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FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Ansiolíticos

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FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Ansiolíticos, Antidepressivos, Antipsicóticos
Neurotransmissão no Sistema Nervoso Central
A neurotransmissão é quando o neurônio consegue transmitir impulsos nervosos para o próximo neurônio SNC e essa neurotransmissão (podendo ser química, elétrica). 
As etapas da neurotransmissão: Síntese do neurotransmissor no neurônio pré-sináptico, nesse neurônio pré sináptico o neurotransmissor vai ser produzido (sintetizado) e essa síntese vai acabar com o neurotransmissor ficando empacotado dentro de vesículas sinápticos. Essa vesículas sinápticas elas ficam ali dentro do neurônio o tempo todo até acontecer desse neurônio receber o potencial de ação de impulsos nervosos e esse potencial de ação acaba então abrindo canais de cálcio (sensíveis a voltagem), quando esses canais de cálcio se abrem o cálcio entra dentro do neurônio e essa entrada de cálcio no neurônio vai empurrar essas vesículas em direção a fenda sináptica. Quando essas vesículas chegam e se fundem a membrana do neurônio e liberam o neurotransmissor na fenda sináptica (jogam o neurotransmissor do lado de fora). Quando o neurotransmissor está na fenda sináptica ele vai poder exercer sua função, ele vai então se ligar nos seus receptores que está no neurônio pós sinápticos e vai exercer o mecanismo de ação naquele neurônio. Receptores no neurônio pós-sináptico, efeito pode ser abreviado por recaptação e degradação enzimática. 
Alvos dos fármacos que agem no SNC
• Receptores específicos de neurotransmissores
• Transportadores de membrana
• Enzimas, inibindo a degradação e aumentando a concentração de neurotransmissores.
Temos fármacos que usam como alvo os receptores dos neurotransmissores (fármacos são agonistas ou antagonistas). Temos fármacos como moléculas alvo os transportadores de membrana (transportadores que puxam de volta o neurotransmissor para dentro do neurônio). Temos fármacos que usam como alvo as enzimas que degradam e aumentam a concentração de neurotransmissor. Esses fármacos podem agir de maneiras diferentes para exercer algum efeito desejado para tratar os transtornos relacionados a alterações psiquiatras (transtorno no sistema nervoso central). 
Ansiedade 
Ansiedade é um estado desagradável de tensão, apreensão e inquietação, um medo, às vezes, de origem desconhecida. Sintomas físicos envolvem a ativação simpática e são similares aos do medo: taquicardia, sudoração, tremores, palpitação.
Quando o paciente está constantemente no estado de inquietação, apreensão, tendo medo (sem nenhuma origem) aí temos uma ansiedade patológica. 
Os sintomas de ansiedade envolvem ativação simpática. Temos a ansiedade generalizada e temos diversos outros tipos de ansiedade, porque a ansiedade engloba aspectos muito grande de distúrbios. Temos fobia social, a fobia a objetos, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), estresse pós-traumático. Então ansiedade é um conjunto de distúrbios que compõem o estado de atenção, apreensão e inquietação. 
Fármacos para tratamento de ansiedade
Antidepressivos: Inibidores seletivos da recaptação de Serotonina (fluoxetina, paroxetina e sertralina); inibidores da recaptura de 5-HT/Norepinefrina (venlafaxina); antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, Imipramina); inibidores da MAO (selegilina).
• Benzodiazepínicos: juntamente com um ISRS (Alprazolam, Clonazeplam, Diazepam, Midazolam).
• Buspirona: agonista de 5-HT1A (ansiedade generalizada).
• Fármacos antiepilépticos: gabapentina, pregabalina, tiagabina e valproato (ansiedade generalizada).
• Alguns antipsicóticos atípicos (risperidona) → ansiedade generalizada.
• Antagonistas b-adrenérgicos (propranolol) → tratar sintomas físicos da ansiedade. 
Para tratar a ansiedade existem diversos fármacos que podem atuar diminuindo os sintomas da ansiedade ou melhorar o estado do paciente. Esses fármacos são diversos não só porque a ansiedade tem vários tipos de ansiedade mais porque temos que avaliar o melhor tipo de tratamento para o paciente. É muito difícil já fazer o diagnóstico correto logo de início (um fármaco correto). 
Fármacos ansiolíticos
• Sedação → Benzodiazepínicos, barbitúricos e compostos “Z”, todos atuando em nível do receptor GABAA.
