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Infecções das vias aéreas superiores (IVAS)

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Julia Paris Malaco 
SP1 – Febre, inflamação e infecção 
 
Anatomia 
 
Via aérea superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nariz 
O nariz é um órgão especial na entrada do sistema 
respiratório, que é dividido em uma parte externa 
visível e em uma parte interna dentro do crânio, 
denominada cavidade nasal. 
A parte externa do nariz, a porção do nariz 
recoberta de músculo e pele e visível na face, é 
uma extensão de osso e cartilagem, com uma 
parede divisória interna e duas vias de entrada (as 
narinas). 
A cartilagem do septo nasal ímpar forma a parte 
anterior do septo nasal, que divide a parte externa 
e a parte interna do nariz em câmaras direita e 
esquerda. A cartilagem do septo nasal está 
articulada com a lâmina perpendicular do osso 
etmoide e com o osso vômer para formar a parte 
restante do septo nasal. Está também articulada 
com os ossos nasais e as cartilagens nasais laterais. 
As cartilagens nasais laterais pares formam os 
lados da porção intermediária da parte externa 
do nariz. 
As cartilagens alares maiores formam os lados da 
porção inferior da parte externa do nariz. As 
cartilagens alares maiores formam as margens 
medial e lateral das narinas. Por fim, existem três ou 
quatro pequenas peças de cartilagem posteriores 
às cartilagens alares maiores, 
denominadas cartilagens alares menores. 
Como consiste em cartilagem hialina flexível, o 
esqueleto cartilagíneo da parte externa do nariz é 
ligeiramente flexível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As aberturas na parte externa do nariz são 
as narinas, que continuam como cavidades com 
tamanho aproximado da ponta de um dedo, 
denominadas vestíbulos do nariz. 
 
 
Em uma localização mais profunda no crânio, 
além da região dos vestíbulos do nariz, encontra-
se a cavidade nasal, também denominada parte 
interna do nariz. Trata-se de um grande espaço na 
face anterior do crânio, situado inferiormente aos 
ossos nasais e superiormente à cavidade oral, 
formando a maior parte do nariz. 
 
Anteriormente, a cavidade nasal funde-se com a 
parte externa do nariz, e, posteriormente, a parte 
interna do nariz comunica-se com a faringe por 
meio de duas aberturas, denominadas cóanos. Os 
ductos dos seios paranasais (seios frontal, 
esfenoidal e maxilar e células etmoidais) e 
os ductos lacrimonasais, que drenam as lágrimas 
das glândulas lacrimais, também se abrem dentro 
da cavidade nasal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As paredes laterais da cavidade nasal são 
formadas pelos ossos etmoide, maxila, lacrimal, 
palatino e conchas nasais inferiores. O etmoide 
também forma o teto. As lâminas horizontais dos 
palatinos e os processos palatinos da maxila, que 
Julia Paris Malaco 
juntos constituem o palato duro, formam o 
assoalho da cavidade nasal. 
 
A cavidade nasal é dividida em duas regiões – a 
grande região respiratória inferior e a 
pequena região olfatória superior. 
A cavidade nasal é dividida por um septo 
nasal intermediário em metades direita e 
esquerda. 
Três prateleiras, denominadas conchas, que são 
formadas por projeções das conchas nasais 
superior, média e inferior, estendem-se de cada 
parede lateral da cavidade nasal. As conchas, 
que quase alcançam o septo nasal, subdividem 
cada lado da cavidade nasal em uma série de 
vias de passagem semelhantes a sulcos – 
os meatos nasais superior, médio e inferior. A 
cavidade nasal e suas prateleiras são revestidas 
por uma túnica mucosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As células receptoras olfatórias, as células de 
sustentação e as células basais situam-se na 
região olfatória, a membrana que reveste a 
concha nasal superior e o septo nasal adjacente. 
Essa região é denominada epitélio olfatório. Esse 
epitélio contém cílios, porém não apresenta 
nenhuma célula caliciforme. Inferiormente ao 
epitélio olfatório, a túnica mucosa contém 
capilares e epitélio pseudoestratificado colunar 
ciliado, com numerosas células caliciformes; esse 
epitélio na região respiratória é 
denominado epitélio respiratório. 
Conforme o ar inalado gira pelas conchas e 
meatos, ele é aquecido pelo sangue circulante 
nos capilares abundantes. O muco secretado 
pelas células caliciformes umedece o ar e retém 
as partículas de poeira. A drenagem dos ductos 
lacrimonasais e, talvez, as secreções dos seios 
paranasais também ajudam a umedecer o ar. Os 
cílios movimentam o muco e as partículas de 
poeira aprisionadas em direção à faringe, a partir 
da qual podem ser removidos (i. e., deglutidos ou 
cuspidos) do sistema respiratório. 
 
Em resumo, as estruturas internas do nariz 
desempenham três funções: 
 Aquecimento, umedecimento e filtração do 
ar que entra; 
 Detecção de estímulos olfatórios (olfação); 
 Modificação das vibrações da fala conforme 
passam pelas grandes câmaras ocas de 
ressonância. A ressonância refere-se ao 
prolongamento, amplificação ou 
modificação de um som por meio de 
vibração. 
 
 Faringe 
A faringe é um tubo afunilado, com cerca de 13 
cm de comprimento, que começa nos cóanos e 
que se estende até o nível da cartilagem 
cricóidea, a cartilagem mais inferior da laringe. A 
faringe localiza-se imediatamente posterior às 
cavidades nasal e oral e a laringe, continua-se 
como esôfago e está anterior às vértebras 
cervicais. 
Sua parede é composta de músculos esqueléticos 
e revestida de túnica mucosa. Os músculos 
esqueléticos relaxados ajudam a manter a faringe 
desobstruída. A contração dos músculos 
esqueléticos auxilia na deglutição. 
 
A faringe atua como uma via de passagem para 
o ar e para o alimento, fornece uma câmara de 
ressonância para os sons da fala e abriga as 
tonsilas, que participam nas reações imunológicas 
contra invasores estranhos. 
 
Julia Paris Malaco 
A faringe pode ser dividida em três regiões 
anatômicas: 
 A parte nasal da faringe, 
 A parte oral da faringe e 
 A parte laríngea da faringe. 
A parte superior da faringe, denominada parte 
nasal, situa-se posteriormente à cavidade nasal e 
estende-se até o plano do palato mole. O palato 
mole, que forma a parte posterior do teto da 
boca, é uma divisão muscular arqueada entre as 
partes nasal e oral da faringe, que é recoberta por 
túnica mucosa. 
Existem cinco aberturas na parede da parte nasal 
da faringe: dois cóanos, duas aberturas que levam 
às tubas auditivas, os óstios faríngeos da tuba 
auditiva (comumente conhecidas como trompas 
de Eustáquio) e uma única abertura na parte oral 
da faringe. 
A parede posterior também contém a tonsila 
faríngea (adenoide). Por meio dos cóanos, a parte 
nasal da faringe recebe o ar proveniente da 
cavidade nasal e recebe porções de muco 
carregado de poeira. A parte nasal da faringe é 
revestida com epitélio pseudoestratificado 
colunar ciliado, e os cílios movimentam o muco 
para baixo, em direção à parte mais inferior da 
faringe. A parte nasal da faringe também troca 
pequenas quantidades de ar com as tubas 
auditivas para igualar a pressão de ar entre a 
orelha média e a atmosfera. 
 
A parte intermediária da faringe, a parte oral, 
situa-se posteriormente à cavidade oral e 
estende-se desde o palato mole, inferiormente, 
até o nível do osso hioide. Além de se comunicar 
superiormente com a parte nasal da faringe e 
inferiormente com a parte laríngea da faringe, a 
parte oral apresenta uma abertura anterior, 
o istmo das fauces, a abertura da boca. Essa parte 
da faringe desempenha funções tanto respiratória 
quanto digestória, visto que se trata de uma via de 
passagem comum para o ar, o alimento e os 
líquidos. Como a parte oral da faringe está sujeita 
a sofrer abrasão por partículas de alimento, ela é 
revestida com epitélio estratificado pavimentoso 
não queratinizado. Na parte oral da faringe, 
encontram-se doispares de tonsilas, as tonsilas 
palatinas e as tonsilas linguais. 
 
A parte inferior da faringe, a parte laríngea da 
faringe, começa no nível do osso hioide. Em sua 
extremidade inferior, continua-se como o esôfago 
e, comunica-se anteriormente com a laringe 
(“caixa de voz”). Assim como a parte oral da 
faringe, a parte laríngea da faringe é uma via 
tanto respiratória quanto digestória e é revestida 
por epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado. 
 
O suprimento arterial da faringe inclui a artéria 
faríngea ascendente, a artéria palatina 
ascendente, um ramo da artéria facial, a artéria 
palatina descendente e ramos faríngeos da 
artéria maxilar e os ramos musculares da artéria 
tireóidea superior. As veias da faringe possuem 
nomes semelhantes aos das artérias e drenam 
para o plexo pterigóideo e para as veias jugulares 
internas. 
Os músculos da faringe são inervados, em sua 
maior parte, por ramos nervosos do plexo faríngeo 
suprido pelos nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago 
(NC X). 
 
 Laringe 
A laringe é uma via de passagem curta, que une 
a laringofaringe com a traqueia. 
Situa-se na linha mediana do pescoço, anterior à 
4ª, 5ª e 6ª vértebras cervicais (C IV-C VI). 
A parede da laringe é composta de 9 cartilagens, 
sendo 3 ímpares (cartilagem tireóidea, cartilagem 
epiglótica e cartilagem cricóidea), e 3 pares 
(cartilagens aritenóides, cuneiformes e 
corniculadas). 
 
