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Resumo - Diagnóstico Laboratotial de Parasitoses em Pediatria

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Júlia Figueirêdo – LPI NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
PARASITOSES E MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM 
PEDIATRIA: 
EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES: 
Esse é um termo amplo que abrange os 
diferentes métodos de análise do material 
fecal, tendo como objetivo diagnosticar os 
parasitas intestinais (helmintos e 
protozoários) em suas diferentes formas que 
acometem o ser humano. 
Durante a análise laboratorial das fezes, o 
técnico irá observar aspectos relacionados à 
cor, odor e consistência da amostra, que 
pode ser indicativa de distúrbios no tubo 
digestório, além da presença de vermes 
adultos. Ao microscópio, é possível avaliar a 
presença de parasitos, sua espécie e 
número. Existem diversas técnicas que 
podem ser utilizadas com intuito diagnóstico, 
sejam elas aplicadas em exames 
macroscópicos e microscópicos, estes 
últimos que podem ser qualitativos ou 
quantitativos. 
Quanto aos métodos quantitativos no exame 
de fezes, sua finalidade é avaliar a 
intensidade do parasitismo por meio da 
pesquisa e contagem dos ovos (helmintos) e 
oocistos (protozoários). Alguns exemplos de 
mecanismos empregados são o método de 
Stoll-Hausheer e o método de Kato-Katz. 
 
A análise qualitativa demonstra a presença 
das formas parasitárias, sem quantifica-las. 
Pode identificar ovos, cistos e oocistos, 
dependendo da forma de estudo empregada. 
Os métodos mais comuns são a 
sedimentação espontânea (mais sensível, 
consegue identificar o maior número de 
formas evolutivas parasitárias), 
sedimentação por centrifugação, flutuação 
espontânea, centrífugoflutuação, método de 
Bareman-Morais (detecta larvas), e método 
de Rugai. 
 
O método de estudo da amostra coletada 
depende de diversos fatores, como a 
produção inconstante de ovos e cistos ao 
longo do dia (por esse motivo um exame 
isolado de resultado negativo não é 
considerado conclusivo) e a especificidade 
de cada parasito, que pode ser evidenciado 
por técnica específica. Independentemente 
da metodologia analisada, o material deve 
ser analisado o mais rapidamente possível. 
Sobre a coleta, armazenamento e 
identificação da amostra, é solicitado ao 
paciente que evacue num recipiente seco e 
de boca larga, transferindo uma pequena 
quantidade do material para o frasco 
fornecido (com ou sem conservantes), que 
deve ser encaminhado ao laboratório, onde 
será etiquetado e direcionado para análise. 
As fezes podem ser acondicionadas em 
baixas temperaturas (5 a 10ºC) ou em 
recipientes com formol a 10% e SAF 
(conservante específico). 
PARASITOSES GASTROINTESTINAIS EM PEDIATRIA: 
Ascaridíase (Ascaris lumbricoides): muito 
frequente em crianças (70% dos indivíduos 
parasitados), apresenta ovos resistentes e 
de liberação constante, favorecendo a 
identificação da parasitose. A principal 
complicação está relacionada à obstrução da 
luz intestinal, impedindo o trânsito do bolo 
Júlia Figueirêdo – LPI NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
fecal e o desenvolvimento de 
constipação/obstipação intestinal. Esse 
parasita realiza Ciclo de Loss (passagem 
pelos pulmões) durante seu processo de 
desenvolvimento e migração no organismo, 
podendo causar tosse e desconforto faríngeo 
(há possibilidade de expulsão pela boca). 
 
 
Enterobíase (Enterobius vermicularis): 
muito comum em crianças devido aos 
hábitos precários de higiene e ao contato 
fecal-oral. Não é muito patogênico, porém 
causa desconforto devido ao prurido anal e à 
insônia oriunda da eclosão noturna dos ovos 
na região perianal. Esse parasito não é 
identificado facilmente em amostras de 
fezes, sendo empregada para o diagnóstico 
dessa parasitose a técnica de Graham 
(técnica da fita adesiva transparente), que 
recolhe material da região perianal, 
buscando pelas fêmeas ou ovos do parasita. 
 
