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TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE

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TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE
Definição: padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Padrão inflexível.
Inicia – se na adolescência ou inicio da idade adulta, é estável ao longo do tempo.
Manifesta – se em pelo menos duas das quatro áreas seguintes: cognição, afetividade, funcionamento interpessoal ou controle de impulsos.
Diagnóstico: traços de personalidade rígidos e mal – adaptativos, que produzem prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo.
Possuem comportamento egossintônico, ou seja, não lhe causa sofrimento, mesmo que possa afetar outras pessoas. Como suas defesas são importantes para o controle de afetos desagradáveis, não tem interesse em abrir mão delas.
· Em 10 a 20% da população em geral;
· Sintomas egossintônicos (aceitáveis ao ego) e aloplásticos (adaptam – se ao tentar alterar o ambiente externo em vez de a si mesmos).
· Seu comportamento mal – adaptativo não lhe causa ansiedade.
· Geralmente não interessados em tratamento e resistentes a recuperação.
Classificação
GRUPO A: características estranhas ou de afastamento.
1. Esquizotípico
2. Esquizoide
3. Paranoide
GRUPO B: características dramáticas, impulsivas ou erráticas.
1. Narcisita
2. Borderline
3. Antissocial
4. Histriônico
GRUPO C: ansiedade e medo.
1. Obsessivo – compulsivo
2. Dependente
3. Evitativo
Etiologia
1. Fatores genéticos
Concordância desses transtornos em gêmeos monozigóticos maior do que em gêmeos dizigóticos e semelhança da concordância entre gêmeos monozigóticos criados separadamente dos criados juntos.
Os transtornos do grupo A ocorrem mais comumente em parentes biológicos de pacientes com esquizofrenia do que em grupos – controle (esquizotípica).
Relacionados geneticamente:
Antissocial (B) – transtornos por uso de álcool.
Borderline (B) – depressão, transtorno de humor.
Evitativo (C) – transtornos de personalidade, ansiedade.
Obsessivo – compulsivo (C) – depressão.
2. Fatores biológicos
Hormônios: há elevação de testosterona, 17 – estradiol e estrona em indivíduos que exibem traços impulsivos. Boderline.
Monoaminoxidase plaquetária (MAO): baixos níveis relacionados com mais tempo em atividades sociais. Esquizotípicos.
Movimentos oculares de seguimento suave: sacádicos (movimento rápido entre os pontos de fixação) em pessoas introvertidas, com baixa autoestima e tendência ao retraimento. Esquizotípicos.
Neurotransmissores: apatia (elevação de endorfinas endógenas), tentativa de suicídio, impulsividade e agressividade (níveis baixos de 5 – hidróxi – indolacético (5 – HIAA), um metabólito de serotonina), alterações em traços de personalidade referentes ao caráter (aumento de serotonina com agentes serotonérgicos), euforia (aumento de dopamina com agentes dopaminérgicos).
Eletrofisiologia: mudança na condução elétrica no EEG (encefalograma). Antissocial e borderline.
3. Fatores psicanalíticos
Mecanismos de defesa: processos mentais inconscientes que o ego usa para resolver conflitos entre os quatro princípios – guia da vida interior (instinto, realidade, pessoas importantes e consciência). Em sua eficácia máxima, as defesas podem abolir a ansiedade e a depressão no nível consciente, motivo pelo qual esses indivíduos relutam em alterar seu comportamento.
Defesas:
FANTASIA – esquizoides (excêntricos, solitários ou assustados): criação de vidas imaginárias e amigos imaginários. Aparentam indiferença excessiva. Medo de intimidade.
DISSOCIAÇÃO – substituição de afetos desagradáveis por agradáveis. Vistas como dramáticas e emocionalmente superficiais, tendo uma personalidade histriônica. Buscam reconhecimento de sua coragem e atração. Costumam mentir sem perceber, beneficiam – se da exposição de suas próprias ansiedades e podem, durante o processo, “se lembrar” do que “esqueceram”.