 Traqueia 
A traqueia é uma via de passagem tubular para o 
ar, formada por músculo liso com anéis 
cartilaginosos incompletos, que mede cerca de 12 
cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro, que 
auxiliam na passagem de ar, e impede o 
colabamento. 
Possui células caliciformes ciliadas, que produzem 
muco. 
Localiza-se anteriormente ao esôfago e estende-
se da laringe até a margem superior da 5ª vértebra 
torácica (T V), onde se divide em brônquios 
principais direito e esquerdo. 
Apresenta de 16 a 20 anéis horizontais incompletos 
de cartilagem hialina assemelham-se à letra C 
Podem ser sentidos através da pele, inferiormente 
à laringe. A parte aberta de cada anel de 
cartilagem em forma de C está orientada 
posteriormente, em direção ao esôfago e é 
envolvida por uma membrana fibromuscular. 
Os anéis de cartilagem sólidos em forma de C 
fornecem um suporte semirrígido para manter a 
traqueia desobstruída, de modo que a parede da 
traqueia não colapse internamente (em particular 
durante a inspiração) e não obstrua a via de 
passagem do ar. 
Em condições normais, o ar chegará à traqueia 
em uma temperatura de 37ºC e com 100% de 
umidade. 
Logo a respiração por meio da boca não é tão 
boa, pois não aquece e nem umidifica o ar, 
principalmente em ambiente muito frio. 
Julia Paris Malaco 
 Ouvido médio 
Separada do ouvido externo (orelha externa) pela 
membrana timpânica, o ouvido médio (orelha 
média) é uma cavidade preenchida por ar, 
situada no interior da parte petrosa do osso 
temporal. 
A tuba faringo timpânica (trompa auditiva) 
conecta o ouvido médio (orelha média) à 
nasofaringe, enquanto o antro mastoideo a 
conecta às células da mastóide. 
O ouvido médio (orelha média) contém os 
ossículos auditivos (ossículos do ouvido), tendões 
dos músculos estapédio e tensor do tímpano, o 
nervo da corda do tímpano e o plexo timpânico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infecção viral X 
bacteriana 
 
Infecção viral 
 
Um vírus é um minúsculo organismo infeccioso 
(muito menor que um fungo ou uma bactéria) que 
necessita de uma célula viva para se reproduzir. O 
vírus adere a uma célula, geralmente de um tipo 
específico e, uma vez dentro dela, liberta o seu 
DNA ou RNA. O DNA ou RNA do vírus é o material 
genético que contém todas as informações 
necessárias para fazer cópias (réplicas) do vírus. O 
material genético do vírus passa a controlar a 
célula e a obriga a multiplicar o vírus. Geralmente, 
a célula infectada morre porque o vírus a impede 
de realizar suas funções normais. Antes de morrer, 
a célula libera novos vírus que infectarão outras 
células. 
 
Provavelmente, as infecções virais mais comuns 
são: 
Infecções respiratórias: infecções do nariz, da 
garganta, das vias respiratórias superiores e dos 
pulmões 
As infecções respiratórias mais comuns são as 
infecções do trato respiratório superior, as quais 
incluem dor de garganta, sinusite e o resfriado 
comum. 
Outras infecções respiratórias virais 
incluem gripe, pneumonia e coronavírus. 
 
Em crianças pequenas, os vírus comumente 
também causam crupe (inflamação das vias 
respiratórias superiores e inferiores, chamada 
laringotraqueobronquite) ou das vias respiratórias 
inferiores (bronquiolite). 
 Crupe: é uma inflamação da traqueia e da 
laringe normalmente causada por uma 
infecção viral contagiosa que causa tosse, um 
som estridente e alto (estridor) e, às vezes, 
dificuldade para inspirar (inspiração). 
 O crupe é causado por uma infecção viral 
que leva ao inchaço do revestimento das 
vias respiratórias, especialmente da área 
logo abaixo da laringe. 
 A causa mais comum de crupe é: Vírus 
parainfluenza 
 Os sintomas incluem febre, corrimento 
nasal e uma tosse típica semelhante a um 
latido. 
 O diagnóstico é estabelecido em função 
dos sintomas. 
As infecções respiratórias têm mais probabilidade 
de causar sintomas graves em bebês, pessoas 
mais idosas e em pessoas com doença pulmonar 
ou cardíaca. 
 
Outros vírus infectam outras partes específicas do 
corpo: 
Trato gastrointestinal: as infecções do trato 
gastrointestinal, como gastroenterite, são 
comumente causadas por vírus, como norovírus 
e rotavírus. 
Fígado: essas infecções resultam em hepatite. 
Sistema nervoso: alguns vírus, como o vírus da 
raiva e o vírus do Oeste do Nilo, infectam o 
cérebro, causando encefalite. Outros infectam as 
camadas de tecido que recobrem o cérebro e a 
medula espinhal (meninges) 
causando meningite ou poliomielite. 
Cútis: as infecções virais que afetam somente a 
pele às vezes resultam em verrugas ou outras 
manchas. Muitos vírus que afetam outras partes do 
corpo, como catapora, também causam uma 
erupção cutânea. 
Placenta e feto: alguns vírus, como o vírus Zika, o 
vírus da rubéola e o citomegalovírus, podem 
infectar a placenta e o feto de gestantes. 
Alguns vírus costumar afetar muitos sistemas do 
organismo. 
Esses vírus incluem os enterovírus (como 
coxsackievírus e ecovírus) e os citomegalovírus. 
 
As infecções virais podem se manifestar de duas 
formas 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-estapedio
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-tensor-do-timpano
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/sintomas-de-dist%C3%BArbios-do-nariz-e-da-garganta/dor-de-garganta
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/doen%C3%A7as-do-nariz-e-dos-seios-paranasais/sinusite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/resfriado-comum
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/resfriado-comum
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/influenza-gripe
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/pneumonia/pneumonia-adquirida-na-comunidade
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/coronav%C3%ADrus-e-s%C3%ADndromes-respirat%C3%B3rias-agudas-covid-19-mers-e-sars
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-respirat%C3%B3rios-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/crupe
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-respirat%C3%B3rios-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/bronquiolite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/gastroenterite/gastroenterite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%A3o-por-rotav%C3%ADrushttps://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/vis%C3%A3o-geral-da-hepatite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/raiva
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/raiva
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/encefalite#v26247332_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/meningite/meningite-viral
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/enterov%C3%ADrus/poliomielite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-da-pele/condilomas
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpesv%C3%ADrus/catapora
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/arbov%C3%ADrus-arenav%C3%ADrus-e-filov%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%A3o-por-v%C3%ADrus-zika
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/rub%C3%A9ola
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpesv%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%A3o-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/enterov%C3%ADrus/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-por-enterov%C3%ADrus
Julia Paris Malaco 
Infecções agudas: O termo infecção aguda 
indica a produção rápida de vírus seguida da 
resolução e eliminação rápida da infecção pelo 
hospedeiro. Essas infecções podem ser localizadas 
quando se restringem aos tecidos e órgãos que 
inicialmente foram utilizados como porta de 
entrada pelo vírus. O aparecimento de 
manifestações sintomáticas ocorre no ponto de 
infecção, levando paralelamente a proliferação 
viral localizada. As infecções agudas sistémicas 
representam os quadros infecciosos que se 
distribuem através do organismo e alcançam 
distintos tecidos e órgãos simultaneamente. 
 
Infecções persistentes: Ao contrário das infecções 
agudas, as infecções persistentes não são 
eliminadas rapidamente e as partículas virais ou 
produtos virais continuam a ser produzidos por 
longos períodos. As partículas infecciosas podem 
ser produzidas continua ou intermitentemente por 
meses ou anos. 
Existem três tipos de infecções persistentes: 
 
 Infecção crónica: o vírus é continuamente 
replicado e excretado. 
 Infecção de evolução lenta: caracteriza-se 
por longos períodos de incubação. O 
desenvolvimento da doença tem um curso 
longo, progressivo e frequentemente fatal. 
 Infecções latentes: O vírus persiste numa forma 
"não infecciosa” com períodos intermitentes 
de reactivação. O período de latência de 
uma virose é definido como o período em que 
o vírus permanece no organismo sem provocar 
manifestações clínicas. Geralmente no 
período de latência não há detecção de 
partículas virais. 
 
 Transmissão 
 Engolidos 
 Inalados 
 Disseminados pelas picadas de insetos, 
como mosquitos, certas moscas que picam 
ou carrapatos. 
 Transmitidos sexualmente (em doenças 
sexualmente transmissíveis) 
 Disseminados durante a transfusão de 
sangue contaminado 
 Contato com feridas 
 Saliva da pessoa contaminada; 
 Tosse ou espirro. 
 Objetos contaminados 
 Água ou alimentos contaminados 
 
Transmissão horizontal: Representa a transmissão 
de vírus de um indivíduo para outro da mesma 
espécie ou não. As vias de transmissão podem ser 
por contacto directo (indivíduo infectado para 
hospedeiro susceptível) ou indirecto (através de 
gotículas ou perdigotos), veiculada por água ou 
alimentos contaminados ou através de vectores 
representados por animais vertebrados ou 
invertebrados. 
Transmissão vertical: É representada pela 
transmissão do vírus da mãe para o embrião/feto, 
durante a gestação, ou durante o nascimento 
pela passagem através do canal do parto, ou 
ainda pela amamentação. 
 
 As principais infecções virais são: 
 Sarampo 
 Catapora 
 Resfriado comum 
 Varicela 
 Caxumba 
 Rubéola 
 Dengue 
 AIDS 
 Febre Amarela 
 Varíola 
 Gripe 
 COVID-19 
 Meningite viral 
 Gastroenterite viral (inflamação do trato 
digestivo) 
 Vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
 Hepatite viral 
 Vírus zika 
 Poliomielite 
 
 Sintomas 
As infecções virais também costumam causar 
febre, além de cansaço, dor no corpo, dor de 
cabeça, falta de apetite, mal estar e vômito. No 
entanto, cada doença por vírus tem seus próprios 
sintomas. Elas podem variar de condições pouco 
graves, cujos problemas se curam sozinhos, até 
enfermidades mais sérias, que podem inclusive 
levar à morte. 
 
Algumas doenças causadas por vírus, no entanto, 
desencadeiam alguns sintomas mais específicos e 
que ajudam em um diagnóstico mais preciso, tais 
como: 
Icterícia: é um sinal clínico que se caracteriza pela 
coloração amarelada da pele e das mucosas. A 
hepatite é uma doença viral que pode 
desencadear esse sintoma. 
Bolhas vermelhas que coçam muito: podem ser 
observadas, por exemplo, em quadros de 
catapora. 
Paralisia: pode ocorrer em casos de poliomielite. 
Inchaço e dor nas glândulas salivares: são muito 
comuns em casos de caxumba. 
Verrugas genitais: são um dos sintomas causados 
pela infecção pelo HPV. 
Julia Paris Malaco 
Manchas vermelhas no corpo: podem, 
juntamente com outros sintomas, auxiliar no 
diagnóstico de problemas como zika e rubéola. 
Coriza: sintoma também conhecido como “nariz 
escorrendo”, pode ser um sinal de gripe ou 
resfriado. 
 
