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Introdução à Ginecologia

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4° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Habilidades Ginecologia 
Anamnese 
Ficha de Anamnese Ginecológica (outro arquivo) 
 Idade: importante situar a paciente em fases (infância, 
adolescência) tentando correlacionar doenças mais 
comuns em determinadas faixas etárias 
 Cor/etnia: importante (negras: leiomioma é mais 
comum; brancas: osteoporose é mais comum) 
História da Doença Atual: 
 Evolução dos sinais e sintomas 
 Decálogo da dor: duração – início – evolução – 
localização – irradiação – intensidade – qualidade – 
sinais e sintomas concomitantes – fatores 
desencadeantes – agravantes – fatores de alívio – 
repercussão – tratamento 
Revisão de sistemas: 
 Queixa que parece ser ginecológica pode ser urinária 
ou gastrointestinal 
 Alterações menstruais podem ser disfunção 
tireoidiana 
 Incontinência urinária pode ser respiratório 
 Alterações cardiovasculares em pacientes grávidas/ 
que pensam em engravidar 
 Uma dor pélvica que evolui em pouco tempo para 
diarreia pode ser endometriose (pois ela causa 
sintomas no TGI) 
Anamnese ginecológica: 
 Leucorreia: cândida, Trichomonas, bactérias mistas; 
podem produzir prurido, ardência, odor fétido 
 Prurido: sintoma frequente de DM; vulvites (micóticas 
e alérgicas); distrofias da vulva (pacientes idosas) 
Menstruação 
 O intervalo do ciclo menstrual é considerado 
normal de 24 a 38 dias. 
 Menstruações frequentes – exemplo: encurtamento 
da fase proliferativa no climatério 
 Menstruações infrequentes – exemplo: ciclos 
anovulatórios – puberdade, climatério, SOP 
 Um fluxo é considerado normal quando a 
duração por até 8 dias e de volume normal. 
 Volume normal é um fator determinado pelo 
impacto que o fluxo menstrual tem na vida da mulher. 
Pode ser leve, normal ou volumoso. 
 Miomatose uterina 
 Adenomiose 
 Pólipos 
 Regularidade: ciclo mais longo menos ciclo mais curto 
deve ser menor ou igual a 9 dias 
 
Exame Físico 
 Primeiro exame ginecológico da paciente: orientar 
muito bem cada passo; deixa-la confiante; 
 A paciente fica totalmente despida, o que pode ser 
muito desconfortável; 
 Orientar quanto ao passo-a-passo e falar tudo que 
está sendo feito à ela, com muito respeito; 
 A troca de roupa antes e após o exame deverá ser 
feita afastada do profissional; 
 Expor somente o local que será examinado no 
momento, enquanto o resto está coberto. 
 Orientar a periodicidade pela qual ela deve passar 
pelo exame ginecológico novamente; 
 A 1° impressão é a que fica! 
 Importante: não precisa estar depilada/fazer ducha 
vaginal; bexiga esvaziada (a não ser em casos de US 
abdominal/pélvica); 
 Exame físico geral: pele (acne, SOP, alta de 
progesterona, pilificação), peso, estatura, IMC, PA e FC; 
ausculta cardíaca (sentada), pulmonar (sentada), exame 
do abdome (deitada – também com o toque vaginal 
bimanual, palpando útero e anexos) e dos MMII. 
Exame das Mamas 
 Deve ser realizado com a paciente deitada, sem 
luva, com o avental aberto para frente. Ao examinar as 
mamas, despir apenas a mama sendo analisada naquele 
momento. 
1. Inspeção estática: paciente sentada, com os MMSS 
dispostos ao lado do tronco, com o avental aberto 
para frente. Observar: pele, contorno, forma, volume, 
simetria, pigmentação do complexo auréolo-papilar, 
abaulamentos, retrações, circulação e presença de 
sinais flogísticos. 
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DESCRIÇÃO: mamas tópicas/pendulares simétricas/ 
assimétricas, pequeno/médio/grande volume; sem/com 
retrações ou abaulamentos visíveis à inspeção estática 
2. Inspeção dinâmica: (1) solicita-se que a paciente eleve 
os braços acima da cabeça, lentamente, e (2) que 
coloque as mãos na cintura e faça pressão. 
DESCRIÇÃO: sem/com retrações ou abaulamentos 
visíveis à inspeção estática 
3. Palpação: palpar cadeias linfáticas com a paciente 
sentada; cadeias cervicais + supra/infra claviculares + 
axilares (bilateralmente). Palpar mamas com a 
paciente deitada, com as mãos atrás da cabeça. + 
complexo auréolo-papilar. Realizar expressão papilar. 
Cauda de Spence (processo axilar) 
DESCRIÇÃO normal: sem nódulos palpáveis, axilas livres, 
expressão papilar negativa. 
DESCRIÇÃO quando nódulo palpável: nódulo palpável em 
QSL/QSM/QIL/QIM ou JJQQSS/JJQQII/JJQQLL/ 
JJQQMM da mama direita/esquerda, com X centímetros, 
móvel/imóvel, indolor/doloroso, de consistência 
fibroelástica/endurecida. 
 Expressão papilar verde: tabagismo 
 Expressão papilar água de rocha: transparente e 
seroso – caracteriza CA mama 
 Pele em casca de laranja: edema do tecido 
subcutâneo (carcinoma inflamatório) 
Inspeção dinâmica: 
 
