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Histofisiologia pulpar

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Isabella Guimarães e Lissandra Agra 1 
@odontoagra 
@odontologiaeficaz 
 
 
 
 Histofisiologia Pulpar 
Nessa parte voltamos um pouco em 
histologia, principalmente em tecido 
conjuntivo porem será mais voltada para a 
parte interna do dente. 
 Complexo dentinho-pulpar 
Quando estamos estudando a polpa podemos 
colocar como complexo dentino 
pulpar, 
porém não devemos pensar somente na 
polpa individual. Quando lembramos da 
polpa, junto dela nos vem na cabeça a 
produção de dentina pois uma está 
diretamente relacionada a oura. 
Esse complexo esta encasulada dentro da 
estrutura dentária (esmalte, dentina) e 
acompanha toda estrutura dentária (coroa e 
raiz). 
Nós vamos ter um dente e a parte da coroa 
chamamos de polpa coronária e a parte da 
polpa que está na raiz, polpa radicular. 
Existe diferença entre elas, como o formato 
de células. Ex: Na polpa coronária vamos 
encontrar uma maior quantidade de células e 
as mesmas tem uma forma mais bonita 
(principalmente os odontoblastos). Quando a 
gente vai indo para parte da raiz os 
odontoblastos vão se achatando 
gradativamente até ficar quase que como 
células achatadas e isso acaba influenciando 
na qualidade que a dentina vai ter. 
É muito importante saber o que é a polpa 
dentária, como ela funciona para depois 
quando for ver patologia diagnostica e pulpar 
entender porque que com frio ou com calor 
sente mais. 
Nessa imagem tem duas referências e uma questão 
interessante, as datas não são recentes de acordo 
com o ponto de vista para trabalhar com artigo. 
Nessa imagem temos a polpa enclausurada 
na estrutura dentaria as funções dela 
acabam sendo limitadas devido a isso, o 
potencial regenerativo da polpa é delimitado, 
a medida com que os anos vão passando 
enquanto estiver os odontoblastos vai haver 
a produção de dentina. Então quando tem 
uma agressão na dentina e provoca uma 
resposta inflamatória nessa polpa vai 
alterando gradativamente esse
 potencial de regeneração 
porque vai perdendo células. 
 Estrutura da Polpa 
É composta por células, fibras, substância 
fundamental amorfa (está entre as fibras e 
células), vasos e nervos. 
• Células: 
 
Na polpa dentária nós temos os 
odontoblastos, fibroblastos, Stem cell 
(células diferenciadas) e células de defesa. 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 2 
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Obs: não vamos entrar muito sobre fibroblastos e 
células de defesa porque os fibroblastos da polpa são 
iguais aos do tecido conjuntivo, células fusiformes 
responsáveis pela produção de vários fatores como 
exemplo as fibras, importantes para a defesa do 
tecido. 
As células de defesa na polpa dentária é = as 
células de defesa do restante do corpo, 
então vamos ter células inflamatórias 
(inflamação mais aguda) e no segundo 
momento as células b (outras células). 
 Os odontoblastos são os responsáveis por 
caracterizar o tecido como polpa 
dentária. O núcleo é sempre basal 
estando na parte mais distal da célula e 
todo o restante vamos encontrar as 
estruturas celulares, principalmente 
mitocôndrias, lisossomos e 
prolongamento. 
 As Stem são as células troncos que 
conseguem se diferenciar em outras 
células. 
ODONTOBLASTOS: 
 
 
Na primeira imagem é possível ver células 
cilíndricas longas e quando pega uma lamina 
corada com HI é possível ver a camada 
odontoblástica misturada, a pré-dentina 
(basicamente só matriz dentaria, não foi 
mineralizada) e depois de mineralizada tem 
a dentina que é possível notar os túbulos 
dentinários. Dentro dos túbulos temos um 
prolongamento odontoblástico, esse 
prolongamento não vai até o esmalte, a 
medida que vai produzindo dentina que a 
célula vai mais para o interior do dente esse 
prolongamento acompanha a célula. Esse 
túbulo é preenchido com fibras que depois 
podem ser mineralizadas. 
A medida que vai aprofundando em dentina 
ai sim começa a encontrar prolongamentos 
odontoblásticos. Depois de tudo vamos para 
a 
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parte da polpa com todo tecido conjuntivo 
normal. 
 