Os fármacos ansiolíticos envolvem diversas categorias de fármacos (não tem só um tipo de ansiolíticos), esses fármacos atuam especificamente no receptor GABAA, é um receptor voltado para o neurotransmissor GABAA. Então esses fármacos ansiolíticos tem capacidade de atuar nesse receptor (GABAA) porque esses fármacos tem lugares de ligação por neurotransmissão. Esses fármacos vão ter em comum é que vão ter lugar para eles no receptor GABAA. A sedação é um dos fatores que está associado a atividade farmacológica desses fármacos. 
Benzodiazepínicos
Moduladores alostéricos do GABA, aumentando a afinidade desse neurotransmissor pelo receptor GABAA, intensificando o influxo de cloreto (Cl)- para os neurônios. Não têm ação antipsicótica, nem analgésica e não afetam o SNA.
Efeitos ao uso do Benzodiazepínicos (ação ansiolíticas) 
• Redução da ansiedade: em doses baixas tem ação ansiolítica, potenciando a transmissão GABAérgica e inibindo os circuitos neuronais no sistema límbico (alfa2 -GABAA)
 • Ações hipnótica e sedativa: em doses mais elevadas (alfa1 - GABAA) 
• Amnésia anterógrada: bloqueio temporário da memória, diminuindo a capacidade de aprender e formar novas memórias (alfa1 -GABAA) 
• Anticonvulsivante: estado epiléptico e outros distúrbios convulsivos (alfa1 -GABAA) 
•Relaxamento muscular: em doses elevadas diminuem a espasticidade músculo esquelético. 
Ação do benzodiazepínico: o receptor é inativado, e o canal de cloreto acoplado está fechado. A ligação do GABA causa abertura do canal de cloreto, levando á hiperpolarização da célula. A ligação do GABA é potencializada pelo benzodiazepínico, resultando em maior entrada de íons cloreto. 
A entrada de cloreto hiperpolariza a célula, tornando mais fácil sua despolarização e, por isso, reduz a excitabilidade neuronal. 
Os principais efeitos colaterais dos benzodiazepínicos
Os principais efeitos colaterais dos benzodiazepínicos são fraqueza, visão borrada, vertigem, desconfortos intestinais, sonolência, prejuízo às habilidades psicomotoras, comprometimento cognitivo, hipotonia e aumento do risco de fratura.
A maioria das interações medicamentosas clinicamente relevantes com fármacos benzodiazepínicos envolve a indução ou inibição de enzimas hepáticas ou efeitos aditivos com outros depressores do SNA, como etanol. (ver tabela azul dos slides).
Barbitúricos (não são tão seguros quantos os benzodiazepínicos) 
Após a introdução dos benzodiazepínicos no mercado, houve larga substituição dos barbitúricos como fármacos sedativos e hipnóticos, tendo indicação principalmente como anticonvulsivantes e anestésicos. 
•Os fármacos barbitúricos intensificam a ligação do GABA aos receptores GABAA, aumentando os períodos durante os quais esse canal fica aberto. O resultado dessas características é a depressão em todos os graus do SNC.
 • Como os barbitúricos, em pequenas doses, aumentam as reações aos estímulos dolorosos, deve-se evitar o uso desses fármacos em sedação com presença de dor. 
• O efeito hipnótico desses fármacos é semelhante aos benzodiazepínicos, com diminuição da latência, aumento do tempo total de sono e redução do tempo do sono REM. 
• Desenvolvem rápida tolerância e ao baixo índice terapêutico, podendo provocar intoxicação grave em casos de overdose com risco de morte por depressão respiratória.
Barbitúricos: Amobarbital, Pentobarbital, Fenobarbital, Secobarbital, Tiopental. 
Compostos Z
• Com a identificação de que a subunidade α (alfa) do receptor GABAA pode conferir especificidade de ação pelos fármacos depressores do SNC, foi possível o desenvolvimento de fármacos hipnóticos seletivos.
• Zolpidem
• Atuam acentuando a corrente de Cl- pelo receptor GABAA, com maior seletividade aos que possuem a subunidade α1.
• Os efeitos adversos mais comuns incluem alterações gastrintestinais, dores de cabeça, desinibição e efeitos potenciaissobre a maioria das funções do SNC.
• É contraindicada em pacientes com insuficiência renal, hepática e respiratória, síndrome da apneia do sono e miastenia grave.
Outros fármacos- Antidepressivos e agonistas de 5-HT 1A como ansiolíticos. 
