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Resumo - Introdução aos Métodos de Diagnóstico Laboratorial

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Júlia Figueirêdo – LPI ABRANDÊNCIA DAS AÇÕES EM SAÚDE 
INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS PARA 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
CLASSIFICAÇÕES E IMPORTÂNCIA: 
A anamnese e o exame físico nem sempre 
conseguem levar a um diagnóstico, sendo 
necessária a solicitação de exames 
complementares para confirmar suspeitas 
levantadas pela análise clínica, evidenciando 
assim sua relevância para a prática médica. 
Esses métodos, no entanto, não devem ser 
utilizados como primeiro recurso para o 
atendimento à saúde devido tanto ao fator 
financeiro, uma vez que os exames 
requerem processamento especializado e 
materiais próprios, quanto pela segurança do 
paciente, que é exposto a menos riscos e 
complicações com a indicação comedida de 
procedimentos diagnósticos. 
Os principais tipos de exames laboratoriais 
incluem: 
 Microscopia: 
A microscopia pode ser executada de 
maneira rápida, porém sua acurácia está 
diretamente ligada à experiência do 
operador do microscópio. Esses tipos de 
exame são empregados para distinguir 
doenças invasivas e colonização de 
superfície por meio de amostras de 
tecido, o que não é possível por meio de 
culturas. As amostras são tratadas com 
corantes ou preparados químicos para 
facilitar a identificação do patógeno, 
sendo que essa coloração é prescrita 
pelo médico ao solicitar o exame, sempre 
se baseando nas hipóteses clínicas 
formadas. 
 Cultura: 
Culturas são crescimentos microbianos 
realizados em meio nutricional líquido ou 
sólido, na qual um número maior de 
microrganismos facilita o processo de 
identificação Esse mecanismo é o 
principal e mais indicado exame 
complementar para suporte de suspeitas 
diagnósticas (padrão-ouro), porém 
apresenta elevado período de execução 
(dias ou semanas), inviabilizando 
análises de maior prioridade, e não 
permite o cultivo de todos os patógenos, 
o que motiva sua substituição por outras 
ferramentas. 
 Exames imunológicos: 
Empregam antígenos para detecção de 
anticorpos contra um patógeno 
específico presente na amostra do 
paciente ou anticorpos para marcação 
dos antígenos patológicos. Pode ser 
executado por: 
o Exames de aglutinação: uma 
partícula (látex, gelatina ou bactérias) 
são adicionadas a um antígeno ou 
anticorpo reagente, preparado que é 
então misturado ao espécime. Caso 
o marcador esteja presente na 
amostra haverá ligação entre as 
substâncias, criando um agregado 
mensurável. São muitas vezes 
rápidos, porém sua sensibilidade é 
menor que a de outros métodos. 
 
Em caso positivo, a mostra é diluída e 
analisada, sendo que a ocorrência de 
aglutinação em amostras mais 
fracionadas indica uma grande 
presença de anticorpos ou antígenos-
alvo. 
o Fixação de complemento: um 
preparado contendo um 
complemento e um antígeno, é 
associado ao soro da amostra do 
paciente, e caso não ocorra lise de 
hemácias é possível comprovar a 
presença de anticorpos para o 
Júlia Figueirêdo – LPI ABRANDÊNCIA DAS AÇÕES EM SAÚDE 
patógeno testado. Pode identificar 
imunoglobulinas IgM e IgC (aplicável 
para detecção de dengue) e 
possuem elevada acurácia, porém 
sua aplicação é limitada a um grupo 
patogênico e exige grande 
investimento de trabalho. 
 
o Ensaios imonoenzimáticos: utilizam 
anticorpos ligados a enzimas, 
incluindo o ELISA (ensaio 
imunoabsorvente ligado à enzima) e 
o EIA, ensaio imunoenzimático. Sua 
sensibilidade elevada faz com que 
esse mecanismo seja aplicado para 
triagem, com titulação obtida por 
meio da diluição de amostras, tal 
como foi observado na aglutinação; 
 
