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Bioquímica da coagulação

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BIOQUÍMICA – 19/03/2021 
Bioquímica da coagulação 
 
 Sistema circulatório humano é fechado, ou 
seja, os vasos levam todos os nutrientes para 
todos os lugares do organismo 
 Todos os órgãos, todas as células, são 
conectados através dos vasos 
sanguíneos 
 Sangue permite a fluidez entre os 
vasos 
 Apesar de ser um sistema fechado, é um 
sistema frágil, podendo sofrer lesões 
 Lesão no vaso sanguíneo pode 
resultar em um extravasamento para 
o sangue 
 Extravasamento não é desejável e, 
quando isso acontece, o sistema 
circulatório apresenta um sistema de 
defesa contra isso  formação do 
coágulo 
 Formação de coágulo é como 
se fosse um tampão que faz 
com que a lesão seja reparada 
 
 
 Imagem abaixo: micrografia eletrônica de 
uma artéria e veia 
 Ao comparar a artéria com a veia, 
observa-se uma diferença histológica 
entre elas: camada média é mais 
espessa na artéria que na veia 
 Artéria média de um vaso sanguíneo é 
constituída de células musculares 
lisas e células endoteliais voltadas 
para o lúmen 
 Células musculares lisas dão 
sustentação ao vaso 
 Pressão no vaso está relacionado com 
o fluxo sanguíneo e volume do sangue 
 Se houver uma lesão na 
artéria, o processo de 
coagulação vai ser 
desencadeado mas difícil de 
ser finalizado  fluxo 
sanguíneo é muito forte, 
fazendo com que não se 
consiga reparar o dano  
pessoa 
 Processo de coagulação vai acontecer 
em todos os vasos existentes 
 A diferença é que em alguns 
vasos serão reparados e, 
outros, não  por causa do 
fluxo 
 Vasos menores conseguem 
ser reparados e é possível 
observar um reparo total do 
tecido 
 
 
 
FATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE 
COAGULAÇÃO 
 Um dos agentes que participa do processo de 
coagulação são as PLAQUETAS 
 São fragmentos de megacariócitos: 
apresentam um R.E e um complexo de 
golgi bem desenvolvidos 
 Plaquetas são bem menores que as 
hemácias 
 
 Agregam-se para formar um tampão, 
o qual ajuda no extravasamento do 
sangue 
 Megacariócitos são produzidos na 
medula óssea, bem como todos os 
componentes do sangue 
 
 
 Além das plaquetas, outros fatores estão 
envolvidos: 
 
 
 Fatores são chamados de acordo com a 
numeração 
 Todos os fatores, necessários para que a 
coagulação aconteça, devem estar dentro do 
vaso sanguíneo 
 Se todos os fatores, incluindo as 
plaquetas, estão dentro do vaso 
sanguíneo, como é que o organismo 
sabe a hora de formar um coágulo? 
 Caso houvesse a formação de 
coágulo em outros lugares, 
além do local de 
extravasamento, o indivíduo 
poderia ter uma trombose  
problema no fechamento do 
vaso, fazendo com que o 
oxigênio e nutrientes não 
cheguem a certos locais do 
organismo 
 Corpo possui um organismo 
que faz com que o sangue 
continue circulando de forma 
adequada 
 
MECANISMO DE CIRCULAÇÃO DO SANGUE 
 Plaquetas estão dentro da corrente sanguínea 
e, quando há extravasamento de sangue, elas 
se unem para fechar a lesão 
 Para informar as plaquetas o local onde elas 
devem se acumularem, a sinalização deve vir 
de quem está próximo da lesão 
 Quem sinaliza são as células 
endoteliais, as quais se encontram 
perto e longe de onde aconteceu a 
lesão 
 Células endoteliais voltadas para o 
lúmen sanguíneo 
 Um dos mecanismos de bloqueio, que 
acontece para a formação do coágulo, para a 
agregação das plaquetas, é secretado pelas 
células endoteliais 
1. Células endoteliais secretam oxido 
nítrico e prostaciclina (PG12) 
 Inibem a agregação 
plaquetária 
 Secretados por todas as 
células edoteliais 
 Sinalização para o início do 
processo de coagulação 
2. Heparan sulfato, um carboidrato de 
membrana, associa-se com uma 
antitrombina III (glicoproteína) 
 Inibem alguns fatores de 
coagulação 
 Fatores inibidos são: II, IX e 
X 
 Inibem a cascata de 
coagulação 
3. Proteína trombomodulina, ao ser 
associada com a trombina, ativa uma 
proteína C 
 Proteína C tem como função 
inibir mais dois fatores de 
coagulação: V e VIII 
 Esses mecanismos sempre acontecem nos 
vasos sanguíneos, de forma que, o sangue flua 
normalmente e a coagulação não aconteça 
 
 Hemostasia: resposta fisiológica normal do 
corpo para a prevenção e interrupção de 
sangramento e hemorragias 
 São os eventos bioquímicos que 
possibilitam a coagulação sanguínea 
 Faz com que o sangue flua 
normalmente, bem como o processo 
de coagulação 
 