Os efeitos ansiolíticos levam dias ou semanas para desenvolver-se.
Antidepressivos (ISRSs, INRSs, ASTs e IMAOs ): Eficazes no tratamento de transtorno de ansiedade generalizada, fobias, transtorno da ansiedade social e transtorno do estresse pós traumáticos. 
Podem também reduzir a depressão associada á ansiedade. 
A BUSPIRONA é um potente agonista nos receptores 5-HT 1A : é um tratamento eficaz para transtorno de ansiedade generalizada, mas não para fobias. 
Os feitos adversos parecem ser menos problemáticos do que os efeitos adversos do dos Benzodiazepínicos; estes incluem tontura, náusea, cefaleia, mas não sedação ou perda da coordenação. 
Depressão (como agem) 
• A depressão maior ou depressão unipolar corresponde a uma condição clínica incapacitante relativamente comum, de caráter crônico e recorrente em aproximadamente 80% dos casos.
 • A prevalência da depressão é maior em mulheres do que em homens, mas ainda continua sendo uma doença subdiagnosticada e subtratada. 
• A utilização de antidepressivos pode melhorar ou eliminar totalmente os sintomas da depressão moderada a grave, contudo antes do início do tratamento deve-se descartar o diagnóstico de transtorno bipolar, já que antidepressivos podem desencadear o aparecimento de mania.
 • As principais classes de fármacos antidepressivos são os inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação de serotonina.
Depressão é um problema crônico incapacitante que possui uma dificuldade no diagnostico. Sintomas podem vir com associação do estresse, o estresse é capaz de estimular alguns tipos de neurotransmissão que são prejudiciais e que levam aos sintomas antidepressivos. O estresse constate estimula a neurotransmissão e a glutamato. Essa ligação de glutamato nos seus receptores se chamam receptores NMDA faz com que se tenha a apoptose neural (morte de neurônios) causando os sintomas depressivos. Durante o estresse ocorre a liberação do cortisol na glândula adrenal e suprarrenal e quando se tem essa liberação, o cortisol estimula uma resposta de transcrição genica prejudicial. Essa resposta vai estimular a apoptose neural e também inibirá neurogenese (restauração dos neurônios). Tudo isso colabora para os sintomas depressivos. 
Noradrenalina, serotonina e a BDNF. 
BDNF é um neurotransmissor especifico do cérebro, um fator neurotrofico do cérebro. 
Esses neurotransmissores ao se ligarem com um neurotransmissor colaboram fazendo uma resposta de transcrição benéfica que faz com que se tenha mais neurogênese e menos apoptose neural colaborando para um estado antidepressivo. Quando esses neurotransmissores se ligam aos seus receptores eles inibem as respostas prejudiciais, diminuindo os efeitos prejudiciais. 
Agora quando se tem níveis reduzidos desses neurotransmissores ou alguma dificuldade na neurotransmissão não se tem esse tipo de transmissão ou de sinal. Não tendo esse sinal se estimula a resposta prejudicial, a apoptose dos neurônios. 
Os sintomas depressivos estão associados:
--Alguns neurotransmissao, como é o caso da transmissão glutamatergica (glutamato se ligando em receptores NMDA), 
--Com o alto nível de cortisol 
--Alteração nos níveis de neurotransmissores como a noradrenalina, serotonina e o BDNF, que são neurotransmissores que fazem o papel benéfico de proteger os neurônios. 
Para tratar a depressão e importante atuar nesses neurotransmissores.
Por isso a maior parte dos fármacos para depressão age de alguma forma nos neurotransmissores ou na neurotransmissão. 
Inibidores da Monoamino Oxidase (MAO)
Monoamino oxidase é a enzima que degrada alguns neurotransmissores. Degrada serotonina, noradrenalina, por exemplo. 
O inibidor de MAO impede a degradação de alguns neurotransmissores, deixando-os mais disponíveis. 
A serotonina esta vinculada com mudanças de humor.
Esse fármaco pode inibir tanto a MAO-A, quanto a MAO-B. Podem inibir os dois ou ser seletivos. 
A enzima que degrada serotonina e noradrenalina é a MAO-A. 
MAO-b degrada tiramina. 
Os fármacos que inibem a MAO-A deixam serotonina mais disponível para diminuir a degradação do neutrotransmissor.
Os fármacos que inibem a MAO-B não são muito usados como antidepressivos. Estão associados principalmente no tratamento da doença de Parkinson.