 Períodos da infecção: 
Período de incubação: Corresponde ao período 
compreendido entre o início da infecção até o 
momento em que os primeiros sintomas se tornam 
aparentes. Na maioria das viroses, o período de 
incubação varia entre 2 e 15 dias. O período de 
incubação mantém uma relação de 
proporcionalidade com o período de 
transmissibilidade. Ou seja, quanto maior for o 
período de incubação, mais tempo o organismo 
permanece a transmitir o vírus. 
 
Período prodrómico: Período da infecção em que 
o indivíduo apresenta sintomas clínicos 
generalizados e inespecíficos da doença (por 
exemplo febre, mal estar, dor de cabeça, náuseas 
e enjoos, mialgia) e que antecede os sintomas 
característicos da doença. 
 
Período de transmissão: Período durante o qual o 
indivíduo infectado permanece excretando e 
transmitindo o vírus. 
 
 Definições 
Infecção: Trata-se do conflito entre os mecanismos 
de defesa do hospedeiro e a capacidade de 
agressão intrínseca do microrganismo, levando à 
implantação, crescimento e multiplicação deste 
no organismo do hospedeiro, causando algum 
tipo de prejuízo. 
A ação combinada de muitos fatores leva ao 
aparecimento de uma infecção ou doença. Uma 
infecção viral que produza reações adversas num 
hospedeiro susceptível é denominada de doença 
viral ou virose. Para que uma infecção ocorra é 
necessário que haja uma fonte de vírus com 
virulência e em número suficiente para iniciar o 
contágio do hospedeiro com maior ou menor 
resistência. 
 
Virulência: Representa o conjunto de mecanismos 
de agressão do microrganismo. Existem vírus mais 
virulentos (vírus da varíola), e vírus menos virulentos 
(vírus da gripe sazonal). O grau de virulência está 
diretamente relacionado à capacidade do vírus 
causar doença a despeito dos mecanismos de 
defesa do hospedeiro. 
 
A virulência é afetada por diversas variáveis tais 
como a quantidade de unidades infectantes, a 
rota de entrada no corpoe defesas não 
específicas e específicas do hospedeiro. Ou seja, 
um vírus de baixa virulência em adultos sadios 
pode comportar-se muito virulento em crianças, 
idosos e/ou em indivíduos imunossuprimidos por 
deficiências imunológicas. 
 
Resistência: Trata-se do conjunto de defesas 
apresentadas pelo hospedeiro. Uma infecção viral 
não implica obrigatoriamente o aparecimento de 
doença, se os mecanismos de defesa do corpo 
funcionarem eficazmente. O hospedeiro destrói o 
vírus ou permanece infectado sem apresentar 
sintomas. Neste último caso, o hospedeiro é 
caracterizado como portador de um vírus. Os 
portadores assintomáticos representam um 
importante problema de saúde pública porque é 
muito pouco provável que procurem tratamento 
médico e terão uma probabilidade muito maior 
de espalhar o agente infeccioso do que indivíduos 
com sintomas. 
 
 As vacinas virais de uso geral incluem: 
 Hepatite A 
 Hepatite B 
 Papilomavírus humano (HPV) 
 Gripe 
 Encefalite japonesa (inflamação do cérebro) 
 Sarampo, caxumba e rubéola 
 Poliomielite 
 Raiva 
 Rotavírus 
 Varicela 
 Cobreiro (herpes zóster) 
 Febre amarela 
 
 
Infecção bacteriana 
 
As bactérias são organismos microscópicos 
unicelulares. Muitas bactérias vivem sobre e 
dentro do corpo das pessoas e dos animais, sobre 
a pele, nas vias respiratórias, na boca e nos tratos 
digestivo, reprodutivo e urinário, sem causar 
nenhum dano. Essas bactérias são denominadas 
flora habitual ou o microbioma. O número de 
bactérias em nossa microbiota é, no mínimo, igual 
ao número de células no organismo. Muitas floras 
habituais são efetivamente úteis para as pessoas 
ajudando-as, por exemplo, a digerir alimentos ou 
prevenindo o crescimento de outras bactérias 
mais perigosas. 
 
Apenas alguns tipos de bactérias causam 
doenças. Elas são chamadas de patógenos. Às 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-hepatite-a
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-hepatite-b
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-o-papilomav%C3%ADrus-humano-hpv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-influenza
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-sarampo-caxumba-e-rub%C3%A9ola
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-a-p%C3%B3lio
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/raiva
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-rotav%C3%ADrus
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-a-varicela
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7%C3%A3o/vacina-contra-herpes-z%C3%B3ster
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/arbov%C3%ADrus-arenav%C3%ADrus-e-filov%C3%ADrus/febre-amarela#v12823120_pt
Julia Paris Malaco 
vezes, bactérias que residem normalmente de 
forma não prejudicial no corpo causam doenças. 
As bactérias podem causar doença ao 
produzirem substâncias nocivas (toxinas), ao 
invadirem tecidos ou ambos. Algumas bactérias 
podem desencadear inflamações que podem 
afetar o coração, o sistema nervoso, os rins e o 
trato gastrointestinal. Algumas bactérias (como 
Helicobacter pylori) aumentam o risco de câncer. 
 
As bactérias podem ser classificadas de várias 
maneiras: 
Nomes científicos: As bactérias, assim como outros 
seres vivos, são classificadas por gênero (com 
base em terem uma ou várias características 
similares) e, dentro do gênero, por espécie. O 
nome científico delas é por gênero seguido pela 
espécie (por exemplo, Clostridium botulinum). 
Dentro da espécie, há muitos tipos diferentes, 
chamados cepas. As cepas diferem na formação 
genética e nos componentes químicos. Às vezes, 
certos medicamentos e vacinas são eficazes 
somente contra determinadas cepas. 
 
Coloração: A coloração de Gram é um processo 
de coloração comumente usado. Algumas 
bactérias ficam com a coloração azul, são 
chamadas de Gram-positivas. Outras ficam com a 
coloração vermelha, são chamadas de Gram-
negativas. 
 Bactérias Gram positivas: tem parede celular 
mais espessa, com grande quantidade de 
peptideoglicano, a qual retém uma 
coloração cristal-violeta. São coradas 
facilmente pois o corante se ancora ao 
peptideoglicano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bactérias Gram negativas: parece celular fina 
localizada entre duas membranas de 
bicamadas fosfolipídicas. Possui uma 
membrana plasmática interna e externa e 
entre elas está a camada de peptideoglicano 
que é muito menor. Na membrana externa 
encontra-se grande quantidade de 
lipoproteínas e lipopolissacarideos (LPS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas: Todas as bactérias podem ser 
classificadas como uma de três formas básicas: 
esferas (cocos), bastonetes (bacilos) e espirais ou 
hélices (espiroquetas). 
 
Necessidade de oxigênio: As bactérias são 
também classificadas pela necessidade que têm 
do oxigênio para viver e crescer. Aquelas que 
precisam de oxigênio são chamadas de 
aeróbicas. Aquelas que têm dificuldade de viver 
ou crescer quando há oxigênio são chamadas de 
anaeróbias. Algumas bactérias, chamadas 
bactérias facultativas, podem viver e crescer com 
ou sem a presença de oxigênio. 
 
 Transmissão 
 Saliva (tuberculose, lepra, difteria, 
coqueluche); 
 Contato com alimento ou objeto 
contaminado (disenteria bacilar, tétano, 
tracoma); 
 Contato sexual (gonorreia, sífilis). 
 
 Sintomas 
Sintomas típicos de qualquer infecção, seja o 
causador um animal, fungo, bactéria ou vírus 
incluem: 
 Febre 
 Tosse e espirro; 
 Dor no corpo; 
 Cansaço/Fadiga; 
 Náusea e vômito; 
 Edema local. 
 
 As principais doenças causadas por bactérias 
são: 
 Tuberculose 
 Infecções do trato urinário 
 Faringite estreptocócica 
 Disenterias Bacterianas 
 Meningite meningocócita 
 Gonorreia 
 Coqueluche 
 Garganta inflamada 
 Infecção urinária 
 Intoxicação alimentar bacteriana 
 Tétano 
 Lepra ou hanseníase 
 
Julia Paris Malaco 
 Resistência a antibióticos 
Algumas bactérias são naturalmente resistentes a 
determinados antibióticos. 
Outras bactérias desenvolvem resistência a 
medicamentos porque elas adquirem genes de 
outras bactérias que se tornaram resistentes ou 
porque seus genes sofrem mutação. 
Os genes que codificam a resistência ao 
medicamento podem ser passados para as 
gerações seguintes de bactérias ou, às vezes, até 
mesmo para outras espécies de bactérias. 
Quanto mais frequentemente são usados 
antibióticos, mais provável é o desenvolvimento 
de bactérias resistentes. Portanto, os especialistas 
recomendam que os médicos utilizem antibióticos 
tão somente quando for necessário. Em especial, 
os médicos devem prescrever antibióticos 
somente para infecções causadas por bactérias, 
não para aquelas causadas por vírus, tais como 
em resfriados ou gripe. Dar antibióticos a pessoas 
que provavelmente não têm infecção 
bacteriana, tais como aquelas que apresentam 
tosse e sintomas de resfriado, não melhora o 
estado das pessoas, mas ajuda a criar bactérias 
resistentes. Devido ao consumo generalizado (e 
abusivo), muitas bactérias são resistentes a certos 
antibióticos. 
As bactérias resistentes podem ser transmitidas de 
pessoa para pessoa. 
 