 
Palpação dos linfonodos axilares: 
 
Palpação das mamas: A – técnica de Velpeau (mão 
espalmada e movimentos circulares) e B – técnica de 
Bloodgood (ponta dos dedos simulando tocar piano) 
 
Genitais externos 
 Inspeção da anatomia em geral 
 Pilificação 
 Formação dos lábios externos e internos: jovens, 
menopausa, estética 
 Clitóris; 
 Hímen: lacerações 
 Períneo: procurar por lacerações de parto, 
episiotomia. 
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 Valsalva: ao esforço, há perda urinária, cistocele, 
retocele, prolapso uterino? 
 Lesões: ISTs, Bartholinite, lesões suspeitas em geral 
DESCRIÇÃO: Pilificação típica, formações labiais tróficas, 
clitóris trófico, hímen íntegro/roto, períneo 
íntegro/cicatriz, Valsalva negativa, ausência de lesões 
visíveis. 
Exame especular 
 Canal vaginal: rósea/rugosa/atrófica 
 Leucorreia (corrimento): pode ser fisiológica ou não; 
amarela, verde, branca, fluída, grumosa, bolhoso, 
fétida, odor – candidíase, vaginose bacteriana, 
tricomoniase 
 Colo uterino: epitelizado, com muco, orifício 
puntiforme (nulíparas) ou em fenda (multíparas); JEC 
(junção escamo colunar – transição epitélio glandular 
para escamoso) 
DESCRIÇÃO: vagina rósea e trófica; leucorreia de cor X, 
com/sem odor; colo uterino epitelizado, orifício cervical 
externo puntiforme/em fenda 
 Coleta de colpocitologia oncótica (CO); 
 Ácido acético; 
 Lugol: Schiller negativo = lugol positivo. 
 KOH: Whiff test, 10%, vaginose bacteriana 
Toque vaginal 
 O toque vaginal deve ser bidigital e bimanual. 
 Realizar com 2 dedos (se possível) 
 Integridade do canal vaginal, mucosa 
 Palpar o colo uterino (parte inferior + abdome/com 
2 dedos para as laterais) 
o Colo doloroso ao toque: DIP? 
 Palpação dos anexos uterinos e ovários (em 
condições normais não é possível) 
 Verificar se o útero é AVF ou RVF 
DESCRIÇÃO: vagina íntegra, rugosa, pérvia para 2 dedos, 
colo uterino móvel, fibroelástico, indolor/doloroso ao 
toque. Anexos uterinos e ovários não palpáveis. Corpo 
uterino AVF/RVF 
Papanicolau 
Colpocitologia oncótica 
Recomendações da Diretriz e seus níveis de evidência: 
 O método de rastreamento do CA de colo de útero 
e de suas lesões precursoras é o exame 
citopatológico. Os dois primeiros exames devem ser 
realizados com intervalo anual e, se ambos os 
resultados forem negativos, os próximos devem ser 
realizados a cada 3 anos. (A) 
 O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade 
para as mulheres que já tiveram ou têm atividade 
sexual ativa (A) e o rastreamento antes dos 25 anos 
deve ser evitado (D) 
 Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos 
de idade e, naquelas mulheres que têm história prévia 
de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos 
quando essas mulheres tiverem pelo menos dois 
exames negativos consecutivos nos últimos cinco 
anos (B) 
 Para mulheres com mais de 64 anos de idade e que 
nunca se submeteram ao exame citopatológico, 
deve-se realizar dois exames com intervalo de 1-3 
anos. Se ambos forem negativos, essas mulheres 
podem ser dispensadas de exames adicionais (B) 
 
