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Discplina: Administração da Produção e Operações Aula 8: Sistemas de planejamento e controle da produção Apresentação Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Conhecer a Introdução aos Sistemas de Planejamento e Controle da Produção; compreender as Funções do PCP; compreender as Funções de Suporte; conhecer as Interfaces do PCP. Objetivos Conhecer a Introdução aos Sistemas de Planejamento e Controle da Produção; Compreender as Funções do PCP; Identificar as Funções de Suporte; Conhecer as Interfaces do PCP. Introdução aos sistemas de planejamento e controle da produção Como vimos nas aulas anteriores. O planejamento é executado em vários níveis e em diferentes momentos. Basicamente em qualquer planejamento é a busca da resposta de perguntas simples e objetivas, cujo propósito é atingir o objetivo. Perguntas tais como: Como fazer? Com que recursos? Com que qualidade? Com que controle? Com que velocidade? O que fazer? Quando fazer? As respostas a estes questionamentos nos darão a base para execução não só do planejamento, mas da atividade propriamente dita. Lembrando que podemos sempre estar falando de produtos ou de serviços. Quando chegamos à fase de execução ou operacional, faz-se necessário que o planejamento tenha uma visão mais detalhada, que incorpore informações que possibilitem uma melhor execução, que atenda a todos os questionamentos e perguntas anteriores de forma eficiente e segura. Neste sentido, o PCP – Planejamento e Controle da Produção é o que devemos utilizar e seguir, tendo como apoio em sua estrutura central um Sistema de Informações, cujo papel principal é centralizar os diversos setores e sistemas para que o gerenciamento possa ser realizado de forma a atender a demanda e às necessidades de produção, até a última etapa que é a entrega final. Funções do PCP Dentro do PCP (Planejamento e Controle da Produção), teremos várias ferramentas que nos auxiliarão nesta fase, sendo a principal sem dúvida o chamado controle, que irá atuar continuamente para que a execução seja realizada dentro do planejado. Teremos destaques para algumas funções dentro do PCP: A busca no aumento da eficiência durante a produção e/ou execução, pois teremos com isto uma forma de aumentar o resultado final de toda a operação. Assim, são gerados maiores lucros, evitando retrabalhos, economizando recursos e diminuindo prazos. Ser responsável desde a compra até a distribuição final; Planejar os níveis de estoques; Programar as atividades de produção; Controlar as rotinas de produção; Ser o coração da produção, onde integramos os diversos recursos produtivos (máquinas, equipamentos, recursos, matéria- prima consumíveis, colaboradores, entre outros). Funções de suporte O PCP tem também a tarefa de retroalimentar o sistema, inclusive quando da necessidade de atender às demandas futuras. Neste sentido ele é peça fundamental, pois todas as informações reais da produção estão diretamente envolvidas. Temos ainda todo o fornecimento de instruções para diferentes setores e níveis: De liberações de ordem de serviço; De utilização de ferramentas; De sequência de programação; De como cada setor produtivo deve ser comportar; De quanto cada setor de produção deve produzir; De quanto de estoque devemos utilizar; De quantos colaboradores, para cada setor, será necessário. A realidade de todo processo de produção é que todo o planejamento acaba sendo constantemente atualizado, pois temos sempre realidades diferentes a todo o momento que nos obriga a este replanejamento. Nas ações do dia a dia, ou comumente chamado de chão de fábrica, são constantes estes ajustes, pois temos ali concentradas todas às alterações externas e internas, das quais temos que rapidamente solucionar e superar, tais como: 01 Equipamento em manutenção. 02 Equipamento quebrado. 03 Alteração na mão de obra. 04 Alteração na capacidade. 05 Alteração na demanda. Um bom PCP é o que consegue, de forma clara, objetiva e eficiente, realizar em ordens e instruções tudo o que for necessário para a produção e/ou execução de um produto ou serviço. É necessário ter no mínimo as seguintes etapas: 1. Saber exatamente a sua capacidade; 2. Estar alinhado com o objetivo principal; 3. Ter conhecimento da realidade do momento que irá executar; 4. Enxergar o futuro, ou seja, ter a chamada precisão do futuro; 5. Conhecer seus processos; 6. Ter flexibilidade para rápidas alterações e ajustes necessários. Interfaces do PCP Iremos abordas várias interfaces e modelos utilizados no PCP, que dentro das características de cada um, poderão ser