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Combinação de Negócio e Demonstração Consolidada

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Contabilidade Internacional
Aula 8: Combinação de negócio e demonstrações consolidadas
e separadas
Apresentação
Nesta aula, definiremos combinação de negócio e aplicação do método de aquisição nas combinações de negócios
conforme a NBC TG 15. Verificaremos como aplicar os critérios de consolidação de balanço para informação a posição
patrimonial do grupo econômico em conformidade com o NBC TG 36 quando o investimento for feito em empresa
considerada controlada. Por fim, analisaremos o tratamento contábil para a divulgação dos investimentos em controladas
ou coligadas quando a elaboração das demonstrações separadas estiver de acordo com a NBC TG 35.
Objetivo
Descrever o método de aquisição previsto na norma contábil após a identificação de uma combinação de negócio;
Identificar a aquisição do controle em uma participação societária.
Combinação de Negócio – NBC TG 15 - CPC 15 e IFRS 3
Precisamos identificar o que é uma combinação de negócio e identificar uma transação como combinação de negócios.
Assim, de acordo com a NBC TG 15:
[...] a entidade deve determinar se uma operação é uma combinação de negócio pela aplicação da definição utilizada nesta
norma, na qual exige que os ativos adquiridos e os passivos assumidos constituam um negócio. Se os ativos adquiridos
não constituem um negócio, a entidade deve contabilizar a operação ou o evento como aquisição de ativos.
Um negócio pode ser determinado como atividade empresarial com a finalidade de obter lucros a partir da atividade fim para a
qual foi constituída a empresa.
A característica principal para a aplicação das orientações da referida norma é a obtenção do controle societário no momento
da aquisição da sociedade investida.
A Norma Contábil que trata das orientações para reconhecimento,
mensuração e divulgação de uma combinação de negócio é a NBC TG 15
correlação CPC 15 e IFRS 3.
A partir da identificação de uma combinação de negócio pela aquisição do controle pela investidora em uma sociedade
investida, devemos aplicar o método de aquisição para contabilizar a transação ocorrida. De acordo com o pronunciamento
técnico CPC 15 (R1), a “aplicação do Método de Aquisição exige:
(a) identificação do adquirente;
(b) determinação da data de aquisição;
(c) reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis adquiridos, dos passivos assumidos e das participações
societárias de não controladores na adquirida;
(d) reconhecimento e mensuração do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de
compra vantajosa.”
Ainda em conformidade com o Pronunciamento Contábil CPC 15 “para cada combinação de negócios, uma das entidades
envolvidas na combinação deve ser identificada como o adquirente.”
Determinação da data de aquisição
Clique nos botões para ver as informações.
Os itens 8, 9, 10, 11 e 12 do pronunciamento contábil determinam que:
“O adquirente deve identificar a data de aquisição, que é a data em que o controle da adquirida é obtido.
A data em que o adquirente obtém o controle da adquirida geralmente é a data em que o adquirente legalmente transfere
a contraprestação pelo controle da adquirida, adquire os ativos e assume os passivos da adquirida – a data de
fechamento do negócio. Contudo, o adquirente pode obter o controle em data anterior ou posterior à data de fechamento.
Por exemplo, a data de aquisição antecede a data de fechamento se o contrato escrito determinar que o adquirente venha
a obter o controle da adquirida em data anterior à data de fechamento. O adquirente deve considerar todos os fatos e as
circunstâncias pertinentes na identificação da data de aquisição”.
Reconhecimento e mensuração de ativo identificável adquirido, de passivo assumido e de participação de não
controlador na adquirida
A partir da data de aquisição, o adquirente deve reconhecer separadamente do ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill), os ativos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e quaisquer participações de não
controladores na adquirida.
O reconhecimento de ativos identificáveis adquiridos e de passivos assumidos está sujeito às condições especificadas
nos itens 11 e 12.”
Para se qualificarem para reconhecimento, como parte da aplicação do método de aquisição, os ativos identificáveis
adquiridos e os passivos assumidos devem atender, na data da aquisição, às definições de ativo e de passivo dispostas
no Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis. Por exemplo, os custos que o adquirente espera, porém não está obrigado a incorrer no futuro, para efetivar
um plano para encerrar uma atividade da adquirida, ou os custos para realocar ou desligar empregados da adquirida não
constituem um passivo na data da aquisição. Portanto, o adquirente não deve reconhecer tais custos como parte da
aplicação do método de aquisição. Em vez disso, o adquirente deve reconhecer tais custos em suas demonstrações
contábeis pós-combinação de acordo com o disposto em outros Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC.