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA 
 Etapas envolvidas: 
1. Vasoconstrição 
2. Formação do tampão plaquetário 
3. Coágulo de fibrina 
4. Retração e reparo 
5. Fibrinólise 
 
VASOCONSTRIÇÃO: 
 Quando se tem o rompimento de um vaso, com 
calibre pequeno, o sangue começa a sair pelo 
lúmen do vaso 
 Vasoconstrição tem como função tentar 
diminuir o tamanho da área lesionada 
 Pressão do local se torna maior 
 Diminui a velocidade com que o sangue 
passa 
 Importante para fazer com que 
as moléculas envolvidas no 
processo sejam ativadas 
 Toda a região próxima vai sofrer com os 
efeitos da vasoconstrição 
 Processo realizado por endotelinas 
 Vasoconstritor presente dentro das 
células endoteliais 
 São liberadas quando as células 
endoteliais se rompem 
 Células vizinhas também secretam 
endotelinas 
 Essa substância, então, é uma 
primeira resposta à lesão das células 
endoteliais 
 Como acontece a vasoconstrição? 
1. Células endoteliais se rompem e 
liberam endotelinas 
2. Endotelinas entram no meio extra-
vaso 
3. Células musculares lisas apresentam 
receptores específicos para 
endotelinas 
4. Receptores reconhecem endotelina 
5. Células musculares lisas se contraem 
 vasoconstrição acontece 
 
FORMAÇÃO DO TAMPÃO PLAQUETÁRIO: 
 Tampão plaquetário é um tampão construído 
por plaquetas 
 Plaquetas se agregam para formar 
esse tampão 
 Plaqueta precisa ser sinalizada para poder se 
agregar 
 Agregação inicial: células endoteliais, 
adjacentes ao local da lesão, liberam o fator 
de Von Willebrand ou fator de agregação 
plaquetária 
 Esse fator se liga ao local que está 
acontecendo o início da lesão 
 O fator de Von Willebrand tem na sua 
superfície um receptor que se liga a 
uma glicoproteína 1B (Gp1B) 
 Gp1B faz parte da membrana 
plasmática das plaquetas 
 Tem afinidade com o fator de 
von willebrand 
 Quando a plaqueta está passando pelo local da 
lesão, ela se liga ao fator de Von Willebrand 
e fica presa 
 Outras plaquetas começam a chegar 
e se ligam às plaquetas que estão 
previamente grudadas 
 É o fator de Von Willebrand quem vai 
permitir que as plaquetas se agreguem no 
local correto 
 
 Plaquetas também secretam alguns 
componentes: 
a. Tromboxano A2 (TXA2) 
b. ADP 
c. Serotonina 
 Esses componentes auxiliam no processo de 
agregação plaquetária 
 TXA2 e serotonina ajudam na vasoconstrição 
 ADP ajuda a ativar outras plaquetas 
 Ativação das plaquetas faz com que elas 
grudem umas as outras 
 Começa a formar a agregação 
plaquetária no local ideal 
 Para que uma plaqueta se grude à outra, elas 
precisam estar ativadas 
 Ligação entre elas se dá através do 
fibrinogênio (encontrado dentro da 
corrente sanguínea) 
 Fibrinogênio se liga à uma 
glicoproteína 2B (Gp2B/IIIa) 
 ADP permite que o fibrinogênio se ligue à 
Gp2B e possa formar o tampão 
 
 Hemácias também se grudam ao tampão 
plaquetário 
 Consequência do grude formado pelo 
tampão 
 Outro componente importante para esse 
processo é o fosfoglicerídeo 
 Fosfolipídeo presente na membrana 
plasmática das plaquetas 
 Essencial para o início da cascata de 
formação do coágulo 
 
 Esses fosfolipídeos são carregados 
negativamente  dá início ao 
processo de coagulação da fibrina 
 
COÁGULO DE FIBRINA: 
 Os fatores de coagulação presente na 
corrente sanguínea sãosecretados pelo 
fígado 
 A maioria deles estão inativos 
 Existem duas vias diferentes para ativar o 
coágulo de fibrina: 
1. Via intrínseca: o FC-XII vai ser 
ativado pelas cargas negativas 
produzidas pelas plaquetas (quando 
formado o agregado) 
 Quanto mais plaqueta estiver 
dentro da formação do 
coágulo, maior a carga 
negativa da região 
 FC-XII ativado, ativa outro 
fator: FC-XI 
 FC-XI, por sua vez, ativa o 
fator FC-IX 
 FC-IX ativa o FC-X e, para 
isso, precisa se associar ao 
FC-VIII, ao fator de plaqueta 
3 (PF3) e ao cálcio  forma o 
complexo que ativa o FC-X 
 FC-X é um fator que se une ao 
FC-V, ao cálcio e fosfolipídeos 
 se transforma em um 
ativador de protrombina (FC-
II) 
 FC-X não ativa 
ninguém, faz parte do 
ativador de 
protrombina 
 Cascata acontece de forma 
muito rápida 
 
