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MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA Débito Cardíaco • Volume de sangue ejetado pelo coração em 1 minuto • O fluxo sanguíneo é de 5 litros/minuto • O débito cardíaco depende da frequência cardíaca e do volume ejetado durante uma sístole pelo ventrículo (volume sistólico). A referência é o ventrículo esquerdo • DC = FC X VS Frequência cardíaca • FC normal = 60 a 100 bpm • Regulada por fatores intrínsecos e extrínsecos • Fatores intrínsecos: Mecanismo de Bainbridge (quanto mais sangue chega no coração, mais rápida é a frequência). Ex: Ao correr na praia, você contrai muito os músculos, logo, chega mais sangue por unidade de tempo às veias cavas e aos átrios, o que ocasiona um aumento do retorno venoso e, por conseguinte, a FC é aumentada. • Fatores extrínsecos: Sistema nervoso autônomo – consegue regular a FC. O simpático aumenta a FC e o parassimpático reduz. Ex: Quando o indivíduo faz atividade física, há uma descarga adrenérgica no sistema nervoso autônomo simpático, o que contribui para o aumento da FC. Por outro lado, ao dormir, por exemplo, temos descarga do sistema nervoso autônomo parassimpático, que irá atuar diminuindo a FC durante o sono. VOLUMES DO CICLO CARDÍACO • VOLUME DIASTÓLICO FINAL (VDF): volume contido no ventrículo ao final da diástole = 120ml em média. “Na hora que o ventrículo contrai ele consegue ejetar todo o sangue que está dentro dele? Não, sai uma certa quantidade de volume, chamado de volume sistólico.” • VOLUME SISTÓLICO (VS): É o volume que sai do ventrículo durante a sístole = 70ml em média. • VOLUME SISTÓLICO FINAL (VSF): É o volume que fica no ventrículo ao final da sístole = 50ml em média • Os volumes sistólicos são regulados por mecanismos intrínsecos e extrínseco: Intrinsecamente - quanto mais sangue chega nos ventrículos, mais fortemente ele contrai (mecanismo de Frank-Starling). A força de contração ventricular ou inotropismo, é diretamente proporcional ao volume diastólico final Extrinsecamente – a regulação desse volume pelo sistema nervoso autônomo simpático, faz com que o ventrículo aumente sua contração fortemente, o que aumentará o volume sistólico. FRAÇÃO DE EJEÇÃO (FE) • Esses valores referenciais de volume podem alterar, dependendo do biótipo da pessoa, por exemplo: uma pessoa muito alta tem um coração maior do que uma pessoa mais baixa. Por isso estabelecemos uma relação que vale para qualquer indivíduo: • É um índice criado para estudar a normalidade do funcionamento cardíaco • Indivíduo com fração de ejeção igual ou acima de 55% é considerado normal. • Quanto maior a fração de ejeção, menor a FC • Abaixo desse valor alguma patologia pode estar acontecendo com o paciente – Nesse caso, o coração por algum motivo não está conseguindo expulsar nem 55% de todo o sangue que há no ventrículo. A causa mais comum é a perda de força de contração do músculo. Pode ser por exemplo: devido a um IAM, estenose de valva ou uma placa de aterosclerose do vaso arterial obstruindo a saída e fazendo com que o indivíduo não consiga ejetar. CONDICIONAMENTO CARDÍACO FE = VS / VDF = 0,58 = 58% MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Ao exemplo de uma corrida, temos um aumento do retorno venoso o que ocasiona mais sangue chegando nos ventrículos e assim maior é o volume ejetado durante a sístole (há um maior VSF) e maior fica a sua estrutura – isso porque as fibras de actina e miosina vão se sobrepor. Quanto maior a frequência das corridas (se você passa a praticar mais exercício aeróbico), ocorrerá um aumento no retorno venoso e mais o ventrículo irá se alongar (actina e miosina irão ficar alongadas) e assim o diâmetro interno do ventrículo ficará maior e haverá um aumento da contratilidade cardíaca. Portanto, ocorre o aumento do débito cardíaco ocasionado pelo aumento do VS e consequentemente a frequência cardíaca diminui. Consegue-se manter o débito cardíaco às custas do volume sistólico sem precisar aumentar a frequência cardíaca. • Com o passar do tempo, essa característica perdura, mesmo durante o repouso. O indivíduo passa a ter um volume diastólico final (VDF) grande e um volume sistólico final (VSF) pequeno, o que gera um volume sistólico (VS) maior. Sendo assim, pessoas que correm mais possuem um ótimo condicionamento cardíaco. Resultando em um maior volume sistólico, muito retorno venoso e menor frequência cardíaca. • Para analisar se está havendo condicionamento físico aumentando, se fizer Ecocardiogramas mensais, irá se perceber um aumento do volume sistólico e da fração de ejeção. O mais simples é comparar as FC de antes e de depois desse período. • O sistema nervoso autônomo simpático é acionado quando se faz exercício físico, gerando uma descarga de adrenalina, o que dá capacidade de se contrair as veias e favorecerá a chegada de sangue ao coração, aumentando o retorno venoso e o volume diastólico final. • A hipertrofia cardíaca é maléfica. O coração precisa aumentar para compensar a diminuição do volume sistólico. Todos os pacientes hipertensos descompensados possuem hipertrofia cardíaca. • Quanto menor a FC, mais vive o individuo. • Frequência cardíaca máxima: FC a partir da qual, qualquer aumento de frequência representa uma diminuição no débito cardíaco. A frequência cardíaca máxima é igual à idade subtraída de 220. A partir da FC máxima, o indivíduo começa a diminuir o volume sistólico vertiginosamente, reduzindo o débito cardíaco.
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