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Resumão P2- Bovinocultura de Leite: Fases do ciclo produtivo: Fase I: fase inicial; Fase II: fase de pico; Fase III: fase de meio de lactação; Fase IV: fase final. Fase I: Do parto aos 45 dias de lactação; Após o parto, começa a perder peso até os 45 dias (BEN), após isso o peso deve se estabilizar, até os 90 dias. Hipocalcemia- dieta aniônica para estimular a liberação de PTH, aumentar receptores de vitamina D nos enterócitos, favorece a absorção de cálcio e mobilização do cálcio dos ossos. Cuidado com hipocalcemia subclínica. Na fase I ocorre aumento da produção de leite, está em BEN, ainda está ocorrendo involução uterina e a glândula mamária está utilizando glicose, portanto ocorre perda de peso. As primíparas ainda estão em crescimento, ocorrendo um BEN mais severo. Obs: Período de transição (3 semanas antes e 3 depois do parto), preciso de alimento e ambiente de qualidade para um bom parto. O feto precisa de mais nutriente pois está em crescimento final, porém a vaca não consegue comer muito, pois o útero comprime o rúmen- demanda nutricional é alta→ crescimento do feto e produção do colostro. Fase II: fase de pico de lactação, dos 45 dias aos 90 dias de lactação. A partir dos 100 dias, alcança o pico de IMS e entra em balanço energético positivo. Nessa fase não ocorre mais o BEN, há boa produção de leite e menor escore corporal. Fase III: meio de lactação, de 90 a 210 dias de lactação (3-7 meses). Ocorre queda na produção, recuperação do escore e pico de IMS. Fase IV: final de lactação, de 210 dias até a secagem. Diminui a IMS, necessita comer menos, o feto cresce mais, os nutrientes são direcionados para o corpo e menos para o leite, diminuindo a produção. Cuidar do escore corporal para não ter que recuperar no período seco e para não ocorrer cetose. Posso utilizar BST para fazer uma persistência da lactação maior. Obs: A IMS está ligada à ambiência da vaca. Escore corporal: Fase I: 2,5- 2,75; Fase II: 2, 25- 2,75; Fase III: 2,5-3,0; Fase IV: 3,0-3,5. Período seco: 3,5- 3,75. (máximo 4 ao parto. Ideal perder no máximo 1 ponto de escore na fase I). Manejo da vaca em lactação: -Minimizar BEN. -Pirâmide de produção: alimentação, sanidade, manejo, instalações, genética. -Prevenção. Saúde da vaca: monitorar escore corporal, ingestão de alimento e produção de leite. Ordenha: 1 por dia: bezerro ao pé, ordenha pela manhã e o bezerro fica com a mãe após. Depois aparta o bezerro. 2 ordenhas: maior potencial genético e de produção. Bezerro não fica com a mãe, às vezes deixam um teto para ele mamar ou pode ficar sempre apartado. Vaca desce o leite sem o bezerro ou utilizam ocitocina (gir, guzerá). Para 3 ordenhas: pensar na mão de obra. -O elemento fisiológico que favorece passar de 2 para 3 ordenhas é o alvéolo mamário. O úbere armazena o leite nas cisternas do úbere, no teto, nos ductos galactóforos e no alvéolo. 30-40% do leite fica armazenado no alvéolo, mas existe um limite de armazenamento. Quando não é possível armazenar mais, ele para de produzir. O úbere se distende, o que diminui a chegada de sangue no alvéolo, chegando menos matéria prima para a produção, limitando a produção. Ordenhar mais estimula a produção, assim a vaca “trabalha” com o úbere mais relaxado e sempre existe nutriente para produzir. Qualidade do leite: não melhoro com a ordenha, mas posso mantê-lo como estava na glândula. CCS, CBT, sólidos (proteína e gordura)- envolve melhoramento e a ordenha. A saúde da vaca também está relacionada à qualidade do leite. Pós-dipping: após a ordenha o esfíncter do teto fica aberto de 30 minutos a 1 hora, então sua função é evitar a entrada de bactérias que podem gerar mastite (ambiental). Também é interessante colocar a vaca para se alimentar, assim não deita. Importante: regulação da bomba de vácuo, manutenção das borrachas e teteiras, troca regular. Práticas fundamentais: manejo de sala de ordenha, número de ordenha e alimentação. Manejo alimentar + saúde animal= sucesso da vaca em lactação. Alimentação: quantidade e qualidade! IMS de vaca em pico de lactação é cerca de 3% do PV, sendo 70% disso concentrado→ utilizar tamponantes, ração total misturada. Controlar as variáveis negativas no BEN. Monitorar: acidez da urina e corpos cetônicos na urina ou sangue. Preciso de manejo do escore corporal, da ingestão de matéria seca e acompanhar a produção da vaca, para garantir sua produção. Controlar a queda de peso nos primeiros 90 dias. Manejo reprodutivo: Intervalo entre partos (IEP) ideal: 12 meses; (365 dias) Gestação: 9 meses; (~280 dias) Lactação: 10 meses; Secagem: 60 dias antes do parto; Precisa emprenhar, no máximo, até 90 dias após o parto para obter esse IEP “ideal”. Nesse momento está com escore 2,5 (pico de lactação) e o escore para manifestar cio é cerca de 3. Pode manifestar cio desde que esteja ciclando. Período de espera fisiológico: ~45 dias. Período de serviço: ~45 dias (apresenta 2-3 ciclos estrais). Dias em aberto: 85-90 dias. Protocolos com P4: precisa estar com útero involuído, balanço energético zerado ou positivo para responder. Muitas vezes, vacas de alta produção ainda estão produzindo muito aos 10 meses de lactação, então existem propriedades que toleram dias em aberto maiores para essas