Adicionalmente, para fins de reconhecimento, como parte da aplicação do método de aquisição, os ativos identificáveis
adquiridos e os passivos assumidos devem fazer parte do que o adquirente e a adquirida (ou seus ex-proprietários)
trocam na operação de combinação de negócios, em vez de serem resultado de operações separadas. O adquirente deve
aplicar as orientações dos itens 51 a 53 para determinar quais ativos adquiridos e passivos assumidos fazem parte da
operação de troca para obtenção do controle da adquirida, bem como quais resultam de operações separadas, se houver,
e que devem ser contabilizados de acordo com suas naturezas e com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações
do CPC aplicáveis.
Itens 8, 9, 10, 11 e 12 
Os itens 18, 19 e 20 definem que:
O adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos
da data da aquisição.
Em cada combinação de negócios, o adquirente deve mensurar, na data da aquisição, os componentes da participação de
não controladores na adquirida que representem nessa data efetivamente instrumentos patrimoniais e confiram a seus
detentores uma participação proporcional nos ativos líquidos da adquirida em caso de sua liquidação, por um dos
seguintes critérios:
(a) pelo valor justo;
(b) pela participação proporcional atual conferida pelos instrumentos patrimoniais nos montantes reconhecidos dos
ativos líquidos identificáveis da adquirida.
Todos os demais componentes da participação de não controladores devem ser mensurados ao valor justo na data da
aquisição, a menos que outra base de mensuração seja requerida pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações
do CPC.
Itens 18, 19 e 20 
Exceções ao reconhecimento e mensuração
Algumas exceções são previstas pela norma e devem seguir pronunciamento contábil específico, como é o caso para
reconhecimento dos tributos sobre o lucro e reconhecimento das provisões que devem ser observadas de acordo com as
orientações das Normas Contábeis NBC TG 32 e NBC TG 25.
De acordo com a resolução CFC nº1175, de 24 de julho de 2009:
Reconhecimento e mensuração do ágio por expectativa de rentabilidade futura ( goodwill ) ou do ganho
proveniente de compra vantajosa 
O adquirente deve reconhecer o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), na data da aquisição, mensurado
pelo montante que (a) exceder (b) abaixo: 
(a) a soma: 
(i) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida, mensurada de acordo com este Pronunciamento, para
a qual geralmente se exige o valor justo na data da aquisição (ver item 37); 
(ii) do montante de quaisquer participações de não controladores na adquirida, mensuradas de acordo com esta Norma; 
(iii) no caso de combinação de negócios realizada em estágios (ver itens 41 e 42), o valor justo, na data da aquisição, da
participação do adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação; 
(b) o valor líquido, na data da aquisição,dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos, mensurados de
acordo com esta Norma.
1
2
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon249/aula8.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon249/aula8.html
O reconhecimento contábil do goodwill se dá em conta patrimonial, com a respectiva identificação no ativo não circulante da
controladora, devendo ser testada, no mínimo, uma vez ao ano a sua recuperabilidade, ou seja, deve ser aplicado o teste de
impairment.
Enquanto na compra vantajosa o valor do ganho deve ser reconhecido imediatamente, no resultado do exercício, o ganho pode
ser reconhecido na data de aquisição.
O tratamento fiscal do valor do ganho deve ser verificado em conformidade com Regulamento do IRPJ.
Combinação de negócios realizada em estágios
Em combinação de negócios realizada em estágios, o adquirente deve mensurar novamente sua participação anterior na
adquirida pelo valor justo na data da aquisição e deve reconhecer no resultado do período o ganho ou a perda resultante, se
houver, ou em outros resultantes abrangentes, conforme apropriado. Em períodos contábeis anteriores, o adquirente pode ter
reconhecido ajustes no valor contábil de sua participação anterior na adquirida, cuja contrapartida tenha sido contabilizada
como outros resultados abrangentes (em ajustes de avaliação patrimonial), em seu patrimônio líquido.