ISOLAMENTO – obsessivo – compulsiva (pessoas controladas e metódicas): lembram – se da verdade em detalhes, mas sem afeto. Em crise, pode demonstrar maior autocontrole, comportamento social excessivamente formal e teimosia. Deve – se permitir ao paciente que tenha controle sobre seus próprios cuidados e não deve medir forças com ele.
PROJEÇÃO – o paciente atribui seus próprios sentimentos inconfessos a outros. Excessiva censura e sensibilidade a críticas. Deve – se reconhecer com honestidade mesmo enganos de pouca importância que cometeu – se. Paranoides.
CISÃO – as pessoas que são alvo de sentimentos ambivalentes do paciente são divididas em boas e más.
AGRESSIVIDADE PASSIVA – voltam sua raiva contra si mesmas. Fenômeno denominado masoquismo e inclui fracasso, procrastinação, comportamento tolo ou provocativo, ridicularização autodegradante e atos de autodestruição manifestos. Deve – se ajudar o paciente a desafogar sua raiva.
ATUAÇÃO – pacientes expressam diretamente desejos inconscientes ou conflitos por meio de ações para evitar tanto a consciência da ideia quanto do afeto que os acompanham. São exemplos: ataques de raiva, agressões aparentemente sem motivo, abuso infantil e promiscuidade sem prazer.
IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA – bordeline: 1º - um aspecto do self é projetado sobre outra pessoa. 2º - o indivíduo que o projetou tenta coagir a outra pessoa a se identificar com o que foi projetado. 3º - é criado um sentimento de união entre a pessoa que foi o alvo da projeção e a pessoa que a realizou.
Transtorno de Personalidade Paranoide
Caracteriza – se por suspeita e desconfiança arraigadas em relação a pessoas em geral.
Recusa a responsabilidade por seus próprios sentimentos e a atribui a outros.
Hostil, irritável e irascível.
Tipicamente: intolerantes, colecionadores de injustiças, cônjuges patologicamente ciumentos e mal – humorados e litigiosos.
1. Epidemiologia
2 a 4% da população em geral. H > M.
Prevalência mais elevada entre grupos de minorias, imigrantes e surdos.
2. Diagnóstico
Quatro ou mais dos seguintes: 
· Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por outros;
· Preocupa – se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade de amigos e sócios;
· Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as informações serão usadas maldosamente contra si;
· Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou eventos benignos;
· Guarda rancores de forma persistente;
· Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e reage com raiva ou contra – ataca rapidamente;
· Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
Para CLASSE A:
Se os critérios forem atendidos antes do surgimento da esquizofrenia = transtorno da personalidade paranoide (pré – mórbido).
Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo.
3. Características Clínicas
Atribuem a outros os impulsos e pensamentos que não podem aceitar em si mesmos.
Possuem afeto restrito e parecem frias, sem emoção. Orgulham – se de sua racionalidade e objetividade, mas isso não corresponde à realidade.
Prestam bastante atenção a poder e nível hierárquico. Expressando desdém em relação a indivíduos que percebam como fracos, doentios, debilitados ou deficientes de alguma forma.
4. Diagnóstico Diferencial (diferente por:)
Transtorno delirante: ausência de delírios fixos.
Esquizofrenia paranoide: não têm alucinações nem um transtorno manifesto do pensamento.
Transtorno de personalidade borderline: raramente capazes de desenvolver um envolvimento excessivo ou relacionamentos tumultuosos com outras pessoas.
Caráter antissocial: não possuem a mesma longa história de comportamento antissocial.
5. Tratamento
Psicoterapia
Farmacoterapia: agente ansiolítico (diazepam), antipsicótico (haloperidol).
Transtorno da Personalidade Esquizoide
Caracterizado por um padrão vitalício de retraimento social.
Tipicamente: excêntricos, isolados ou solitários.
Possuem desconforto com a interação humana, introversão e afeto frio.
1. Epidemiologia
5% da população em geral.
