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MANUAL DE ÓPTICA

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UNIVERSIDADE DE São Paulo                                                                                                                                                                                                                             INSTITUTO DE GEOCIÊNCIA 
_________________________________________________________________________________________________________________ 
 
Minerais ao Microscópio Petrográfico 
 
Este arquivo, contém 15 fotomicrografias (fotografias obtidas através de microscópio óptico) de minerais e rochas vistas sob luz polarizada em 
microscópio petrográfico. De fato é um álbum de fotografias para a divulgação àquelas pessoas que não necessariamente estejam interessadas 
nos aspectos técnicos da óptica cristalina. Solicito apenas ao visitante ter paciência para carregar todas as imagens. As fotomicrografias foram 
obtidas no Laboratório de Microscopia do Departamento de Petrologia e Metalogenia (UNESP) por Fábio Braz Machado. 
 
Traço de escala em vermelho 100mm
 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
1
UNIVERSIDADE DE São Paulo                                                                                                                                                                                                                             INSTITUTO DE GEOCIÊNCIA 
_________________________________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
sugestões escreva para: :nardy@rc.unesp.br
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
2
mailto:nardy@rc.unesp.br
UNIVERSIDADE DE São Paulo                                                                                                                                                                                                                             INSTITUTO DE GEOCIÊNCIA 
_________________________________________________________________________________________________________________ 
Como eu faço para Medir ângulos
O microscópio petrográfico permite medir ângulos entre elementos lineares através da combinação da platina giratória 
graduada e os retículos da ocular. 
Assim, para efetuarmos este tipo de medida, basta eleger um dos retículos como origem e a partir dele, alinhar as 
direções de interesse, uma de cada vez, com o auxílio da platina giratória, anotanto para cada uma destas etapas, os 
respectivos valores em graus. 
Atenção: Este procedimento foi efetuado a nicóis descruzados
Procedimento Esquema Fotomicrografia
1- Deseja-se medir o ângulo entre 
duas das direções de clivagem da 
calcita. A platina foi rotaciona de 
forma que uma delas coincidisse com o 
retículo N-S (escolhido como origem). 
O valor lido na graduação da platina 
foi 360o . 
 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
3
UNIVERSIDADE DE São Paulo                                                                                                                                                                                                                             INSTITUTO DE GEOCIÊNCIA 
_________________________________________________________________________________________________________________ 
2- A partir de 1, a platina foi 
rotacionada de forma que a outra 
direção de clivagem coincidisse com o 
retículo N-S. Ovalor lido na platina foi 
70o. 
Assim o ângulo entre estas duas 
direções é: 360-70= 290o. Como o 
ângulo entre elas é agudo: 
360o - 290o= 70o 
 
Obs- 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
Como eu faço para..Determinar as direções de polarizacão do microscópio
Na determinação de algumas propriedades ópticas é necessário conhecer a direção de vibração dos polarizadores do 
microscópio, ou seja: polarizador inferior e analisador. 
As direções de vibração dos polarizadores (ou nicóis) devem ser perpendiculares entre si. Assim, verifique esta condição 
inicial, cruzando-se os nicóis, sem haver lâmina alguma sobre a platina do microscópio. Nesta situação o campo de visão do 
microscópio deverá ficar totalmente escuro. 
Para a determinação das direções de vibração dos polarizadores, emprega-se um mineral pleocróico (turmalina e biotita 
são os mais usados), pois estes aborvem a luz de forma mais ou menos intensa segundo certas direções cristalográficas.. 
 
Estevão Inácio Sumburane 
4
http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/calcita.htm
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_________________________________________________________________________________________________________________ 
A turmalina apresenta absorção da luz fraca, segundo a direção de seu maior alongamento (ou eixo "c"), enquanto que 
para a biotita, esta direção é perpendicular aos traços de clivagem, segundo (001). Todo o procedimento descrito abaixo, 
para um cristal de turmalina, deverá ser executado a nicóis descuzados. 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
Um cristal de turmalina é alinhado 
segundo a direção sua direção de 
maior alongamento (eixo 
cristalográfico c) paralelamnete ao 
retículo N-S. Observa-se que o cristal 
fica iluminado, ou seja o cristal está 
posicionado paralelamente ao 
polarizador (PP). 
 
Rotacionado 90o a partir da posição 
incial, ou seja paralelo à direção E-E, o 
cristal fica com sua direção de maior 
alongamento (eixo cristalográfico c) 
perpendicular a direção de vibração 
do polarizador, e assim, absorve 
grande parte da luz incidente. Por 
conseqüência está será a direção de 
vibração do analisador (AA). 
 
Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
PP= direção de vibração do polarizador, AA= direção de vibração do analisador 
Todo o procedimento foi executado a nicóis descruzados
 
Estevão Inácio Sumburane 
5
UNIVERSIDADE DE São Paulo                                                                                                                                                                                                                             INSTITUTO DE GEOCIÊNCIA 
_________________________________________________________________________________________________________________ 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
Como eu faço para.Determinar o relevo de um mineral
 
 
As seções ou fragmentos de um mineral ao microscópio petrográfico, são caracterizados por superfícies desiguais, 
irregulares e algumas vezes, porosas (= feições morfológicas ou textura da superfície de um mineral). Ao maior ou menor 
contraste destas feições dá-se o nome de relevo. 
O relevo depende das diferenças entre os índices de refração do mineral e do meio que o envolve. 
Quando o índice de refração de um mineral é igual, ou muito próximo, do índice de refração do meio envolvente o seu 
contorno e as suas feições morfológicas se tornam praticamente invisíveis. 
As seções delgadas para estudo petrográfico, são montadas sobre o Bálsamo do Canadá cujo índice de refração é de 
1,54 
É definida uma escala de relevo quanto a diferença entre os índices de refração do mineral e do meio que o envolve (� n), 
com as seguintes características: 
 
Atenção: Esta propriedade é obtida à nicois descruzados
 
Estevão Inácio Sumburane 
6
http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/polarizadores.html
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_________________________________________________________________________________________________________________ 
 
1. Relevo Forte: � n � 0,12 – contorno, traços de clivagem e planos de 
fratura dos minerais são acentuados. A superfíciedos cristais parece 
ter aspecto áspero 
 Ex. - Granada, n=1.778 
 
 
1. Relevo Moderado: � n� 0,04 à 0,12 - contorno, traços de clivagem 
e planos de fratura dos minerais são distintos. A superfície dos 
cristais tem textura, ondulações são perceptíveis. 
 Ex. - Apatita, ne=1.630 e nw=1.633 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
7
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_________________________________________________________________________________________________________________ 
 
1. Relevo Fraco: � n� 0,04 - contorno, traços de clivagem e planos de 
fratura dos minerais são fracamente visíveis. A superfície dos 
cristais parece ser lisa. 
 Ex. - Quatzo, ne=1.533 e nw=1.544 
 
Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
 
Como eu faço para.Determinar o sinal do relevo: Linha de Becke
As seções ou fragmentos de um mineral ao microscópio petrográfico, são caracterizados por superfícies desiguais, 
irregulares e algumas vezes, porosas (= feições morfológicas ou textura da superfície de um mineral). Ao maior ou menor 
contraste destas feições dá-se o nome de relevo. 
As seções delgadas para estudo petrográfico, são montadas sobre o Bálsamo do Canadá cujo índice de refração é de 
1,54 
Costuma-se atribuir um sinal ao relevo, de forma que quando o índice de refração do mineral (nm) em comparação com 
seu meio envolvente (nb) for: 
- maior (ou seja nm > nb) = sinal do relevo será positivo; 
- menor (ou seja nm < nb) = sinal do relevo será negativo 
 
Estevão Inácio Sumburane 
8
Para identificar o sinal de relevo usa-se dois métodos , o da Linha de Becke e o da Iluminação Oblíqua
http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/Relevo_obliqua.html
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Atenção: Esta propriedade é obtida à nicóis descruzados
 
Método da Linha de Becke
1- Utilizando uma objetiva de médio a grande aumento linear, o contato entre o cristal e o meio que o envolve é 
focalizado, 
2- O diafragma íris é fechado, 
3- Com o auxílio da cremalheira micrométrica do ajuste vertical da platina, esta é lentamente abaixada de forma a 
desfocar o cristal. Com este movimento, há o realce de uma linha fina e sutil, bastante brilhante, de coloração amarela-
azulada - Linha de Becke, que se movimenta em direção ao meio de maior índice de refração. 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
1o caso: 
O contato do cristal com o meio de imersão é 
levemente desfocado (de F1 para F2) - a platina é 
abaixada, e a Linha de Becke se movimenta para o 
interior do mineral 
n > n mineral meio imersão
o sinal do relevo é positivo 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
9
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2o caso: 
O contato do cristal com o meio de imersão é 
levemente desfocado (de F1 para F2) - a platina é 
abaixada, e a Linha de Becke se movimenta para o 
exterior do mineral 
n < n mineral meio imersão
o sinal do relevo é negativo 
 
Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
Como eu faço para.Determinar o sinal do relevo: Iluminação Oblíqua
As seções ou fragmentos de um mineral ao microscópio petrográfico, são caracterizados por superfícies desiguais, 
irregulares e algumas vezes, porosas (= feições morfológicas ou textura da superfície de um mineral). Ao maior ou menor 
contraste destas feições dá-se o nome de relevo. 
As seções delgadas para estudo petrográfico, são montadas sobre o Bálsamo do Canadá cujo índice de refração é de 
1,54 
Costuma-se atribuir um sinal ao relevo, de forma que quando o índice de refração do mineral (nm) em comparação com 
seu meio envolvente (nb) for: 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/relevo_becke.html
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- maior (ou seja nm > nb) = sinal do relevo será positivo; 
- menor (ou seja nm < nb) = sinal do relevo será negativo
Para identificar o sinal de relevo dois métodos podem ser empregados: Linha de Becke ou luminação Oblíqua 
Atenção: esta propriedade é obtida à nicóis descruzados
 
Método da Iluminação Oblíqua
A comparação entre os índices de refração de duas substâncias pode ser feita através do Método da Iluminação Oblíqua, 
que é particularmente útil quando se está estudando lâminas de fragmentos de cristais (pó), pois permite visualizar um 
conjunto de cristais simultaneamente. 
Com o emprego de uma objetiva de pequeno a médio aumento linear, o campo de visão é parcialmente escurecido, 
introduzindo a parte opaca do compensador na fenda acessória do microscópio. Com isso, deve-se observar que os cristais 
vão desenvolver uma sombra que poderá estar voltada para o lado do campo escurecido ou do iluminado. 
 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
1 caso: o
Escurecida a metade inferior do campo 
de visão, a sombra dos cristais está 
voltada para o lado escurecido. 
Nesta situação o índice de refração do 
mineral é maior do que o do meio 
envolvente 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/Relevo_Becke.html
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2 caso: o
Escurecida a metade inferior do campo 
de visão, a sombra dos cristais está 
voltada para o lado oposto a aquele 
escurecido. 
Nesta situação o índice de refração do 
mineral é menor do que o do meio 
envolvente 
Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
Como eu faço para.A fórmula pleocróica
Pleocroísmo é o fenômeno que certos minerais anisotrópicos, transparentes e coloridos apresentam, de absorverem a luz 
de maneira seletiva segundo suas diferentes direções de vibração. Desta forma, quando um mineral é pleocróico, girando-
se a platina do microscópio ele muda de cor. 
Quando a direção de vibração para a qual se verifica a máxima absorção, ficar paralela a direção de vibração do 
polarizador inferior, a cor do mineral será escura. Por conseqüência, quando a direção de vibração do polarizador inferior 
for paralela a direção de vibração para a qual se observa a menor absorção, a cor exibida pelo mineral será clara. 
Dá-se o nome de fórmula pleocróica a associação das diferentes cores observadas às diferentes direções cristalográficas 
(ou ópticas) do mineral. 
O pleocroísmo é um fenômeno observado a nicóis descruzadosEstevão Inácio Sumburane 
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http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/relevo_obliqua.htm
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Pleocroísmo de Minerais Uniaxiais: os minerais uniaxiais coloridos que apresentam o fenômeno do pleocroísmo, exibem 
duas cores extremas: uma na direção do raio extraordinário e outra segundo a do raio ordinário. Assim, diz-se que estes 
minerais são dicróicos. 
Procedimento: 
1- Escolha uma seção longitudinal ou uma seção prismática do mineral (esta seção necessariamente apresenta extinção 
reta). 
2- Alinhe o cristal de forma que sua direção de maior comprimento, ou a direção de E (ou n�), fique paralela ao do 
polarizador. 
3- Observe se o cristal apresenta cor forte (absorção forte) ou fraca (absorção fraca). Gire o cristal 90 graus a partir 
desta posição e a situação oposta deverá ocorrer 
Assim a fórmula pleocróica será: E= cor, absorção forte ou fraca, O= cor, absorção forte ou fraca 
 
 
Ex. Turmalina: 
A turmalina tem índices de refração: ne = 1,610 e nw = 1,631, ou seja, um mineral uniaxial negativo 
(ne < nw ), portanto com a direção de maior alongamento é a direção de "E" - raio extraordinário 
que é coincidente com o eixo cristalográfico "c" e ao eixo óptico (E // c // eo). 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
 
Estevão Inácio Sumburane 
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_________________________________________________________________________________________________________________ 
1- Orientando o cristal - direção 
de maior comprimento E // ao 
polarizador (PP): cor verde clara - 
absorção fraca 
 
2- Rotacionando 90 graus a partir 
da posição anterior - E // ao 
analisador (AA): cor verde escura 
- absorção forte 
 
 
3- A fórmula pleocróica é:E= verde clara, absorção fraca, O= verde escura, absorção forte 
Obs: O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
PP= direção de vibração do polarizador, AA= direção de vibração do analisador 
 
Pleocroísmo em minerais biaxiais: Os minerais biaxiais coloridos que apresentam o fenômeno do pleocroísmo exibem três 
cores extremas de pleocroísmo, que são determinadas nas direções X, Y e Z da indicatriz. 
Como em um plano só pode haver dois índices de refração associados (posto que X , Y e Z são perpendiculares entre si), é 
necessário observarmos as cores associadas uma, ou no máximo duas a duas, nos diferentes cristais do mineral de 
interesse. 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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_________________________________________________________________________________________________________________ 
Procedimento: 
1. Observe os cristais na lâmina delgada e tente reconhecer um deles que não mude de cor. Cruze os nicóis e observe 
se o mineral fica permanentemente extinto com a rotação da platina. Em caso afirmativo, esta cor corresponde a 
cor de Y. 
2. Cruze novamente os nicóis e procure agora por uma seção que contenha Z e X, ou seja a que apresenta cores de 
interferência mais alta em relação as demais. Como Z > X, Z cooresponderá ao raio lento enquanto que X ao raio 
rápido. Descruze os nicóis, re-oriente o mineral de forma a observar as cores correspondentes a X e Z. 
 