O valor contabilizado pelo adquirente, em outros resultados abrangentes, deve ser reconhecido nas mesmas bases que seriam
exigidas caso o adquirente tivesse alienado sua participação anterior na adquirida (ou seja, deve ser reclassificada para o
resultado do exercício).
O adquirente pode obter o controle de uma adquirida na qual ele mantinha uma participação de capital imediatamente antes da
data da aquisição. Por exemplo, em 31 de dezembro de 20X1, a entidade “A” possui 35% de participação no capital (votante e
total) da entidade “B”, sem controlá-la. Nessa data, a entidade “A” compra mais 40% de participação de capital (votante e total)
na entidade “B”, obtendo o controle sobre ela.
O Pronunciamento denomina essa operação como combinação de negócios realizada em estágios. Algumas vezes, refere-
se também como uma aquisição passo a passo (step acquisition).
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Período de Mensuração
De acordo com as definições de período de mensuração presentes na Resolução 1175 do CFC, quando a contabilização inicial
de uma combinação de negócios estiver incompleta ao término do período de reporte em que a combinação ocorrer, o
adquirente deve, em suas demonstrações contábeis, reportar os valores provisórios para os itens cuja contabilização estiver
incompleta.
Durante o período de mensuração, o adquirente deve ajustar retrospectivamente os valores provisórios reconhecidos na data
da aquisição para refletir qualquer nova informação obtida relativa a fatos e circunstâncias existentes na data da aquisição, a
qual, se conhecida naquela data, teria afetado a mensuração dos valores reconhecidos. No mesmo período, o adquirente
também deve reconhecer adicionalmente ativos ou passivos, quando nova informação for obtida acerca de fatos e
circunstâncias existentes na data da aquisição, a qual, se conhecida naquela data, teria resultado no reconhecimento desses
ativos e passivos naquela data.
O período de mensuração termina assim que o adquirente obtiver as informações que buscava sobre fatos e circunstâncias
existentes na data da aquisição, ou quando ele concluir que mais informações não podem ser obtidas. No entanto, o período
de mensuração não pode exceder a um ano da data da aquisição.
Divulgação
Em conformidade com os itens 59 e 61 do CPC 15:
[...] o adquirente deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem a natureza
e os efeitos financeiros de combinação de negócios que ocorra: 
(a) durante o período de reporte corrente; ou 
(b) após o final do período de reporte, mas antes de autorizada a emissão das demonstrações contábeis. 
O adquirente deve divulgar as informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliar os efeitos
financeiros dos ajustes reconhecidos no período de reporte corrente pertinentes às combinações de negócios que
ocorreram no período corrente ou em períodos anteriores.
Demonstrações contábeis consolidadas – NBC TG 36 correlação
CPC 36 e IFRS 10
A partir da identificação do controle assumido pela empresa investidora na empresa investida, deve ser observada a
apresentação e a elaboração das demonstrações consolidadas, em conformidade com a Norma Contábil NBC TG 36 e em
correlação com o Pronunciamento Contábil CPC 36 x IFRS 10.
O item 2 da NBC TG 36 determina que, para atingir o objetivo e consolidar balanço, a entidade:
(a) exige que entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades (controladas) apresente demonstrações
consolidadas; 
(b) define o princípio de controle e estabelece controle como a base para a consolidação; 
(c) define como aplicar o princípio de controle para identificar se um investidor controla a investida e, portanto, deve
consolidá-la; 
(d) define os requisitos contábeis para a elaboração de demonstrações consolidadas; (e) define entidade de investimento e
estabelece uma exceção para a consolidação de controladas específicas de entidade de investimento.
Alcance
A entidade controladora deve apresentar demonstrações consolidadas. O Pronunciamento Contábil CPC 36 “se aplica a todas
essas entidades, com as seguintes exceções:
(a) a controladora pode deixar de apresentar as demonstrações consolidadas somente se satisfizer todas as condições a
seguir, além do permitido legalmente:
(i) A controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com os demais
proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram consultados e não fizeram objeção quanto à não apresentação das
demonstrações consolidadas pela controladora;
(ii) Seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados publicamente (bolsa de valores nacional ou estrangeira ou
mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais);
(iii) Ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas demonstrações contábeis junto a uma
Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, visando à distribuição pública de qualquer tipo ou classe de
instrumento no mercado de capitais;
(iv) A controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, disponibiliza ao público suas demonstrações
consolidadas em conformidade com os Pronunciamentos do CPC;
(v) A controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, disponibiliza ao público suas demonstrações
em conformidade com os Pronunciamentos do CPC, em que as controladas são consolidadas ou são mensuradas ao valor
justo por meio do resultado”.