Os efeitos farmacológicos desses inibidores de MAO estão relacionados a se ter uma menor degradação dos neurotransmissores fazendo com que se tenha uma maior capacidade de armazenamento dos neurotransmissores e consequentemente um aumento da capacidade de liberação dos neurotransmissores pelos neurônios do sistema nervoso central.
O principal efeito adverso observado é a hipotensão, levando a diminuição da atividade simpática e consequente redução da pressão arterial sistêmica, mesmo efeito observado da clonidina. Diversos efeitos adversos comuns que podem aparecer com o uso dos IMAO são tremores, insônia, ganho de peso decorrente do aumento de apetite e efeitos anticolinérgicos (boca seca, visão embaçada, retenção urinária).
O paciente que utiliza o inibidor de MAO pode ter um quadro de A síndrome serotonínica está relacionada com um excesso de 5- HT na fenda sináptica, provocando confusão, excitação, hiperatividade neuromuscular, hiper-reatividade autonômica e hipertermia.
Quadro de interações (Síndrome do queijo) 
Os inibidores de MAO podem ter um quadro de interação com alimentos que possuem tiramina, chamada de síndrome de queijo.
Chamado assim, pois a tiramina está presente em queijos envelhecidos, salame, vinhos. 
A tiramina é metabolizada por MAO, é degradada por MAO. Utilizando um fármaco que inibe a MAO esse fármaco ira impedir a degradação da tiramina fazendo a tiramina ficar em alta quantidade no organismo. Com isso a tiramina tem capacidade de entrar no neurônio e exercer um estimulo para liberação de noradrenalina.
A tiramina estimula a transmissão adrenérgica e esse estimulo faz com que se tenha sintomas de alta transmissão adrenérgica (síndrome do queijo). 
É um risco grande usar o inibidor de MAO junto com um alimento que possui tiramina.
Ocorre um aumento da transmissão adrenérgica por causa da baixa degradação da tiramina. 
Antidepressivo Tricíclicos (ADT)
Esses antidepressivos também atuam em tentar manter os neurotransmissores no espaço da fenda sináptica.
Além de servirem para o tratamento da depressão esses fármacos também são usados para tratar alguns tipos de dor, como a enxaqueca, vômitos, insônia. Também podem ser usados para tratar outros tipos de transtornos como TOC, déficit de atenção com hiperatividade.
O mecanismo de ação do fármaco antidepressivo tricíclico no tratamento da depressão esta relacionado com um aumento na concentração de serotonina e noradrenalina nas fendas sinápticas porque o antidepressivo tricíclico impede e inibe a recaptação desses neurotransmissores, deixando os neurotransmissores em maior concentração na fenda sináptica e essa maior concentração de neurotransmissor melhora a neurotransmissão, diminuindo os sintomas depressivos. 
Além disso, a maioria dos antidepressivos tricíclicos tem outras atuações, como o antagonista de receptores de H1 ( histamina), 5 HT2A, α1-adrenérgico e muscarínicos, sendo essas ações relacionadas com outros efeitos farmacológicos benéficos ou não.
Todos os ADT, sendo a doxepina, o mais potente, atuam como antagonistas H1, produzindo sedação e adicionando um efeito terapêutico adicional.
--Como o receptor 5-HT2A está envolvido no controle do sono, o antagonismo pelos ADT, como doxepina, amitriptilina e clomipramina, pode ser clinicamente relevante na melhoria do sono.
--O antagonismo do receptor α1-adrenérgico é similar em todos os ADT e é responsável pela indução da hipotensão ortostática ou postural, principal efeito indesejável desses fármacos.
-Os efeitos anticolinérgicos como boca seca,visão borrada, retenção urinária, constipação e prejuízo sobre a memória, podem resultar em delírio e estão relacionados com o antagonismo muscarínico.
-- A interação medicamentosa mais grave entre os ADT é o uso associado ao etanol que pode induzir uma depressão respiratória grave quando o consumo de bebidas alcoólicas é exagerado.
--Os ADT também interferem na ação de muitos fármacos anti-hipertensivos. Devido à potencialização das aminas simpatomiméticas pelos ADT, deve-se evitar o uso concomitante com fármacos IMAO. 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
--Inibe a recaptação do neurotransmissor serotonina, por isso geralmente são usados em caso de fármacos de primeira escolha para tratar a depressão porque ele tem um efeito mais seletivo especifico de inibir a recaptação de Serotonina, deixando mais serotonina livre para que ocorra a transmissão serotoninérgica que é benéfica. 