Recomendações na prática: 
 Início: realizar a coleta anualmente a partir de 1 ano – 
1,5 ano após o início da atividade sexual (sexarca) 
 Término: pacientes que completarem 65 anos, 
apresentando baixorisco, sem história de patologia 
cervical prévia e tendo 2 últimos exames normais 
nos últimos 5 anos. 
 Não deve ser realizado se houve relação sexual ou 
uso de creme vaginal 48h antes; 
 Não realizar coleta em pacientes menstruadas; 
 Preencher o pedido de citologia cervical que 
acompanhará o material. 
HPV: 
 Entramos em contato com ele 
 Ele se instala na ZT, uma vez que a JEC é o 
ambiente perfeito para o vírus. Ele pode ficar inativo 
por décadas até causar algum problema. 
o Prevenção primária – abstinência sexual 
o Prevenção secundária – vacina HPV 
o Prevenção terciária – realizar Papanicolau 
 
Materiais necessários para a coleta do preventivo: 
 Luva 
 Gaze 
 Lâmina 
 Cytobrush (escova endocervical) 
 Pinça de Cheron 
 Espéculo esterilizado 
 Espátula de Ayre 
 Fixador citológico de lâmina 
 Soro fisiológico 
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 Ácido acético 
 Lugol 
 
Como a coleta é realizada: 
OBS.: coletar antes do exame de toque vaginal 
 O exame especular, o qual é a parte prática da 
avaliação do colo uterino, das paredes vaginais, da coleta 
de citologia oncótica e também da avaliação de secreção, 
ocorre com a introdução do espéculo com soro 
fisiológico bivalve na vagina em sentido longitudinal-
oblíquo (para desviar da uretra), afastando os pequenos 
lábios e imprimindo delicadamente um trajeto direcionado 
posteriormente, ao mesmo tempo em que se gira o 
instrumento para o sentido transversal. 
 Sempre se deve avisar a paciente de que se 
está introduzindo o espéculo, preveni-la quanto ao 
desconforto e tranquilizá-la em relação à dor. 
 Após introduzido e aberto, procura-se 
individualizar o colo uterino e avaliar pregueamento e 
trofismo da mucosa vaginal, secreções, lesões da 
mucosa, septações vaginais, condilomas, pólipos, cistos de 
retenção e ectopia. 
 Sempre se realiza o exame a fresco da seguinte 
forma: usa-se a extremidade da espátula de Ayre em 
rabo-de-peixe para coleta de raspado cervical para CP 
de colo (ou exame preventivo do câncer de colo). A 
parte maior da espátula deve ser colocada no orifício 
cervical e depois girada em 360°, para coletar células de 
toda a circunferência da zona de transição. O objetivo é 
destacar células da junção escamocolunar (JEC), isto é, a 
área em que a mucosa escamosa e a glandular se 
encontram, pois essa é a sede da maioria das alterações 
celulares neoplásicas e pré-neoplásicas. Emprega-se 
também a escova endocervical (ou cytobrush) para 
coleta de CP, para coletar células endoteliais do canal do 
colo do útero (a escova é completamente introduzida no 
colo e girada em 360°) 
 O material, depois de colhido, deve ser 
imediatamente espalhado sobre a lâmina e fixado, para 
posterior análise citopatológica. 
 Há também escovas especiais fabricadas para 
realização de citologia em meio líquido ou para realização 
de exames especiais, como captura híbrida para 
papilomavírus humano ou clamídia. Após a coleta, é 
colocada por inteiro em um frasco contendo o meio 
específico para análise. 
 Após a coleta de secreção vaginal para o exame 
a fresco, devem-se limpar as secreções que ficam à 
frente do colo (pode-se utilizar soro), e só depois 
proceder à aplicação de ácido acético (concentrações 
podem variar de 1 a 5%). Aguardam-se alguns segundos 
e se realiza novamente a inspeção do colo uterino, à 
procura de lesões que foram realçadas pelo produto 
(mais brancas e brilhantes, ou acetobrancas). 
 Depois, aplica-se a solução de lugol para o teste 
de Schiller: se o colo se cora de forma uniforme, escura, 
o teste é considerado normal se não houver áreas 
brancas (“lugol positivo” ou “Schiller negativo”); se houver 
áreas que não se coram, o teste é considerado alterado 
(“lugol negativo” ou “Schiller positivo”). Por vezes, quando 
se trata de mucosa vaginal atrófica, a coloração pode não 
ser uniforme, ou o colo adquire uma tonalidade mais 
fraca, até amarelada; nesse caso, o teste é normal, 
comumente designado como “iodo-claro”. Cabe ressaltar 
que somente a área de mucosa escamosa deve ficar 
corada. Não se espera, portanto, que as zonas com 
epitélio glandular (endocérvice) fiquem coradas, bem 
como a zona de transformação epitelial, que pode 
adquirir coloração irregular. A análise da secreção vaginal 
é importante para o diagnóstico de vulvovaginites 
 