Identi�cação do Controle
A deliberação da CVM nº 698 de 20 de dezembro de 2012 define que:
O investidor, independentemente da natureza de seu envolvimento com a entidade (investida), deve determinar se é controlador
avaliando se controla a investida.
Assim, o investidor controla a investida se, e somente se, o investidor possuir todos os atributos seguintes:
(a) poder sobre a investida;
(b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida;
(c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.
Os retornos variáveis tratados pela norma são os dividendos a ser distribuídos aos acionistas.
Ainda de acordo com a da CVM nº 698:
O investidor tem poder sobre a investida quando tem direitos existentes que lhe dão a capacidade atual de dirigir as
atividades relevantes, ou seja, as atividades que afetam significativamente os retornos da investida. 
O poder decorre de direitos. Algumas vezes, avaliar o poder é simples, como, por exemplo, quando o poder sobre a
investida é obtido direta e exclusivamente dos direitos de voto concedidos por instrumentospatrimoniais, tais como ações,
e pode ser avaliado considerando-se os direitos de voto decorrentes dessas participações acionárias. Em outros casos, a
avaliação é mais complexa e exige que mais de um fator seja considerado, como, por exemplo, quando o poder resulta de
um ou mais acordos contratuais. 
O investidor com a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes tem poder mesmo que seus direitos de direção
ainda estejam por ser exercidos. Evidências de que o investidor tem dirigido atividades relevantes podem ajudar a
determinar se o investidor tem poder, mas essas evidências, por si só, não são conclusivas no sentido de determinar se o
investidor tem poder sobre a investida.
A perda do poder incorrerá se a controladora até então perder o controle da controlada e, nesta circunstância, deverá ignorar os
ativos e passivos da ex-controlada do balanço patrimonial consolidado.
Requisitos contábeis
A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas, utilizando políticas contábeis uniformes para transações e outros
eventos em circunstâncias similares. A consolidação da investida se inicia a partir da data em que o investidor obtiver o
controle da e cessa quando o investidor perder o controle da investida.
A deliberação nº 698 da CVM determina que, ao consolidar as informações contábeis com as suas controladas, a entidade
controladora deverá:
1
Combinar itens similares de ativos, passivos, receitas,
despesas e os fluxos de caixas da controladora com os da
suas controladas;
2
Compensar (eliminar) os valores contábeis do investimento
da controladora em cada controlada e a parcela da
controladora no PL de cada controlada;
3
Eliminar integralmente os valores de ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixas
intragrupo relacionadas a transações ocorridas entre as
empresas participantes do grupo econômico.
Entende-se como grupo econômico a controladora e suas controladas, na qual o objetivo das demonstrações consolidadas é
apresentar as informações contábeis como se fosse uma única entidade econômica.
A controladora deverá apresentar, no balanço consolidado, a participação dos não controladores no patrimônio líquido.
Técnicas de consolidação
A consolidação de balanço envolve regras e técnicas, que podem ser desde aquelas com simples aplicação até as mais
complexas, variando de acordo com a complexidade das operações ocorridas entre as companhias envolvidas.
Basicamente, as regras para consolidação de balanço são de eliminação das transações ocorridas entre as sociedades do
grupo, também conhecidas como operações entre companhias ou intercompany.
Atenção
Recomenda-se harmonizar os planos de contas das empresas (controladoras e controladas) para evitar reclassificação das
contas contábeis.
Na preparação do balanço consolidado, é feito o somatório dos saldos sem considerar quaisquer ajustes, surgindo um novo
balanço e a nova DRE, ou seja, o agrupamento dos saldos.
O artigo 250 da Lei das S/A menciona que devem ser excluídas das demonstrações financeiras:
a) Participações de uma sociedade em outra;
b) Saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
c) Parcelas de resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do ativo não circulante,
que correspondem a resultados ainda não realizados de negócio entre as sociedades.
