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OVINOCULTURA OVINOCULTURA ORIGEM E DOMESTICAÇÃO DOS OVINOS: Aproximadamente 10.000 anos; Carne e leite para alimentação; Pele proteção contra o frio; Esterco para adubação. A arte de fiar e tecer data de mais de 3.000 anos antes de Cristo. Nessa época não somente a lã, mas outros fios como o algodão, o linho e a seda também eram utilizados. Contudo, a lã é incontestavelmente a mais preciosa de todas as fibras, pois oferece particularidades termorreguladoras que permitem o seu uso contra as variações climáticas, tanto no frio como no calor. Além disso, diferente das outras fibras, a lã pode ser obtida, em maior ou menor escala, em quase todas as latitudes, especialmente naquelas que não oferecem condições favoráveis para a agricultura ou para criação econômica de outras espécies domésticas. Ovino tem conquistado espaço no mercado: Lã: Passou por momentos difíceis (sintéticos), Valorização atual. Carne vem se destacando: Muito apreciada; Altos preços nos mercados nacional e internacional. Leite: Pouca expressão no Brasil; Confecção de queijos finos (Gorgonzola na Itália e Roquefort na França). Pele, Ainda tripas, fezes e animais cobaias. Produtos: Vísceras, leite, esterco, roçadeira, carne, pele, lã, ossos, lanolina, sebo. A ovinocultura, tendo-se em vista as condições que lhe são necessárias e quando dirigida técnica e estruturadamente, apresenta um alto índice de lucratividade: - Diversificação da produção carne, pele, lã, leite, esterco; - Produtos com alto valor e demanda pelo mercado consumidor; - Baixo investimento inicial. - Animais pequenos. - Fácil manejo e agradáveis. - Ciclo curto de produção: Gestação: Ovinos 5 meses; Bovinos 9 meses. Abate: Ovino 3 a 6 meses; Bovino 2 a 3 anos. - Altas taxas de desfrute: - Ciclo de produção. - Prolificidade. - Cálculo retorno financeiro 1º ano Possibilidade de integração com outras atividades: - ex. piscicultura, fruticultura, silvicultura.... - permite a otimização da utilização da área. Locais: Estância velha, Portão, Capela de Santana, Taquara. Importância social da ovinocultura: - Proporciona uma fonte de renda alternativa aos produtores rurais através da comercialização de carne, pele e lã; - Estimula a permanência dos produtores rurais no campo, gerando emprego, aumento de renda e melhoria da qualidade de vida; Possíveis problemas: - Roubo, Cachorro, Necessidade das ovelhas pousarem encerradas, Instalações, Cercas, Verminose, Casco, Mão de obra. CLASSIFICAÇÃO: Reino Animal, Sub-reino Vertebrados, Classe mamíferos, Ordem Ungulados (casco), Sub-ordem Artiodáctilos (número par de dedos nas patas), Grupo Ruminantes, Família Bovídeos, Sub-família Ovinae, Gênero Ovis (selvagens e domésticos), Espécie Ovis Áries (ovinos domésticos compreendendo todas as raças atualmente conhecidas). Diferença entre ovinos e caprinos: Ovinos Caprinos Barba Não Sim Glând. Interdigitais Sim Não Fossas lacrimais Desenvolvidas Não desenv. Chifres Espiralados, base triangular e com ondulações Não espiralados, base oval e sem ondulações Cauda Longa e caída Curta e levantada Determinação da idade dos ovinos pelos dentes: - Ruminantes possuem apenas incisivos inferiores. - Fórmula dentária (se refere à metade da boca do animal): - Fórmula dentária dente de leite: - Fórmula dentária de adultos: - Os incisivos é que determinam a classificação dos ovinos de acordo com a idade; - Nos ovinos, a dentição é dividida em duas naturezas: Os dentes de leite ou temporários; Os definitivos ou permanentes. - Fórmula dentária (se refere a toda boca do animal): - Fórmula dentária dente de leite: - Fórmula dentária de adultos: Denominação prática – DL, 2, 4, 6, 8 (boca cheia), forquilha ou rasados dentesTotalxMPMCI 20;2):;:;:;:( 3 3 0 0 0 0 4 0 dentesTotalxMPMCI 32;2):;:;:;:( 3 3 3 3 0 0 4 0 dentesTotalMPMCI 20;:;:;:;: 6 6 0 0 0 0 8 0 dentesTotalMPMCI 32;:;:;:;: 6 6 6 6 0 0 8 0 Dividir o número de dentes incisivos permanentes por 2 = idade aproximada ou somar os meses a mais a partir do mês de reprodução + parto. Classificação de acordo com a idade: - CORDEIRO (a) ovino jovem até a idade de 7 meses; - BORREGO (a) 7 meses de idade até que se torne apto para reproduzir (12-18 meses); - OVELHA após o primeiro parto, a borrega passa a ser chamada de ovelha; - CAPÃO macho adulto castrado; AVALIAÇÃO DO ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL: Avaliação da condição nutricional do animal naquele momento. Duas mãos no “vazio” da ovelha. Escore de condição corporal escala de 1-5: Escore 1 (muito magra): As apófises espinhosa e transversa estão proeminentes e bem definidas. No caso da apófise transversa, é possível colocar os dedos sob o final dela. O músculo lombar tem pouco volume e não possui cobertura de gordura. Escore 2 (magra): A apófise espinhosa está proeminente e bem definida. Sobre o músculo lombar existe uma pequena cobertura de gordura. Sente-se a apófise transversa de forma suave e arredondada. Com um pouco de pressão, é possível colocar os dedos sob o final da apófise transversa. Escore 3 (média): A apófise espinhosa se apresenta de forma suave e arredondada. O músculo lombar está mais volumosos e possui uma boa cobertura de gordura. Sente-se a apófise transversa, mas