Amostra é satisfatória/bem coletada quando: 
 Contém células escamosas, células 
glandulares/colunares, células metaplásicas da JEC 
(ZT – zona de transição) 
 
Amostra é insatisfatória quando: 
 Material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço) 
 Leitura prejudicada (>75% do esfregaço) por 
sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, 
contaminantes externos ou intensa superposição 
celular 
 Se insatisfatório, o exame deve ser repetido em 6-
12 semanas com correção, quando possível, do 
problema que motivou o resultado insatisfatório. 
 
Possíveis resultados: 
 Normal/Benigno: 
o Resultado citológico dentro dos limites da 
normalidade no material examinado; 
o Alterações celulares benignas, reativas ou 
reparativas 
o Inflamação sem identificação de agente; 
o Resultado citológico indicando metaplasia 
escamosa imatura 
o Resultado citológico indicando reparação 
o Resultado citológico indicando atrofia com 
inflamação (pacientes idosas) 
o Achados microbiológicos: Lactobacillus sp; 
Cocos; outros bacilos 
 Alterados: 
o ASC-US: alteração das células escamosas 
possivelmente não-neoplásicas 
 Na prática: repete o exame em 3 meses 
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o ASC-H: alterações da células escamosas, não se 
pode excluir a possibilidade de neoplasia 
 Faz colposcopia 
o ASG-US e AGC-H: alterações das células 
glandulares/colunares; 
 Faz colposcopia 
o NIC-1: muito comum; lesões intraepiteliais de 
baixo grau (1 cm); 
o NIC-2: lesões intraepiteliais de alto grau (2 cm); 
o NIC-3: lesões intraepiteliais de alto grau (3 cm); 
atinge vasos sanguíneos e sistema linfático; 
 Elimina o colo do útero por meio de 
conização (bisturi) ou alça CAF (cautério) 
 Gestante: não tem o que fazer 
o Lesão > 3cm: CA de colo de útero 
 Imunidade baixa – população importante: 
grávidas (imunossupressão fisiológica) 
Atendimento à Menina 
Adolescente 
Sigilo: 
 Pode passar pela consulta sozinha ou acompanhada; 
 Tem a confidencialidade de suas informações 
garantidas (importante falar isso para ela, 
acolhimento), a não ser que esteja em situação de 
risco iminente; 
 Esquema consulta em dois tempos; 
 Em pronto-socorro: preservar a intimidade, isolando, 
usando biombo + solicitar um 2° profissional (de 
preferência mulher) no momento do exame físico 
Temas abordados: 
 Perguntas claras e diretas, com linguagem simples 
 Envolver a paciente na consulta 
 Perguntar sobre relação com a família/ 
acompanhante, se costumam conversar 
abertamente 
Passo a passo: 
 Anamnese: acompanhante é importante 
principalmente para dar dados sobre a história da 
doença pregressa 
 Sentir o que se pode ou não perguntar para a 
paciente (primeira consulta? Acompanhante não é 