 
A função do odontoblasto é formar dentina. 
Quando a gente tem o odontoblasto normal 
em seu formato característico (célula 
cilíndrica alta) vamos ter uma dentina com 
túbulos regulares. Essa característica vai ser 
encontradas muito bem na dentina primária. 
Na 1º imagem é possível ver essa dentina 
primária (modelo A) com túbulos regulares 
bem formados e quando passa da primária 
para a secundária (modelo B), ou seja, já 
teve a formação do dente só vai ter a 
complementação de dentina ao longo da vida, 
esse aspecto Da dentina ele é perdido e 
começa a ter uma quantidade menor de 
túbulos, e esses tubos começam a ser um 
pouco mais irregulares (essa é uma 
característica de dentina secundária). 
Quando a gente passa para uma dentina 
reparativa (modelo C) as características 
serão: poucos túbulos e com isso não vai te 
dentina, vai ter uma estrutura chamada 
osteodentina que é uma mistura (tecido 
formado como se tosse uma cicatriz) até que 
tenha a multiplicação novamente das células 
odontoblásticas para a produção novamente 
de dentina e com isso pode ter uma 
combinação (modelo E) de dentina primária, 
reparativa e depois ter novos odontoblastos. 
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Na osteodentina não tem túbulos e 
teoricamente a permeabilidade dessa região 
é menor porque ela não é mineralizada 
como a dentina. 
Regeneração X Reparação 
Regeneração: restituição dos componentes 
teciduais idênticos aqueles removidos. É 
necessário células com capacidade 
proliferativa ou que tenham células troncos. 
Na polpa dentária temos as duas coisas, o 
odontoblasto com capacidade proliferativa e células 
troncos, com isso é possível alcançar uma 
regeneração pulpar porem não é sempre que isso 
acontece. 
Reparação: resposta do tecido que envolve a 
deposição de colágeno e a formação de uma 
cicatriz. 
É o que seria a osteodentina, que seria uma cicatriz 
na dentina. 
A dentina terciária vem ocorrendo toda vez que o 
dente por estimulado, seja por uma doença, trauma, 
materiais restaurados, mais uma experiência de cárie, 
doença periodontal vai tendo esses gatilhos para que 
a célula se multiplique e se diferenciem para formar 
uma cicatriz. 
A reparação pode ter uma dentina que é 
osteodentina que é diferente da dentina que 
a gente espera que é formada a partir de um 
processo de indução mais lento ou de 
intensidade menor porque vai dar tempo 
para as células se recuperarem. Quando tem 
uma inflamação de intensidade maior, aí vai 
ter realmente uma cicatriz, um tecido tipo 
dentina uma osteodentina porque tudo 
aconteceu muito rápido e não deu tempo da 
multiplicação da célula pulpar e formação de 
novos odontoblastos. Você pode ter uma 
cárie de progressão lenta e de progressão 
rápida, ela vai influenciar de maneiras 
diferentes. Você pode ter uma doença 
periodontal controla mas também muito 
aguda que vai ter uma perda grande de 
cemento e uma produção mais efetiva na 
raiz, tendo um outro tipo de mineralização. 
STEM CELL: 
 Percursoras células especializadas; 
 Distribuição irregular no 
tecido conjuntivo; 
 Ciclo vital longo; 
 Capacidade de se autorrenovar; 
 Capacidade regenerativa ou 
clonogênica; 
 Resposta para mecanismos 
de controle; 
 Mecanismo integral para 
conservação da integridade DNA. 
 
Entra na polpa dentária vamos ter células 
troncos voltada para o epitélio e dentro da 
polpa gente não conseguiria utilizar muito 
ela mas fora da polpa ela tem uma função. E 
o que a gente mais trabalhar quando falo 
dessas células troncos são as células 
mesenquimais e a gente vários tipos dessas 
células mas o que interessa no momento é 
a Stem da polpa e de dente decíduo. Veja 
que elastêm uma capacidade de multiplicar 
o estímulo correto elas têm um potencial 
osteogênico. 
 
Quando foi percebido que a polpa tem esse 
tipo de células (stem) e podem se 
transformar em outro tipo começaram os 
estudos em cima dos biofatores que são os 
de crescimento, ou seja, qual fator precisa 
colocar naquele meio para que ela de 
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diferencie. Não apenas o de 
crescimento mas 
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é preciso ter outros fatores. Começou o 
estudo em cima dos biomateriais, como por 
exemplo o MTA. 
 
