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Lara Bianca Cardoso Pereira- Med UEMA Instagram: esteto.da.lara CAXUMBA (PAPEIRA) PATOGÊNESE E IMUNIDADE O vírus da caxumba é muito contagioso (transmitido por gotículas respiratórias) possui um único sorotipo conhecido, causando infecção lítica das células. Primeiramente, inicia infecção nas células epiteliais do trato respiratório (causa parotidite aguda e benigna- inflamação das glândulas salivares) e depois pode se espalhar para testículo, ovário, pâncreas (pode estar relacionado a diabetes juvenil), nervos periféricos, SNC, olho, ouvido interno (surdez) e tireoide por viremia ( vírus no sangue). Pode atingir meninges (50% dos casos). A imunidade é responsável pelo processo inflamatório (principal característica). SINDROMES CLINICAS Frequentemente assintomática, mas pode manifestar parotidite e febre, além de vermelhidão no ótio do ducto de Stensen (vetificado no exame oral) e inflamação de outras glândulas (testículo, ovários- pode ta ligado a infertilidade-, tireoide, pâncreas) e meningocefalite. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O vírus pode ser encontrado em : • SALIVA (até 5 DIAS após infecção) • URINA (até 2 SEMANAS) • FARINGE • SECREÇÃO DO DUCTO DE STENSEN • LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO EXAMES POSSIVEIS: • TESTES SOROLÓGICOS (AUMENTO DE ANTICORPO ESPECÍFICO OU DETECCÇÃO DE IgM ESPECÍFICO) • ENSAIOS IMUNOENZIMÁTICOS • TESTES DE IMUNOFLUORESCÊNCIA • INIBIÇÃO DA HEMAGLUTINAÇÃO PREVENCAO E CONTROLE VACINAÇÃO (tríplice e tetra viral) RAIVA FAMILIA RABDOVIRUS São patógenos para mamíferos, peixes, aves e plantas e inclui o gênero Lyssavirus , o vírus da raiva. FISIOLOGIA, ESTRUTURA E REPLICAÇÃO Virions envelopados em formato de bala, com espiculas de glicoproteína G (induz anticorpos neutralizantes do corpo). O RNA de fita simples produz apenas 5 tipos de proteínas : G (induz anticorpos), Nucleoproteína N (protege RNA da digestão e mantém estrutura do RNA para transcrição), glande (L) e não estrutural (NS) (estruturas da RNA polimerase), e proteína de matriz (M ) (estrutura entre envelope e matriz). Ciclo replicativo: vírus entra pelo receptor nicotinico de Ach ou pela molécula de adesão da célula neural, se funde por endocitose e é acidificado, havendo desmontamento do seu capsídeo. Assim, o nucleocapsídeo é liberado no citoplasma, onde ocorre a replicação. A RNA polimerase transcreve RNA genômico produzindo 5 RNAm (isso ocorre no corpúsculo de Negri). Os RNAm são traduzidos e geram as 5 proteínas virais e o RNA - genômico é transformado em RNA + para gerar novos genomas. Posteriormente, ocorre montagem do nucleocapsídeo, envelopamentos e liberação na membrana plasmática. Vesículas endossomicas podem liberar nos axônios vírions inteiros. PATOGÊNESE E IMUNIDADE TRANSMISSÃO: A raiva geralmente resulta da mordida de um animal raivoso (saliva infectada a comportamento agressivo/agitado), mas pode ser inalado em cavernas de morcego, transplantes e inoculado através das mucosas. FASE DE INCUBAÇÃO: vírus de multiplica silenciosamente antes de ir pro SNC. O tempo dessa fase depende da concentração do vírus, proximidade com o SNC, gravidade da ferida, idade do hospedeiro e estado imune do hospedeiro. O vírus viaja por transporte axoplasmatico dos músculos para neurônios e medula. FASE PRODRÔMICA: O vírus viaja por transporte axoplasmatico dos músculos para neurônios, medula e rapidamente chega ao cérebro. FASE CEREBRAL: produz sintomas clássicos e se dissemina para locais altamente inervados (pele da cabeça e pescoço, glândulas salivares...) O vírus da raiva é pouco citolítico e pouco inflamatorio (As proteínas virais impedem apoptose das células e a ação dos interferons). Assim, a infecção é oculta ao sistema imune, porém se forem administrados anticorpos ou vírus atenuados durante o longo período de incubação, pode-se bloquear a disseminação sistêmica do vírus. SÍNDROMES CLÍNICAS A fase de incubação é variável e, em geral, assintomática. A fase prodrômica pode durar de 2 a 10 dias, causando febre, parestesia no local da mordida, anorexia e cefaleia. Na fase neurológica, começa a hidrófobobia, convulsão, alucinação e desorientação, durando até 10 dias, podendo a paralisia evoluir para insuficiência respiratória, coma e morte. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL As evidências de infecção não podem ser vistas senão tardiamente- costumam ser realizados apenas para autopsia. Tipos de exames: detecção de antígeno no SNC ou pele> isolamento> detecção do genoma e achados sorológicos. O achado diagnóstico característico são os agregados de nucleocapsídeo, o corpúsculo de negri. Além disso, pode-se usar também PCR e imunoflorescencia. Os materiais usados podem ser amostras de saliva, soro, LCR, biópsia de pele da nuca, material cerebral ou esfregaços da córnea. TRATAMENTO E PROFILAXIA • Ribavirina pôs exposição • tratar ferida • soro antirrábico • vacinação (HDCV- células diplópodes do pulmão) • HIRG (imunoglobulina rábica humana) • controle de animais domésticos
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