empregados. Serão divididos em: Planejamento agregado Programa mestre de produção MRP – Material Requeriments Planning MRP II – Manufacturing Resource Planning ERP – Enterprise Resource Planning Planejamento agregado Também conhecido como programação agregada, é muito empregado em períodos de planejamento de 3 a 15 meses. Utilizamos um balanceamento da produção para atender às várias demandas. Será trabalhado em tipos de opções de alterações possíveis, sendo divididas em cinco opções na Capacidade: Subcontratação Trabalho temporário (trabalho em tempo parcial) Variação nos colaboradores (contratação e demissão) Variação nas horas trabalhadas (hora extra) Mudança nos níveis de estoque Temos ainda três opções de demanda, sendo: 01 Influenciar a demanda, com atrativos (preços variáveis, promoções, propagandas). 02 Pedido não atendido de imediato (atrasos propositais, mesmo correndo risco de perda do cliente). 03 Mix de produtos (aumentar as opções de produtos). São normalmente realizadas simulações para escolhermos a melhor opção, utilizamos no cálculo a realidade de estoque, de capacidade, de recursos e de custos. Após as simulações, temos então a possibilidade de escolha que atenda e se enquadra na melhor opção. Uma empresa de produção de postes de concreto possui sua capacidade de produção diária de 100 postes e tem uma demanda semestral. Numa rápida análise, chegamos à conclusão de que temos nos meses de janeiro, fevereiro e março uma demanda menor que sua capacidade e nos meses de abril, maio e junho maior que sua capacidade. Temos, portanto que tomar decisões de como atender e solucionar esta realidade. Mês Demandaesperada Dias de produção Demanda por dia Janeiro 1800 22 82 Fevereiro 1400 18 78 Março 1600 21 77 Abril 2400 21 115 Maio 3000 22 137 Junho 2200 20 110 Total 12400 124 (Mostra a particularidades de cada mês, e o seu total) Se calcularmos a demanda em função da capacidade de produção, teremos esta realidade. Mas para atingirmos estes números de produção, temos que optar pelo o que fazer, dentro das oito opções que temos para trabalharmos, ou teremos que fazer hora extra, ou subcontratar, ou não entregar alguns pedidos. Se a decisão tomada for a de atender, temos que estar atentos, pois teremos também reflexos no estoque, isto implica em tamanho de estoque, seguro, etc... Veja como ficará a posição do estoque em relação ao inicial: Mês Demandaesperada Dias de produção Demanda por dia Produção pela média Janeiro 1800 22 82 2200 Fevereiro 1400 18 78 1800 Março 1600 21 77 2100 Abril 2400 21 115 2100 Maio 3000 22 137 2000 Junho 2200 20 110 200 Total 12400 124 12400 Este modelo é muito empregado pelo setor de serviços, de forma automática, sem conhecimentos técnicos, apenas em razão da necessidade. O problema é que se forem tomadas decisões sem planejamento, podemos ter a escolha de uma decisão que seja desfavorável financeiramente. Um nível mais complexo e detalhado deste modelo de planejamento agregado nos levará ao seguinte modelo. Mês Demandaesperada Dias de produção Demanda por dia Produção pela média Saldo de estoque Janeiro 1800 22 82 2200 400 Fevereiro 1400 18 781800 400 Março 1600 21 77 2100 500 Abril 2400 21 115 2100 -300 Maio 3000 22 137 2000 -800 Junho 2200 20 110 200 -200 Total 12400 124 12400 0 Programa mestre de produção Também conhecido como planejamento metre de produção, é muito empregado em períodos de planejamento de 6 a 12 meses. É especificado o que tem que ser feito e quando tem que ser feito, seja um produto acabado ou um item. Deve estar alinhado ao que chamamos de plano de produção, onde estarão inclusas todas as variáveis possíveis para produção. Para se produzir qualquer item, temos que tornar esta tarefa viável e, para atingirmos este objetivo, os planos devem ser os mais precisos possível. O PMP nos fornece o que é necessário para se cumprir os prazos e atendermos à demanda, ele desagrega o chamado plano agregado. Exemplo: Plano agregado Meses Janeiro Fevereiro Total de escadas 1850 1550Previstas pela demanda Plano mestre de produção Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Escadas de 2 metros 400 450 320 400 Escadas de 3 metros 350 300 300 250 Escadas de 5 metros 200 180 Escadas de 10 metros 150 100 (Mostra o funcionamento do plano agregado e do plano mestre de produção) Exemplo Um fabricante de escadas de alumínio apresenta para a produção, conforme a previsão de demanda, seu planejamento agregado, transformado em plano mestre de produção. Nestas duas interfaces não se definem em detalhes como será a fabricação, eles possuem uma visão mais ampla e totalizadora. Para que