Aqui temos um trabalho de 2013 da 
capacidade regeneração das células 
pulpares. Esse trabalho de 2020 fala que 
conseguiram produzir organóides tipo 
dentina polpa. Organóide é quando pega uma 
célula tronco e cultiva ela em laboratório, da 
as condições para ela fazer o processo que 
ela faria em um processo biológico natural, 
simula aquelas condições embrionárias com 
todos os fatores, temperaturas e nutrientes 
para que aquela célula se diferencie em um 
órgão (por isso é chamado de organóide). 
Muitas cientistas vem fazendo isso para a 
produção não só de células para 
regeneração de órgãos, como o próprio 
órgão pensando em transplante. Ainda não 
era possível fazer um órgão estilo a polpa e 
ainda por cima, produzindo dentina e agora 
nesse trabalho já conseguiram isso a partir 
de células Stem da própria polpa. E com isso 
estamos cada vez mais próximos de 
conseguir fazer uma regeneração pulpar e 
não simplesmente estipala. 
Isso da imagem é o que tentamos fazer hoje 
quando fala em bioengenharia. É a gente 
cultivar a célula em laboratório dando as 
condições pra ela de nutrientes e estímulos, 
colocar essas células em contato com 
fatores e transplantar elas no interior do 
canal e dando a condições corretas ela 
poderia produzir polpa dentária, se 
regenerarem polpa dentária, onde teria 
arcabouços com biomaterial, os biofatores, 
citocinas, coloca tudo no interior do dente, 
sela, acompanha e daqui um tempo teria a 
polpa novamente. 
Por isso que a prof diz que quando alcançar isso, o 
tratamento de endo será diferenciado, irá mudar o 
conceito de endodontia. 
 
E como foi falado a gente tem outros pontos. 
Ali a gente implantou via acesso mas 
também podemos recrutar essas células 
tronco de outros nichos. Já foi encontrado 
células troncos em osso e elas também 
teriam como recuperar essas células para 
que elas entrassem teoricamente no canal 
radicular e começasse a se proliferar dentro 
desse espaço. 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 7 
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Em relação as células Stem das células de 
dente decíduo, elas estão ligadas ao 
processo de reabsorção do dente, aquela 
reabsorção fisiológica. O dente decíduo, a 
raiz vai sendo reabsorvida para que aquele 
dente possa esfoliar. Aqui é o ciclo desse 
trabalho, ele fez por ciclometria de fluxo, a 
avaliação do ciclo celular. G0 e G1 é quando a 
célula está em uma fase estável (não está 
multiplicand), fase S ele está se preparando 
para se multiplicar e G2 e mitose é quando 
ele está efetivamente se multiplicando. Então 
quando uma fase no meio do processo 
reabsortivo e no final do processo 
reabsortivo a gente tem uma quantidade de
 proliferação, essa 
diferenciação dessas células em 
osteoclastos muito maior e aí a gente todo o 
processo reabsortivo. Esse P da tabela é um 
pré molar, que foi usado para diferenciar o 
dente decíduo e o permanente, se tinha 
diferença. Veja que no dente permanente 
quase todas as células estão em uma fase 
estacionária porque não tem necessidade de 
ficar se diferenciando. 
 
 
 
 
Aqui é o trabalho, ele trabalhou com incisivo 
onde ele está na fase inicial meio do 
processo de reabsorção, no final do 
processo de reabsorção do dente decíduo e 
mostra também o pré molar que eles 
usaram de controle. Então essas áreas onde 
estão as setas branquinhas no corte 
histológico é onde estão essas células com 
capacidade osteoclásticas (reabsorção) e foi 
encontrada mais nessas fases, tanto na fase 
média como no final da reabsorção. Na fase 
inicial e no dente controle permanente já não 
tem isso, tem dentina e uma camada de pré 
dentina. 
 