aberto? Vergonha?) – está confortável ou não 
 Algumas pacientes não se sentem confortáveis 
longe do(a) acompanhante 
 Explicar sobre a consulta em dois tempos 
o Questionar “com quantas pessoas você já 
teve relação sexual”, não “quantos parceiros 
você tem” 
 Explicar para ambos como funciona o exame físico, 
se aceita ou não realiza-lo. 
 O exame deve ser feito sempre que concordarem. 
 O exame não é obrigatório logo na primeira consulta; 
é importante ganhar a confiança da paciente antes. 
 Explicar a importância do exame para ser realizado 
no retorno. 
OBS.: ganhe a confiança do adulto; o acompanhamento 
pediátrico é indicado; pode-se prescrever métodos 
contraceptivos 
Critérios de Tanner 
 A sequência de eventos que caracterizam a 
maturação sexual tende a ser mais precoce no sexo 
feminino e se completa em um período de 2 a 5 anos. 
Nas meninas, esse processo tem iníciocom o 
aparecimento do broto mamário, entre os 8 e os 13 anos 
de idade (período considerado normal para o início da 
puberdade feminina), tendo como média 9,7 anos. Fato 
marcante da puberdade feminina, a menarca costuma 
ocorrer aos 12,2 anos, em média, podendo surgir no 
período entre os 9 e os 16 anos. 
 
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Motivos da consulta 
 Avaliação da puberdade 
 Corrimento vaginal 
 Irregularidades menstruais 
 Alterações anatômicas 
 Anticoncepção 
 Sexualidade 
 Pré-natal 
 DSTs 
 Dismenorreia 
 Alterações mamárias. 
Posição para o Exame Ginecológico: 
 
Ou posição de “sapo” ou “borboleta” 
Manobra da tenda: extremamente importante para saber 
qual o tipo de hímen 
 
Infecções Sexualmente 
Transmissíveis 
Herpes Vírus 
Agente etiológico: 
 Herpes vírus simples 
 HSV-1 – infecções na face e tronco, geralmente 
 HSV-2 – infecções na genitália e de transmissão 
geralmente sexual, geralmente 
o Os dois podem infectar qualquer área da 
pele ou das mucosas 
 
Quadro clínico: 
 O quadro clínico clássico inicia com o aparecimento 
de pequenas e múltiplas vesículas sobre áreas 
eritematosas, acompanhadas por ardor persistente, 
3-7 dias após o contato, as quais rapidamente se 
rompem (em torno de 24-48 horas) formando 
pequenas úlceras dolorosas e que cicatrizam em 2 
ou 3 semanas, com ou sem tratamento. 
 
 
Diagnóstico: 
 Lesões vesiculares ou ulceradas na área genital, com 
dor, em uma pessoal sexualmente ativa 
 Detecção de HSV por PCR – padrão-ouro 
 
Tratamento: tem como objetivo melhorar a ansiedade, 
aliviar os sintomas, reduzir a duração dos sintomas e 
reduzir a transmissão viral 
 Sintomático: antibiótico tópico, gel tópico, solução 
fisiológica 
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 Via oral com drogas antivirais (aciclovir, valaciclovir, 
fanciclovir) 
 