Nos parágrafos seguintes, serão destacadas:
As participações dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro do exercício, respectivamente, no
balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício;
A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá ser
mantida no ativo não circulante, com dedução da provisão adequada para perdas já comprovadas e será objeto de notas
explicativas;
O valor da participação que exceder do custo de aquisição constituirá parcela destacada dos resultados de exercícios
futuros até que fique comprovada a existência de ganho efetivo.
Para a determinação dos ajustes de eliminação devem ser realizados, na prática, alguns controles que asseguram a integridade
dos ajustes, tais como:
Detalhes sobre os lucros não realizados;
Conciliações periódicas dos saldos das contas intercompany;
Detalhes sobre a participação acionária nas controladas;
Estabelecer disciplinas e prazos para obtenção dos dados junto às controladas;
Informações sobre a totalidade das operações intercompany;
Evidenciar os ajustes necessários da consolidação de forma clara e ordenada.
Os lucros nos estoques não realizados são decorrentes das operações de compra e venda entre controladora e controlada, que
ainda se encontram dentro do grupo econômico.
No balanço consolidado, o saldo dos estoques é obtido por meio do somatório dos saldos dos estoques de cada empresa
consolidada. A parcela de lucro não realizado nos estoques correspondentes por não ter sido transacionados com terceiros é
eliminada.
O critério de estimativa da margem dos lucros pode ser utilizado para determinar o lucro não realizado a ser eliminado. Esta
margem de lucro estimada pode ser obtida através dos controles internos da contabilidade.
Os ajustes na demonstração do resultado do exercício, similares aos procedimentos realizados no balanço patrimonial, são
agregados em um somatório às contas de resultado das companhias consolidadas, eliminando os valores de receitas e
despesas e levando em consideração os ajustes de passivos e ativos.
A divulgação do balanço consolidado, os procedimentos, os critérios adotados e utilizados devem ser explicitados nas notas
explicativas, conforme estabelecido na legislação comercial.
Artigo 21 da Instrução da CVM nº 15
Clique no botão acima.
O artigo 21 da Instrução da CVM nº 15 estabelece os requisitos mínimos a serem divulgados em notas explicativas.
São eles:
a) Critérios adotados na consolidação;
b) Denominação das sociedades controladas incluídas na consolidação, bem como o percentual de participação da
controladora em cada sociedade controlada, englobando participação direta e participação indireta através de outras
sociedades controladas;
c) Exposição das razões que determinaram a exclusão de sociedades controladas na elaboração das demonstrações
financeiras consolidadas;
d) Base e fundamento para amortização do ágio ou do deságio não absorvido na consolidação;
e) Eventos subsequentes à data de encerramento do exercício social, que tenham ou possam vir a ter, efeitos
relevantes sobre a situação financeira e os resultados futuros consolidados;
f) Eventos que ocasionaram qualquer diferença entre os montantes do patrimônio líquido e do lucro líquido da
controladora, em confronto com os correspondentes montantes do patrimônio líquido e do lucro líquido consolidado
apresentado nas demonstrações financeiras consolidadas.
Caso prático
Considere os dados a seguir:
a) A companhia A detém 70% do capital da companhia B.
b) A companhia B vendeu $3.000 para companhia A.
c) A companhia A mantém $800 das compras de B em estoque.
d) A companhia A mantém $800 das compras de B em estoque.
Cálculos - Controles:
PL de “B” = 3.560 *0,70 = 2.492 
Investimento inicial: 2.252 + 240 = 2.492
Balanço Consolidado - Controles:
DRE Consolidado - Controles:
Lançamentos extra contábeis – ajustes de eliminações intercompany
Você pode notar que as eliminações para as consolidações do balanço patrimonial e da DRE são realizas em controles
extra-contábeis, ou seja, não afetam a escrituração contábil de ambas as empresas.
O intuito é evidenciar ao usuário a informação contábil do grupo econômico, como se fosse uma única entidade.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Veja, a seguir, algumas definições importantes de acordo com o CPC 36:
Clique nos botões para ver as informações.
Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentadoscomo se
fossem uma única entidade econômica.
Controle de investida 
Um investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu
envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos por meio de seu poder sobre a investida.