E ainda dentro de poupar as células vão se 
modificando, a medida que vai envelhecendo 
essas células vão mudando tanto na 
morfologia quanto na intensidade de células. 
Agora essa morfologia ela vai mudando, 
espaço vai diminuindo ela também vai 
mudando, se você tem uma célula na coroa 
você não vai ter aquela mesma célula 
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odontoblastica com formato inicial, ela vai 
diminuindo seu tamanho. O fibroblasto 
também vai mudar, dando uma reduzida no 
seu tamanho. O interessante nesse trabalho 
é que esse processo de mudança tanto na 
intensidade como na morfologia, o que eles 
observaram que a partir dos 40 anos é que 
você realmente tem uma diminuição efetiva 
dessa quantidade de células 
odontoblasticas e na
 morfologia dessas células 
odontoblasticas. Até os 40 tudo normal. Na 
raiz a gente tem uma perda um pouco maior 
do que na coroa, na raiz já não tinha muito 
então acaba perdendo um pouco mais, na 
questão dos fibroblastos já é um pouco 
diferente, você já não tem aquela redução de 
fibroblastos porque ela já ocorre desde os 19 
anos (a cada ano vai diminuindo um pouco 
mais). 
 
O interessante é que a célula por mais que 
esteja se modificando ela não perde a 
capacidade de produzir dentina. Nesse 
processo de envelhecimento natural da 
polpa, então mesmo quando você pega essa 
luz por pares de polpas mais velhas 
(odontoblastos) elas mantêm sua 
capacidade de diferenciação. 
• Fibras: 
Em relação as fibras, são as fibras 
tradicionais de tecido conjuntivo, exemplo: 
colágeno, fibras elásticas, etc 
• Substância fundamental amorfa: 
 Constituída por agua, heparina, 
glicosaminoglicanas, mucoproteínas e 
glicoproteínas. 
A substância fundamental amorfa fica entre as 
fibras. É nela que vamos encontrar todas aquelas 
citosinas, todos aqueles fatores importantes para 
diferenciação de células, para movimentação e essa 
movimentação por exemplo de fibroblastos acontece 
por meio de citosinas. Então tem toda essa estrutura, 
fibras e substância fundamental amorfa a gente pode 
se referir a ela como esse tecido extra celular. Essa 
parte extracelular é fundamental para bioengenharia, 
quando a gente perde a fibra e substância 
fundamental a gente precisa de outro arcabouço. 
• Vasos: 
Constituido por vasos sanguíneos e 
linfáticos. 
VASCULARIZAIÃO PULPAR: 
 Vascularização do tipo terminal, 
anastomoses artério-venosas e 
anastomoses veno-venosas. 
E a partir dos vasos sanguíneos da polpa, nós temos 
vasos sanguíneos e linfáticos. 
Nos vasos sanguíneos é importante saber que é uma 
vascularização do tipo terminal ou seja, ela tem 
poucas anastomose e aqui a gente tem as artério-
venosas e vendo-venosas mas você tem poucas 
artéria e essa artéria ela tende a Ir diminuindo o 
diâmetro dela gradativamente, vai virar um capilar e 
depois ele volta a continuar como veia (basicamente 
esse caminho, artéria/capilar/veia). Se você tem 
algum problema na artéria você perdeu toda limitação 
daquela área, então você não vai ter outra artéria 
para irrigar a área da primeira que teve um problema, 
você não tem a anastomose artério. Como você não 
tem essa arterio esse sangue vai ter que ser 
encaminhado para algum lugar, ele vai direto para a 
veia, e aquela parte que ela ligada com artéria fica 
sem vascularização. Está com problema na veia ou 
está com dificuldade daquele sangue sair, desvio 
sangue para outra veia mas esse sangue tem que sair, 
lembrando que a polpa dentária está dentro de uma 
estruturarígida ela não tem como expandir. Se a 
polpa está inflamada ela não consegue expandi ela vai 
começar a comprimir tudo que tiver lá dentro (vasos 
sanguíneos, outras células, terminações nervosas) 
em consequência vai doer muito mas você não tem 
nenhum outro tipo de vascularização ali. 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 9 
@odontoagra 
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Nesse trabalho de Takahashi 1992. Foi o 
primeiro que demonstrou como é a 
vascularização da polpa dentária por meio da 
microscopia eletrônica. Então ele observar o 
que os grandes vasos da polpa dentária eles 
ficam mais no centro da polpa e a medida 
que você vai pra periferia grandes vasos ou 
ramificando e fazendo Loops que exatamente 
o que foi falado anteriormente 
artéria/capilar/veia. Essa área dos loops é 
mais ou menos a periferia da polpa dentária, 
até esse trabalho de Takahashi acreditava 
que esses loops ocorria abaixo da camada 
odontoblastica mas não ocorre abaixo e sim 
na própria camada. Na imagem redonda é 
possível ver os forames na imagem 
radicular e os vasos sanguíneos penetrando 
pelo forame. 
 