 Vacinas 
As vacinas bacterianas podem ser constituídas por 
células inteiras inativadas, por subunidades que se 
caracterizam por estruturas que fazem parte da 
célula bacteriana. Podem também constituir 
vacinas bacterianas, moléculas purificadas como 
polissacarídeos capsulares, proteínas nativas ou 
mesmorecombinantes. Com o advento da 
vacinologia reversa, diversas proteínas 
identificadas como alvos importantes em 
infecções bacterianas, estão sendo expressas em 
diferentes vetores, purificadas e testadas como 
alvos vacinais potenciais. 
 Difteria e tétano (DT) 
 Pneumocócica 
 
 Agentes por idade 
Meningite 
Agentes mais comuns em RN 
 Streptococcus grupo B 
 E. colli 
 Listeria (comum em idosos também) 
1 mês até 20 anos 
 Meningococo (1º) 
 Pneumococo (2º) 
 Haemophilus influenzae (pouco comum hoje 
em dia) 
A partir dos 20 anos 
 Pneumococo (1º) 
 Meningococo (2º) 
 
 
Diferença bacteriana e viral 
 
 Infecções bacterianas costumam 
provocar febre mais alta e inconstante 
durante o dia, acima de 38°C 
 As doenças causadas por bactérias 
costumam causar mais dor em um local 
específico do corpo. 
 As bactérias produzem diversas toxinas que 
podem ser identificadas no local; 
 A cor do catarro (esputo) costuma ser mais 
escuro, amarelado ou até esverdeado; 
 Infecções bacterianas podem formar 
exsudatos - placas (não é exclusivo de 
bactérias) 
 Infecçoes bacterianas ostumam piorar 
com o tempo. 
 Infecções virais duram mais tempo 
 Provocam um aumento maior do número 
de glóbulos brancos. 
 
 
Infecção bacteriana Infecção viral 
 
 
Definição 
Microorganismos 
unicelulares, a maioria 
faz parte da microbiota 
normal. Patógenos 
causam doenças 
Microorganismo que 
possui DNA e RNA em seu 
interior para sua 
multiplicação. 
 
Proliferação 
Diversos ambientes 
(calor, frio, intestino, 
etc) 
Hospedeiros vivos – 
parasitas intracelulares 
obrigatórios 
 
Transmissão 
Saliva, alimento ou 
objeto contaminado, 
contato sexual 
Saliva, tosse, espirro, 
feridas, alimento, agua, 
objeto contaminado, 
contato sexual, picada 
de inseto, sangue 
 
 
 
Sinais e 
sintomas 
 
- Febre alta (acima de 
38ºc) 
- Dores em locais 
específicos do corpo 
- Catarro escuro 
(amarelo-esverdeado) 
- Piora com o tempo 
- Apresenta placas 
purulentas (geralmente 
em infecção de 
garganta) 
- Aumento de glóbulos 
brancos 
- Febre mais baixa 
- Tosse e espirros, 
geralmente 
- Cansaço e mal estar 
- Falta de apetite 
- Dores no corpo 
- Dor de cabeça 
- Coriza 
- muco claro e fino 
 
Hemograma 
Leucocitose com 
neutrofilia algumas 
vezes com desvio a 
esquerda 
Linfocitose, linfopenia e 
presença de linfócitos 
atípicos 
 
Tratamento 
Antibióticos específicos 
+ tratamento de 
sintomas 
Tratamento de sintomas 
Julia Paris Malaco 
IVAS 
Ref: file:///C:/Users/Ideal/Downloads/guidelines_completo_07.pdf 
 
As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) são 
um dos problemas mais comuns encontrados em 
serviços de atendimento médico pediátricos, 
resultando em uma morbidade significativa em 
todo o mundo. As IVAS são a causa mais comum 
de crianças atendidas por infecção respiratória 
aguda. 
As infecções virais das vias aéreas superiores (IVAS) 
são a doença mais comum que afeta os seres 
humanos. Enquanto a população adulta 
desenvolve 2 a 5 episódios no ano, as crianças em 
idade escolar desenvolvem de 7 a 10 episódios no 
decorrer do ano. 
As três infecções de vias aéreas superiores mais 
comuns são: Rinofaringite aguda (“resfriado”), 
Faringoamigdalite aguda (“infecção de 
garganta”) e Rinosinussite aguda (“sinusite”). 
 
Gripe e resfriado (viral) 
 
Sabe-se que 0,5 a 2% das IVAS evoluem para uma 
rinossinusite bacteriana, e aproximadamente 90% 
das rinossinusites bacterianas são precedidas por 
um episódio viral. O resfriado comum ou uma gripe 
podem ainda evoluir para otite, 
faringoamigdalite, laringite e pneumonia. 
 
 Agentes causadores 
Resfriado: O rinovírus é o mais prevalente, sendo 
responsável por cerca de 30-50% das infecções, 
enquanto o coronavírus é o segundo mais 
prevalente, responsável por 10-15% dos quadros. 
Outros vírus citados são o parainfluenza, vírus 
sincicial respiratório, adenovírus e enterovírus. O 
vírus sincicial respiratório é responsável por muitos 
sintomas que se assemelham a um quadro gripal. 
Período de contágio: desde algumas horas antes, 
até dois dias após o início dos sintomas 
 
Gripe: A gripe, no entanto, é causada 
exclusivamente pelos vírus influenza 
(principalmente A) que são responsáveis por 5- 
15% das IVAS. 
A morbidade é concentrada em crianças em 
idade escolar e em adultos saudáveis, mas as 
percentagens mais elevadas de mortalidade, 
decorrentes da infecção pelo vírus da gripe, 
ocorrem em indivíduos com mais de 65 anos. 
Os vírus influenza A apresentam maior 
variabilidade e, portanto, são divididos em 
subtipos de acordo com as diferenças de suas 
glicoproteínas de superfície do envelope, as 
hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). 
Os subtipos adaptados para infectar seres 
humanos são constituídos por H1, H2, H3, e N1, N2. 
As combinações possíveis de importância 
humana são H1N1, H2N2 e H3N2. 
O subtipo H1N1 representa a etiologia mais 
comum da gripe no ser humano. 
 
O resfriado o é uma infecção leve das vias aéreas 
superiores - nariz e garganta. 
A doença afeta, principalmente, as mucosas do 
nariz e da garganta e tem maior prevalência entre 
crianças de dois a seis anos de idade, que 
apresentam de três a nove episódios de resfriado 
por ano. 
As crianças, que têm episódios recorrentes de 
resfriado durante o ano, possuem maior chance 
de desenvolverem otite média e sinusite agudas, 
por causa de sua tuba auditiva ser menor e mais 
retificada, se comparada com ao do adulto, torna 
o ouvido médio mais susceptível a desenvolver 
infecção; além disso, os episódios de resfriados 
geram um processo inflamatório da mucosa nasal, 
que pode obstruir os óstios dos seios paranasais e 
da tuba auditiva, permitindo, por vezes, a 
instalação de infecção bacteriana secundária; o 
que ocasiona sinusite e otite média agudas com 
maior frequência. 
 
 Fisiopatologia 
Enquanto o rinovírus e o coronavírus não causam 
lesão epitelial nas células nasossinusais, o influenza 
e o adenovírus geram uma lesão significante no 
epitélio nasal. 
 
Resfriado: O rinovírus, por exemplo, entra via nasal 
ou ducto nasolacrimal e ataca os receptores 
ICAM-1 nas células epiteliais na rinofaringe, 
levando a uma up-regulação da produção de 
histamina, bradicinina e outras citocinas (incluindo 
a interleucina (IL) 1, IL-6, IL-8, fator de necrose 
tumoral a e leucotrienos C4). Os vírus também 
podem suprimir as funções dos neutrófilos, 
macrófagos e linfócitos. Dessa forma, favorecem 
o crescimento de patógenos presentes na 
rinofaringe, como S. pneumoniae e H. influenzae, 
favorecendo a infecção secundária. 
 
Alguns vírus do resfriado comum rompem os 
microtúbulos das células ciliadas, levando a um 
aumento da viscosidade do muco e dificultando 
o transporte mucociliar. 
 
Gripe: O influenza vírus, por sua vez, penetra nas 
células epiteliais do trato respiratório superior e se 
replica. As células danificadas destacam-se da 
membrana basal. As células epiteliais afetadas 
tornam-se então alvos para a infecção 
bacteriana. O trato respiratório é mais suscetível às 
Julia Paris Malaco 
infecções bacterianas, uma vez que ocorre perda 
de células ciliadas, prejudicando o clearance 
mucociliar. O mecanismo pelo qual ocorre esta 
descamação, no entanto, é incerto. 
 
Segundo Eccles, os sintomas das IVAS são 
desencadeados em resposta à infecção viral no 
trato superior e à resposta imune à infecção, e não 
somente pela lesão celular. Após a invasão viral, 
há um aumento do número de macrófagos e 
estes estimulam a fase aguda da resposta 
inflamatória. Na superfície dos macrófagos existe 
um receptor “toll-like” que se combina com 
componentes virais ou bacterianos e estimulam a 
produção de citocinas. As citocinas agem 
recrutando outras células do sistema imune, 
desencadeiam a inflamação e geram sintomassistêmicos como a febre. Assim, um complexo 
misto de citocinas e mediadores proinflamatórios 
geram os sintomas das IVAS. Enquanto a 
bradicinina é a responsável pelos sintomas locais 
das IVAS (como dor de garganta e congestão 
nasal), as citocinas são responsáveis pelos 
sintomas sistêmicos como a febre. 
 
 Sintomas 
O diagnóstico das IVAS é clínico, baseado em 
sinais e sintomas. 
 
 Síndrome do resfriado comum 
Geralmente a sintomatologia é mais discreta, com 
sintomas iniciais de cefaléia, espirros, calafrios e 
dor de garganta e sintomas tardios de coriza, 
obstrução nasal, tosse e mal-estar. 
Geralmente a severidade dos sintomas aumenta 
rapidamente em 2-3 dias após a infecção, com 
uma duração média de 7-10 dias. Alguns sintomas, 
no entanto, podem persistir por mais de 3 
semanas. 
Duração de 3 a 10 dias, no mínimo 7 dias. 
 
A transmissão normalmente ocorre por via direta: 
 Gotículas de secreção nasal ou oral 
produzidas pela tosse ou espirros (aerossol). 
 Contaminação através de superfícies. 
Período de Incubação: (tempo decorrido entre a 
exposição e manifestação dos primeiros sintomas) 
– 2 a 5 dias. 
Período de contágio: (Pico de transmissão) – 2º a 
3º dia (geralmente quando estão surgindo os 
sintomas). 
Maior frequência: Meses de chuva ou frio. 
 