somente com uma firme pressão consegue-se colocar os dedos sob o seu final. Escore 4 (gordo): A apófise espinhosa só é detectada através de pressão, como uma linha dura. As apófises transversas não podem ser sentidas. O músculo lombar é volumoso e possui uma espessa camada de gordura. Escore 5 (obeso): As apófises espinhosa e transversa não podem ser detectadas. O múculo lombar é muito volumoso e a camada de gordura sob o músculo é muito espessa. Fase reprodutiva Escore ótimo Reprodução 3-4 Início e meio gestação 2,5 - 4 Parição (simples) 3 – 3,5 Parição (gemelar) 3,5 - 4 Desmame 2 ou + Por que fazer o Escore de Condição corporal? - Pré-cobertura: atividade reprodutiva das fêmeas e dos reprodutores, taxas de ovulação (prolificidade), concentração das coberturas no início do período reprodutivo, cios mais longos e regulares, desenvolvimento inicial de placenta e úbere, mortalidade embrionária. - Cordeiros: desenvolvimento final dos fetos, peso vivo ao nascimento dos cordeiros, redução de mortalidade neo-natal (tecido adiposo marrom, vitalidade, termorregulação, predadores), relação entre peso vivo ao nascimento e peso vivo ao desmame, maturação folicular em rebanhos laneiros (terço final da gestação). *Não engordar demais o rebanho pelo risco de distocia. - Ovelhas: preparação final do úbere para lactação, produção de colostro, toxemia de gestação, queda de imunidade (contaminação da pastagem, verminose), redução da produção de lã em rebanhos laneiros (comprimento de mecha, resistência, peso de velo). - Período de lactação: produção de leite, ganho de peso dos cordeiros, efeito sobre a recria e engorda, curva de lactação, baixa imunidade (principalmente primavera- verão, calor e umidade), cordeiros começam a pastar mais cedo e ficam expostos a contaminação por helmintos, recuperação para o próximo período de cobertura, produção de lã da ovelha e maturação folicular dos cordeiros. *pega verminose na mãe, transmissão para o pasto. - Padronização do lote para abate. DEFEITOS DE APRUMOS (mais relacionado a animais de cabânha): - Os membros dos animais devem ser bem aprumados para que consigam manter o máximo de equilíbrio, sustentaçãoe bom deslocamento; - Olhando-se de frente e por trás, verifica-se que quando não aprumados, os ovinos apresentam um andar bamboleante e inseguro; - Importante nos animais de raças de carne (U invertido nos aprumos posteriores); - Sustentação de peso nas raças de carne (quartela sentada); - Influencia nos machos no momento da monta. Peso insustentável pelas articulações, limita a capacidade de desenvolvimento da massa muscular. Defeitos de aprumos: - Aprumos dianteiros: Joelhos muito para dentro, joelhos muito para fora, apenas uma perna torta, pés muito juntos, pés muito separados. - Aprumos traseiros: Jarretes muito para dentro, Jarretes muito para fora, Apenas um jarrete torto (manco), pés muito fechados, Pés muito para fora. - Aprumos laterais: Jarretes muito oblíquos (sentado), Membros anteriores e posteriores para dentro (remetido), membros anteriores e posteriores para fora (plantado), pés horizontais (boletos longos), pés muito verticais (boletos curtos). Problemas reprodutivos pela dor nas articulações traseiras (não cobre). Defeitos graves de aprumos: fotos Quartela sentada na esquerda. AVALIAÇÃO DOS OVINOS: - Características raciais, produtivas (carne, lã, duplo propósito, pele, leite), Ausência de defeitos eliminatórios, sanidade, aspectos reprodutivos. Crescimento e desenvolvimento: - Os ovinos atingem 80% do peso adulto com um ano e 100% com dois anos; - Os ovinos podem viver até 16-18 anos, mas nos sistemas de produção permanecem até no máximo 8 anos. A OVINOCULTURA NO MUNDO A ovinocultura é uma atividade explorada em quase todos os países do mundo, estando presente em áreas com as mais diversas características edafoclimáticas. No entanto, apenas em alguns países apresenta expressão econômica, adotando, na maioria dos casos, baixos níveis de tecnologia e, conseqüentemente, obtendo baixa rentabilidade. - O rebanho mundial de ovinos está em torno de 1,2 bilhões de cabeças. - Maior concentração entre os paralelos 25° e 45°, regiões nas quais apresentam importância econômica e social. Brasil está no 14° com 17.614.454 (2014), isso dá 1,4% do rebanho mundial. O rebanho mundial de ovinos vem apresentando um pequeno decréscimo nos últimos anos na Europa, América e Oceania. Por outro lado tem ocorrido aumento na África e Ásia onde apresentam grande importância social. Os principais motivos para decrescimento em alguns continentes são: - A queda do valor internacional da lã; - O aparecimento da doença da vaca louca (principalmente na Europa); - O crescimento da área de lavoura; - Problemas de manejo. BRASIL E RS - Os indícios levam a acreditar que as primeiras ovelhas chegadas no Rio grande do Sul pertenciam a raça espanhola “Churra”, constituída por animais pouco evoluídos; - Pequeno porte, pernas longas, lã grossa, sem ondulações e formando mechas pontiagudas. - Posteriormente, o cruzamento de ovinos Churra com ovinos de origem oriental (Berberiscos), deu origem aos animais ovinos “Crioulos”; Crescimento no Brasil: 28,95% - 2,06% ao ano. Crescimento no RS: 0,05%.
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