Entidade de investimento é a entidade que: 
(a) Obtém recursos de um ou mais investidores com o intuito de prestar a esses investidores serviços de gestão de
investimento;
(b) Se compromete com os seus investidores no sentido de que seu propósito comercial é investir recursos
exclusivamente para retornos de valorização do capital, receitas de investimentos ou ambos; 
(c) Mensura e avalia o desempenho de substancialmente todos os seus investimentos com base no valor justo.
A entidade de investimento, desde que devidamente identificada, não deve consolidar balanço de acordo com o item 31
do pronunciamento contábil.
Tomador de decisões é a entidade com direitos de tomada de decisões que seja principal ou agente de outras partes.
Grupo econômico é a controladora e todas as suas controladas.
Participação de não controlador é a parte do patrimônio líquido da controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à
controladora.
Controladora é uma entidade que controla uma ou mais controladas.
Controlada é a entidade que é controlada por outra entidade.
Poder são direitos existentes que dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes.
Atividades relevantes: para os fins deste Pronunciamento, atividades relevantes são atividades da investida que afetam
significativamente os retornos da investida.
Direitos de proteção são direitos destinados a proteger o interesse da parte que os detém, sem dar a essa parte poder
sobre a entidade à qual esses direitos se referem.
Direitos de destituição são direitos de privar o tomador de decisões de sua autoridade de tomada de decisões.
Veja, a seguir, algumas definições importantes de acordo com o CPC 36: 
Elaboração das demonstrações separadas
Demonstrações separadas são aquelas apresentadas adicionalmente às demonstrações consolidadas ou às demonstrações
contábeis de investidor que não possuem investimentos em controlada, mas possuem investimentos em coligada ou em
empreendimento controlado em conjunto em que os investimentos em coligada ou em empreendimento controlado em
conjunto, conforme requerido pelo Pronunciamento Técnico CPC 18, devem ser contabilizados com base no método da
equivalência patrimonial.
As demonstrações separadas devem ser apresentadas em conformidade com todas as Normas Brasileiras de Contabilidade,
aplicando as práticas contábeis pertinentes a cada transação ou operação na entidade que elabora.
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Atividades
1. Complete as lacunas:
a) A partir da identificação de uma combinação de negócio pela aquisição do controle pela investidora em uma sociedade
investida, deve-se ser aplicado o digite a resposta para contabilizar a transação ocorrida.
b) O período de reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis e passivos assumidos em uma combinação de negócio
não poderá exceder adigite a resposta .
c) O investidor digite a resposta a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, 
digite a resposta decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos
por meio de seu poder sobre a digite a resposta .
d) digite a resposta são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fosse uma 
digite a resposta entidade econômica.
Notas
Goodwill 1
Valor pago a mais pelo patrimônio líquido adquirido da investida após a identificação e alocação dos valores justos dos
ativos e passivos identificados na operação.
Compra vantajosa2
Diferença entre o valor pago a menos após a identificação e alocação dos valores justos dos ativos e passivos
reconhecidos na operação.
Referências
BRAGGIO, M. B. Contabilidade Internacional. Rio de Janeiro: SESES, 2017.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Deliberação CVM nº698. Disponível em:
//www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/deliberacoes/anexos/0600/deli698.pdf. Acesso em: 13 set. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC nº 1175. Disponível em:
//www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1175_2009.htm. Acesso em: 13 set. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC 2014/NBCTG15(R3). Disponível em:
//www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/NBCTG15(R3). Acesso em: 9 set. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC 2014/ NBCTG36(R3). Disponível em:
//www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/NBCTG36(R3). Acesso em: 9 set. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBCTG35(R1). Disponível em: //www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=2ahUKEwjkz5nvoJHiAhVbIrkGHUrABQ0QFjAAegQIBhAB&url=http%3A%2F%2Fwww.cfc.org.br%2Fsisweb%2FSRE%2Fdocs%2FNBCTG35(R1).doc&usg=AOvVa
. Acesso em: 9 set. 2019.
Próxima aula
Investimentos em coligadas, controladas e controle conjunto;
Ativo qualificável.
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Reorganização societária atípica: impactos contábeis e tributários do Drop Down no Brasil;
Consolidação de demonstrações contábeis: erro na contabilização quando existem lucros não realizados.
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