Exame físico: Congestão da mucosa nasal, 
faríngea e hiperemia da membrana timpânica; 
da garganta, olhos (conjuntivas), narinas e 
membranas timpânicas; Adenomegalia 
(aumento dos gânglios linfáticos). 
 Síndrome da gripe 
Tipicamente o início dos sintomas é súbito, 
caracterizado por febre alta (duração de 1 a 3 dias 
e pico nas primeiras 24 horas), cefaléia intensa, 
tosse, dor de garganta, mialgia, congestão nasal, 
cansaço, fraqueza e falta de apetite, 
apresentando, de uma forma geral, sintomas mais 
intensos do que no resfriado comum. A 
associação da tosse e da febre no mesmo 
paciente apresenta um valor preditivo positivo de 
cerca de 80% em diferenciar a infecção pelo vírus 
influenza dos outros quadros de infecção viral. 
Os sintomas da gripe tem início de 1 a 4 dias após 
a infecção 
 
Período prodrômico: De 2 a 3 dias; 
Incubação: De 1 a 5 dias após contato com o 
vírus, (média 2 dias); 
Transmissibilidade: De 2 dias antes até 7 dias 
depois do início dos sintomas (crianças 14 dias). 
 
Os sintomas das IVAS podem persistir por mais de 
15 dias aproximadamente em 7% da população 
(especialmente em crianças de 1 a 3 anos com 
cuidados em casa), em até 13% (em crianças de 
2 a 3 anos com cuidados diários fora de casa). 
Outros sintomas que podem acompanhar o 
quadro de IVAS são hiposmia, anosmia, pressão 
facial e rinorréia posterior. Diferentemente da 
crença popular, a alteração de cor da secreção 
nasal não é um sinal específico de infecção 
bacteriana. A secreção mucopurulenta pode 
ocorrer pela degradação neutrofílica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vacina da gripe 
A vacina tem sua composição atualizada 
anualmente. 
No Brasil, a proteção da vacina da gripe é dada 
por cepas de vírus influenza inativos que 
compõem a vacina ou cepas que apresentam 
relação antigênica próxima. O efeito de proteção 
tem início 10 a 15 dias após a aplicação e 
estende-se por 1 ano. 
Considerando que as vacinas disponíveis não 
estão liberadas para uso em crianças abaixo de 6 
meses, que são um grupo de risco para 
complicações, recomenda-se a vacinação das 
pessoas que cuidam dessas crianças. São 
também elegíveis para a vacinação preferencial 
as pessoas que convivem com indivíduos 
pertencentes ao grupo de risco, os profissionais da 
Julia Paris Malaco 
saúde, funcionários de creches e escolas, 
principalmente quando envolvidos no cuidado a 
crianças entre 0 e 5 meses de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
Não deve ser usada nos indivíduos que 
apresentaram GuilainBarré até 6 semanas após 
outra vacinação; em desordens neurológicas em 
atividade e em doenças febris agudas. 
Considerando que a vacina é composta de vírus 
inativos, é impossível que venha causar a doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 Diagnostico 
 Resfriado 
O diagnóstico diferencial deve ser feito com 
manifestações iniciais de várias doenças – 
Sarampo, coqueluche, infecção meningocócica 
ou gonocócica, faringite estreptocócica, 
hepatite A e mononucleose infecciosa. 
 O surgimento de um quadro de IVAS de 
repetição, com sintomas quase que 
permanentes nos períodos de inverno e 
primavera, como quadros recorrentes que 
incluem espirros, coriza, obstrução nasal, sem 
febre, deve-se suspeitar de rinite alérgica. 
 Coqueluche, em pacientes com tosses 
compridas, intermitentes, disfagia (pedir 
exames complementares, como sorologia). 
 Influenza (sintomas sistêmicos mais 
exuberantes, como febre alta, falta de 
apetite). 
 
 Gripe 
Clínico - A gripe é muitas vezes diagnosticada 
com base nos sintomas. 
Os testes em amostras de secreções respiratórias 
podem ser usados para identificar o vírus da gripe. 
Exames de sangue podem ajudar a determinar o 
grau de infecção da pessoa. 
O diagnóstico diferencial da gripe inclui: 
Nasofaringite, faringite não especificada, 
amigdalite não especificada, laringite, traqueíte, 
laringotraqueíte, infecção das vias aéreas 
superiores de localizações múltiplas e não 
especificadas. Dengue e resfriado merecem 
destaque, pois os sintomas locais e sistêmicos são 
bem semelhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tratamento 
 Fórmulas que contenham paracetamol ou 
dipirona geram alívio das dores de cabeça ou 
mialgias; 
 Fórmulas que apresentam descongestionantes 
sistêmicos como a pseudo-efedrina são 
importantes na melhora da congestão nasal, 
uma vez que são agonistas a-adrenérgicos e 
reduzem a vascularização no leito das 
conchas nasais, reduzindo o edema. 
 Os antiinflamatórios não-hormonais e os anti-
histamínicos podem aliviar os sintomas das 
IVAS, mas não reduzem o tempo da doença. 
 A lavagem nasal com solução fisiológica ou 
hipertônica é de grande valia. 
 Outras medicações incluem os 
vasoconstritores tópicos (devendo ser usados 
no máximo por cinco dias para diminuir o risco 
de efeito rebote). 
 Os mucocinéticos modificam a consistência 
das secreções do aparelho respiratório, 
facilitando seu transporte e eliminação. 
 Dentre os fitoterápicos, o Extrato EPs 7630, das 
raízes de Pelargonium sidoides apresenta 
atividade imunomoduladora ou 
imunorestauradora, atuando na resposta 
imune não específica. Apresenta, ainda, uma 
atividade antimicrobiana discreta sobre 
diferentes bactérias Gram positivas e Gram 
negativas. Além disso, o extrato exerce uma 
ação protetora contra lesões do tecido, 
dentro do contexto de defesa contra infecçõs, 
Julia Paris Malaco 
tendo portanto uma possível influência 
positiva no processo de cura. Após o 
desaparecimento dos sintomas, recomenda-
se a continuação do tratamento por mais 
alguns dias, para evitar recorrência da 
doenca. Em geral, o medicamento é utilizado 
durante um total de 5 a 7 dias. O tratamento 
antiviral tem como objetivo reduzir o impacto 
da doença. 
 Os bloqueadores de canal de íon M2 ou 
amantadanos (amantadina e rimantadina) 
são inibidores específicos da replicação viral 
do influenza A, enquanto os inibidores de 
neuraminidase (zanamivir e oseltamivir) são 
ativos contra o influenza A e B. Os resultados 
de análise de custo-benefício e efetividade 
são variados. Alguns órgãos de Saúde na 
Alemanha e Inglaterra recomendam o uso de 
neuraminidase em indivíduos de alto risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Complicações 
 Resfriado 
As crianças, que têm episódios recorrentes de 
resfriado durante o ano, possuem maior chance 
de desenvolverem otite média e sinusite agudas, 
por causa de sua tuba auditiva ser menor e mais 
retificada, se comparada com ao do adulto, torna 
o ouvido médio mais suscetível a desenvolverinfecção. 
Além disso, os episódios de resfriados geram um 
processo inflamatório da mucosa nasal, que pode 
obstruir os óstios dos seios paranasais e da tuba 
auditiva, permitindo, por vezes, a instalação de 
infecção bacteriana secundária. 
Se de 5 a 14 dias – Aparecimento, persistência, ou 
recorrência da febre além de 72 horas, 
persistência de secreção purulenta, otalgia, 
persistência da tosse, taquipneia, prostração mais 
acentuada, sugere-se ocorrência de 
complicações, sendo as mais frequentes: 
 Sinusite (dor de cabeça); 
 Otite média aguda (OMA) (Reaparecimento 
de febre – otalgia - principalmente em 
crianças de 6 a 11 meses de idade). 
Alguns agentes etiológicos, como o VSR e o 
adenovírus, podem estar associados à evolução 
para infecção de vias aéreas inferiores. 
Extensão do processo viral às vias aéreas inferiores: 
 Bronquite; 
 Bronquiolite aguda; 
 Pneumonia. 
 
 Gripe 
A complicação mais comum da gripe é a 
pneumonia, que pode ser viral, bacteriana ou 
ambas. 
Na pneumonia viral, o vírus da gripe se dissemina 
dentro dos pulmões. 
Na pneumonia bacteriana, bactérias não 
relacionadas (como os pneumococos e 
estafilococos) atacam as defesas debilitadas da 
pessoa. 
Em ambos os casos, as pessoas podem apresentar 
um agravamento da tosse, dificuldade 
respiratória, febre persistente ou recorrente e, às 
vezes, expectoração com sangue ou pus. 
A SG pode evoluir potencialmente em pessoas de 
qualquer idade para insuficiência respiratória por 
distúrbio de ventilação-perfusão, caracterizando 
a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). 
SRAG – Doença respiratória aguda com 
temperatura corpórea maior que 38ºC, tosse e 
dispneia, acompanhada ou não de dor de 
garganta ou manifestações gastrointestinais. 
A mortalidade associada à infecção pelo vírus 
Influenza associa-se com doença grave em 
grupos específicos (de risco) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/pneumonia/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-pneumonia
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-gram-positivas/infec%C3%A7%C3%B5es-pneumoc%C3%B3cicas
Julia Paris Malaco 
Amigdalites 
 
O quadro clínico das faringoamigdalites se 
caracteriza por odinofagia, febre alta, calafrios, 
comprometimento do estado geral, astenia, 
mialgia, cefaleia e artralgia, podendo haver 
otalgia reflexa e aumento de linfonodos cervicais. 
Apresentam-se sob variadas formas clínicas. 
 
 
 
 
 
 
 Nas amigdalites eritematosas, observam-se 
hiperemia difusa e aspecto congesto de toda 
a mucosa faríngea, principalmente das 
tonsilas palatinas. O exsudato pode estar 
esbranquiçado; se não estiver, é de provável 
etiologia viral (influenza, adenovírus, 
parainfluenza). A duração é de 3 a 7 dias e, na 
maioria dos casos, evolui sem complicações. 
 
 As amigdalites agudas eritematopultáceas 
apresentam exsudato esbranquiçado ou 
purulento localizado nas criptas e na superfície 
das tonsilas palatinas. Os agentes etiológicos 
mais frequentemente encontrados são S. 
pyogenes, H. influenzae, S. aureus e M. 
catarrhalis. A mononucleose, causada pelo 
vírus Epstein-Barr, pode se manifestar como 
forma eritematosa ou eritematopultácea, e às 
vezes também como estomatite e enantema 
no palato, acompanhada de adenomegalia 
cervical bilateral e hepatoesplenomegaila; as 
tonsilas palatinas podem aumentar 
extremamente de tamanho. 
 
