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Disfunção erétil Incapacidade de se obter ou manter uma ereção adequada para atividade sexual satisfatória. Epidemiologia: afeta 10 milhões de indivíduos no BR. Associada à HAS, DM, dislipidemia ou depressão. Fatores de risco: Idade, DM, obesidade, HPB, STUI, síndrome metabólica, álcool e outras drogas, DCV, HAS, dislipidemia, tabagismo, IRC, ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos, antiandrogênicos, DPOC. Fisiologia da ereção peniana Na detumescência o mm. liso dos corpos cavernosos está contraído (tônus simpático) permitindo que pouco sangue chegue ao pênis apenas para fins nutritivos. Estímulos físicos ou psíquicos ativam as vias autonômicas da medula que transmitem impulsos aos nervos cavernosos liberando NTs que promovem vasodilatação de artérias e relaxamento do mm. liso produzindo imenso fluxo peniano. Quando o sinusóides se ingurgitam de sangue comprimem as veias abaixo da túnica albugínea, o efluxo venoso é diminuído e o sangue é aprisionado dentro dos corpos cavernosos, resultando em rigidez, auxiliada pela contração dos músculos pélvicos. A síntese de NO se dá a partir da L-arginina pela oxido nitrito sintetase. Ach liberada pelas terminações nervosas cavernosas estimulam a liberação de NOS. O NO ativa a guanilato ciclase, que aumenta a concentração de GMPc. Este ativa uma proteinaquinase que fosforila proteínas e canais iônicos, resultando na abertura de canais de K+ e sequestro de cálcio citosólico com consequente relaxamento do mm. liso. Na detumescência o GMPc é hidrolisado em GMP pela fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Etiologia Psicogênica: temor do desempenho, estresse, depressã e esquizofrenia. Orgânica: Neurogênica: condições que afetam o SNC (alcoolismo, DP, CA, AVC, TCE) diminuem a libido ou dificultam a capacidade de iniciar ereção. Hormonal: hipogonadismo (queda da testosterona diminui as ereções matinais e noturnas), hiperprolactinemia (inibe secreção de GnRH resultando em hipogonadismo hipogonadotrófico), hipo e hipertireoidismo. Por fármacos: antidepressivos, ansiolíticos, antipsicoticos, antiandrogênicos. Vasculogênica arterial ou cavernosa: associado à obesidade, DM, hipercolesterolemia, HÁ, tabagismo, estresse e outras doenças crônicas. Estresse oxidativo com lesão e disfunção endotelial, diminuindo a produção de NO. Doenças sistêmicas ou envelhecimento: multifatorial. Diagnóstico Anamnese: história sexual e pesquisa de fatores de risco. Exame físico: palpação dos pulsos arteriais de MMII, índice pênis\braço < 7 significa insuficiência arterial, pesquisa de reflexos, sensibilidade peniana e perineal e reflexos genitais. Exames laboratoriais: para afastar DM e outras doenças: glicemia jejum, hemoglobina glicada, creatinina, hemograma, perfil lipídico, sumário de urina, dosagem de testosterona e prolactina, função tireoidiana, gonadotrofinas. Prova terapêutica com PDE5i: se dificuldade de interpretar a existência de ereções matinais e noturnas ou na tentativa de relação sexual. Teste de ereção farmacoinduzida: quando não há resposta com PDE5i. Aplicação intracavernosa de agentes vasoativos (papaverina, prostaglandina E1), seguido de estimulo erótico. US doppler das artérias cavernosas: sem indicação formal, mas corrobora na indicação de tto cirúrgico e para afastar a DE psicogênica. Realizada antes e depois da aplicação intracavernosa de vasodilatador. Indicada para pcts com necessitam de investigação detalhada. Tratamento Terapia psicossexual: se DE psicogênica ou mista, ou até mesmo orgânica irreversível para buscar técnicas de obtenção de prazer sem coito. Tratamento clínico: correção dos fatores predisponentes, redução ponderal, manutenção dos níveis pressóricos estabilizados e controle metabólico. Tratamento farmacológico: Combate aos transtornos psiquiátricos Trazadona, alprazolam: combatem o pânico sexual. Bupropiona: ação nos centros sexuais, favorecendo ereção e libido. Reposição androgênica: apenas se hipogonadismo comprovado. Agonistas dopaminérgicos: hipogonadismo secundário a hiperprolactinemia. Carbegolina PDE5i: atuam bloqueando a PDE5, enzima que inativa o GMPc. Em consequência diminuem os níveis de cálcio intracelular, relaxando o mm. liso. Ao bloquearem a hidrólise do GMPc induzida pelo NO, restauram a resposta erétil. O sucesso da medicação depende do estimulo e ausência de estresse. Sildenafila – Viagra Vardenafila Tadalafila EA: Cefaléia, congestão nasal, dispepsia e rubor, pela inibição dessa isoforma em outros órgãos. Recomendações para uso de PDE5i 1. Não adm se fizer uso de nitratos. 2. Se coronariopatia estável e sem uso de nitrato seu uso pode ser discutido. 3. Orientar quanto a interação com nitratos e alfa- bloqueadores causando hipotensão fatal. 4. Não adm dentro de 24h após ingestão de nitrato. 5. Se coronariopatia previa avaliar risco de isquemia cardíaca antes de prescrever. 6. Monitorar inicialmente a PA se pct com ICC que tenha baixa pressão e status volumétrico limítrofe, ou pcts em uso de mutiplos anti- hipertensivos. 7. Se pct infectado pelo HIV, considerar interação com antirretrovirais. Farmacoterapia intracavernosa: autoinjeção com fármacos vasoativos. Alprostadil (5-20mg): prostanoide sintético com ação alfa-2antiadrenérgica, potente efeito de relaxamento da mm. lisa e ação vasodilatadora. EA: ereção dolorosa. Contraindicações: a frequência de aplicação não deve exceder 3xzsemana. Se uso de inibidores da MAO ou condições que favoreçam priapismo, anemia falciforme, leucemia e anticoagulantes. Farmacoterapia tópica ou intrauretral: Alprostadil creme ou via uretral Terapia combinada: PDE5i + alprostadil Outros: Alfabloqueadores Estatinas Tratamento cirúrgico – Próteses penianas Próteses semirrígidas ou maleáveis: a mais utilizada no BR por menor complexidade cirúrgica e menor custo. Desvantagem de manter o pênis constantemente ereto, ocasionando desconforto e dificuldade de ocultação. Próteses infláveis: possui um dispositivo para acionamento mecânico. Padrão-ouro nos EUA, ereção mais fisiológica porem custo elevado e maior complexidade cirúrgica.
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