Prevenção e recomendações: 
 Informações para a população 
 Atividades educativas 
 Aconselhamento de pessoas com DST e seus 
parceiros – necessidade de maior cuidado, 
protegendo a si e seus parceiros 
 Adesão ao tratamento 
 Disponibilizar preservativos 
 Higiene das regiões genitais antes e depois de cada 
relação sexual 
 Evitar múltiplos(as) parceiros(as) sexuais 
 
Sífilis: 
Agente etiológico: 
 Treponema pallidum – bactéria 
 Pode apresentar várias manifestações clínicas e 
diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente 
e terciária) 
o Nos estágios primário e secundário da 
infecção, a possibilidade de transmissão é 
maior. 
 A sífilis pode ser transmitida por via transplacentar, 
da grávida para o feto, em qualquer altura da 
gestação e em qualquer fase da doença materna. 
 
Quadro clínico: 
 Sífilis primária: ferida única, indolor, sem prurido, 
ardência ou formação purulenta; apresenta ínguas 
na virilha 
 Sífilis secundária: feridas múltiplas, após 6 semanas-6 
meses da cicatrização da ferida inicial; causa febre, 
mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo 
 Sífilis latente: assintomática 
 Sífilis terciária: 2-40 anos após o início da infecção; 
lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e 
neurológicas 
 
 
Diagnóstico: 
 Direto: exame em campo escuro, pesquisa direta 
com material corado ou imunoflorescência direta 
 Sorológico: 
o Testes Não Treponêmicos: são úteis para 
triagem em grupos populacionais e 
monitorização do tratamento. O teste VDRL 
e os testes rápidos com reaginas 
plasmáticas são testes sensíveis, simples e 
baratos, utilizados para triagem, mas não 
específico. O VDRL positiva-se entre 5 e 6 
semanas após a infecção e entre 2 e 3 
semanas após o surgimento do cancro. 
o Testes Treponêmicos: são utilizados para 
confirmação do diagnóstico e não se tornam 
positivos até 3 a 6 semanas após a infecção 
inicial. O principal é o teste de absorção de 
anticorpo treponêmico fluorescente (FTA-
ABS). 
o O teste rápido promove a detecção 
qualitativa de anticorpos contra o antígeno e 
possui leitura logo após a realização, este é 
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utilizado na UBS. Apresenta alta 
especificidade e sensibilidade. 
 
Tratamento: 
 O tratamento de sífilis nas grávidas é igual ao da 
população em geral. 
 Os pacientes com alergia à penicilina podem ser 
tratados com doxiciclina (100 mg 2 vezes por dia por 
14 dias) ou azitromicina (dose única de 2 gramas), 
mas eles não são tão eficazes quanto a penicilina. 
 No caso de grávidas alérgicas à penicilina, a doxiciclina 
não é uma opção, pois é um antibiótico 
contraindicado durante a gestação. 
 
Prevenção e recomendações: 
 Não compartilhamento de agulhas 
 Utilizar preservativo 
 Comunicar e informar a população em geral 
 Acompanhamento de gestantes e parcerias 
sexuais durante todo o pré-natal 
 
Cancro mole 
Agente etiológico: 
 Transmitida por via sexual, tem como agente 
etiológico o Haemophilus ducreyi → cocobacilo 
gram-negativo. 
 O H. ducreyi necessita de solução de continuidade da 
pele ou semimucosa para sua penetração e tempo 
de incubação de normalmente de 2 a 5 dias, 
 
Quadro clínico: 
 As lesões ulceradas acometem com mais frequência 
as áreas de maior atrito durante o ato sexual. 
 HOMEM → região do frênulo do pênis e sulco 
balanoprepucial. 
 MULHER → na fúrcula e na face interna dos lábios 
externos e internos. 
o Queixa de ulceração dolorosa é menos 
frequente, sendo substituída, na 
dependência da localização da lesão, por 
dispareunia, sangramento e corrimento 
vaginal e sangramento retal. 
 Menos comuns são as lesões de localização em ânus 
e boca. 
 Após incubação → discreta pápula, mácula ou 
pústula circundada por um halo eritematoso → lesão 
ulcerada com bordas irregulares talhadas a pique, 
com fundo purulento, base mola à compressão, 
muito dolorosa → novas lesões ulceradas – “úlceras 
que se beijam” 
 Bubão: adenite inguinal, satélite, volumosa, recoberta 
por pele eritematosa, unilateral em 75% dos casos, 
e muito dolorosa, podendo evoluir nos pacientes sem 
tratamento com supuração por um único orifício, 
drenando um pus espesso. 
 