vacas, assim, na hora de secar a curva de produção está mais prolongada e a vaca está produzindo menos. O IEP é o resultado final do manejo reprodutivo. Precisamos avaliar os seguintes índices para trabalhar mês a mês: taxa de prenhez, taxa de concepção e taxa de serviço. A vaca só entra em reprodução novamente após o puerpério e após a retomada da atividade cíclica. O primeiro fator que impede a vaca de estar pronta para emprenhar aos 45 dias pós parto é o útero que ainda não involui (parto trabalhoso, retenção de placenta, metrite, endometrite), então precisamos dar condições para que o útero involua rapidamente. Protocolo de IATF: em 10-11 dias está inseminada→ principal sinal de gestação é não retorno do cio. Preciso utilizar ferramentas para uma boa visualização de manifestação de cio. Reprodução de animais que sofreram indução da lactação: cuidado pois podem apresentar manifestação de cio severa no final. Enfermidades do rebanho: Hipocalcemia: Baixo cálcio no sangue. O corpo possui mecanismos regulatórios. Hipocalcemia: não possui tônus muscular, hipotermia. A glândula mamária retira cálcio sanguíneo para a produção de colostro e leite→ diretamente ligada à síntese inicial do leite. Praticamente não ocorre hipocalcemia em vacas após o terceiro dia após o parto: -após 3 dias= 0 -após 2 dias= 4% -1 a 2 dias= 30% -1° dia pós parto: 66% Prevalência em vacas antes do terceiro parto é quase zero: -3° parto= 1,5% -6 partos: 8% -mais que 10 partos: 30% Manter o nível de cálcio: dieta aniônica no periparto→ PTH atuante no final da gestação. Utilizar a dieta em rebanho com mais de 3% de hipocalcemia clínica. 1L de leite= 1g de cálcio. Raça Jersey e animais idosos: menor número de receptores para o cálcio nos enterócitos. Dieta aniônica= acidificação do pH da urina. Posso aplicar vitaminas no periparto também (A,D,E). (dieta aniônica: mais íons sulfeto e cloreto- -70mEq) Cetose: Aumento de corpos cetônicos circulatórios; Acompanhar dosagem de BHB no sangue ou urina desde o pré parto. Causas: ou produz muito leite e come pouco ou está comendo pouco por uma doença primária (hipocalcemia, retenção de placenta, mastite, claudicação, pneumonia) Prevenir: controle do escore, aumentar energia (concentrado), fornecer gordura protegida na dieta, drench (glicose e propilenoglicol), propilenoglicol, ionóforos, evitar outras doenças, evitar BEN. Acidose: Aumento de concentrado para evitar cetose→ acidose ruminal. Prevenir: ração total misturada e tamponantes na dieta (bicarbonato ou óxido de magnésio). Timpanismo: alto concentrado sem adaptação→ acidose ruminal aguda. Retenção de placenta:Pode ser consequência de altos índices de hipocalcemia subclínica. Doença de animal imunossuprimido- liberação do cotilédone da carúncula depende de enzimas liberadas por macrófagos e mastócitos. Claudicação: Pode ser infectocontagiosa. Vacas de alta produção são propensas a acidose, ocorre diminuição do pH ruminal e morte de bactérias gram-positivas, liberando LPS que causam vasodilatação (liberação de histamina) resultando em laminite. Laminite crônica: queratina do casco é mole. Ajustar a nutrição para que a queratina produzida seja mais rígida e as terapias possam ser mais efetivas. Prevenção: casqueamento corretivo, pé de lúvio, seleção de cascos escuros, vacinação. Deslocamento de abomaso: Ocorre excesso de gás, tônus muscular da víscera diminuído e sobra de espaço no abdômen- favorece a ocorrência, portanto é multifatorial. Prevenção: RTM, melhor volumoso para diminuir o concentrado, prevenção para as outras doenças (cetose, hipocalcemia, acidose…) Mastite: Multifatorial: equipamento, funcionário, ambiência, sala de ordenha. Ambiental: fora da sala de ordenha. Contagiosa: durante a ordenha. Instalações: Automação. Visualização do comportamento de cio: chip, podômetro, sensores. Instalações conectadas à computadores. Ordenha robotizada: 60 a 80 animais por robô, viável em propriedades com 3 mil litros de leite diário, geralmente utilizam 3 a 4 robôs ou utilizam ordenha tradicional e robôs para as vacas em pico de lactação, proporcionando um aumento do número de ordenhas e aumento da produção de leite. O número de ordenhas está ligado ao sistema de produção e ao nível de produção. Bem- estar: Grandes propriedades com grandes produções- se mantém no mercado. 5 liberdades: Livre de fome, sede e desnutrição; Livre de dor, injúrias e doenças; Livre para expressar os comportamentos normais; Livre de medo e angústia; Livre de desconforto físico e térmico. Livre de fome, sede e desnutrição: quantidade adequada e qualidade suficiente, lotação adequada. Água é muito importante na produção de leite: 80% do leite é água. Desconforto térmico: clima→ temperatura, umidade, ventilação, incidência solar- prevenir ou minimizar os problemas climáticos (calor ou frio). Envolve tecnologia de instalações, manejo, sistema de produção e raça. Desconforto físico: manejo à ordenha, espessura de cama, limpeza de cama, material da cama, tipo de piso, pedra, barro, morros. Livre para expressar comportamentos, medo e angústia: não agredir, não ter cães perto da maternidade, liberdade. Doenças: Laminite; Foot root; Dermatite digital; Doença da linha branca; Pododermatite circunscrita.
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