 Nas amigdalites agudas 
pseudomembranosas, há formação de placas 
mais ou menos aderentes às tonsilas, que 
frequentemente invadem o palato mole e a 
úvula. Deve-se fazer o diagnóstico diferencial 
com difteria e infecção por S. pyogenes. A 
difteria (causada pelo Corynebacterium 
diphtheriae; é rara atualmente em razão da 
alta cobertura vacinal) tem início insidioso 
com mal-estar geral, inapetência, astenia e 
febre. Pseudomembranas brancas brilhantes 
recobrem inteiramente as tonsilas palatinas, 
atingindo também os pilares, o palato mole e 
a úvula; aderem à mucosa e são sangrantes 
quando se tenta removê-las. A difteria é 
acompanhada de linfadenite cervical 
(aparência de pescoço taurino), e a 
produção de exotoxinas pelo bacilo pode 
acarretar miocardite, insuficiência renal 
aguda, paralisia dos membros inferiores, do 
palato mole e/ou dos músculos respiratórios. 
 
 As anginas eritematosas são as mais 
freqüentes, correspondendo a 90% dos casos, 
de origem viral ou bacteriana. Ao exame 
observa-se a mucosa orofaríngea arroxeada, 
as amígdalas edemaciadas e aumentadas de 
volume. As anginas eritematopultáceas 
apresentam, além das características 
inflamatórias presentes nas anginas 
eritematosas, exsudato esbranquiçado 
puntiforme ou confluente, que se desprende 
facilmente da mucosa ao ser manipulado 
com o abaixador de língua. 
 A angina herpética (causada pelo herpes-
vírus tipo I) e a herpangina (vírus coxsackie 
A) são semelhantes, podendo surgir do 
mesmo modo que na forma eritematosa 
(início abrupto e aspecto congesto de 
toda a mucosa faríngea), acometendo 
crianças de 1 a 5 anos de idade. O 
tratamento é sintomático e tem duração 
de 7 a 10 dias. 
 
 Dentre as amigdalites ulcerosas profundas, 
destacam-se a angina de Plaut-Vincent e os 
quadro associados a hematopatias 
(neutropenia, leucemias agudas, síndromes 
imunoproliferativas e agranulocitose), além de 
tuberculose e sífilis. A angina de Plaut-Vincent 
é causada pela associação de bacilos 
saprófitas da cavidade oral, que se inicia após 
lesão da mucosa ou mau estado dentário, 
apresentando febre baixa, intensa odinofagia, 
halitose fétida (importante) e amigdalite 
ulceronecrótica com adenopatia ipsolateral à 
lesão. 
 
 As amigdalites agudas ulcerosas subdividem-
se de acordo com a profundidade da úlcera: 
superficiais, quando ocorre erupção vesicular, 
ou profundas, quando há necrose do tecido. 
 
 Tratamento geral 
O tratamento clínico das faringoamigdalites virais 
agudas é realizado de acordo com a 
sintomatologia: utiliza-se associação de 
analgésicos, antipiréticos, hidratação, anestésicos 
tópicos (antes da alimentação) e gargarejos com 
antissépticos, de acordo com a intensidade do 
quadro. Caso evolua para infecção bacteriana, 
trata-se com antimicrobianos, de acordo com o 
agente envolvido. O tratamento empírico com 
antibiótico deve ser direcionado para o principal 
patógeno, o SbGA. Estudos mostram que vários 
antibióticos podem ser utilizados com índices de 
sucesso semelhantes. A penicilina V oral pode ser 
Julia Paris Malaco 
uma boa opção de tratamento, podendo 
também ser utilizada a penicilina benzatina 
intramuscular em dose única. A amoxicilina e a 
amoxicilina associada ao ácido clavulânico, 
tomadas durante 10 dias, demonstram ser tão 
eficazes quanto as cefalosporinas, utilizadas por 5 
dias; porém, estas têm apresentado índice de 
erradicação do SbGA ligeiramente superior. Em 
pacientes alérgicos às penicilinas, outras opções 
são os macrolídeos. 
Nas faringoamigdalites agudas com abscesso 
periamigdaliano, o ideal é realizar a punção e, se 
houver saída de secreção purulenta, a drenagem 
do abscesso. Nas faringoamigdalites de 
repetição, pode ocorrer falha terapêutica com a 
utilização de penicilinas, em caso de 
estreptococo resistente, de copatogenicidade de 
bactérias produtoras de betalactamase, como os 
estreptococcos alfa-hemolíticos do 
grupo viridans, e de uso constante de antibióticos. 
O tratamento tem o objetivo de atingir 
principalmente as bactérias produtoras de 
betalactamase; portanto, nas fases de 
agudização, preferem-se as cefalosporinas de 
segunda geração, a associação amoxicilina-
ácido clavulânico por 10 dias ou, eventualmente, 
cefalosporinas de terceira geração. 
 
Viral 
 
As amigdalites de origem viralcorrespondem a 
75% das faringoamigdalites agudas, 
preponderantes nos primeiros anos de vida (2 e 3) 
e menos freqüentes na adolescência. 
 
 
 
 
 
 
 
Antivirais 
A administração de antiviral pode reduzir a 
duração, a gravidade da infecção e o risco das 
complicações associadas, inclusive a morte 
associada à SRAG. 
O início do tratamento deve ser o mais precoce 
possível, os seus benefícios, no entanto, ocorrem 
mesmo se iniciados 48 horas após o 
estabelecimento das manifestações clínicas. 
Funcionam quando usados no 1º e 2º dia após o 
início dos sintomas, eles reduzem a gravidade dos 
sintomas e diminuem a duração da febre e o 
tempo para retornar às atividades normais. 
Oseltamivir e Baloxavir, tomados por via oral, e 
Zanamivir, administrado com um inalador, são 
eficazes contra os vírus da gripe tipo A e tipo B. 
O vírus Influenza é suscetível aos antivirais 
inibidores da neuraminidase (Oseltamivir e 
Zanamivir) e resistente ao Adamantano 
(Amantadina e Rimantadina). 
 
 
Bacteriana 
 
As faringoamigdalites bacterianas correspondem 
a 20 a 40% dos casos. O agente etiológico mais 
comum é o estreptococo beta-hemolítico do 
grupo A. Pode causar complicações, como febre 
reumática e glomerulonefrite difusa aguda. 
 
Quadro clinico: Usualmente afeta crianças a partir 
dos 3 anos, com pico de incidência entre 5 e 10 
anos, podendo acometer qualquer idade. 
Manifesta-se com dor de garganta intensa, 
disfagia, otalgia reflexa, febre de intensidade 
variável, que pode ser acompanhada de queda 
do estado geral. 
O exame físico revela hiperemia, aumento de 
tonsilas e exsudato purulento, além de 
adenomegalia em cadeia jugulodigástrica, 
observada em 60% dos casos. No hemograma 
observamos leucocitose com desvio à esquerda. 
 
Diagnóstico: clinica, cultura de orofaringe (padrão 
ouro). Outros testes para detecção do 
estreptococo, como ELISA, imunoensaios ópticos 
ou sondas de DNA, apresentam a vantagem do 
diagnóstico rápido, cerca de 15 minutos. 
 
Tratamento: Analgésicos, antiinflamatórios, 
corticosteróides e antibioticoterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
Complicações 
 Febre reumática: os sinais e sintomas 
aparecem de 2 a 3 semanas após a 
faringoamigdalite estreptocócica, acometem 
crianças entre os 5 e 15 anos. Para o 
diagnóstico utilizamos o critério de Jones 
modificado, sendo confirmado na presença 
de 2 critérios maiores ou 1 critério maior e 2 
menores, associados à evidência de infecção 
estreptocócica recente. 
 
 
 
 
 
 
Julia Paris Malaco 
 Escarlatina: decorrente da ação de 
endotoxinas, apresenta-se com rash 
cutaneopapular e eritematoso, deixando a 
pele áspera, linfonodomegalia, vômitos, febre 
e eritema de orofaringe. Pode manifestar os 
sinais de Filatov (palidez perioral) e Pastia 
(presença de petéquias e hiperpigmentação 
em linhas de flexão. 
 Glomerulonefrite: ocorre após infecção 
faríngea ou de pele. Acomete 24% dos 
pacientes expostos a cepas nefritogênicas 
(correspondem a 1% do total). O paciente 
evolui com síndrome nefrítica de 1 ou 2 
semanas após a infecção 
 Síndrome do choque tóxico: pode ocorrer 
após infecção ou colonização estreptocócica 
de qualquer sítio (faringe, pele). O paciente 
apresenta hipotensão associada a pelo 
menos dois dos seguintes fatores: insuficiência 
renal, coagulopatia, alterações na função 
hepática, síndrome da angústia respiratória do 
adulto, necrose tecidual e rash 
eritematomacular. 
 
 Complicações supurativas 
 Abscesso periamigdaliano: O paciente no 
curso da amigdalite aguda apresenta 
alteração no quadro, evoluindo com 
odinofagia acentuada e unilateral, piora 
da disfagia e da halitose, salivação, 
alteração no timbre da voz e trismo. 
Ao exame observa-se edema dos tecidos 
localizados superiormente e lateralmente à 
amígdala envolvida e deslocamento da 
úvula. 
Tratamento com antibioticoterapia 
(penicilina cristalina + metronidazol; 
amoxicilina + clavulanato, clindamicina) 
associada a antiinflamatórios e punção 
para coleta de material para cultura e 
drenagem. Não é recomendada a 
realização de amigdalectomia (“a 
quente”) durante o processo infeccioso. 
 Abscesso parafaríngeo: o acometimento 
desse espaço ocorre por meio da 
disseminação bacteriana a partir das 
infecções amigdalianas e faríngeas. 
Apresenta-se com edema no ângulo da 
mandíbula, disfagia e dor de garganta. c) 
infecções do espaço retrofaríngeo. 
 
 
 Tipos de faringoamigdalite bacteriana 
Mononucleose infecciosa: Doença sistêmica que 
acomete principalmente adolescentes e adultos 
jovens. Causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), 
transmitida pelo contato direto com gotículas 
salivares. A clínica da mononucleose é constituída 
por febre acompanhada de astenia, angina, 
poliadenopatia, hepatomegalia em 10% dos 
casos e esplenomegalia em 50% dos pacientes. A 
angina pode ser eritematosa, 
eritematoexsudativa ou pseudomembranosa. Essa 
etiologia deve ser considerada quando o 
paciente não apresenta melhora com o uso de 
antibióticos. 
 Diagnostico: O diagnóstico é realizado pelo 
quadro clínico associado aos resultados dos 
exames laboratoriais. 
 Hemograma - linfocitose com 10% ou mais 
de atipia linfocitária e aumento de 
transaminases. 
 Pesquisa de IgM ou IgG contra antígenos 
do capsídeo viral: detecção de IgM desde 
o início do quadro, atingindo seu pico 
entre 4 e 6 semanas. 
 Diagnostico diferencial: lembrar que outros 
agentes etiológicos podem simular um quadro 
de mononucleose infecciosa. “Síndrome 
mononucleose like”, como citomegalovírus, o 
vírus da rubéola, Toxoplasma gondii, HIV, entre 
outros. 
 