 
 
Ex. Piedmontita 
A piedmontita (um sorossilicato da família do epidoto) possui índices de refração n� = 
1,725; n� = 1,730 e n� = 1,750 e portanto é um mineral de caráter óptico biaxial de sinal 
positivo 
 
 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
 
Estevão Inácio Sumburane 
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_________________________________________________________________________________________________________________ 
1- Orientando o cristal - direção 
de maior comprimento Y // ao 
polarizador (PP), observe que com 
a rotação da platina o cristal não 
muda de cor, esta é portanto uma 
sessão longitudinal: cor rosa - 
absorção fraca 
(Se os nicóis fossem cruzados, esta seção estaria 
sempre extinta) 
2- Selecione um cristal que 
apresente duas cores de 
pelocroísmo com a rotação da 
platina. A cor intermediária 
observada corresponderá a X // 
ao polarizador (PP): cor amarela 
(Se os nicóis forem cruzados, esta seção teria cor de 
interferência máxima) 
 
3- Girando a platina, a partir da 
posição anterior, o cristal 
adquire uma cor de matiz forte, 
que corresponde a Z // ao 
poalarizador (PP): cor vermelho - 
absorção forte 
 
4- A fórmula pleocróica é:Z= vermelho, absorção forte, X= amarelo, absorção intermediária, 
Y=rosa, absorção fraca.
Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
PP= direção de vibração do polarizador, AA= direção de vibração do analisador 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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Assista um vídeo sobre esta propriedade
Como eu faço para Determinar o ângulo de extinção de um mineral
Um mineral anisotrópico observado a nicóis cruzados, com a rotação da platina atingirá uma posição em que se mostrará 
completamente escurecido (ou cor preta, D= 0). Esta situação, denominada de Posição de Extinção e é alcançada quando 
as direções de vibração, lenta e rápida, do mineral coincidirem com as direções de vibração dos polarizadores, 
polarizador inferior e analisador, do microscópio petrográfico. 
Ângulo de Extinção é aquele formado entre uma direção cristalográfica qualquer, como: traços de clivagem, planos de 
geminação, eixos cristalográficos, faces creistalinas, etc e uma direção de vibração do mineral (raio lento ou rápido). 
Atenção: Esta propriedade é determinada sob nicóis cruzados
Procedimento Esquema Fotomicrografia
Etapa 1: 
Escolha um cristal do mineral que 
apresente uma direção cristalográfica 
passível de ser observada. No caso do 
exemplo, foi escolhida a direção de 
clivagem (o mineral está representado 
na posição de máxima iluminação), 
sendo Z a direção do raio lento. 
 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/pleocroismo.html
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Etapa 2: 
Alinhe a direção cristalográfica com um 
dos retículos e anote o valor apontado 
pela graduação da platina. No exemplo, 
360o. 
 
 
Etapa 3: 
Cruze os nicóis, gire a platina de forma 
a encontrar a posição de extinção do 
mineral. Anote o valor apontadopela 
platina. No exemplo, 30o. Observe que 
nesta posição o raio lento (Z) está 
paralelo ao retículo N-S (e o rápido, X - 
não representado no esquema, paralelo 
ao retículo E-W) 
 
 
Etapa 4: O ângulo de exitnção será obtido pela diferença entre as leituras efetuadas em 2 e 3. Adote sempre a menor 
leitura. 
No caso do exemplo temos: 360o - 30o = 330o, ou simplesmente, 30o
 
Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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Como eu faço para.Determinar os tipos de extinção
Um mineral anisotrópico observado a nicóis cruzados, com a rotação da platina atingirá uma posição em que se mostrará 
completamente escurecido (ou cor preta, D= 0). Esta situação, denominada de Posição de Extinção e é alcançada quando 
as direções de vibração, lenta e rápida, do mineral coincidirem com as direções de vibração dos polarizadores, 
polarizador inferior e analisador, do microscópio petrográfico. 
Ângulo de Extinção é aquele formado entre uma direção cristalográfica qualquer, como: traços de clivagem, planos de 
geminação, eixos cristalográficos, faces cristalinas, etc e uma direção de vibração do mineral (raio lento ou rápido). 
Define-se também, a posição de máxima iluminação como sendo aquela em que o mineral se encontra a 45o da posição de 
extinção. 
Atenção: Esta propriedade é obtida com nicóis cruzados
Assim dependendo do ângulo de extinção, são definidos três diferentes tipos de extinção: 
1- Extinção Reta, Paralela ou a 90 : o Quando o ângulo entre a direção cristalográfica coincidir com uma das 
direções de vibração do mineral. No exemplo, a clivagem foi a direção cristalográfica escolhida, que coincide com 
uma das direções de vibração do mineral. 
(No caso, o mineral é a biotita, e a face observada é a (010). Os traços de clivagem correspondem ao plano (001) que coincide com a direção de Z ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Max. Iluminação Fotomicrografia do Mineral em Posição de Máxima Iluminação Mineral Extinção 
Fotomicrografia do Mineral em 
Posição de Extinção 
 
 
2- Extinção Inclinada ou Oblíqua:Quando o ângulo entre a direção cristalográfica não coincide com nenhuma das 
direções de vibração do mineral. No exemplo, a direção de maior alongamento do mineral foi a direção cristalográfica 
escolhida. 
(No caso o mineral apresentado é a cianita que apresenta em sua seção (100) ângulo de extinção igual a 30o) 
Max. Iluminação Fotomicrografia do Mineral em Posição de Máxima Iluminação Mineral Extinção 
Fotomicrografia do Mineral em 
Posição de Extinção 
 
 
 
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3- Extinção Simétrica: 
Quando as direções de vibração dos raios lento e rápido se posicionam na bissetriz do ângulo formado entre duas 
direções cristalográficas do mineral. 
(no caso o mineral apresentado é a calcita, mostrando seção inclinada com clivagem romboédrica. Observe que os retículos foram posicionados na bissetriz do ângulo formado entre os traços de 
clivagem, sendo que o mineral se extingue nesta posição).
Polarizadores na 
bissetriz do ângulo 
entre as clivagens 
nicóis descruzados 
Fotomicrografia do Mineral com os 
Polarizadores na bissetriz do 
ângulo entre as clivagens- nicóis 
descruzados 
Polarizadores na 
bissetriz do ângulo 
entre as clivagens 
nicóis cruzados 
Fotomicrografia do Mineral com os 
Polarizadores na bissetriz do 
ângulo entre as clivagens- nicóis 
cruzados 
 