Nessa imagem mostra uma anastomose, 
veia e o maior vaso que está ligando uma 
veia na outra é chamado de anastomose 
veio-venosa, essa mesma serve para 
proteger a polpa, então se eu sair dessa 
bem eu tiver com 
algum problema e tiver dificuldade do sangue 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 10 
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passar ele vai ser desfiado para outra 
veia e vice-versa. O importante esse 
sem sair para não provocar uma 
pressão dentro da polpa dentária e 
prejudicar todo o tecido. 
 
 
Esse trabalho é semelhante a do 
Takahashi, nesse trabalho que ele 
queria ver onde estava aqueles 
capilares e aí ele foi estudando a 
formação dos capilares, desde a 
formação do dente. Então na segunda 
imagem está na fase de capuz 
mostrando os capilares e molares. 
Nessa fase não há muito diferenciação 
dos capilares parece um único vaso. 
 
Quando começa a ver uma 
diferenciação de odontoblastos, 
começa a ter a diferenciação daqueles 
vasos maiores em capilares. Ele 
diminui a camada muscular, começa a 
transformar em vasos mais finos 
próximo onde está ocorrendo aquela 
diferenciação de odontoblasto. 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 11 
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Os odontoblastos em plena produção de 
dentina, tem uma rede capilar muito grande 
onde essa rede vai estar exatamente na 
camada odontoblastica. 
 
Numa imagem microscopia eletrônica de 
varredura de transmissão é possível 
encontrar na camada odontoblastica esses 
espaços, que são exatamente vasos 
sanguíneos. Então quando tá na fase inicial 
possui esmalte, dentina, pré dentina e 
camada odontoblastica. Eles se aproximam 
da pré dentina porque precisa mineralizar 
aquilo ali, tendo uma ponte mais rápida de 
minerais e o próprio oxigênio, então aquela 
camada, como o odontoblastos está em 
plena produção ele vai consumir mais 
oxigênio também. A medida que o 
odontoblastos vai parando de produzir, 
entrando numa fase mais estacionária esses 
vasos sanguíneos vão migrando para a área 
da polpa novamente até ficar abaixo da 
camada odontoblastica. 
 
 
Já os vasos linfáticos ainda é uma dúvida na 
vida dos histologistas porque vaso linfático é 
muito difícil de ser visualizado devido não ter 
células no interior do vaso. O vaso linfático é 
um aparelho muito fino e irregular, e existem 
trabalhos como este de 2013 onde diz que a 
polpa dentária tem vasos linfáticos e 
mostrando a estrutura deles. 
 
