Buscar

Meninges e Liquor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

gabi_fran_ 
Gabrielle França, CESUPA 2021. 
 Definição - meninges 
São as membranas que revestem o sistema 
nervoso central, são de tecido conjuntivo e 
servem como revestimento e proteção, bem 
como possuem espaços anatômicos para 
diversos processos. 
Elas são 3: Dura-máter, Aracnoide e Pia-
máter. 
 
 
 Dura – Máter 
É a meninge mais externa, mais superficial e 
espessa formada por tecido conjuntivo denso 
não modelado muito rico em fibras colágenas, 
contendo muitos vasos e nervos, ela é 
ricamente inervada. Como o encéfalo não 
possui terminações nervosas sensitivas, toda 
qualquer sensibilidade intracraniana se 
localiza na dura-máter que é responsável pela 
maioria das dores de cabeça. 
Estende-se por todo o comprimento da 
coluna vertebral desde o forame magno até a 
S2, na medula (apenas nela) ela também 
possui um espaço entre a mesma e o osso, o 
espaço epidural. Já no crânio esse espaço não 
existe, pois nesse local ela possui 2 folhetos, 
um EXTERNO e um INTERNO. 
- O FOLHETO EXTERNO adere bem ao osso e 
comporta-se como periósteo desses ossos, 
mas não tem capacidade osteogênica. Ele é 
muito vascularizado e a principal artéria que o 
irriga é a artéria meníngea média, ramo da 
artéria maxilar. 
- O FOLHETO INTERNO em algumas áreas, 
destaca-se do externo para formar pregas que 
dividem a cavidade craniana em 
compartimentos, as pregas da dura-máter 
que se comunicam amplamente: a foice do 
cérebro (separa os dois hemisférios cerebrais), 
a foice do cerebelo (separa os dois 
hemisférios do cerebelo) e o tentório do 
cerebelo (separa o cérebro do cerebelo). Ele 
também, ao se projetar para formar as pregas, 
forma os seios da dura-máter. 
 
A vascularização arterial da dura-máter é 
realizada principalmente pela artéria 
meníngea média, ramo da artéria maxilar do 
sistema carotídeo externo, ao penetrar no 
crânio pelo forame espinhoso. Essa irrigação é 
importante, e a ruptura desses vasos pode 
provocar um hematoma. 
 
 Aracnoide 
A aracnoide localiza-se internamente e em 
contato com a dura-máter. Formada por 
fibras colágenas que se organizam em 
trabéculas e se dirigem à pia-máter, 
apresentando um aspecto de teia de aranha 
daí seu nome aracnoide. 
 Ela é uma camada avascular e se separa da 
dura-máter pelo espaço subdural, o qual 
possui o líquido intersticial (necessário para 
lubrificação das superfícies de contato das 
duas membranas). 
No nível dos seios da dura-máter, 
principalmente do seio sagital superior, a 
aracnoide apresenta projeções chamadas 
granulações aracnóideas, local onde o líquor 
é absorvido e passa para a corrente sanguínea 
pela drenagem venosa cerebral. A aracnoide 
delimita externamente o espaço 
subaracnóideo, onde encontramos líquor. 
Como a pia-máter acompanha o tecido 
nervoso, inclusive onde existem depressões, 
há a formação de espaços denominados 
cisternas, que contêm maior quantidade de 
Liquor. 
 
 
 Pia-máter 
Meninge mais interna é uma camada fina 
transparente de tecido conjuntivo que adere 
a superfície da medula espinhal e do 
encéfalo, consiste em células escamosas a 
cúbicas dentro de feixes entrelaçados de 
fibras colágenas e algumas fibras elásticas. 
Tem muitos vasos sanguíneos, que 
fornecem oxigênio e nutrientes para medula 
espinhal e encéfalo, bem como da resistência 
aos tecidos e órgãos nervosos. Acompanha os 
vasos que penetram o tecido nervoso a partir 
do espaço subaracnóideo, formando a parede 
externa dos espaços perivasculares. 
Nestes espaços existem prolongamentos do 
espaço subaracnóideo contendo líquor que 
forma um manto protetor em torno dos vasos, 
importante para amortecer o efeito da 
pulsação das artérias sobre o tecido vizinho. 
 
 O LÍQUOR 
Na vida intrauterina ele já começa a se 
formar a partir do preenchimento do tubo 
neural com líquido ependimário e na 5° 
semana ele passa a ser chamado de Líquido 
cefalorraquidiano, Líquor ou líquido cérebro-
espinhal, produzido pela tela coroide dos 
ventrículos laterais. Através das aberturas 
mediana e lateral, o LCE passa para o espaço 
subaracnóide, é absorvido pelas vilosidades 
aracnóideas, que são protrusões da aracnóide 
nos seios venosos da dura-máter. Possui 
várias funções básicas: 
Proteção mecânica; ele impede que o 
encéfalo sofra com choques e pancadas ao 
absorvê-los e distribui-los. 
Remoção de diferentes metabólitos. 
Reduzir o peso do encéfalo; 
Proteção Química; ao permitir um ambiente 
químico ideal para uma sinalização neuronal 
precisa. 
Circulação; permite a troca de nutrientes e 
de produtos residuais entre o sangue e o 
tecido nervoso. 
 
 
Sua composição básica é feita de Glicose, 
proteínas, ácido lático, ureia, cátions (Na+, K+, 
Ca2+, Mg2+) e ânions (Cl- e HCO3-). Também 
contem alguns leucócitos. Está localizado no 
espaço subaracnóideo e é produzido pelos 
plexos coroides dos ventrículos recobertos 
por CÉLULAS EPENDIMÁRIAS, que formam o 
liquido cerebrospinal a partir do plasma 
sanguíneo, por filtração e secreção. 
 
 Sistema ventricular 
O sistema ventricular, por onde o líquor 
circula, é formado por quatro cavidades: os 
ventrículos laterais (direito e esquerdo), o 
terceiro ventrículo (cavidade do diencéfalo) e 
o quarto (na frente do cerebelo). São 
responsáveis por esse transporte e seus 
plexos pela produção, depois de circular 
nessas cavidades, o líquor vai migrar para o 
espaço subaracnóide do encéfalo e da medula 
espinhal. De lá, vai escoar por forames, que 
são canais que ligam essas estruturas. 
O líquor vai, então, para os dois ventrículos 
laterais e pelo forame interventricular adentra 
o terceiro ventrículo, desse se dirige pelo 
arqueduto cerebral ao quarto ventrículo e 
escoa pelo canal central ate a medula.

Outros materiais