 
 
 
Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
PP= direção de vibração do polarizador, AA= direção de vibração do analisador 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade 
 
 
 
 
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Como eu faço para Determinar a ordem de uma cor de interferência
A cor de interferência ou atraso provocada por um mineral é dada pela expressão: 
 D= e (N-n) 
onde: D= atraso ou diferença de percurso, 
 e= espessura, 
 (N-n)= birrefringência. 
As cores de interferência produzidas por uma diferença de percurso ou atraso (D)entre 0 e 550 , são chamadas de 
primeira ordem; entre 550 - 1100 mm de segunda ordem, etc. Esta seqüência de cores de interferência produzidas pelos 
valores crescentes de D constitui a carta de cores de interferência. Nela, várias cores se repetem em diferentes ordens 
como o amarelo: primeira ordem (300 mm), segunda ordem (900 mm) e terceira ordem (1500 mm). 
A observação de cores de interferência é feita sob nicóis cruzados
Procedimento: 
1- À nicóis cruzados, rotacione a platina do microscópio até que o mineral entre em posição de extinção (o mineral exibirá 
cor negra), 
2- A partir da posição de extinção, gire a platina 45 graus procurando a posição de máxima iluminação. Observe a cor de 
interferência produzida pelo mineral, 
3- Introduza o compensador de gipso ou quartzo (atraso D= 550 mm), observe a cor produzida que poderá se localizar 
550 mm além (adição) ou aquém (subtração) da cor de interferência do mineral na carta de cores. 
4- Volte a posição de extinção e rotacione o mineral no sentido contrário ao anterior. Se antes houve adição na cor de 
interferência do mineral agora deverá haver subtração. Com isto é possível localizar exatamente a posição da cor 
observada na carta de cores. 
 
 
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Exemplo: Augita 
Mineral biaxial positivo, 2V= 58 a 62o, na=1, 688 ; nb=1, 701 ng=1,712 
birrefringência (N-n)= 0,024 
 
 
Atenção: Esta propriedade é obtida sob nicóis cruzados
Procedimento Esquema Fotomicrografia
1 -Mineral rotacionado 45o no sentido 
horário a partir da posição de extinção 
cor observada: verde (Dm= 850 mm): 
mineral no centro da fotomicrografia. 
( mineral em posição de máxima iluminação) 
 
 
 
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2- Idem 1, adicionada de um 
compensador de gipso ou quartzo (Dc= 
550 mm), é abservado soma na cor de 
interferência (Df), cor: verde (1400 
mm) 
Df= Dm+Dc= 850+550= 1400mm 
(observe que o verde resultante - de de 3a ordem, possui um 
matiz menos intenso que no caso anterior, de 2a ordem) 
 
3- Mineral rotacionado 45o no sentido 
anti - horário a partir da posição de 
extinção cor observada: verde (Dm= 
850 mm) - mineral no centro da 
fotomicrografia. 
( mineral em posição de máxima iluminação) 
 
 
4- Idem 3, adicionada de um 
compensador de gipso ou quartzo (Dc= 
550 mm), é abservado subtração na cor 
de interferência (Df), cor: cinza 
(300mm) 
Df= Dm+Dc= 850-550= 300 mm 
 
 
 
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Através da soma e subtrração da cor de interferência, conseguimos localizar sua posição na carta de cores. Assim, a cor 
de interferência verde do mineral é de segunda ordem, D= 850 mm. 
 
 
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Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
PP= direção de vibração do polarizador, AA= direção de vibração do analisador 
 
Como eu faço para.Determinar as posições dos raios lento e rápido
Quando um raio de luz incide em um mineral anisotrópico, ele sofre o fenômeno da dupla refração, dividindo-se em dois 
raios denominados de raios rápido e lento, cujas velocidades são proporcionais aos índices de refração associados a estas 
direções. 
Quando o mineral é levado a posição de extinção, as direções de vibração dos raios lento e rápido (ou simplesmente as 
direções privilegiadas do mineral), coincidirão com aquelas do polarizador e analisador. Girando-se a platina 45o a partir 
da posição de extinção, o mineral estará na posição de máxima luminosidade (ou iluminação) e suas direções privilegiadas 
estarão paralelas ou sub-paralelas a aquelas do compensador. Nesta situação, com a introdução do compensador, dois 
fenômenos podem ocorrer: 
1- Adição das Cores de Interferência: ou seja, há um aumento na diferença de caminhamento, �, promovida pelo mineral e 
consequentemente, será observada uma cor de interferência de ordem superior a aquela verificada antes da introdução 
do compensador. Nesta situação, os raios lento e rápido do mineral, coincidem com os raios lento e rápido do compensador 
2- Subtração das cores de Interferência: ou seja, há uma diminuição, ou compensação, da diferença de caminhamento, � , 
promovida pelo mineral e consequentemente, será observada uma cor de interferência de ordem inferior a aquela 
verificada antes da introdução do compensador.Nesta situação, os raios lento e rápido do mineral, coincidem com os raios 
rápido e lento do compensador. 
 
 
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Ex.: Silimanita 
Mineral biaxial positivo, na= 1.657; nb=1.658 ; ng=1.677 
birrefringência: 0.023 
 
Atenção: Esta propriedade é obtida sob nicóis cruzados
Procedimento Esquema Fotomicrografia
1- A nicóis cruzados, gire a platina do 
microscópio procurando a posição de extinção. 
A partir daí, gire 45 graus (sentido horário no 
esquema), procurando a posição de máxima 
iluminação, cor observada: azul (690 mm) 
 
 
 
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2 -Idem 1,com compensador de gipso ou 
quartzo (D= 550 mm) no sistema , 
observe que houve soma na cor de 
interferência azul mineral (690mm) + 
550 mm do compensador = 1240 mm = 
verde. 
Esta direção (// ao compensador) é a 
direção do raio rápido. 
 
3 -Rotacione a platina do microscópio 
de forma a encontrar, novamente, a 
posição de extinção. A partir daí, 
rotacione a platina 45 graus no sentido 
oposto aquele efetuado em 2 (agora no 
sentido anti-horário). 
 
 
 
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4 -Idem a 3,com compensador de gipso 
ou quartzo (D= 550 mm) no sistema , 
observe que houve subtração na cor de 
interferência azul mineral (690mm) - 
550 mm do compensador = 140 mm = 
cinza.. 
Esta direção (// ao compensador) é a 
direção do raio lento. 
 