2. Diagnóstico
Quatro ou maisdos seguintes:
· Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma família;
· Quase sempre opta por atividades solitárias;
· Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa;
· Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma;
· Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de 1º grau;
· Mostra – se indiferente ao elogio ou à crítica de outros;
· Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo.
3. Características Clínicas
Aparentam serem frias e indiferentes, demonstrando falta de envolvimento com eventos diários e com as preocupações de terceiros.
Costumam revelar uma incapacidade vitalícia de expressar diretamente a raiva.
Apresentam capacidade normal de reconhecer a realidade, embora pareçam pensar apenas em si mesmas e estar perdidas em devaneios.
4. Diagnóstico Diferencial (diferente por:)
Esquizofrenia: baseado nos períodos com sintomas psicóticos positivos, como delírios e alucinações.
Personalidade paranoide: menor envolvimento social.
Esquizotípica: esquizotípica assemelha – se mais a um paciente com esquizofrenia no que se refere a estranhezas de percepção, pensamento, comportamento e comunicação.
Transtorno Autista e Síndrome de Asperger: apresentar interações sociais prejudicadas e comportamento e interesses esterotipados com ainda mais gravidade.
5. Tratamento
Psicoterapia.
Farmacoterapia: pequenas doses de antipsicóticos, antidepressivos e psicoestimulantes.
Transtorno da Personalidade Esquizotípica
Características estranhas ou excêntricas impressionantes, mesmo para leigos.
Pensamento mágico, noções peculiares, ideias de referência, ilusões e desrealização são parte do mundo cotidiano dessas pessoas.
1. Epidemiologia
3% da população geral.
Diagnosticado com frequência em mulheres com síndrome do X frágil.
Ligeiramente mais comum no sexo masculino.
2. Diagnóstico
Cinco ou mais dos seguintes:
· Ideias de referência.
· Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais.
· Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.
· Pensamento e discurso estranho.
· Desconfiança ou ideação paranoide.
· Afeto inadequado ou constrito.
· Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.
· Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam parentes de primeiro grau.
· Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que tende a estar associada mais a temores paranoides do que a julgamentos negativos sobre si mesmo.
3. Características Clínicas
Exibem perturbação de pensamento e comunicação.
Podem desconhecer seus próprios sentimentos e ainda assim ter extrema sensibilidade e consciência a respeito dos sentimentos dos outros, sobretudo os negativos, como de raiva.
Podem ser supersticiosos ou alegar poderes de clarividência e acreditar ser dotados de poderes especiais de pensamento e insight.
São isolados e têm poucos ou nenhum amigo.
4. Diagnóstico Diferencial (diferente por:)
Personalidade esquizoide: presença de excentricidades em seu comportamento e pensamento.
Esquizofrenia: ausência de psicose. Caso surjam sintomas psicóticos, eles são breves e fragmentados.
Paranoide: os paranoides caracterizam – se por suspeitar, mas não exibem comportamento estranho como os esquizotípicos.
5. Tratamento
Psicoterapia.
Farmacoterapia: antipsicóticos, antidepressivos (se necessários).
Transtorno da Personalidade Antissocial
Incapacidade de se adequar às regras sociais que normalmente governam diversos aspectos do comportamento adolescente e adulto de um indivíduo.
1. Epidemiologia
Entre 0,2 e 3% em 12 meses. H > M.
Prevalência mais elevada em amostras mais graves de homens com transtorno por uso de álcool e na população carcerária.
2. Diagnóstico
Durante a entrevista podem parecer calmos e confiáveis, mas escondem tensão, hostilidade, irritabilidade e fúria.
Exames: EEG anormais e leves sinais neurológicos que sugerem danos cerebrais mínimos na infância.
Padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado por 3 ou mais dos seguintes:
· Fracasso em ajustar – se às normas sociais relativas a comportamentos legais.
· Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, trapaça.
· Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
· Irritabilidade e agressividade.
· Descaso pela segurança de si ou de outros.
· Irresponsabilidade reiterada, com falhas repetidas em manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras.