Difteria: Acomete principalmente crianças entre o 
primeiro e sétimo ano de vida. Vai-se tornando 
cada vez menos freqüente, devido ao uso 
difundido da vacinação antidiftérica. Causada 
pelo Corynebcterium diphteriae, um bacilo Gram-
positivo produtor de endotoxinas e exotoxinas, 
responsáveis pelos fenômenos locais e sistêmicos 
da doença. Apresenta-se de forma insidiosa, com 
período de incubação variando de 2 a 4 dias, 
febre, queda do estado geral, pulso rápido, 
linfonodomegalia cervical, palidez, hipotensão, 
adinamia e albuminúria. Ao exame observa-se 
pseudomembranas branco-acinzentadas, 
aderidas à mucosa, resistentes ao descolamento 
com espátulas, deixando o leito sangrante 
quando removidas, localizadas sobre as 
amígdalas, pilares amigdalianos, úvula e podendo 
se estender até ocupar todo o trato aerodigestivo, 
resultando em obstrução das vias aéreas. A 
exotoxina diftérica pode levar a arritmia cardíaca, 
hipotensão, dores abdominais e acometer pares 
cranianos, podendo causar diplopia e paralisia do 
véu palatino. 
 Diagnóstico: sugerido pelo quadro clínico é 
confirmado - pelo exame bacterioscópico 
direto e pela cultura de exsudatos faríngeos ou 
de fragmentos de pseudomembrana em 
meios de Klebs-Loeffler. 
 
Angina de Plaut-Vincent: Causada pela simbiose 
entre o bacilo fusiforme Fusobacterium 
plautvincenti e o espirilo Spirochaeta dentuim, 
saprófitos normais da cavidade bucal, que 
Julia Paris Malaco 
adquirem poder patogênico quando associados. 
A má higiene bucal e o mal estado dos dentes e 
gengivas facilitam tal associação. Adulto jovem 
ou adolescente mais freqüentemente, 
apresentando disfagia e odinofagia unilateral, 
geralmente sem elevação de temperatura e 
queda do estado geral. Ao exame evidencia-se 
ulceração na amígdala, recoberta por 
pseudomembrana, facilmente desprendida e 
friável acompanhada de eliminação de odor 
fétido. 
 Diagnóstico: é sugerido pela unilateralidade 
das lesões e pela presença de lesões gengivais 
concomitantes próximas ao terceiro molar 
superior e confirmado pelo achado 
bacterioscópico fusoespiralar. 
 Tratamento: consiste em antibioticoterapia 
(penicilina via parenteral ou metronidazol), 
gargarejos com soluções anti-sépticas, 
sintomáticos etratamento dentário 
 
 
Anginas vesiculosas: De origem viral, 
caracterizam-se pelo acometimento da faringe e 
mucosa oral por vesículas, podendo ser múltiplas 
e disseminadas, que rompem com facilidade, 
dando lugar a ulcerações superficiais recobertas 
por exsudato esbranquiçado. 
 
Vírus herpes simples tipos 1 e 2: A infecção 
primária é geralmente uma gengivoestomatite, 
mas pode se manifestar como uma faringite 
aguda. Ocorre entre os 10 meses e 3 anos de 
idade. A transmissão viral se dá por perdigotos e 
contato com as lesões ativas. Após o período de 
incubação, que varia de 2 a 12 dias, surgem as 
lesões vesiculosas acompanhadas de 
linfonodomegalia cervical e submental. Após a 
regressão do quadro, o vírus pode ficar latente em 
gânglios nervosos por longos períodos, e 
manifestar-se em situações de queda de 
imunidade. 
 Diagnóstico: clínico, microbiológico (cultura 
viral), microscopia eletrônica e imunológico 
(ELISA). 
 Tratamento: se baseia em sintomáticos. O 
aciclovir pode ser utilizado nos casos mais 
severos, na dose de 200 mg, 5 vezes ao dia, de 
7 a 10 dias. 
 
Herpangina: Tem como agentes etiológicos os 
vírus Coxsackie A, Coxsackie B e Echovírus. 
Caracteriza-se por uma angina eritematosa com 
pequenas vesículas em palato mole, úvula e 
pilares amigdalianos, que ao se romperem deixam 
ulcerações esbranquiçadas circundadas por halo 
eritematoso espalhadas por toda orofaringe, 
poupando a região jugal. Freqüente em crianças, 
principalmente no verão, acompanhada de 
febre, cefaléia, micropoliadenopatia cervical, 
disfagia e vômitos. Resolução espontânea entre 5 
a 10 dias. Tratamento com sintomáticos e medidas 
de suporte. 
 
 Diagnostico diferencial de amigdalites 
agudas 
 Leucemia aguda: a angina é comumente 
acompanhada de estomatite, com tendência 
a sangramento e fenômenos necróticos 
.Linfonodomegalia, febre, anorexia, dores 
ósseas são freqüentemente associadas. 
Hemograma e mielograma são necessários 
para confirmação diagnóstica. 
 Agranulocitose: a angina varia de um simples 
eritema à ulceração e necrose da mucosa 
orofaríngea. Hemograma apresenta 
acentuada leucocitopenia. 
 
Laringites 
 
Laringite é todo processo infamatório da laringe. A 
queixa mais comum é a disfonia, independente 
da causa, que pode ser de duração e severidade 
variáveis. Também podem ocorrer odinofagia 
tosse, estridor, afonia e dispnéia. A doença pode 
se instalar de forma aguda ou crônica. Doenças 
agudas da laringe são, com freqüência, 
precedidas por infecção no trato respiratório 
superior. 
O quadro clínico se caracteriza por tosse rouca, 
febre baixa, disfonia, dor, irritação na garganta e, 
menos comumente, dispneia e estridor inspiratório. 
 
Agudas 
 
As infecções agudas geralmente ocorrem durante 
um período de até sete dias, com febre e 
comprometimento das vias aéreas, sendo mais 
prevalente na infância. A infecção bacteriana 
aguda ocorre geralmente por invasão direta ou 
por contigüidade de processos infecciosos da 
faringe, sendo raro o acometimento laríngeo 
isolado. Nos quadros agudos é fundamental 
diferenciar a laringite viral decorrente de um 
processo gripal simples da epiglotite e crupe. 
 
 Epiglotite pediátrica 
A epiglotite aguda ou supraglotite é uma 
inflamação aguda das estruturas supraglóticas 
que pode levar à obstrução respiratória 
rapidamente progressiva e potencialmente fatal 
e, portanto, ser fatal. Embora a epiglote 
represente as principais alterações, também há 
acometimento das pregas ariepiglóticas, das 
falsas pregas vocais e da aritenóide. Ocorre em 
Julia Paris Malaco 
adultos, jovens e crianças, sendo a faixa etária 
mais acometida entre 2 e 6 anos de idade. 
 Etiologia: Em crianças, o agente causal mais 
comum é o Haemophilus influenzae B 
(epiglotite), ocorrendo mais freqüentemente 
na faixa etária de 2 a 6 anos, nos meses de 
inverno e primavera. 
 Fisiopatologia: Trata-se de uma celulite 
bacteriana acometendo todas as estruturas 
da supraglote. (não apenas a epiglote) que 
pode obstruir completamente a via aérea 
superior (VAS). Com o aumento do edema 
supraglótico, a epiglote se curva póstero-
inferiormente como resultado da infiltração 
inflamatória difusa da face lingual da epiglote. 
Com a VA parcialmente ocluída, o muco e 
secreções podem facilmente obstruir 
completamente a VA. 
 Quadro clínico: Os três sinais mais comuns de 
epiglotite são febre, dispnéia e irritabilidade. O 
pródromo dura poucas horas (2 a 6 horas) e 
logo a criança apresenta-se toxemiada, com 
evidências clínicas de obstrução respiratória 
alta. Respiração lenta, estridor inspiratório, 
carnagem e salivação. Apresenta dor de 
garganta severa e disfagia. A linguagem é 
limitada devido à dor, e a voz pode estar 
“abafada”. Tosse ou rouquidão geralmente 
não estão presentes. Estridor inspiratório ocorre 
mais tardiamente quando a obstrução é 
quase completa. A movimentação é mínima, 
e geralmente o paciente se mantém sentado 
com o corpo tendendo para frente, apoiado 
sobre os braços, com a boca aberta, 
protrusão de mandíbula, com salivação e 
cabeça estendida para maximizar a entrada 
de ar. A odinofagia que ocorre devido ao 
processo inflamatório supraglótico ajuda no 
diferencial com a crupe, que geralmente 
ocorre após um período de pródromo de 
vários dias, estridor progressivo e tosse seca 
característica. 
 Diagnóstico: O pronto reconhecimento desta 
emergência é essencial para prevenir a 
obstrução da VAS. A radiografia lateral 
cervical revela espessamento de tecidos 
moles (sinal do “polegar” = epiglote 
edemaciada) (foto 2), mas os exames 
subsidiários não devem retardar o início da 
terapêutica. Tentativas de se visualizar a 
epiglote no consultório ou na sala de 
emergência sem habilidade ou material 
adequado para manter a permeabilidade da 
VAS são desencorajadas. 
 Tratamento: Crianças com suspeita de 
supraglotite devem ser levadas diretamente 
para a sala de emergência, pois evoluem com 
maior freqüência para obstrução respiratória 
que os adultos. O tratamento consiste em 
manter a via aérea pérvia e antibioticoterapia 
(ceftriaxona 50 mg/kg 1 vez ao dia). Para 
manter as vias aéreas pérvias, em muitos casos 
necessita-se de intubação orotraqueal ou 
nasotraqueal, que é mantida por 48 a 72 
horas. Outra opção é a traqueostomia, a qual 
leva um maior tempo de canulação e 
hospitalização, portanto sendo mais 
raramente utilizada. Alguns autores 
recomendam que a criança suspeita seja 
levada diretamente ao centro cirúrgico, 
anestesiada, visualizada a epiglote para 
confirmação diagnóstica, e procedida a 
intubação (tabela 3 e esquema 1). 
 Diagnóstico diferencial: Laringotraqueíte, 
além de corpo estranho da porção 
respiratória alta, asma e uma simples faringite. 
O diagnóstico errôneo é uma das principais 
causas de mortalidade. Vale lembrar que, 
com a introdução da vacina contra o H. 
influenzae tipo B, houve uma grande queda 
dos casos de supraglotite em crianças. 
 