 
 
 
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Obs: 
O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
PP= direção de vibração do polarizador, AA= direção de vibração do analisador 
 
Como eu faço para Determinar Birrefringência
Um raio de luz polarizado ao atravessar um mineral anisotrópcio orientado adequadamente, sofre o fenômeno da dupla 
refração, com o aparecimento de dois raios refratados: um lento e outro rápido, cujas velocidades são inversamente 
proporcionais aos índices de refração. 
A diferença numérica entre estes dois índices de refração, recebe o nome de birrefringência. 
Há uma relação linear entre a birrefringência (N-n), a cor de interferência (D) e a espessura (e) de uma seção, que é: 
D= e (N-n)(1)
Nacarta de cores, as espessuras (em milímetros) estão dispostas no eixo das ordenadas, as cores de interferência -D 
(em mm) no eixo das ordenadas, e as birrefringências, os coeficientes ângulares das respectivas retas. Assim, conhecidas 
duas das variáveis, a terceira pode ser facilmente obtida. 
Observe pela expressão (1) que para termos a birrefringência máxima de um mineral, a sua cor de interferência (D) 
também deverá ser máxima. 
 
 
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Exemplo: Augita 
Mineral biaxial positivo, 2V= 58 a 62o, na=1,688 ; nb=1,701 ng=1,712. 
As informacões apresentadas abaixo, neste quadro, não são necessárias para a determinação prática da 
birrefringência, servem apenas para entender melhor o procedimento que se segue. 
A birrefringência do mineral é:(N-n)= ng= 1,712 - na= 1,688= 0,024. A seção onde estão ng (//Z) e na (//X) é 
a (001).Podemos, através da equação (1) predizer que a cor de interferência máxima produzida por este 
mineral é: D= 0,03x106 *0,024= 720 mm= azul. 
A espessura usual de uma lâmina para análises petrográficas é de 0,03 mm 
Atenção: Esta propriedade é obtida sob nicóis cruzados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Procedimento Fotomicrografia
Procurar dentre os diferentes cristais do mineral que se deseja 
obter a birrefringência aquele que apresenta cor de interferência 
máxima. No caso da augita, dentre os cristais observados aquele 
assinalado é o de maior ordem = azul de 700 mm 
Utilizando a carta de cores: D (abcissa)= 700 mm, e (ordenada)= 
0,03mm => teremos um valor de (N-n) = birrefringência = 0,024. 
veja na carta de cores abaixo 
 
 
Obs: O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nomenclatura para a birrefringência: 
Nomenclatura Intervalo de birrefringência D observada para e= 0,03 mm Exemplo 
Fraca 0 - 0,010 cinza claro, branco, amarelo 1a ordem quartzo= 0,009 apatita= (0,003) 
Moderada 0,010 - 0,025 vermelho 1
a ordem até verde de 2a 
ordem 
augita= 0,024 
cianita= 0,016 
Forte 0,025 - 0100 verde de 2
a ordem até cores de 5a 
ordem 
zircão= 0,062 
talco= 0,04 
Muito Forte 0,100 - 0,200 cores acima da 5a ordem calcita= 0,172 
Extrema > 0,200 cores de ordens superiores rutilo= 0,289 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como eu faço para Determinar o sinal de elongação
O sinal de elongação é definido exclusivamente para minerais que apresentam hábito alongado (como prismático, acicular, 
tabular, etc). Basicamente consiste em identificar qual raio, lento ou rápido, é paralelo (ou subparalelo) à direção de maior 
alongamento do mineral. 
 
Elongação Positiva: 
São aqueles minerais onde a direção de vibração do raio lento (ou direção com 
maior índice de refração) é paralela ou subparalela a direção de maior alongamento 
do mineral (em inglês: lenght slow). 
 
Elongação Negativa: 
São aqueles minerais onde a direção de vibração do raio rápido (ou direção com 
menor índice de refração) é paralela ou subparalela a direção de maior alongamento 
do mineral (em inglês: lenght fast). 
Procedimento: 
1- Levar o mineral para a posição de extinção (o mineral fica completamente escuro), 
 
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2-A partir da posição de extinção girar o mineral 45o no sentido horário ou anti-horário, procurando a posição de máxima 
iluminação e fazendo com que a direção de maior alongamento do mineral fique paralela a direção do compensador. 
Observe a cor de interferência, 
3- Introduza o compensador (de gipso ou quartzo, D= 1l = 550 mm) e observe a cor de interferência produzida - se houve 
soma na cor de interferência do mineral este terá sinal de elongação negativo (pois o raio rápido estará paralelo ou 
subparalelo a direção de maior alongamento do mineral). Por ou outro lado, se houver subtração, o mineral terá sinal de 
elongação positivo (pois o raio lento estará paralelo ou subparalelo a direção de maior alongamento do mineral), 
4- Confirme a situação observada anteriormente, voltando o mineral para a posição de extinção e rotacionando a platina 
no sentido oposto ao efetuado anteriormente. Se na posição anterior houve soma, agora deverá haer subtração, ou vice-
versa. 
 
 
Exemplo:Muscovita 
Mineral biaxial negativo 
na (// X)= 1,556; nb (//Y)= 1,587; ng (//Z)= 1,593; 
birrefringência= 0,037 
No procedimento descrito abaixo, considere a face (010) como 
a face observada. 
 
 
 
Atenção: Esta propriedade é obtida sob nicóis cruzados 
 
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Procedimento Esquema Fotomicrografia
Etapa1: 
A partir da posição de extinção, o 
mineral foi girado 45o no sentido anti-
horário. A cor de interferência 
observada foi azul D= 1150 mm. (veja 
carta de cores abaixo) 
 
 
Etapa 2: 
Foiintroduzido o compensador e 
observou-se subtração (-550 mm) na 
cor de interferência da muscovita de 
azul de 1150 mm (3a ordem) a cor 
decresceu para azul de 600 mm (2a 
ordem) 
(veja carta de cores abaixo) 
Etapa 3: 
O mineral foi levado novamente a 
posição de extinção e agora 
rotacionado 45o no sentido horário. A 
cor de interferência observada é 
idêntica aquela da etapa 1. 
 
 
 
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Etapa 4: 
Foi introduzido o compensador e 
observou-se soma (+550 mm) na cor de 
interferência da muscovita de azul de 
1150 mm (3a ordem) a cor deslocou-se 
para vermelho de 1700 mm (4a ordem) 
(veja carta de cores abaixo) 
 
 
 
 
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Obs. 
- O traço de escala nas fotomicrografias (vermelho) corresponde a 100 mm 
PP= direção de vibração do polarizador, AA= direção de vibração do analisador 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
Como eu faço para Determinar o caráter e o sinal óptico de um mineral uniaxial
Para a determinação do caráter e o sinal óptico de um mineral, utiliza-se das figuras de interferência, obtidas 
empregando o sistema conoscópico do microscópio petrográfico. Ele é constituido pelo polarizador, condensador móvel, 
objetiva de maior aumento linear, analisador e lente de Amici-Bertrand. 
Os minerais uniaxiais são aqueles que se cristalizam nos sistemas Trigonal, Hexagonal e Tetragonal, apresentando dois 
índices de refração principais- ne e nw, sendo suas indicatrizes representadas por elipisóides de revolução com dois eixos 
principais (com comprimentos proporcionais aos seus índices de refração). O sinal óptico dos minerais uniaxiais, é definido 
pela relação entre seus índices de refração principais: raios ordinários(nw) e extraordinários(ne) de tal forma que, 
quando: 
ne>nw o sinal óptico do mineral será positivo (+) 
ne<nw o sinal óptico do mineral será negativo (-) 
A Figura de interferência do tipo eixo óptico centrado
Procurar por um mineral que apresente cor de interferência a mais baixa possível. De preferência que a seção fique 
permanentemente extinta com a rotação da platina. 
Esta figura de interferência é caracterizada por uma cruz escura (isógira) que não se desfaz com a rotação da platina. 
No ponto central da cruz, emerge o eixo óptico, chamado de melatópo (eo). 
 