· Ausência de remorso, com indiferença em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.
O indivíduo tem no mínimo 18 anos.
3. Características Clínicas
Podem parecer simpáticos e lisonjeiros.
Histórico: mentiras, vadiagem, fuga de casa, roubos, brigas, abuso de substâncias e atividades ilegais.
Não exibem ansiedade nem depressão, embora ameaças de suicídio e preocupações somáticas possam ser comuns.
Extremamente manipuladoras e com frequência podem convencer os outros a participar de esquemas para obter dinheiro fácil ou para alcançar fama e notoriedade.
4. Diagnóstico Diferencial (diferente por:)
Comportamento ilegal: envolver diversas áreas da vida do individuo, estando acompanhado pelos traços de personalidade rígidos, mal – adaptativos e persistentes.
Abuso de substância: não ser secundário ao uso de substancias. Quando o abuso inicia – se na infância e continuam na vida adulta, ambos devem ser diagnosticados.
Esse diagnóstico não se justifica quando deficiência intelectual, esquizofrenia ou mania.
5. Tratamento
Psicoterapia.
Famarcoterapia: antagonistas dos receptores beta adrenérgicos (reduzir agressividade), psicoestimulantes (metilfenidato) se hiperatividade.
Transtorno da Personalidade Borderline
Indivíduos no limiar entre neurose e psicose, tendo pro característica afeto, humor, comportamento, relações objetais e autoimagem extraordinariamente instáveis.
Esquizofrenia ambulatorial, personalidade como se”, esquizofrenia pseudoneurótica e transtorno de caráter psicótico.
1. Epidemiologia
1 a 2% da população. M = 2H.
2. Diagnóstico
Cinco ou mais dos seguintes:
· Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.
· Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização.
· Perturbação da identidade (instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo).
· Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (gastos, sexo, abuso de substâncias, direção irresponsável, compulsão alimentar).
· Recorrência de comportamento suicida ou automutilante.
· Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade de humor.
· Sentimentos crônicos de vazio.
· Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controla – la.
· Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.
Alguns apresentam redução da latência REM e perturbações na continuidade do sono, além de resultados anormais do TSD e no teste de hormônio liberador de tireotrofina.
3. Características Clínicas
Quase sempre parecem estar em crise.
A pessoa pode estar inclinada a discussões em um momento, deprimida no momento seguinte e, mais tarde, se queixar de não ter sentimentos.
Pode apresentar episódios psicóticos de curta duração.
Apresenta comportamento extremamente imprevisível.
Para mitigar a solidão, aceitam um estranho como amigo ou se comportam de forma promíscua.
Costumam se queixar de sentimentos crônicos de vazio e tédio.
Possuem capacidade de raciocínio normal.
Distorcem seus relacionamentos caracterizando cada pessoa como totalmente boa ou totalmente má.
4. Diagnóstico Diferencial (diferente por:)
Esquizofrenia: não apresentar episódios psicóticos prolongados e transtorno do pensamento.
Esquizotípicos: esquizotípicos apresentam peculiaridades acentuadas de pensamento.Paranoide: paranoide apresenta suspeita extrema.
5. Tratamento
Psicoterapia.
· TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA – comportamento parassuicida.
· TRATAMENTO BASEADO NA MENTALIZAÇÃO – construto social que permite a uma pessoa estar atenta a seus estados mentais e aos dos outros. Baseia – se na teoria de que os sintomas da personalidade borderline são resultados das capacidades reduzidas de mentalização do paciente.
· PSICOTERAPIA FOCADA NA TRANSFERÊNCIA – 2 processos: clarificação (tornando o paciente consciente de suas distorções) e confrontação (indicando como essas distorções interferem nas relações interpessoais com outros).
Farmacoterapia: antipsicóticos, antidepressivos, inibidores da MAO, benzodiazepínicos, ISRSs.
Transtorno da Personalidade Histriônica
Pessoas excitáveis e emotivas, comportam – se de forma dramática, florida e extrovertida.