Teníase (Taenia sp.): menos frequente em 
crianças devido ao tempo de 
desenvolvimento do parasita, é inicialmente 
assintomática. São identificadas proglotes, 
contendo ovos, nas fezes humanas. Esse 
parasita tem grande comprimento, podendo 
ocupar grandes extensões do trato intestinal. 
A diferenciação das espécies da tênia auxilia 
na escolha terapêutica. 
 
 
Giardíase (Giardia lamblia): protozoário 
bastante frequente em crianças, cujos cistos 
podem ser identificados por métodos de 
sedimentação espontânea ou flutuação. O 
acometimento infantil se dá por meio de 
diarreia intensa (mais grave que num adulto, 
Júlia Figueirêdo – LPI NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
pois seu sistema imune ainda é incipiente), 
que pode causar quadro de desnutrição e 
alterações no crescimento. 
Amebíase (Entamoeba histolytica): também 
comum dentre crianças, causa diarreias 
sanguinolentas por conta da degradação da 
parede intestinal. Assim como na giardíase, 
o acometimento infantil pode ser mais grave. 
O diagnóstico se dá por meio de 
sedimentação espontânea. 
ECTOPARASITOSES INFANTIS: 
Escabiose/Sarna (Sarcoptes scabei): é um 
ácaro transmitido por contato próximo com 
pessoas e animais domésticos 
contaminados ou com objetos 
compartilhados. Causa úlceras e prurido 
intenso por todo o corpo. O tratamento se dá 
por meio da administração cautelosa de 
ivermectina, uma vez que tem potencial 
hepatotóxico, e de medicamentos de uso 
tópico para reduzir o incômodo local. 
 
Miíase: causada por depósito de ovos por 
moscas em regiões previamente lesionadas 
(principalmente na pele, porém pode se 
manifestar em mucosas, como na boca). 
Esses ovos eclodem, liberando larvas, que 
se alimentam dos tecidos adjacentes. O 
sintoma encontrado, para além da lesão, é o 
odor fétido. O berne é oriundo do mesmo 
mecanismo, porém só uma larva é 
encontrada no local de implantação. A 
remoção mecânica (precedida por 
“sufocamento” da larva) é o tratamento mais 
recomendado, devendo ser realizada com 
prontidão. Antibióticos podem ser prescritos 
para evitar infecções decorrentes daquela 
lesão. 
 
Pediculose: sua frequência vem diminuindo 
na atualidade. É uma ectoparasitose 
causada por piolhos, insetos hematófagos 
transmitidos pelo contato próximo com 
indivíduos afetados. Esse aracnídeo se fixa 
no couro cabeludo, causando prurido local. 
O diagnóstico se dá pela presença do 
parasita, e o tratamento envolve produtos 
cosméticos próprios e ivermectina. 
 
 
Tungíase: denominada comumente como 
“bicho de pé” é causada por uma pulga 
(Tunga penetrans), presente em terrenos 
arenosos, que se fixa à pele dos pés, 
causando lesões locais semelhantes a 
furúnculos. A remoção mecânica é a 
propedêutica mais recomendada, sendo 
frequentemente realizada de forma 
Júlia Figueirêdo – LPI NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
doméstica (pode causar infecções 
cutâneas). 
 
Larva migrans cutânea (bicho geográfico): 
causada pelo estágio larval do Ancylostoma 
braziliensis e do Ancylostoma caninum, 
presente em solos arenosos, penetra 
facilmente a pele das mãos e dos pés, 
criando um “rastro” visível na região 
acometida. O tratamento envolve 
ivermectina associada a antibióticos para 
evitar infecções secundárias decorrentes da 
lesão aberta.

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