-- Alem disso esse tipo de fármaco tem uma margem de segurança melhor pensando em nível de MAO e de antidepressivos tricíclicos porque eles acabam com que não tenha interferência em outros tipos de neurotransmissão. 
--Se tem esses fármacos atuando na serotonina e nem como bloqueador. Como esses fármacos não bloqueiam os receptores H1, α1- adrenérgico e muscarínicos, os efeitos indesejados são menos intensos e favorecem a adesão do paciente.
-- Os efeitos colaterais mais comuns do ISRS são distúrbios gastrintestinais (náusea), ansiedade, disfunção sexual, prejuízo da cognição, possibilidade em desenvolver síndrome serotonínica e ideação suicida ( associado ao uso em crianças).
--É um fármaco indicado para depressão por atuar apenas no local necessário.
-- Fármacos como a fluoxetina não causam tanta dependência 
Inibidores da Recaptação de Serotonina/Norepinefrina (IRSNs)
--Inibem a recaptação de serotonina e norepinefrina. Fármaco age no transportador impedindo a volta para o neurônio, deixando os neurotransmissores mais tempo disponíveis na fenda sináptica. 
-- Utilizados quando os Inibidores Seletivos de recaptação Serotonina (ISRS) não forem eficazes.
-- Os IRSNs e os ADT, com sua dupla ação de inibir a captação de serotonina e de norepinefrina, algumas vezes são eficazes no alívio dos sintomas físicos da dor neuropática, como a neuropatia periférica diabética.
-- Os IRSNs, ao contrário dos ADT, têm pouca atividade em receptores adrenérgicos, muscarínicos ou histamínicos e, assim, têm menos dos efeitos adversos mediados por esses receptores do que os ADT.
Transtornos Psicóticos 
--Os transtornos psicóticos são alterações relacionadas a alucinações, por exemplo. E esse tipo de alteração se relaciona com diversos distúrbios do sistema nervoso central, sendo os mais comuns: transtorno bipolar, psicose induzida por substâncias (por exemplo, cocaína) e esquizofrenia. 
-- Paciente com psicose percebem ou interpretem as coisas de maneira diferente das pessoas que as rodeiam. Tem dificuldade de entender o que é real. Os sintomas da psicose incluem delírios (falsas crenças) e alucinações (ver ou ouvir coisas que os outros não vêem ou ouvem).
--Outros sintomas incluem discurso incoerente ou sem sentido e comportamento impróprio para a situação. Uma pessoa em um episódio psicótico também pode apresentar depressão, ansiedade, problemas de sono, isolamento social, falta de motivação e dificuldade de funcionamento geral.
Fármacos Antipsicóticos 
--Os fármacos antipsicóticos (também denominados fármacos neurolépticos ou tranquilizantes maiores) são usados principalmente para tratar esquizofrenia, mas também são eficazes em outros estados psicóticos, incluindo estados de mania com sintomas psicóticos, como grandiosidade ou paranoia, alucinações e delírio.
--Para tratar a mania com a característica de grandiosidade pode ser usado um antipsicótico. Não trata apenas esquizofrenia. 
--Necessário avaliar se vale a pena o uso desse fármaco. Precisa decidir o limite de beneficio que o fármaco provoca de melhorar os sintomas psicóticos e a chance de novos transtornos como efeito adverso do fármaco.
--Esses fármacos agem em receptores dopaminérgicos (receptores de dopamina). Tem capacidade de ser antagonista dos receptores de dopamina, então quando ocorre a neurotransmissão a dopamina se liga ao seu receptor pra se ter uma resposta dopaminérgica. Essa resposta dopaminérgica está associada a uma sensação de bem estar e uma sensação de grandiosidade. Essa sensação dopaminérgica no córtex frontal pode também estar associado à formação de alucinações e de delírios. 
--Portanto o antipsicóticos vai bloquear o receptor dopaminérgico para impedir que a dopamina exerça seu efeito. 
-- Na esquizofrenia, ocorre excesso de dopamina na via dopaminérgica mesolímbica e escassez na via mesocortical. Para o tratamento da esquizofrenia a intenção é diminuir o excesso de dopamina que tem no paciente esquizofrênico. 
--São divididos entre 1ª e 2ª geração, típicos e atípicos, respectivamente.
--Os fármacos da primeira geração são subdivididos em "de alta“ e "de baixa potência", não só para indicar a eficácias clínica do fármaco, mas também para indicar sua afinidade pelo receptor D2 da dopamina, o que, por sua vez, influencia o seu perfil de efeitos adversos.