o Exames de precipitação: verifica a 
presença de antígenos ou anticorpos 
em fluidos corporais por meio do grau 
de precipitação visível, havendo 
diversos mecanismos de realização, 
mas de poucas aplicações. Sua 
sensibilidade é baixa, uma vez que a 
catálise da reação requer uma 
grande quantidade de marcadores; 
o Teste de Western Blot: detecta 
anticorpos na amostra coletada por 
meio de reações com antígenos 
imobilizados numa membrana. Sua 
sensibilidade ainda que boa, é menor 
que a observada em testes de 
triagem, mas sua elevada 
especificidade permite que seja 
aplicado como forma de confirmação 
de resultados positivos em exames 
primários. Dentre as modificações de 
sua técnica se insere a 
imunocromatografia, fácil de ser 
realizada e comumente empregada, 
capaz de analisar rapidamente as 
amostras em busca de marcadores 
específicos. 
 Métodos de identificação com ácido 
nucleico: 
Refere-se à identificação molecular do 
antígeno por meio da identificação de 
fitas de DNA ou RNA específicas 
extraídas do microrganismo, podendo ou 
não ser amplificadas in vitro. São 
ferramentas muito específicas e de 
elevada sensibilidade, com rápida 
disponibilização dos resultados e 
aplicabilidade para todas as categorias 
de microrganismos, o que fez com que 
fossem cada vez mais adotadas pela 
prática clínica. 
Testes multiplex podem ser encontrados, 
permitindo a realização de análises para 
dois ou mais marcadores, apresentando 
sensibilidade menor que os exames de 
alvo único, mas conseguem superar o 
entrave dos testes individuais em exigir 
Júlia Figueirêdo – LPI ABRANDÊNCIA DAS AÇÕES EM SAÚDE 
do médico conhecimentos sobre a 
suspeita diagnóstica. 
Suas respostas são frequentemente 
qualitativas, porém respostas 
quantitativas estão presentes para um 
número reduzido de acometimentos, 
como o HIV, sendo muito utilizada para o 
diagnóstico e monitoramento do 
tratamento proposto. 
 Métodos de identificação sem ácido 
nucleico: 
Após o isolamento de um microrganismo 
numa cultura é necessário identificá-lo, 
podendo para isso serem utilizados 
métodos que não envolvam a utilização 
de ácidos nucleicos, mas sim a 
expressão fenotípica, funcional ou 
morfológica, dos antígenos. A análise do 
crescimento da microbiota associada à 
sua cor, tamanho e forma pode ser 
utilizada, junto a formas de coloração, 
como orientadoras de identificação. 
Os testes aplicados são restritos ao tipo 
de microrganismo encontrado, avaliando 
diversos aspectos de sua organização 
morfofuncional, devendo ser realizados 
sequencialmente para determinar as 
próximas condutas a serem seguidas. 
Eles podem ser operados manualmente, 
envolver processos cromatográficos ou 
serem automatizados. Alguns kits 
comercialmente disponíveis contêm uma 
bateria de testes individuais que podem 
ser realizados de maneira simultânea 
utilizando um único inóculo de um 
microrganismo e podem ser úteis para 
uma variedade mais ampla de 
organismos. Os sistemas de testes 
múltiplos podem ser altamente acurados, 
mas podem requerer vários dias para 
apresentação dos resultados. 
o Métodos cromatográficos: os 
componentes cultivados são 
separados e identificados por agentes 
cromatográficos líquidos ou gasosos, 
sendo a análise realizada a partir de 
comparações entre ácidos graxos do 
microrganismo e uma base de dados. 
Esse teste é capaz de identificar 
bactérias (anaeróbias e aeróbias) e 
fungos, com acuracidade variável 
conforme as técnicas de cultivo e a 
qualidade da base de dados utilizada. 
Exames sorológicos são todos aqueles 
empregados com a finalidade de identificar 
anticorpos produzidos pelo paciente ou o 
agente patológico que o está infectando. 
No cenário de análises clínicas, o setor de 
bioquímica é responsável por investigar o 
funcionamento dos mecanismos metabólicos 
fisiológicos do corpo (glicose, função renal, 
triglicerídeos, colesterol, etc.), o setor de 
hematologia promove a análise do sangue e 
de suas frações constituintes, sendo 
principalmente representado pelo 
hemograma, solicitado devido à relevância 
do sangue em indicar perturbações na 
homeostase em diversas áreas do corpo, a 
microbiologia realiza exames de cultura 
baseados em secreções e biópsia local, 
balizando o diagnóstico de doenças 
infecciosas relacionadas àatividade 
bacteriana nociva, e, por fim, é no setor de 
parasitologia onde se pesquisa a presença 
de determinados microrganismos como 
vermes e alguns protozoários. Lá são 
realizados exames como parasitológico das 
fezes e pesquisa de sangue oculto.

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