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TRANSTORNOS ALIMENTARES

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TRANSTORNOS ALIMENTARES
Anorexia Nervosa
Síndrome caracterizada por três critérios:
· Inanição autoinduzida até um grau significativo, um comportamento;
· Busca incessante por magreza ou um medo mórbido de engordar, uma psicopatologia;
· Presença de sinais e sintomas resultantes da inanição, uma sintomatologia fisiológica.
Essa síndrome frequentemente está associada à distorção da imagem corporal.
A magreza é colocada como fonte vital da autoestima.
1. Epidemiologia
Adolescência é a época mais comum do início.
10 a 20 vezes mais frequente em mulheres.
2. Etiologia
Turnover e atividade reduzida da norepinefrina são sugeridos pelos níveis reduzidos de MHPG na urina e no LCR.
Opióides endógenos podem contribuir para a negação da fome em indivíduos com anorexia.
Ênfase da sociedade para a magreza e exercícios.
3. Diagnóstico
Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física.
Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significamente baixo.
Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma como o corpo são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual.
4. Classificações
Tipo restritivo: durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar ou comportamento purgativo (vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). A perda de peso foi conseguida por meio de jejum e / ou exercícios excessivos.
Tipo compulsão alimentar purgativa: nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa.
Em remissão parcial: depois de terem sido preenchidos previamente os critérios para anorexia nervosa, o critério baixo peso corporal não foi mais satisfeito por um período sustentado, porém, pelo menos um dos dois critérios seguintes ainda está presente.
Em remissão completa: depois de terem sido preenchidos previamente todos os critérios para anorexia nervosa, nenhum dos critérios foi mais satisfeito por um período sustentado.
Gravidade:
· Leve: IMC > ou = 17 kg/m²;
· Moderada: IMC 16 – 16,99 kg/m²;
· Grave: IMC 115 – 15,99 kg/m²;
· Extrema: IMC < 15 kg/m².
5. Manifestações Clínicas
Geralmente há recusa em realizar refeições com a família ou em lugares públicos.
O termo anorexia é errôneo, pois a perda do apetite costuma ser rara até o fim do transtorno. Muitos pacientes colecionam receitas e preparam refeições para outras pessoas.
Alguns têm ataques de compulsão alimentar, que costumam ocorrer em segredo, sendo seguidos de vômitos autoinduzidos.
Os pacientes abusam de laxantes e diuréticos para perder peso e exercícios, como andar de bicicleta, caminhar e correr.
Costumam exibir comportamento peculiar em relação à comida, escondendo – a por toda a casa e frequentemente carregando grandes quantidades de doces nos bolsos e em bolsas. 
Quando estão fazendo as refeições, tentam se livrar da comida em seus guardanapos ou escondem nos bolsos.
Cortam a carne em pequenos pedaços e passam grande parte do tempo reorganizando – os no prato.
Tendem a ser rígidos e perfeccionistas.
Pode ocorrer roubos compulsivos, sobretudo de doces e laxantes.
Adultos têm, geralmente, interesse por sexo reduzido.
À medida que a perda de peso se torna mais aparente, aparecem sinais físicos, como hipotermia, edema dependente, bradicardia, hipotensão e lanugem, além de uma série de alterações metabólicas.
Indivíduos com compulsão e purgação são propensos a ter famílias nas quais alguns membros são obesos e eles mesmos têm histórias de maior peso corporal.
6. Diagnóstico Diferencial
Doença clínica que justifique a perda de peso (tumor cerebral ou câncer).
Transtorno depressivo maior.
Bulimia nervosa: compulsão alimentar episódica + humor deprimido, pensamentos autodepreciativos e vômito autoinduzido, enquanto os pacientes mantêm seu peso em uma variação normal.
7. Tratamento
Hospitalização: geralmente quando o paciente estiver 20% abaixo do peso esperado. Aquelas que estiverem 30% abaixo requerem hospitalização psiquiátrica por 2 a 6 meses. Deve – se recuperar a desidratação, inanição e desequilíbrio eletrolítico.
Internação compulsória ou involuntária deve ser feita somente quando houver risco de morte em razão de complicações da desnutrição.
Manejo hospitalar: pesagem diariamente de manhã após o esvaziamento da bexiga, registro da ingesta diária de líquidos e o débito urinário. Caso ocorram vômitos, a equipe deve monitorar os níveis séricos de eletrólitos e estar atenta ao desenvolvimento de hipocalemia.
Como ocorre com frequência vômitos após as refeições, a equipe deve tornar o banheiro inacessível por pelo menos 2h após as refeições.
A constipação melhora quando começa – se a comer normalmente. Algumas vezes podem ser dados amaciantes de fezes, mas nunca laxativos.
Psicoterapia: terapia cognitivo – comportamental, psicoterapia dinâmica, terapia familiar.