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http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/elongacao.html
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Para a determinação do sinal óptico, utilizando um compensador de D= 1l (gipso ou quartzo) é necessário observar a 
disposição das cores amarela e azul nos diferentes quadrantes da figura de interferência, conforme representado no 
quadro abaixo (ábaco) 
Sinal Óptico Sem compensador Com compensador 
+ 
 
- 
 
Como exemplo, veja o Berilo, um mineral uniaxial negativo: 
 
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Berilo
ne = 1.590 e nw = 1.598 
nw-ne = 0.008 
O mineral foi seccionado segundo o plano hachuriado na 
figura (= seção basal 0001). 
 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
Na lâmina, com nicóis cruzados foi 
escolhida uma seção que se mostrava 
sempre extinta com a rotação da 
platina. Ao instalar o sistema 
conoscópico (objetiva de maior 
aumento linear, analisador, lente de 
Amici-Bertrand e condensador móvel), 
observou-se a figura de interferência: 
uma cruz que parece permanecer 
imóvel com a rotação da platina. 
 
 
 
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Inserido o compensador de 1l, 
observou-se cores amarelas nos 
quadrantes NE SW portanto, segundo 
o ábaco do quadro acima, o seu sinal 
óptico é negativo. 
 
 
 
Figura de Eixo Óptico não Centrado
A figura de interferência observada é basicamente a mesma da anterior, diferindo unicamente pela seção não ser 
exatamente perpendicular ao eixo óptico ou paralelo a seção basal do mineral. Com isso, o centro da cruz (Melatopo) não 
coincidirá com o cruzamento dos retículos do microscópio, que ao rotacionarmos a platina descreve uma trajetória 
circular em relação a ele. Assim, para identificarmos o sinal óptico do mineral há necessidade de identificarmos o(s) 
quadrante(s) da figura de interferência presente(s) no campo de visão conoscópico. Isso é possível através da rotação 
sucessiva da platina do microscópio. 
Como exemplo utilizaremos o quartzo, um mineral uniaxial positivo. 
 
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Quartzo
nw = 1.544, ne = 1.553 
ne-nw = 0.009 
O plano hachuriado, corresponde a seção basal do quartzo (0001). 
Porém, a seção considerada para esta figura é levemente 
inclinada em relação a ela. Quanto mais inclinada for a seção mais 
afastada do cruzamento dos retículos estará o melatopo (M). 
(Obs.: nas fotomicrografias observe que as cores azul e amarela estão dispostas bem próximas ao melatopo). 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
Use o mesmo procedimento do ítem anterior.Rotacione a 
platina e procure identificar a posição do melatópo (M) que 
corresponde ao centro da cruz da figura de interferência. 
No exemplo apresentado, você está enfocando os 
quadrantes SE e SW da figura. Insira o compensador. No 
quadrante SE aparece cor amarela e no SW, azul, 
caracteríticas de um mineral positivo, conforme as figuras 
do ábaco do quadro anterior. 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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Rotacione 90º a patina. Nesta posição é facilmente 
perceptível que a cor azul aparece nos quadrantes NE e 
SW. Compare com as cores do ábaco do quadro anterior. 
 
Rotacionando novamente 90º, o melatópo está localizado na 
parte Sul do campo de visão, vendo-se então os quadrantes 
NE e NW. 
 
Nova rotação de 90o, agora passamos a enxergar os 
quadrantes NE e SE da figura de interferência, que exibem 
cores azul e amarela, respectivamente. Deste modo, pelo 
ábaco identificamos o sinal do mineral. No caso do Quartzo 
ele será positivo. 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
 
 
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http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/uniaxialfigint.html
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Como eu faço para.Um manual de procedimentos em mineralogia óptica Determinar o caráter e o 
sinal óptico de um mineral biaxial
Para a determinação do caráter e o sinal óptico de um mineral, utiliza-se das figuras de interferência, obtidas 
empregando o sistema conoscópico do microscópio petrográfico. Ele é constituido pelo polarizador, condensador móvel, 
objetiva de maior aumento linear, analisador e lente de Amici-Bertrand. 
Os minerais biaxiais , são aqueles que se cristalizam nos sistema Monoclínico, Triclínico e Ortorrômbico, apresentam três 
indices de refração principais, na,nb,ng e possuem dois eixos ópticos. O sinal óptico destes minerais é dado pelo valor 
asumido por nb. Assim, quando nb se aproximar mais de na do que ng , ou seja a bissetriz aguda (BXA) do ângulo 2V for o 
eixo Z, ele será considerado positivo. Quando nb se aproximar mais de ng do que na , ou seja bisstriz aguda do ângulo 2V 
for o eixo X, ele será considerado negativo. 
Minerais Biaxiais geram várias figuras de interferência, sendo as principais denominadas de: 1-bissetriz aguda e 2- eixo 
óptico 
1- Figura de Bissetriz Aguda (BXA)
Procurar por um cristal que apresente cor de interferência baixa. 
A figura de interferência produzida é caracterizada por uma cruz escura que com o giro da platina, se desfaz em dois 
ramos de uma hipérbole (isógiras). Observe após a rotação da platina (em 45o) , e com a introdução de um compensador 
com D= 1l (gipso ou quartzo), a disposição das cores amarela e azul em relação as isógiras. Siga os esquemas abaixo. 
 
 
 
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Posição de Cruz Rotação de 45o + - 
 
 
Para exemplificar observe a Muscovita, um mineral biaxial negativo. 
 
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Muscovita
na - 1.570 
nb - 1.607 
ng - 1.611 
ng-na = 0.041 
O plano sombreado, corresponde a seção que fornece a 
figura de interferência do tipo bissetriz aguda. 
 
Procedimento Esquema Fotomicrografia
Na lâmina, com nicóis cruzados 
identifique um cristal que possua cor 
de interferência baixa (cinza, cerca de 
140 mm) e empregando o sistema 
conoscópico, obtenha sua figura de 
interferência. 
Rotacione a platina , no presente caso, 
os dois eixos ópticos (EO) foram 
deslocados para os quadrantes NE e 
SW. 
 
 
 
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Insira o compensador de D= 1l. De 
acordo com o esquema do quadro 
acima, a figura exibirá cor amarela nas 
duas áras concavas das isógiras nos 
quadranntes NE e SW. 
Portanto, Biaxial Negativo. 
 
