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SI���M� ÚNI�� �� SAÚDE ↪ POR QUE SISTEMA ÚNICO? ↳ Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. ↪ LEI 8080 (regulamentada pelo decreto 7508):estabelece a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes,por meio das diretrizes para gestão nas três esferas e também dá ênfase à descentralização, é a lei que instituiu o SUS. ↪ LEI 8142: dispõe principalmente sobre a participação da comunidade na gestão do SUS. Determina que o financiamento é feito pelo Fundo Nacional de Saúde para os estaduais e municipais, também conta com a conferência nacional de saúde e os conselhos de saúde ↳ As conferências são de caráter consultivo, sobre o poder executivo, é periodicamente decidida pelos conselhos, não ultrapassando 4 anos ↳ Os conselhos são de caráter permanente e deliberativo, atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. ↪ Humaniza SUS: Instituído pelo ministério de saúde em 2003, e é caracterizada por: valorização de todos, maior grau de corresponsabilidade na saúde, vínculos solidários,mapeamento das demandas sociais,acolhimento(garantia de que todos sejam atendidos no SUS, porém em consideração de prioridades,vulnerabilidade e risco). ↪ QUAL É DOUTRINA DO SUS? ↳ Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários: ○ UNIVERSALIDADE – É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal. ABC do SUS - Doutrinas e Princípios Ministério da Saúde - Secretaria Nacional de Assistência à Saúde 5 ○ EQUIDADE – É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos. ○ INTEGRALIDADE - É o reconhecimento na prática dos serviços de que: cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. Enfim: “O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.” ↪ QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A ORGANIZAÇÃO DO SUS? ↳ REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO- Objetivo da regionalização é distribuir de forma mais racionalizada os recursos assistenciais no território, com base nas distribuição da população e da realidade local, promovendo a integração das ações e das redes assistenciais, de forma que garanta o acesso oportuno e resolução dos problemas das pessoas e da coletividade. Delimitando territórios para que os gestores possam atuar de forma organizada e planejada ○ Comissões Intergestores Bipartites: conta com o Estado e Municípios, onde é discutidas as necessidades da saúde regionais e as soluções ○ Comissões Intergestoras Tripartites: quando há o envolvimento do governo Federal para a discussões que envolvem a federação, A hierarquização significa que os serviços de saúde devem ser organizados em níveis de complexidade em termos de densidade tecnológica crescente e apontam 4 níveis de atenção à saúde: ○ Nível primário: compreendem as Unidades Básicas de Saúde (UBS), são consideradas a porta de entrada do sistema de saúde. ○ Nível secundário: compreendem aos hospitais de pequeno e médio porte como as Santas Casas, Centro de Referência em Saúde, Ambulatório de Especialidades Médicas (AME), as unidades de pronto atendimento (UPA),, entre outros. ○ Nível terciário: compreendem as policlínicas especializadas, hospitais gerais de grande porte. ○ Nível quaternário: os grandes hospitais universitários com alto grau de densidade tecnológica. ↳ REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA: Um cidadão pode transitar de um nível de atenção para outro se apresentar um documento expedido pela atenção básica (USF/UBS) chamado de GUIA DE ENCAMINHAMENTO, que possui três partes: id. do cidadão, referência e contrarreferência. ↳ RESOLUBILIDADE - É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência. ↳ DESCENTRALIZAÇÃO- É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. As ações e responsabilidades foram distribuídas da seguinte maneira: ○ Nível federal: é o ministério da saúde, tudo aquilo que é de abrangência nacional ○ Nível estadual: secretaria de estado da saúde, responsabilizado pelos assuntos que envolvem o estado ○ Nível municipal: secretaria municipal de saúde, abrange os assuntos relacionados ao município. ○ Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde - é o que se chama municipalização da saúde. Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos. ↳ PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS- É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participa do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. ABC do SUS - Doutrinas e Princípios Ministério da Saúde - Secretaria Nacional de Assistência à Saúde 6 Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participação são as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever das instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde. ↳ COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO - A Constituição definiu que, quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições: 1ª - interesse público prevalecendo sobre o particular; 2ª - a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos (universalidade, equidade e integralidade) e normas técnicas do SUS, como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste; 3ª - a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região, deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar. Dentre os serviços privados, devemter preferência os serviços não lucrativos, conforme determina a Constituição. Assim, cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e, na sequência, complementar a rede assistencial com o setor privado, com os mesmos conceitos de regionalização, hierarquização e universalização. ↪ DECRETO 7508: Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização da rede dentro dos Estados e entre eles, sobre formulação de plano de saúde ( condenar rede privada complementando ou não o SUS) e sobre a padronização de medicamentos oferecidos pelo SUS ↳ Cria as regiões de saúde, onde cada região deve oferecer serviços de atenção primária, emergência, urgência, atenção psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar, como também vigilância em saúde. ↳ Contrato organizativo de Ação Pública da Saúde: acordo colaborativo entre entes federativos com finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede de saúde, com definição de responsabilidades, recursos financeiros, forma de controle e fiscalização de sua execução e outros elementos. ↳ Estabelece as portas de entrada do SUS ↳ Para ser instituída, a Região de Atenção à Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de: atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e vigilância em saúde ↳ São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços: I - de atenção primária; II - de atenção de urgência e emergência; III - de atenção psicossocial; e IV - especiais de acesso aberto. ↳ A população indígena contará com regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo com as disposições do Ministério da Saúde. ↳ A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolida e publica as atualizações da RENASES. ↳ A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS, e é acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos ↪ Política nacional de Atenção Básica-PNAB ↳ A atenção básica é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. ↳ Este trabalho é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas Unidades Básicas de Saúde Fluviais, nas Unidades Odontológicas Móveis (UOM) e nas Academias de Saúde ↳ A Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Devendo ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação de toda a rede de atenção à saúde (RAS). ↳ Considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalente., ↳ São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: I - Princípios: Universalidade, Equidade; e Integralidade; II - Diretrizes: Regionalização e Hierarquização; Territorialização;População Adscrita; Cuidado centrado na pessoa; Resolutividade;Longitudinalidade do cuidado;Coordenação do cuidado; Ordenação da rede; e Participação da comunidade. ↳ Define a organização em Redes de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para um cuidado integral e direcionado às necessidades de saúde da população, destaca a Atenção Básica como primeiro ponto de atenção e porta de entrada preferencial do sistema, que deve ordenar os fluxos e contrafluxos de pessoas , produtos e informações em todos os pontos de atenção à saúde ↳ Equipe da Atenção Básica (eAB): esta modalidade deve atender aos princípios e diretrizes propostas para a AB. As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos, enfermeiros, auxiliares/técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemias. ↳ Há diversos programas governamentais relacionados à atenção básica, sendo um deles a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por exemplo. eSF (equipe de saúde da família): ■ EQUIPE MÍNIMA : médico, enfermeiro, ACS (ag. comunitário de saúde) , aux/te. Enfermagem. (Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal) ■ O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local. ■ Máximo : S ão 4x a mínima por ESF/UBS ■ ATENÇÃO BÁSICA porta de entrada do SUS ↑Complexidade de conhecimento; ↓Densidade tecnológica; ↳ Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB):constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. É formada por diferentes profissionais (especializados) da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB).
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