Farmacoterapia: estudos farmacológicos ainda não identificaram medicamentos que produzam uma melhora definitiva dos sintomas centrais da anorexia nervosa. Alguns relatos apoiam o uso de ciproeptadina (propriedades anti – histamínicas e antisserotonérgicas). Também foi relatado algum benefício com amitriptilina.
Bulimia Nervosa
É caracterizada por episódios de compulsão alimentar combinados com formas inapropriadas de interromper o ganho de peso.
A pessoa acometida geralmente mantém um peso corporal normal.
Representa, em alguns casos, uma tentativa fracassada de anorexia nervosa, compartilhando o objetivo de ficarem muito magras, mas ocorrendo em pessoas com menos capacidade de manter uma semi – inanição prolongada ou fome extrema.
Em outros casos, representa episódios de “ingestão forçada” cedendo aos ataques de fome gerados pelo esforço de restrição, visando manter a magreza.
1. Epidemiologia
1 a 4% em mulheres jovens.
2. Etiologia
Fatores biológicos: liberação de endorfina após os episódios de vômito.
Fatores sociais: resposta a pressão social de beleza, pais negligentes ou rejeitadores.
3. Diagnóstico
Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos aspectos:
· Ingestão, em um período de tempo determinado, de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes;
· Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio.
Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos, uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos, jejum ou exercício em excesso.
A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses.
A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais.
A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa.
4. Características Clínicas
Deve – se explorar a possibilidade de que a paciente tenha passado por um episódio anterior breve ou prolongado de anorexia nervosa.
O vômito reduz a dor abdominal e a sensação de inchaço e permite que continuem a comer sem medo de ganhar peso.
O conteúdo ácido do vômito pode causar danos ao esmalte dos doentes.
Depressão (angústia pós – compulsão) frequentemente se segue ao episódio.
O alimento é comido rapidamente às escondidas e às vezes nem mesmo é mastigado.
A maioria é sexualmente ativa, diferente das com anorexia.
5. Classificações
Leve: 1 a 3 episódios / semana;
Moderada: 4 a 7 episódios / semana;
Grave: 8 a 13 episódios / semana;
Extrema: mais de 14 episódios / semana.
6. Diagnóstico Diferencial
Anorexia nervosa.
Depressão atípica.
7. Tratamento
Geralmente, o tratamento ambulatorial não é tão difícil, mas a psicoterapia é frequentementeturbulenta e pode ser prolongada.
1ª linha: terapia cognitivo - comportamental.
ISRS (fluoxetina).
Transtorno de Compulsão Alimentar
Ingestão de uma quantidade anormalmente grande de comida em um curto período de tempo.
4% das mulheres e 2% dos homens.
Cerca de ½ das pessoas com esse transtorno são obesas.
1. Diagnóstico
Episódios recorrentes de compulsão alimentar, caracterizado pelos aspectos:
· Ingestão de uma quantidade de alimentos maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período;
· Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio.
Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três ou mais dos seguintes aspectos:
· Comer mais rapidamente que o normal;
· Comer até se sentir desconfortavelmente cheio;
· Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome;
· Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo;
· Sentir – se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.
Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar.
Os episódios de compulsão ocorrem ao menos 1x na semana durante três meses.
A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de comportamento compensatório inapropriado.
2. Tratamento
Psicoterapia: TCC.
ISRSs (fluvoxamina, citalopram e sertralina).
Síndrome do Comer Noturno
Episódios recorrentes de hiperfagia ou ingestão noturna, falta de desejo por comida pela manhã e insônia. Os sintomas devem persistir pelo menos por três meses e não podem ser secundários a outras condições clínicas.
Transtorno de Purgação
Diferenciado da bulimia nervosa porque o comportamento de purgação ocorre depois da ingestão de pequenas quantidades de comida ou líquido, e não em consequência de um episódio de ingestão compulsiva.
Obesidade
Doença crônica manifestada pelo excesso de gordura corporal.
1. Epidemiologia
2. Etiologia
Ingestão maior de calorias do que são gastas como energia.
Disfunção no envolvimento da serotonina, dopamina e norepinefrina na regulação do comportamento alimentar no hipotálamo, deixando de produzir a saciedade.
Receptores canabiniodes estão associados ao apetite.
O apetite pode ser aumentado por fatores psicológicos, como pensamentos ou sentimentos.
Cerca de 80% dos indivíduos obesos têm história familiar de obesidade.
Fatores desenvolvimentais: a obesidade que se inicia no começo da vida é caracterizada por tecido adiposo com um número aumentado de adipócitos de tamanho aumentado, enquanto a iniciada na vida adulta resulta apenas do aumento do tamanho dos adipócitos.
Redução acentuada na atividade física.
Fatores psicológicos.
3. Diagnóstico

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