de fato a produção seja executada, realmente temos outras interfaces. Nestas duas interfaces, não se definem em detalhes como será a fabricação, eles possuem uma visão mais ampla e totalizadora. Para que de fato a produção seja executada, realmente temos outras interfaces que serão estudadas a seguir. MRP- Material Requeriments Planning Também conhecido como planejamento das necessidades de material, é muito empregado em períodos de planejamento para execução, onde explodimos o item que será fabricado e listamos todas as peças. Com estas informações é possível, então, para cada item gerado nesta lista, verificar o tempo de fabricação de cada peça, o tempo de suprimento, e com estas informações saberemos quando devemos disparar um pedido para cada item. Podemos também gerar dois documentos diferentes: Os chamados planos de necessidades brutas, quando não possuímos este item no nosso estoque, que resultará em uma necessidade de compra (aqui devemos também considerar o tempo de uma licitação da compra). Outro documento chamamos de plano de necessidades líquidas, quando possuímos este item em nosso estoque e apenas é necessário a requisição para envio deste item do almoxarifado para a produção. Claro que o prazo, neste caso, é bem menor do que o anterior. Para uma melhor compreensão, vamos mostrar um farol de automóveis. No exemplo, temos o que é encontrado nos conhecidos fuscas. Na visão do MRP, este item (farol) seria explodido e, então, cada peça ou componente agora, será identificado e mapeado. Teremos, para cada item, prazo de fabricação, localização, tempo de entrega, de distribuição, preço, prazos finais. O MRP, então, irá disparar os planos de necessidades brutas e líquidas com uma maior precisão, viabilizando desta forma a produção do farol de maneira que atenda aos prazos exigidos. Quanto mais complexo for o item produzido, mais trabalhoso será o MRP. Com a atualização dos computadores, este trabalho fica mais fácil e seu emprego é mais amplo, o que não impede desta técnica ser utilizada manualmente. Para uma melhor compreensão, vamos mostrar um farol de automóveis. No exemplo, temos o que é encontrado nos conhecidos fuscas. Na visão do MRP, este item (farol) seria explodido e, então, cada peça ou componente agora, será identificado e mapeado. Teremos, para cada item, prazo de fabricação, localização, tempo de entrega, de distribuição, preço, prazos finais. O MRP, então, irá disparar os planos de necessidades brutas e líquidas com uma maior precisão, viabilizando desta forma a produção do farol de maneira que atenda aos prazos exigidos. Quanto mais complexo for o item produzido, mais trabalhoso será o MRP. Com a atualização dos computadores, este trabalho fica mais fácil e seu emprego é mais amplo, o que não impede desta técnica ser utilizada manualmente. MRP II – Manufacturing Resource Planning Também conhecido como planejamento dos recursos da manufatura com a implementação e emprego da informática, a técnica do MRP foi incrementada com maiores informações e integração dos departamentos. Aqui, inclusive, é envolvido setor de finanças, contabilidade, RH, e qualquer outro que interesse em obter informações e necessite interagir com o a produção direta ou indiretamente. Pois através do MRP II é possível, por exemplo: Exemplo Avaliar custo de mão de obra, gerando as informações necessárias para o fechamento de folha de pagamento. Ou seja, o MRP II emprega não só as quantidades de itens, mas todas as informações que seja, interligadas com a ação de produzir. ERP – Enterprise Resource Planning Também conhecido como planejamento dos recursos da corporação com a interligação direta entre fornecedores, clientes, fábrica, escritório, distribuição, entre outros. Sendo possível com o emprego da era da informação e emprego do chamado EDI – eletric data interchange, o chamado de intercâmbio eletrônico de dados. O ERP permite que todos os envolvidos sejam, automaticamente informados e possibilita ainda uma total interação de informações e comandos. Seu emprego nos dias de hoje se torna peça fundamental, principalmente em se tratando de negócios globalizados e cada vez mais velozes. Existem hoje diversos softwares que utilizam deste princípio e estão cada vez mais fortes no mercado mundial. O mais conhecido e empregado pelas grandes corporações é o SAP, onde a complexidade de operações e utilização é grande. Notas Referências P E N D E N T E Próximos Passos Administração de Estoques, Conceitos, Classificações. Explore Mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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