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ESTUDE DIREITO Trabalho: Síntese do texto “O que é Científico” – Rubem Alves O texto “O que é Científico?” de Rubem Alves é uma reflexão sobre a validade dos métodos de conhecimento humano. Nele são abordados dois casos, cujo objetivo é comprovar que o medo de experimentar o novo pode tornar uma sociedade estagnada, pois os métodos devem se complementar para garantir sempre redes cheias de conhecimento. Na primeira parte, o autor conta a frustração de seu amigo aposentado que questiona o conceito de científico, após ter seu livro de experiências desconsiderado por seus colegas por não estar dentro dos padrões exigido pela ciência. O amigo aposentado acredita lhe faltar a característica necessária para tal: ser filósofo, pois ele se baseia nos sentidos da visão/imagem, não sendo um método seco, claro e sem ilusões. Enquanto seu amigo refletia, surge, na cabeça do autor, uma estória sobre um povo que vivia às margens de um grande rio, onde muitos já haviam desaparecido ou morrido e não se podia identificar as sombras que deslizavam nas profundezas. Do desconhecimento, nasceu o medo e o fascínio, resultando na construção de altares, músicas, poemas, mitos, magias, filosofias, religiões e livros sobre como pegar os monstros que ali habitavam. Passaram as gerações, sem nenhuma pessoa conseguir comprovar tais conhecimentos, até surgir um aldeão que, através de sua imaginação, criou um instrumento capaz de pegar objetos, deixando a água passar: a rede. Todos duvidaram da eficiência do meio, mas, diante do sucesso, alguns o acusaram de praticar feitiçaria. Por outro lado, o método conquistou tantos adeptos que a pesca se tornou algo vital naquela aldeia e os que soubessem fazer suas redes e pescar com elas tornavamse membr os de uma confraria. Descobriu-se ainda as propriedades milagrosas dos peixes, motivando ainda mais os pescadores que passaram a adaptar as redes para pescar diferentes tipos de peixe. Os membros da confraria conversavam tanto sobre peixes que esqueceram a linguagem dos habitantes da aldeia e criaram a sua própria, com pena de expulsão para quem não a falasse. Diante dessa estória, o autor chega à conclusão de que o mundo de alguém se limita à sua verdade, tornando-se o único método confiável e real, desconsiderando qualquer outro diferente. Entretanto, independentemente da validade do método, ele não é suficiente sem levar em conta outras formas de pensamento. Finaliza o autor comparando as duas situações, pois da mesma forma que a confraria não aceitava outras verdades, os colegas do aposentado não aceitavam outros métodos senão os regulamentados por eles mesmos.
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