Baixa potencia= clorpromazina, proclorperazina, tioridazina.
Alta potencia= Flufenazina, haloperidol, pimozida, tiotixeno.
Antipicoticos típicos (1ºgeraçao)
--Induzem o efeito farmacológico pelo antagonismo dos receptores D2 pós-sinápticos no prosencéfalo. Acabam sendo uteis para tratar a psicose. O tratamento crônico com esses fármacos requer cuidado devido à extensão de efeitos colaterais observados
--A principal característica dos antipsicóticos típicos é a capacidade de induzir sintomas extrapiramidais, relacionado ao bloqueio dopaminérgico, e é mais proeminente com o haloperidol.
--Os principais efeitos adversos neurológicos agudos são acatisia (incapacidade em se manter parado), parkinsonismo e distonia, que diminuem ou desaparecem com a redução da dose.
Antipicoticos atípicos (2ºgeraçao) (não tão clássicos)
Os antipsicóticos atípicos ou de segunda geração promovem antagonismo D2 com menor potência, mas têm a capacidade em interagir com outros receptores, variando muito entre os fármacos dessa classe.
-- Clozapina além de bloquear D2 → antagoniza também outros receptores para dopamina (D1, D3 e D4), histamina (H1), muscarínico (M1), serotonina (5-HT2A, 5-HT2C, 5-HT6 e 5- HT7) e α1-adrenérgico.
--Aripriprazol é um agonista parcial no receptor D2. É como se ativasse o receptor D2, porém de forma fraca, então não bloqueia totalmente a via dopaminérgica mas a deixa mais fraca. Além disso, faz antagonismo de receptor de serotonina. Esse fármaco não possui efeitos extra piramidais e o paciente que usa esse fármaco também não tem ganho de peso e o excesso de liberação de prolactina.
-- Os efeitos adversos mais comuns entre os antipsicóticos atípicos incluem ganho de peso, hiperlipidemia, hiperglicemia e indução de diabetes mellitus tipo 2 e moderada hiperprolactinemia.
Fármacos estabilizadores de humor 
--Relacionados com mania, doença maníaco-depressiva ou transtorno bipolar corresponde a uma desordem comportamental que causa mudanças incomuns no humor, energia, níveis de atividade e a capacidade de realizar tarefas diárias.
--Existe uma carência de fármacos específicos para a terapêutica, os que são empregados frequentemente são: agentes antipsicóticos, alguns anticonvulsivantes (ácido valproico, carbamazepina e lamotrigina) e o lítio (Li+).
--O lítio mesmo sendo só sais de lítio, pode ter interação medicamentosa onde geralmente esta associados a eliminação de e lítio, em como ele será eliminado nas vis remais. Ocorre uma competição com o sódio (Na) pela reabsorção , e quando se tem baixo nível de sódio se eleva o nível de lítio na corrente sanguínea, causando a indução de efeitos tóxicos pela elevação dos níveis de Li+.
--A toxicidade do Li+ é aumentada com haloperidol, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e anticonvulsivantes, assim como a incidência de sintomasextrapiramidais com antipsicóticos.
Lítio 
--Lítio é eficaz no tratamento de 60 a 80% dos pacientes que exibem mania e hipomania.
--Vários processos celulares são alterados pelos sais de lítio, mas o seu mecanismo de ação segue desconhecido. (acredita-se que o lítio atenue os sinais via receptores acoplados ao sistema de segundo mensageiro bifosfato de fosfatidilinositol [PIP2]). O lítio interfere com a ressíntese [reciclagem] do PIP2, levando menor atividade na membrana neuronal do SNC.
--Os efeitos adversos podem incluir cefaleia, xerostomia, polidipsia, polifagia, distúrbios gastrintestinais (o lítio deve ser administrado com alimentação), tremor fino nas mãos, tonturas, fadiga, reações dérmicas e sedação.
--Os efeitos adversos devidos a níveis plasmáticos mais elevados incluem ataxia (problemas na coordenação), fala enrolada, tremores grosseiros, confusão e convulsões. Xerostomia, polidipsia e poliúria são queixas frequentes. 
-- Em tratamentos crônicos o lítio pode diminuir a função tiroidiana levando o paciente a te um quadro de hipotireoidismo.
--O lítio não causa efeitos observáveis em indivíduos normais. Não é um sedativo, euforizante ou depressor.

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