 
Diagnóstico: 
 Clínico 
 Alguns exames complementares que podem ser 
feitos: bacterioscopia, cultura, histopatológico, PCR 
multiplex 
 
Tratamento: 
 Antimicrobiana 
 Limpeza do local e compressa com soro fisiológico 
a 0,9% ou com água boricada, três vezes ao dia 
 Uso de antibióticos tópicos 
 Analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais 
 Reexaminar em até 7 dias + testar para outras ISTs 
+ orientação do parceiro 
 
Linfogranuloma venéreo, mula, doença 
de Nicolas-Favre-Durand ou bulbão 
climático 
Agente etiológico: 
 Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 que tem 
predileção pelos vasos linfáticos e linfonodos. 
 
Quadro clínico: 
 Caracteriza-se pela presença de bulbão inguinal, com 
período de incubação de 3 a 30 dias 
 Primária: pápula, vesícula, pústula ou erosão fugaz 
indolor no local de penetração do agente etiológico. 
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 Secundária: adenite inguinal, geralmente unilateral, 
firme e pouco dolorosa (bubão), que pode ser 
acompanhada de febre e mal-estar; 
 
 Terciária: Quando há drenagem de material 
purulento por vários orifícios no bubão, com ou sem 
sangue, que, ao involuir, deixa cicatrizes retraídas ou 
quelóides - estiomene. 
 
 
Diagnóstico: 
 Suspeita clínica + diagnóstico diferencial de herpes 
simples, cancroide, cancro duro, sífilis, donovanose, 
tuberculose cutânea. 
 
Tratamento: 
 Doxiciclina, azitromicina e eritromicina devem ser 
empregadas, salvo contraindicações como gravidez, 
em crianças, intolerância ou alergia. 
 Todos os pacientes com diagnóstico de LGV devem 
ser acompanhados até a regressão dos sinais e 
sintomas, que normalmente ocorre em 1 a 2 
semanas nas infecções precoces. 
 
Donovanose, granuloma inguinal, 
granuloma venéreo ou granuloma 
contagioso 
Agente etiológico: 
 O agente etiológico é o Calymmatobacteriumgranulomatis, bacilo gram-negativo. É uma bactéria 
intracelular raramente cultivável. Parece pertencer à 
flora intestinal 
 
Quadro clínico: 
 A doença inicia com uma lesão nodular, única ou 
múltipla, de localização subcutânea, que pode erosar, 
produzindo ulceração bem-definida, de crescimento 
lento e sangrante. 
 As manifestações posteriores dependem das 
respostas teciduais do hospedeiro, originando formas 
localizadas ou extensas e até mesmo lesões viscerais 
por disseminação hematogênica. 
 As lesões são indolores, auto inoculáveis, raramente 
associadas à adenopatia-satélite, que determina 
fibrose e linfedema. 
 A forma clínica mais frequente da donovanose é a 
ulcerovegetante com abundante tecido de 
granulação e sangramento fácil. 
 
 
Diagnóstico: 
 Na prática, o diagnóstico da donovanose necessita da 
demonstração dos corpúsculos de Donovan, que são 
mais facilmente visibilizados nos esfregaços 
citológicos corados pelo Giemsa e/ou histopatologia 
biópsia de lesão suspeita. 
 