Junto desses aspectos mais vistosos, costuma existir uma incapacidade de manter ligações profundas e duradouras.
1. Epidemiologia
1 a 3% na população em geral.
2. Diagnóstico
Cinco ou mais dos seguintes:
· Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.
· A interação com os outros é frequentemente caracterizada por comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.
· Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.
· Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si.
· Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e carente de detalhes.
· Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções.
· É sugestionável (facilmente influenciado pelos outros ou circunstâncias).
· Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.
3. Características Clínicas
Cooperativos e ávidos por fornecer uma história detalhada.
Gesticulações, exclamações dramáticas, linguagem pitoresca.
4. Diagnóstico Diferencial (diferente por:)
Borderline: não apresentar tentativas de suicídio, difusão de identidade e episódios psicóticos breves.
5. Tratamento
Psicoterapia.
Farmacoterapia: anti – depressivos, ansiolíticos, antipsicóticos.
Transtorno da Personalidade Narcisista
Senso aguçado de autoimportância, ausência de empatia e sentimentos grandiosos de serem únicas.
Autoestima frágil e vulnerável às menores críticas.
1. Epidemiologia
Menos de 1 a 6% em amostras da comunidade.
2. Diagnóstico
Cinco ou mais dos seguintes:
· Sensação grandiosa da própria importância (sem conquistas correspondentes).
· Preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal.
· Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido por pessoas especiais ou com condição elevada.
· Demanda admiração excessiva.
· Apresenta um sentimento de possuir direitos.
· Explorador em relações interpessoais.
· Carece de empatia.
· Frequentemente invejoso ou acha – se invejado.
· Comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.
3. Características Clínicas
Sentimento de merecimento, lidam mal com críticas.
Podem se recusar em obedecer a regras convencionais de comportamento.
Devido a sua baixa autoestima são suscetíveis a depressão.
4. Tratamento
Psicoterapia.
Farmacoterapia: lítio se mudança de humor, antidepressivos se depressão.
Transtorno da Personalidade Evitativa
Exibem sensibilidade extrema a rejeição e podem levar vidas socialmente retraídas.
São tímidos, mas não associais, demonstrando um grande desejo por companhia, mas precisam de garantias fortes de aceitação não crítica.
Geralmente são descritas com um complexo de inferioridade.
1. Epidemiologia
2 a 3% da população em geral.
2. Diagnóstico
Quatro ou mais dos seguintes:
· Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
· Não se dispõe a envolver – se com pessoas, a menos que tenha certeza de que será recebido de forma positiva.
· Mostra – se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de passar vergonha ou de ser ridicularizado.
· Preocupa – se com criticas ou rejeição em situações sociais.
· Inibe – se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de inadequação.
· Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.
· Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em quaisquer novas atividades.
3. Características Clínicas
Demonstram falta de autoconfiança, expressam incerteza e podem falar de modo discreto.
Temem falar em público ou fazer pedidos a outras pessoas.
Tem inclinação a interpretar mal os comentários dos outros como depreciativos ou ridicularizadores.
Raramente alcançam muito avanço pessoal ou exercem muita autoridade.
Ansiosos por agradar.
4. Diagnóstico Diferencial (difere por:)
Personalidade esquizoide: desejam interação social.
Borderline e histriônica: não tão exigentes, irritáveis ou imprevisíveis.
Personalidade dependente: dependentes apresentam um temor maior de serem abandonados ou não amados.
5. Tratamento
Psicoterapia.
Farmacoterapia: ansiedade e depressão.
Transtorno da Personalidade Dependente 
Subordinam suas próprias necessidades às necessidades de outros, fazem outra pessoa assumir responsabilidade por áreas importantes de sua vida.
Não tem autoconfiança e podem experimentar desconforto intenso ao ficar sozinhas por mais do que breves períodos.
Dependência, pessimismo, medo de sexualidade, insegurança, passividade, sugestionabilidade e falta de perseverança.
1. Epidemiologia
M > H. Prevalência de 0,6%.