E alguns anos depois (7) você tem um 
trabalho dizendo que a polpa dentária não 
tem vasos linfáticos. Nesse trabalho foi 
utilizado marcadores específicos para 
células do vaso linfático e marcadores 
específicos para vasos sanguíneos. Esse 
marcador numa parte da sala mais 
específica. Na imagem mostra sala de pele 
da parte epitelial (imagem comparativa) só 
para mostrar que realmente mostra e na 
polpa dentária não encontra o marcador de 
vasos linfáticos. 
PREVENIÃO DE 
EDEMAS: 
(1) Componente miogênico: que tem ala 
resistência pré capilar e baixa superfície 
dos capilares. 
(2) Componente intersticial que tem um alto 
PHT e baixo POT. 
(3) Componente linfático com alta remoção 
do fluido e alta remoção das proteínas 
tissulares. 
“A BAIXA COMPLACÊNCIA DO TECIDO 
PULPAR QUE IMPEDE A FORMAIÃO 
DE EDEMAS”. 
“VASODILATAIÃO ARTERIOLAR PODE 
COMPRIMIR OS VASOS LINFÁTICOS E AS 
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VÊNULAS, CONTRIBUINDO PARA O 
COLAPSO DO SISTEMA” (KIM ET AL, 
JOE, 1989) 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 13 
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• Vasos: 
INERVAIÃO PULPAR: 
 Rico plexo (plexo de raschkow); 
 Fibras aferentes sensitivas- mielínicas 
(transmissão da dor); 
 Ramos simpáticos- amielínicos 
(microcirculação pulpar); 
 Ramos parassimpáticas (?) 
Das fibras nervosas simpáticas o que 
interessa mais são as: 
 Fibras A delta (V 13,4M/S – 8,4 a 13,4 
MA); 
 Fibras C (V 1M/S – 37,4 a 40,4 uM). 
Fibras A são fibras mielínicas e fibras C são 
amielínicas onde a transmissão são de forma mais 
lenta. As fibras A delta são encontradas mais na 
periferia das polpas, as fibras C são encontradas na 
pare mais interna da polpa e influenciam na questão 
da dor, onde dá aquele gatilho de dor (mais 
aguda/fina) e as fibras C como estão na parte mais 
interna da polpa transmitem o estimulo de forma 
mais lenta, transmitindo a dor mais surda/crônica. 
 Fibras A delta são ativadas pela 
aplicação rápida de calor na coroa. 
 Fibras C são ativadas pela injuria do 
tecido. 
Acredita-se que as fibras A delta sejam 
responsáveis pela sensibilidade dentinária e 
as fibras C pela dor pulpar. 
“Fibras nervosas da polpa são 
relativamente resistentes a necrose” 
Porque pra uma fibra nervosa morrer tem que pegar 
o núcleo da célula, e esse núcleo não está na polpa e 
sim no gânglio trigemial o que esta na polpa são as 
terminações, por isso a dor ela continua porque a 
parte nervosa permanece!! 
“As fibras C possuem habilidade de manter 
a sua integridade funcional em tecidos que 
se tornam hipóxicos. As fibras maiores 
consomem mais oxigênio”. (TROWBRIDGE, 
JOE, 1986) 
Na questão da hipóx, o que encontra é a 
fibra 
C. Ex: perdeu tudo dentro da polpa, ainda 
vai manter a fibra nervosa lá dentro e elas são as 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 14 
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últimas a irem, quando começam a 
morrer as fibras nervosas vão 
primeiro as A deltas e depois as C. 
“Dentes decíduos apresentam 
inervação semelhante ao 
permanente. Reabsorção 
radicular= degeneração gradual do 
tecido nervoso”. (RAPP ET AL, 
ANAT. REC. 1967) 
O decíduo é igual ao permanente, ou seja, ele 
dói igual ao dente permanente. Por isso a 
reabsorção do dente decíduo é indolor porque 
toda a parte nervosa vai ser degradada para 
que ocorra o processo, sem que a criança 
sinta. 
Sensibilidade dentinária: 
 
Aqui é um túbulo dentinário, o odontoblato e o 
prolongamento odontoblástico. O nervo não 
está dentro da parte nervosa, então você vai 
sentir dor devido a movimentação de fluidos 
que ocorrem aqui dentro e nessa 
movimentação você pode ter uma sucção 
dessa camada odontogênica e o que tiver 
abaixo dessa camada (suga tudo), daí sente 
dor porque pegou as terminações nervosas OU 
porque vai ter uma modificação desse liquido, 
ele passa a ficar mais ácido e ocorre a 
sensibilização das terminações nervosas (as 
mais secas). 
Explicação do desenho: 
“Forças capilares produzem 
rápido deslocamento de fluido, 
distorcendo as terminações 
nervosas localizadas na 
periferia da polpa” (TROWBRIDGE, 
JOE, 1986) 
“Se o ácido permanece por longo 
tempo ou se são aplicados em 
camada de dentina inferiorque 50 
micrômetros. Nesta situação 
Isabella Guimarães e Lissandra Agra 15 
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ácidos podem causar a redução da 
excitabilidade nervosa”. (OLGART, JOE, 
1986) 
Quando você pega uma lesão de carie profunda 
ocorre essa explicação acima. Essa carie pode ter 
sido de produção lenta, com isso esses ácidos 
ficaram muito tempo sobre a dentina e ocorreu um 
reequilíbrio daquela região e não sente mais dor. 
“Calor causa movimento centrípeto do 
fluido 
devido a expansão do mesmo. Geralmente 
relacionado com polpas inflamadas”. 
Devido a essa explicação acima que as fibras C são 
“ativadas”. 
“Amônia e certas enzimas presentes em 
processo carioso tem efeito excitatório 
sobre fibras A delta”. (OLGART, JOE, 1986) 
Se tiver bactérias no processo carioso por mais que 
não produzam muito ácido mas liberam muita amônia, 
vai ter uma lesão de carie com mais dor.

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