 Ativador de protrombina vai ativar a 
protrombina em trombina 
 Protrombina é o FC-II inativo 
 Trombina é o FC-II ativo 
 Pega o fibrinogênio e o transforma 
em fibrina 
 Fibrinogênio é um dímero de heterotrímeros, 
ou seja, possui três tipos de subunidades 
diferentes 
 É uma molécula solúvel, formando 
monômero solúveis na corrente 
sanguínea 
 Ao ser clivado, transforma-se em 
uma molécula insolúvel  consegue se 
agregar 
 Malha de fibrina que se forma é depositada 
em cima do tampão plaquetário 
 Como ela é insolúvel, vai apresentar 
um aspecto gelatinoso 
 Forma um coágulo de fibrina 
entrelaçado no tampão plaquetário 
 
 
 Dessa forma, um coágulo de fibrina vai ser 
formado 
 Uma das etapas finais do processo de 
coagulação 
 
2. Via extrínseca: é uma via alternativa 
que também acontece por causa de 
um ferimento, acontecendo de forma 
paralela 
 Acontece de forma mais rápida 
 Primeiro fator que participa 
dessa via é o FC-III (fator 
tecidual) 
 Dá início a mesma 
cascata tecidual 
 Várias células 
secretam esse fator 
tecidual, 
principalmente, as 
células da adventícia 
e células endoteliais 
 Fica no meio extra-
vaso 
 
 Quando acontece uma lesão, 
fator tecidual consegue entrar 
dentro do vaso e iniciar as 
cascatas de formação do 
coágulo de fibrina 
 Fator tecidual, quando entra 
em contato com os fatores de 
coagulação do lúmen, vai ativar 
o FC-VII 
 FC-VII continua a cascata, 
ativando o FC-IX 
 FC-IX interage com o FC-VIII, 
na presença de fator de 
paqueta 3 (PF3) e cálcio, e ativa 
o FC-X 
 FC-X, quando está ativado, 
junta-se com o FC-V, cálcio e 
fosfolipídios, formando o 
ativador de protrombina 
 Complexo ativador de 
protrombina passa a funcionar 
 Outra forma: FC-VII ativar 
diretamente o FC-X e, o 
restante, permanece igual 
 
 
 Via intrínseca e extrínseca possuem uma via 
em comum: FC-X 
 
 
RETRAÇÃO e REPARO: 
 É nessa etapa que acontece, de fato, o reparo 
da lesão 
 Coágulo pronto faz com que o sangue pare de 
sair 
 Parte do problema (hemorragia) foi 
resolvido 
 Coágulo formado não é bom para o organismo, 
uma vez que, é temporário 
 Se o coágulo se soltar pode formar 
um trombo 
 Outros componentes liberados pelas 
plaquetas são: 
a. Trombostenina: induz a retração do 
coágulo, ou seja, faz com que a fibrina 
consiga aproximar as células 
endoteliais e o reparo seja feito com 
mais eficiência 
b. Fator de crescimento endotelial 
vascular (VEGF): induz as células 
endoteliais para se dividirem e 
passem a ocupar o espaço vazio (onde 
houve a lesão) 
c. Fator de crescimento derivado de 
plaquetas (PDGF): induz o 
crescimento das células musculares 
lisas e ajuda no crescimento das 
células endoteliais também 
 
 A retração e reparo vai acontecer através 
de: 
1. Contração do coágulo 
(trombostenina) 
2. Proliferação celular e reparo da 
matriz extracelular 
3. Reparo do tecido endotelial 
 Ao reparar o tecido, o coágulo permanece 
 Coágulo não é importante para o 
organismo 
 
FIBRINÓLISE: 
 É a quebra do coágulo de fibrina 
 Células endoteliais adjacentes secretam um 
ativador tecidual de plasminogênio 
 É uma proteína de membrana 
 Pega o plasminogênio e converte em 
plasmina 
 Plasmina tem como função degradar o coágulo 
de fibrina 
 Quando o coágulo é degradado, sobram 
pedacinhos (monômeros) que são solúveis 
 Esses monômeros conseguem “ir 
embora” através da corrente 
sanguínea e são degradados 
 Plasmina libera um dímero-D 
 Funciona como um marcador de 
coagulação 
 Se esse dímero estiver alto (>500): 
tem mais dímero do que se deveria 
 
 Caso não tenha nenhuma 
lesão, dímero-D não deve 
estar alto 
 Esse valor deve estar alto se 
tiver diante de um processo 
hemorrágico ou uma lesão 
 Indicativo de processos de 
coagulação  pode virar 
trombos 
 Anticoagulante impede que 
novos coágulos sejam 
formados 
 
 Uma vez que a lesão foi reparada, as células 
endoteliais voltam a produzir oxido nítrico e 
prostaciclina 
 Ciclo recomeça

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