 Laringotraqueíte Aguda (Crupe) 
A laringotraqueíte aguda (crupe) pode ser 
definida como uma infecção viral subaguda de 
vias aéreas altas. É considerada a causa mais 
comum de estridor agudo na criança, enquanto 
a laringomalacia é a causa mais comum de 
estridor crônico. Ocorre mais freqüentemente no 
outono e inverno, com crianças de 1 a 3 anos, e 
duração média de 3 a 7 dias. Pode ser chamada 
atípica quando ocorre em menores de 1 ano, 
duração maior que 7 dias, ou quando não 
responde ao tratamento (nestes casos deve-se 
pensar em corpo estranho, estenose subglótica, 
traqueíte bacteriana). 
 Etiologia: Os agentes mais comuns são os vírus 
parainfluenza 1 e 2, e influenza tipo A. 
 Quadro clínico: A manifestação clínica inicial 
costuma ser tosse tipo “latido de cachorro”, 
febre e estridor, congestão nasal, rinorréia, 
angina (quadro de IVAS) e alguns diasdepois 
disfonia e tosse não produtiva, em “latido”, 
pior à noite, sendo geralmente autolimitada. 
 Diagnóstico: É clínico, porém a radiografia 
cervical pode mostrar o sinal clássico da “torre 
de igreja”, causado pelo estreitamento 
subglótico. A radiografia é importante no 
diagnóstico diferencial com corpo estranho e 
em casos de crupe recorrente deve-se pensar 
em estenose subglótica como fator 
predisponente associado. 
 Tratamento: Consiste em umidificação das 
vias aéreas, hidratação para facilitar a 
expectoração de secreção e repouso vocal. 
Se a dispnéia for severa, pode-se aplicar 
Julia Paris Malaco 
adrenalina inalatória ou corticosteróide 
(dexametasona) parenteral para regressão do 
edema. É importante observar alterações do 
estado neurológico, diminuição da freqüência 
respiratória, aumento nos níveis CO2, para 
eventual necessidade de intubação ou 
traqueostomia. Antibióticos são indicados 
apenas no caso de infecções bacterianas 
secundárias. 
 
 Traqueíte Bacteriana 
Com uma incidência maior em crianças, trata-se 
de uma infecção pulmonar pediátrica que, em 
seus estágios iniciais, pode ser difícil diferenciar da 
crupe e cujo principal sintoma inicial é o estridor. 
 Etiologia: O principal agente é o 
Staphylococcus aureus e o Estreptococcus 
alfa-hemolítico. 
 Quadro clínico: Geralmente acompanha 
febre alta, leucocitose importante, mas pode 
apresentarse como uma seqüela da crupe. 
 Diagnóstico: Permanência de alguns sinais e 
sintomas após tratamento medicamentoso 
para crupe, como sensação de secreção 
espessa, estridor, febre alta e leucocitose. 
Nestes casos, sugere-se que seja realizada 
broncoscopia para observar presença de 
secreção, com coleta de material para 
cultura. 
 Tratamento: Baseia-se na aspiração das 
secreções, antibioticoterapia, e eventual 
intubação ou traqueostomia 
 
 Difteria 
A difteria é uma doença infecciosa causada pela 
toxina bacteriana, acometendo crianças maiores 
que 6 anos de idade; atualmente rara devido à 
imunização. Pode acometer qualquer órgão do 
trato aéreo superior. 
 Etiologia: Causada pela toxina produzida pelo 
Corynebacterium diphteriae, bacilo aeróbio 
Grampositivo. 
 Quadro clínico: A pseudomembrana é o 
achado clássico. Raramente apresenta lesão 
laríngea isolada, e sua toxina pode causar 
paralisia de prega vocal sem acometimento 
laríngeo direto. Os sintomas prodrômicos 
incluem febre baixa, tosse, angina de 
garganta e disfonia, que evolui para 
progressiva obstrução respiratória. Ocorrem 
edema e eritema da mucosa laríngea e 
faríngea com exsudato em placa 
pseudomembranoso. O exsudato é difícil de 
descolar e sangra quando removido. Adenite 
cervical está geralmente presente, e sua 
toxina pode causar miocardite e paralisia de 
pares cranianos. 
 Tratamento: O tratamento consiste em 
antibioticoterapia com penicilina ou 
eritromicina, soro antitoxina diftérica, eventual 
remoção endoscópica das membranas, e 
manutenção das vias aéreas (intubação está 
contra-indicada em alguns casos, pois pode 
descolar a placa e piorar a obstrução aérea, 
sendo a traqueostomia preferível para 
manutenção das vias aéreas). 
 
 Coqueluche 
Mais freqüente em crianças abaixo de 6 meses de 
idade (pois não ocorre passagem intra-útero de 
anticorpos maternos e a criança torna-se imune 
apenas após vacinação) e adultos (a imunidade 
através da vacinação dura cerca de 10 a 15 
anos). 
 Etiologia: Causada pela Bordetella pertussis. 
 Quadro clínico: A apresentação pode ser 
atípica em ambas as populações: adultos 
com tosse importante, recém-nascidos com 
estágio catarral, febre e leucocitose (em geral, 
acima de 20.000 leucócitos), muitas vezes não 
apresentando episódios de tosse paroxística 
clássica. O paroxismo caracteriza-se por 
expirações rápidas seguidas por uma 
inspiração forçada, súbita e prolongada, 
acompanhada de ruído característico: o 
“guincho”. 
 Diagnóstico: É basicamente clínico, e o 
tratamento de suporte. 
 Tratamento: Embora não altere o curso clínico 
da doença, a antibioticoterapia com 
eritromicina é recomendada na dose de 35 a 
50 mg/kg/dia, 4 vezes ao dia, por 14 dias A 
eritromicina também apresenta efeito 
profilático em indivíduos expostos que ainda 
não desenvolveram a doença. 
 
 
Crônicas 
 
As laringites crônicas persistem durante semanas, 
sendo a dor e a rouquidão os sintomas 
predominantes. São mais freqüentes em adultos e 
a presença de doenças sistêmicas deve ser 
rotineiramente investigada. Nas crônicas, é 
importante diferenciar malignidade de doenças 
infecciosas simples, visto que o quadro pode ser 
semelhante. O edema laríngeo difuso e eritema 
podem ser os únicos achados, e deve-se excluir 
causas não infecciosas, como a doença do 
refluxo gastroesofágico (discutido 
posteriormente). 
 
 
 
 
Julia Paris Malaco 
Bacterianas 
 
 Tuberculose 
É uma das principais causas de doença 
granulomatosa laríngea. A laringite tuberculosa é 
a manifestação otorrinolaringológica mais comum 
da tuberculose; presente em aproximadamente 
0,5% dos casos de tuberculose pulmonar 
 Fisiopatologia: Podem apresentar-se também 
como disseminação via hematogênica ou 
linfática, originando-se de sítios primários 
distantes (cerca de 20% dos casos). As áreas 
mais acometidas são a porção posterior da 
glote, aritenóides, e o espaço interaritenóideo. 
 Quadro clínico: Os principais sintomas são: 
rouquidão, seguida por tosse e dor de 
garganta. Com a progressão, afeta 
caracteristicamente bandas ventriculares e 
supraglote, causando disfagia e odinofagia, 
levando a perda de peso importante. Deve-se 
suspeitar de tuberculose baseandose na 
história do doente: tuberculose no passado, 
história familiar, e fatores de risco 
(imunodepressão, contactantes, tratamento 
incompleto, diabetes), além de achados 
radiológicos pulmonares, presentes em até 
80% dos casos. Na laringoscopia, podemos 
observar tanto uma lesão exofítica, como área 
de ulceração, sendo mais comum úlcera 
única. 
 Diagnóstico: Tuberculose Extrapulmonar - 
evidências clínicas, achados laboratoriais, 
inclusive histopatológicos compatíveis ou 
paciente com pelo menos uma cultura 
positiva de material proveniente de uma 
localização extrapulmonar. 
 Tratamento: É utilizado o esquema tríplice, 
com rifampicina, isoniazida e pirazinamida, 
por no mínimo seis meses. Após o tratamento 
pode existir progressão para fibrose e estenose 
laríngea. Em lesões que possam no processo 
de cicatrização provocar sinéquias, deve-se 
usar corticoterapia concomitante. 
 
 Sífilis 
Conhecida também como lues. O cancro 
laríngeo é raro, sendo mais comum o 
acometimento laríngeo em sua forma secundária, 
geralmente associado ao acometimento da 
orofaringe e à linfadenopatia cervical. 
 Etiologia: Causada por uma espiroqueta 
denominada Treponema pallidum. 
 Quadro clínico: Dor e a rouquidão são os 
sintomas predominantes. Lesões são nodulares 
ou ulceradas, podendo estar associadas com 
pericondrite, fibrose e deformidades 
cicatriciais, levando à obstrução das vias 
aéreas. Na sífilis secundária, são encontradas 
lesões eritematosas ou acinzentadas difusas e 
úlceras superficiais não dolorosas na mucosa 
laríngea. São geralmente supraglóticas e 
freqüentemente apresentam linfoadenopatia 
cervical. Desaparecem em semanas, mesmo 
sem tratamento. Na sífilis terciária, ocorrem 
úlceras, infiltração gomatosa, condrite e 
fibrose. O aspecto macroscópico pode ser 
confundido com carcinoma, e a estenose 
cicatricial pode ser seqüela de qualquer um 
dos estágios. 
 Diagnóstico: A identificação do treponema 
confirma o diagnóstico (realizada através de 
microscopia de fundo escuro). O diagnóstico 
sorológico baseia-se nas reações de VDRL e 
FTAabs. 
 Tratamento: O tratamento de escolha é a 
penicilina benzatina. Na fase secundária, 
2.400.000

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