmente 
por RT-PCR; 
5. Municípios com casos notificados de Zika 
com sorologia positiva para dengue deverão 
aguardar os resultados das amostras enviadas 
ao LACEN para encerramento dos casos, devido 
à possibilidade de reação cruzada. 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
DESCARTADO 
Todo caso suspeito de Zika que possui 1 ou mais 
dos seguintes critérios: 
1. Diagnóstico laboratorial negativo, caso a 
amostra tenha sido coletada no período 
recomendado e conservação adequada; 
2. Tenha outro diagnóstico laboratorial: 
Dengue, Chikungunya, Sarampo etc; 
3. Seja um caso sem exame laboratorial, cujas 
investigações clínicas e epidemiológicas são 
compatíveis com outras patologias; 
4. Os municípios que não têm confirmação 
laboratorial, não deverão descartar os casos 
suspeitos notificados, que serão 
automaticamente encerrados como 
inconclusivos pelo SINAN. 
 
PREVENÇÃO DAS ARBOVIROSES 
Ref.: diretriz para prevenção e controle da dengue 
PERÍODO NÃO EPIDÊMICO 
O objetivo é incentivar a divulgação de medidas 
de prevenção de dengue, como forma de 
incentivar a população a adotar hábitos e 
condutas capazes de evitar a proliferação do 
mosquito transmissor. 
Dessa forma, recomenda-se que as mensagens de 
comunicação para esse cenário envolvam 
conteúdos educacionais e informativos sobre: 
 A eliminação dos criadouros dos 
mosquitos da dengue; 
 A biologia e os hábitos do Aedes aegypti; 
 Os locais de concentração do agente 
transmissor; 
 Os principais sintomas da doença; e 
 Recomendações para que a população, em 
caso da doença, recorra aos serviços de 
AP à saúde. 
PUBLICIDADE 
Deve executar as campanhas publicitárias de 
utilidade pública sobre dengue com objetivo de: 
 Informar a sociedade sobre a doença, por 
meio de material publicitário; 
 Alertar a sociedade sobre as principais 
atitudes que devem ser tomadas; e 
 Alertar, a partir dos boletins 
epidemiológicos, para a mudança de 
cenário da doença. 
AÇÕES DE ROTINA 
Vários métodos de controle do Aedes podem ser 
utilizados rotineiramente. 
Alguns deles são executados no domicílio pelo 
morador e, complementarmente, pelo ACE ou 
ACS. 
Tem-se também a responsabilidade dos 
administradores e proprietários, com a 
supervisão da secretaria municipal de saúde, na 
adoção dos métodos de controle dos imóveis não 
domiciliares, que se constituem em áreas de 
concentração de grande número de criadouros 
produtivos e funcionam como dispersores do 
Aedes. 
Por exemplo: 
 Prédios públicos, como: terminais 
rodoviários e ferroviários, portos e 
aeroportos. 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
 Setor privado, como: canteiros de obras, 
grandes indústrias e depósitos de materiais 
utilizados na reciclagem, além dos ferros-
velhos e sucatas. 
Como métodos de controle rotineiro, têm-se o: 
 Mecânico; 
 Biológico; 
 Legal; e 
 Químico. 
CONTROLE MECÂNICO 
O controle mecânico consiste na adoção de 
práticas capazes de impedir a procriação do 
Aedes, tendo como principais atividades a: 
 Proteção, destruição ou a destinação 
adequada de criadouros. 
Que devem ser executadas sob a supervisão do 
ACE ou ACS, prioritariamente pelo próprio 
morador/proprietário. 
Assim, pode ser feito: 
1. Reforço na coleta de resíduos sólidos, com 
destino final adequado, em áreas com altos índices 
de infestação; 
2. Coleta, armazenamento e destinação 
adequada de pneumáticos; 
3. Vedação de depósitos de armazenamento de 
água, com a utilização de capas e tampas. 
CONTROLE QUÍMICO 
O controle químico consiste no uso de 
substâncias químicas – inseticidas – para o 
controle do vetor nas fases larvária e adulta. 
A utilização de inseticidas em saúde pública tem 
por base normas técnicas e operacionais 
oriundas de um grupo de especialistas em 
praguicidas da OMS, que preconiza os princípios 
ativos desses produtos e recomenda as doses para 
os vários tipos de tratamento disponíveis. 
É fundamental o uso racional e seguro dos 
inseticidas nas atividades de controle vetorial, 
tendo em vista que o seu uso indiscriminado 
determina impactos ambientais, além da 
possibilidade de desenvolvimento da resistência 
dos vetores aos produtos. 
CONTROLE BIOLÓGICO 
O rápido aumento da resistência do mosquito aos 
inseticidas químicos e os danos ao meio 
ambiente tem resultado na busca de novas 
alternativas de controle. 
Assim, o MS vem adotando o uso do Bacillus 
thuringiensis israelensis (Bti). 
O Bti tem elevada propriedade larvicida e seu 
mecanismo de atuação baseia-se na: 
 Produção de endotoxinas proteicas que, 
quando ingeridas pelas larvas, provoca a 
morte. 
O MS possui uma rede de monitoramento que 
avalia o estágio de resistência do A. aegypti ao 
uso de inseticidas. 
Ao detectar resistência ao uso de 
organofosforados no município, há o processo de 
substituição pelo Bti. 
CONTROLE LEGAL 
Consiste na aplicação de: 
 Normas de conduta regulamentadas por 
instrumentos legais de apoio às ações de 
controle da dengue. 
As medidas de caráter legal podem ser 
instituídas no âmbito dos municípios, pelos 
códigos de postura, visando principalmente: 
 Responsabilizar o proprietário pela 
manutenção e limpeza de terrenos 
baldios; 
 Assegurar a visita domiciliar do ACE aos 
imóveis fechados, abandonados e onde 
exista recusa à inspeção; 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves 
 Regulamentar algumas atividades 
comerciais consideradas críticas, do pontode vista sanitário. 
PERÍODO EPIDÊMICO 
O objetivo principal nesse cenário é evitar óbitos. 
Dessa forma, recomenda-se que o foco das ações 
de comunicação e mobilização seja: 
 Divulgação dos sinais e sintomas da 
complicação da doença; 
 Alerta sobre os perigos da automedicação; 
 Orientação à população para procurar 
atendimento médico na US mais próxima 
ou informação sobre as unidades de 
referência indicadas pelos gestores, para 
que o cidadão tenha atendimento médico 
logo nos primeiros sintomas; 
 Esclarecimentos sobre medidas de 
autocuidado, especialmente sobre a 
hidratação oral; e 
 Reforço às ações realizadas no período 
não epidêmico, especialmente quanto à 
remoção de depósitos, com a participação 
intersetorial e da sociedade.

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