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Farmacodinâmica

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Yasmin Alves Rodrigues Odontologia 
Farmacodinâmica 
É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas 
que produzem alterações bioquímicas ou fisiológicas no 
organismo. 
Estudo da resposta decorrente da ação do fármaco. 
Locais de ação: 
A droga ou fármaco, para exercer suas ações e 
produzir seus efeitos, precisa atingir seu local ou alvo 
específico.. 
Esses locais de ligação das drogas são principalmente 
de natureza proteica e representados especialmente por 
enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e 
receptores. O DNA e a matriz óssea podem também ser 
locais de ação de alguns fármacos. 
Para produzir seus efeitos, a droga deve apresentar 
elevado grau de especificidade de ligação com seu local 
de ação.. No entanto, nenhuma droga é completamente 
específica nas suas ligações. Em vista disso, na maioria 
dos casos, a droga pode afetar outros alvos celulares e 
teciduais, além do alvo principal, e provocar efeitos 
colaterais.. 
O complexo formado entre fármaco e o receptor da 
célula, gera uma cascata de eventos que culmina em um 
efeito farmacológico final 
Afinidade: 
Capacidade que uma droga tem de reconhecer um 
receptor como próprio. 
O medicamento que é atraído para um receptor, tem 
afinidade (atração) por esse receptor. 
Para cada grupo de drogas existe um grupo específico 
de receptor. 
Existem alguns grupos de fármacos que atuam em 
vários receptores, e não apenas no seu específico, 
gerando efeitos farmacológicos no paciente.. 
A maioria das drogas pode ligar-se a mais de um 
receptor, e os receptores, também, podem ligar-se a 
mais de uma droga. 
 
Mecanismo de ação: 
Os mecanismos gerais de ação das drogas podem ser 
classificados nas seguintes categorias: ação física, ação 
química, através de enzimas. 
 -Na ação física, uma propriedade física de droga é 
responsável pela sua ação, como, por exemplo, a massa 
de droga (laxativos, protetores, como dimeticona); 
propriedade absortiva (carvão ativado, caulim); atividade 
osmótica (sulfato de magnésio, manitol); radioatividade (1311 
e outros radioisótopos); rádio-opacidade (meios de 
contraste, sulfato de bário). 
 -Na ação química, a droga reage extracelularmente, 
como, por exemplo, antiácidos e outros neutralizadores 
do HCI; fármacos acidificantes (NH4CI) e alcalinizantes 
(NaHC03) que reagem com tampões sanguíneos e 
alteram o pH da urina; fármacos oxidantes (KMn04) são 
germicidas e inativam alcaloides ingeridos; fármacos 
quelantes (BAL, penicilamina, edetato de cálcio dissódico), 
que sequestram metais tóxicos. 
 -As enzimas constituem alvos importantes para as 
ações das drogas. Sob ação de certas drogas, as enzimas 
podem sofrer estimulação ou inibição. 
 
Interações fármaco-receptor: 
 
 
Muitos receptores de fármacos podem ser 
categorizados dentro de dois estados de conformação, 
que estão em equilíbrio reversível entre si. Esses dois 
estados são denominados estado ativo e estado inativo. 
Um fármaco que, através de sua ligação a seu 
receptor, favorece a conformação ativa deste receptor 
é denominado agonista. 
Por outro lado, um fármaco que impede a ativação do 
receptor pelo agonista é designado como antagonista 
 -A droga antagonista não antagoniza o efeito de 
outra droga, e sim IMPEDE que outra droga produza 
efeito farmacológico. 
 
Início da ação da droga: 
É o intervalo de tempo que o fármaco começa a ser 
administrado e termina quando começa o efeito 
terapêutico. 
Duração do fármaco: 
Corresponde ao tempo que o fármaco produz o seu 
efeito terapêutico 
Margem de segurança ou índice terapêutico 
(IT). 
É a relação entre os efeitos terapêuticos desejados e 
os efeitos adversos. 
IT=DL50/DE50 
DL=dose letal 
DE=dose efetiva 
 
 Um IT baixo condiz com drogas que podem atingir 
níveis tóxicos com extrema facilidade. 
 Um índice terapêutico alto é preferível a um baixo, 
pois a dose necessária para atingir o limite tóxico seria 
muito maior que aquela necessária para atingir o efeito 
terapêutico. 
Por exemplo: 
Droga A- IT=500/5 
Droga B- IT=500/450 
Conclusão: a droga B é mais tóxica, haja vista que, poucas 
doses são necessárias para atingir o valor da dose letal e 
assim matar o paciente. 
 
Reações adversas: 
É uma reação normalmente indesejada (mas nem 
sempre são efeitos indesejados). 
As reações adversas podem ser: 
-Previsível ou imprevisível 
-Desejada ou indesejada 
-Aguda (quase imediata) e crônica (se manifestando após 
horas, dias e até semanas). 
Tipos de reações adversas: 
-efeito de extenção 
-efeito colateral 
-reação idiossincrática 
-alergia 
-carcinogênese 
-teratogênese 
-dependência 
 
Efeito de extensão: 
-É uma extensão do efeito terapêutico. Os principais 
fármacos que produzem efeito de extensão, são aqueles 
que apresentam margem de segurança pequena. 
Efeito colateral: 
 
 
-É conhecido, ou seja, é previsível (podendo, portanto, 
beneficiar o paciente em detrimento de alguma 
patologia) 
-Efeitos colaterais são produzidos em tecidos diferentes 
daquele que o fármaco produz efeito terapêutico. 
-Normalmente, é dose dependente. 
-O aparecimento de efeitos colaterais brandos pode ser 
útil no ajuste posológico da droga, porque os efeitos 
colaterais benignos podem alertar o médico contra 
toxicidade potencial mais séria. O aparecimento, por 
exemplo, de sintomas gastrointestinais após 
administração de teofilina, em geral, exige redução da 
dose. 
Reação idiossincrática: 
-A idiossincrasia descreve uma resposta qualitativamente 
anormal e inesperada a determinada droga que difere 
das suas ações farmacológicas normais e que se 
assemelha à hipersensibilidade. Entretanto, essa reação 
não ocorre por um mecanismo alérgico. Em alguns casos, 
o paciente apresenta um defeito enzimático genético 
isolado que não se expressa nas condições normais, mas 
que se toma evidente clinicamente após a administração 
de certas drogas. 
-Muito rara 
Alergia: 
-É dose independente 
-Fenômeno associado ao sistema imunológico do 
paciente 
Carcinogênese: 
-Quando uma droga é capaz de induzir um tecido a 
produzir células cancerígenas. 
Teratogênese: 
-Quando a droga é capaz de induzir uma má formação 
fetal 
Dependência: 
-Pode ser física (quando o organismo deseja manter a 
sensação de bem-estar causada pela droga) ou 
química/psíquica (quando há um desejo psicológico do 
paciente em manter a sensação de bem estar causada 
pela droga). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
SILVA, Penildon. Farmacologia. 8.ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1352 
p.

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