 
 
2- Figura de Interferência do Tipo Eixo Óptico
Procurar por um cristal que apresente cor de interferência a mais baixa possível, de preferência que permaneça sempre 
extinta com a rotação da platina.. 
A figura de interferência produzida é caracterizada por uma barra escura (chamada de isógira) que com o giro da platina, 
adquire uma curvatura que será máxima após rotação de 45o de sua posição inicial. 
Observe após a rotação de 45o da platina a partir da posição de barra, com a introdução de um compensador com D= 1l 
(gipso ou quartzo), a disposição das cores amarela e azul em relação a isógira - conforme os esquemas abaixo. 
Sinal Óptico Sem compensador Com compensador Com compensador 
+ 
 
 
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- 
 
Como exemplo, o Topázio - um mineral biaxial positivo. 
 
Topázio
 
na - 1.629 
nb - 1.631 
ng - 1.638 
ng-na = 0.010 
 
 
 
 
 
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Procedimento Esquema Fotomicrografia
Obtida a figura de interferência, 
rotacione a platina até a posição em 
que a isógira assume uma curvatura 
máxima. 
 
 
Insira o compensador e observe a 
disposição das cores azul e amarela em 
relação a isógira. No exemplo, o 
quadrante NW é azul e o SE, amarelo. 
Usando o ábaco do quadro anterior, o 
sinal óptico é positivo. 
 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
Como eu faço para.Determinar o ângulo 2V de um mineral biaxial
O ângulo 2V é aquele formado entre os dois eixos ópticos de um mineral biaxial, medido sobre o plano óptico (PO). 
O ângulo 2V pode ser estimado para as figuras que tenham pelo menos um melatopo contido no plano da figura de 
interferência. Pode-se portanto obter este ângulo a partir das figuras dos tipos bissetriz aguda (BXA) e eixo óptico (eo). 
Para tanto é necessário que as figuras estejam centralizadas, ou seja, que as seções sejam exatamente perpendiculares 
aos elementos ópticos considerados nas figuras. 
 
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http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/figeobiposi.html
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_________________________________________________________________________________________________________________1- Figuras de Bissetriz Aguda 
Os dois eixos ópticos (eo) estão 
contidos no plano óptico (PO) que é 
perpendicular aoplano da figura de 
interferência. Na posição de máximo 
afastamento das isógiras o valor de 2V 
pode ser estimado conforme ábacos 
dos quadros A e B. 
(Observe que no ábaco do quadro B, o valor do campo 
conoscópico do microscópio é de 55o) A 
 
B 
Exemplo: Muscovita 
Na fotomicrografia ao lado, uma figura de interferência do tipo bissetriz aguda, 
em posição de máximo afastamento das isógiras. Os pontos de emergência das 
isógiras estão circundados por linhas isocromáticas. O valor estimado para o 
ângulo 2V = 45o (campo conoscópico deste microscópio é de 55o). 
 
2- Figuras de Eixo Óptico 
A estimativa pode ser feita através da curvatura máxima exibida pela isógira com a rotação da platina do microscópio, 
conforme esquema abaixo (0, 90 e 180o mineral em posição de extinção ou barra; 45 e 135o mineral em posição de máxima 
iluminação ou curvatura. 
 
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No quadro ao lado, referente ao ábaco para 
ser utilizado na estimativa do ângulo 2V a 
partir de uma figura tipo eixo óptico, 
observe que quanto menor for a curvatura 
da isógira, maior será o valor do ângulo 2V. 
No exemplo apresentado, no quadro da 
fotomicrografia, observe as linhas 
isocromáticas ao redor do ponto de 
emergência do eixo óptico (melatopo)- eo. 
O valor estimado para o ângulo 2V é 60o. 
Ábaco 
 
Fotomicrografia 
Cristal de Açucar 
 
Assista um vídeo sobre esta propriedade
 
Descrição Sistemática das Propriedades Ópticas dos Principais Minerais 
Formadores de Rochas 
 
Como parte do e-learning de Mineralogia Óptica esta seção é destinada a quem deseja, através das principais propriedades ópticas, reconhecer os 
minerais presentes especialmente em seções delgadas de rochas. As propriedades ópticas aqui apresentadas, foram compiladas de: 
DEER, W.A.; HOWIE; R.A.; ZUSSMAN, Y. (1966) - Minerais constituintes das rochas: Uma introdução. Editora Fundação Calouste Gulbenkian, 
Lisboa, Portugal, 1a Edição, 358 pp. 
EHLERS, E.G. (1987) - Optical mineralogy, volume 2: mineral descriptions: Theory and techniques. Blackwell Scientific Publ., 1st edition, 286 
pp. 
GRIMBLE, C.D. & HALL, A.J. (1992) - Optical mineralogy: Principles & practice. UCL Press, London, England, 303 pp. 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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http://petro.rc.unesp.br/moptica/videos/ang2v.html
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_________________________________________________________________________________________________________________ 
HENRICH, E.W. (1965) - Microscopic identification of minerals. McGraw Hill Inc., New York, USA, 1st edition, 414 pp. 
KERR, P.F. (1977) - Optical mineralogy. McGraw Hill Inc., New York, USA, 1st edition, 492 pp. 
NESSE, W.D. (1991) - Introduction to optical mineralogy. Oxford Univ. Press, New York, USA, 2nd Edition, 335 pp. 
 
As propriedades ópticas descritas para cada mineral, poderão ser revistas de forma prática e resumida, através das páginas do "Como eu faço 
para...". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/fazer.html
http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/fazer.html
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Mineralogia Óptica: Descrição Sistemática dos Minerais 
 
Aegirina-Augita 
(Fórmula Química intermediária entre a Agirina e a Augita) - Mineral do Grupo dos Clinopiroxênios 
 
 
Fenocristal de Aegirina-Augita, 
esverdeada com clivagem em uma 
direção, em sienito fluidal, nicóis 
descruzados (10X) 
 
Aegirina-Augita zonada de coloração 
violeta , nicóis cruzados, em basalto 
alcalino(20X) 
 
Cristal de Aegirina - Augita 
Sistema Cristalográfico: Monoclínico 
Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Positivo ou Negativo 
Índices de Refração: na= 1750 a 1,776; nb= 1,780 a 1,820; ng= 1,800 a 1,836, ângulo 2V = 60º 
 
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Relevo: Forte Positivo 
Cor: Esverdeada em algumas sessões. Pleocroísmo de amarelo-verde 
Hábito: Geralmente prismáticos euhedrais 
Clivagem: Em duas direções {110}, com ângulos de 87º e 93º 
Birrefringência: Forte, variando de 0,029 a 0,037 
Extinção: Oblíqua, com ângulo de 15º a 38º em seções longitudinais 
Sinal de Elongação: Negativa 
Paragênese: A Aegirina-Augita ocorre em rochas ígneas ricas em sódio tais como sienitos, traquitos, nefelina sienito e 
fonólitos. 
 
 Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Pode ser diferenciado de outros minerais como a Aegirina 
pelo seu maior ângulo de extinção. Distingue-se dos anfibólios, pela clivagem à 90o em seções basais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Albita (An 0-10) - Mineral do Grupo dos Plagioclásios 
 
Ripas de Albita, mineral incolor de 
hábito tabular, em greisen com cristais 
amarelados de Piroxênio, nicóis 
descruzados (10X) 
 
 
 
Idem ao anterior, nicóis cruzados. 
Observar geminação polissintética em 
alguns cristais (10X) 
 
 
Cristal de Albita 
Sistema Cristalográfico: Triclínico 
Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo 
Índices de Refração: na= 1,518 a 1,527; nb= 1,522 a 1,532; ng= 1,524 a 1,534,ângulo 2V = 77º a 82º 
Relevo: Baixo negativo 
Cor: Incolor 
Hábito: Agregados granulares auhedrais 
Clivagem: Perfeita em {001} e imperfeita em {1-10} 
 
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Birrefringência:Baixa, variando de 0,045 a 0,011 
Extinção: Oblíqua, com ângulo variando de 12º a 19º. Na direção de clivagem paralela a {001} a extinção varia de 3º a 5º, 
e na paralela a {010} varia de 15º a 20º 
Sinal de Elongação: Indeterminado 
Paragênese: Ocorre em granitos pegmatíticos e em algumas rochas metamórficas. Em alguns casos, pode ser um 
mineral de natureza secundária, formado a partir da alteração de outros feldspatos. 
 
 Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Albita possui índices de refração menores do que o 
índice do bálsamo. Quando presente, a geminação é predominantemente do tipo polissintética. 
Allanita ((Ca,Fe)2(Al,CeFe)3(OH)(SiO4)3) - Mineral do Grupo do Epidoto 
 
Allanita,mineral no centro da 
fotomicrografia com relevo alto, com 
cristais de Biotita, nicóis paralelos, em 
granodiorito (20X) 
 
Idem ao anterior nicóis cruzados 
(20X) 
 
 
Cristal de Allanita 
 
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Sistema Cristalográfico: Monoclínico 
Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo 
Índices de Refração: na= 1,690 a 1,791; nb= 1,700 a 1,815; ng= 1,706 a 1,828 ,ângulo 2V = extremo 
Relevo: Alto positivo 
Cor: Marrom pleocróico 
Hábito: Similar ao Epidoto, granular 
Clivagem: Imperfeita paralela a {001} 
Birrefringência: Alta, 0,01 a 0,03 
Extinção: Paralela 
Sinal de Elongação: Difícil identificação devido a alta birrefringência 
Paragênese: A Allanita é encontrada em granitos, sienitos, granito pegmatitos e gnaisses, como mineral acessório. 
 
 Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Allanita pode ser identificada pela cor, pleocroísmo e 
extinção paralela 
 
 
 
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Apatita (3Ca3(PO4)2.CaF2) - Mineral do Grupo dos Fosfatos 
 
Cristais de Apatita, incolores com 
hábito euhedral, inclusos em 
fenocristal de Biotita à nicóis 
paralelos.(20x) 
 
Idem ao anterior, nicóis cruzados, 
(20x). 
 
 
Cristal de Apatita 
Sistema Cristalográfico: Hexagonal 
Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial negativo 
Índices de Refração: ne= 1,624 a 1,666 ; nw= 1,629 a 1,667 
Relevo: Moderado positivo 
Cor: Incolor 
Hábito: Geralmente cristais prismáticos de seis lados 
Clivagem: Imperfeita basal {0001} 
Birrefringência: Baixa, variando de 0,003 a 0,004 
 
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Extinção: Paralela 
Sinal de Elongação: Nos cristais de hábito prismático é negativa. 
Paragênese: A Apatita é um mineral acessório comum em rochas ígneas . Ocorre também em pegmatitos, veios de alta 
temperatura e calcários metamórficos. 
 
 Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Apatita é facilmente reconhecida em relação a outros 
minerais incolores, por seu relevo moderado positivo e por sua seção basal hexagonal, sempre extinta a nicóis cruzados. 
Via de regra estas seções não fornecem figuras de interferência. 
Biotita (K2(Mg,Fe)2(OH)2(AlSi3O10)) - Mineral do Grupo das Micas 
 
Cristais de Biotita de cores acastanhadas e 
hábito do tipo lamelar, associadas ao quartzo 
em granada-mica xisto. Observe no cristal ao 
centro da fotomicrografia, halo pleocróico 
devido a presença de Zircão. Nicóis paralelos, 
(5X). 
 
 
Idem ao anterior, nicóis cruzados 
(10X) 
 
 
 
Cristal de Biotita 
 
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Sistema Cristalográfico: Monoclínico 
Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo 
Índices de Refração: na= 1,565 a 1,625; nb= 1,605 a 1,696; ng= 1,605 a 1,696 ,ângulo 2V = 0º a 25º 
Relevo: Fraco positivo 
Cor: Verde, marrom, amarelo, vermelho pleocróica, com maior absorção na direção da clivagem basal 
Hábito: Geralmente cristais euhedrais com hábito lamelar 
Clivagem: Perfeita em uma direção {001} 
Birrefringência: Alta, variando de 0,033 a 0,059 
Extinção: Paralela a direção de clivagem 
Sinal de Elongação: Positiva quando paralela a direção de clivagem 
Paragênese: A Biotita é um mineral amplamente distribuído. Ocorre praticamente em todas rochas ígneas, podendo 
também ser encontrada em xistos, 
gnaisses e em rochas de 
metamorfismo de contato. 
 
 Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Biotita pode ser diferenciada da Flogopita por ser mais 
escura. A clivagem, pleocroísmo e extinção a diferencia da Horblenda. 
 
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Cassiterita (SnO2) - Mineral do Grupo dos Óxidos 
 Cristais de Cassiterita, amarelados 
e com alto relevo, associados a 
Muscovita e Biotita verde em Graisem, 
nicóis descruzados(5X) 
 
Idem ao anterior mostrando 
birrefringência extrema, nicóis 
cruzados(5x) 
 
Cristal de Cassiterita 
Sistema Cristalográfico: Tetragonal 
Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial positivo 
Índices de Refração: ne= 1,996 ; nw= 2,093 
Relevo: Muito alto positivo 
Cor: Incolor a verde, pode ser amarelado, avermelhado ou marrom em lâminas dealgadas 
Hábito: Cristais subhedrais 
Clivagem: Paralela ao raio lento E 
 
Estevão Inácio Sumburane 
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UNIVERSIDADE DE São Paulo                                                                                                                                                                                                                             INSTITUTO DE GEOCIÊNCIA 
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Birrefringência: Extrema, 0,097 
Extinção: Paralela a direção de clivagem e oblíqua no plano de geminação 
Sinal de Elongação: Positivo 
Paragênese: Cassiterita ocorre em granitos pegmatíticos, em greisen e veios de alta temperatura. Geralmente esta 
associada a Quartzo, Muscovita e 
Topázio. 
 
 Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Cassiterita pode ser confundida com Esfalerita, contudo 
se diferenciam pelo sistema cristalino, sendo a última isométrica. O Rutilo pode ser diferenciado pela baixa 
birrefringência. 
Calcita (CaCO3) - Mineral do Grupo dos Carbonatos

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