Pessoas com doenças físicas crônicas na infância podem ser mais suscetíveis ao transtorno.
2. Diagnóstico
Cinco ou mais dos seguintes:
· Dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento de outros.
· Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida.
· Tem dificuldade em manifestar desacordo com outros devido a medo de perder apoio ou aprovação.
· Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria.
· Vai a extremos para obter carinho e apoio, a ponto de voluntariar – se para fazer coisas desagradáveis.
· Sente – se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
· Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.
· Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria sorte.
3. Características Clínicas
Evitam posições de responsabilidade e ficam ansiosas se precisam assumir um papel de liderança.
Um cônjuge abusivo, infiel ou alcoolista pode ser tolerado durante longos períodos de tempo para evitar a perturbação da sensação de apego.
4. Diagnóstico Diferencial (diferente por:)
Histriônica e Borderline: costumam ter um relacionamento duradouro com outra pessoa em vez de uma série de pessoas de quem dependam e não são propensos a ser abertamente manipuladores.
5. Tratamento
Psicoterapia.
Farmacoterapia.
Transtorno da Personalidade Obsessivo – Compulsiva
Constrição emocional, organização, perseverança, teimosia e indecisão.
Padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade.
1. Epidemiologia
Prevalência de 2 a 8%.
2. Diagnóstico
Quatro ou mais dos seguintes:
· Tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários a ponto de o objetivo principal da atividade ser perdido.
· Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (padrões próprios demasiadamente rígidos não atingidos).
· Excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em detrimento de atividades de lazer e amizades.
· Excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a assuntos de moralidade, ética ou valores.
· Incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando não tem valor sentimental.
· Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas.
· Adota um estilo meserável de gastos. O dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras catástrofes.· Exibe rigidez e teimosia.
3. Características Clínicas
Mecanismos de defesa: racionalização, isolamento, intelectualização, formação reativa e anulação.
Formais e sérios, não tem senso de humor.
Trabalho: com rotina, que não exija mudanças às quais não possam se adaptar.
Isolam pessoas, são incapazes de ceder e insistem para que os outros se submetam a suas necessidades. Porém, anseiam por agradar pessoas que consideram mais poderosas que eles mesmos e executam os desejos dessas pessoas de forma autoritária.
Como temem cometer erros, são indecisos e ruminam as tomadas de decisão.
Embora um casamento estável e adequação profissional sejam comuns, tem poucos amigos.
4. Tratamento
Diferente dos demais pacientes com transtorno de personalidade, costumam estar cientes de seu sofrimento e buscam tratamento sozinhos.
Psicoterapia.
Farmacoterapia: clonazepam.
Outro Transtorno da Personalidade Especificado
Personalidade passivo – agressiva: procrastinação, resistência a solicitações para desempenho adequado, desculpas para atrasos e defeitos nas pessoas de quem dependem, recusam – se a se desvencilhar dos relacionamentos dependentes. Tentam manipular para assumir uma posição de dependência. Estão mais ligados a seus ressentimentos do que a sua satisfação. Destituídas de autoconfiança e possuem uma visão pessimista do futuro.
Personalidade depressiva: (Sete grupo com os traços:)
1. Calado, introvertido, passivo e não assertivo;
2. Triste, pessimista, sério e incapaz de se divertir;
3. Dotado de autocrítica, autocensura e autodepreciação;
4. Cético, crítico aos outros e difícil de agradar;
5. Consciencioso, responsável e autodisciplinado;
6. Taciturno e dado a preocupações;
7. Obcecado com eventos negativos, sentimento de inadequação e falhas pessoais.
Personalidade sadomasoquista: sadismo (desejo de causar dor a outros, seja por abuso sexual, físico ou psicológico) + masoquismo (gratificação sexual ao infligir dor a si mesmo).
Personalidade sádica: o indivíduo não pode ser motivado unicamente pelo desejo de obter excitação sexual com seu comportamento (sadismo sexual).

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