Tratamento: 
 Mantido por pelo menos 3 semanas ou até 
cicatrização completa das lesões 
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 Azitromicina, doxiciclina, ciprofloxacino, eritromicina 
ou sulfametoxazol + trimetoprima 
 Investigar o parceiro 
 Sem tratamento, a cura é incomum – evolui para 
extensa destruição tecidual 
 
Prevenção e recomendações: 
 Preservativos 
 Testes sorológicos para sífilis, HIV e hepatites 
 Ações de educação em saúde sexual e reprodutiva 
 Imunização contra hepatite B e HPV 
 Notificação compulsória 
 
Clamídia 
Agente etiológico: 
 A Clamídia é causada pela bactéria Chlamydia 
trachomatis. 
 É uma bactéria não usualmente corada pelo GRAM, 
mas determinada como gram negativa por conta de 
seu peptideoglicano fino. 
 A Clamídia é a infecção sexualmente transmissível 
(IST) de maior prevalência no mundo. 
 
Quadro clínico: 
 Assintomático em até 80% dos infectados 
 Corrimento amarelado ou claro; sangramento 
espontâneo ou durante as relações sexuais; dor ao 
urinar e/ou durante as relações sexuais e/ou no baixo 
ventre. Pode haver polaciúria. 
 A principal complicação da infecção por clamídia nas 
mulheres é progressão da bactéria em direção ao 
útero, trompas e ovários, provocando uma grave 
infecção conhecida como doença inflamatória pélvica 
(DIP) e infertilidade. 
 
Diagnóstico: 
 O teste diagnóstico é o teste de amplificação de 
ácido nucleico (NAAT) de esfregaços vaginais para 
mulheres ou urina para homens. 
 O NAAT também deve ser usado em esfregaços 
retais para diagnosticar a proctite por clamídia. No 
entanto, na impossibilidade de realização do NAAT, 
os pacientes com sinais e sintomas consistentes com 
clamídia podem ser tratados empiricamente. 
 
Tratamento: 
 O tratamento recomendado pelo CDC para clamídias 
não complicadas é doxiciclina 100 mg oral, duas vezes 
ao dia por 7 dias ou azitromicina 1 g oral em dose 
única. 
 Um teste de cura (aproximadamente 3 semanas 
após a finalização do tratamento de clamídias) é 
recomendado somente para gestantes. 
 
Prevenção e recomendações: 
 A principal recomendação para se prevenir dos 
riscos de infecção é o sexo seguro com utilização 
de camisinha masculina ou feminina nas relações 
sexuais vaginais, anais e orais. 
Gonococo ou gonorreia 
Agente etiológico: 
 A gonorreia é uma infecção sexualmente 
transmissível causada pela Neisseria gonorrhoeae. 
o Diplococo Gram-negativo 
 Infecta tipicamente o epitélio da uretra, a cérvice, o 
reto, a faringe ou conjuntiva. Afeta o colo do útero. 
 
Quadro clínico: 
 Provoca dor pélvica, irritação e eliminação de 
secreção purulenta. Uretrite, cervicite, Bartholinite, 
corrimento vaginal, disúria, sangramento vaginal 
anormal, dor e secreção retal 
 A coinfecção com outras ISTs é comum, 
particularmente por Chlamydia trachomatis, que é 
encontrada em 30% dos homens com gonorreia. 
 
Tratamento: 
 Para infecção não complicada, dose única de 
Ceftriaxona + azitromicina + tratamento dos 
parceiros 
 
Prevenção e recomendações: 
 Diagnóstico precoce 
 Tratamento adequado 
 Uso de preservativos 
 
Micoplasmas 
Agente etiológico: 
 Mycoplasma genitalium 
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 São bactérias que não tem parede celular e infectam 
o colo do útero 
 Transmissão por via sexual 
 
Quadro clínico: 
 Na maioria dos casos, a paciente é assintomática. 
 Corrimento persistente, Dispareunia: dor na relação 
sexual e vermelhidão no colo de útero com muita 
dor, o que pode causar a cervicite, que é a 
inflamação da mucosa endocervical 
 Pode causar doença inflamatória pélvica (DIP) 
Diagnóstico: 
 Cultura das bactérias 
 
Tratamento: azitromicina 
Prevenção e recomendações: uso de camisinha 
 
Ureaplasma 
Agente etiológico: 
 Ureaplasma urealyticum 
 Ureaplasma é um grupo de pequenas bactérias que 
habitam o trato respiratório e urogenital (urinário e 
reprodutivo) tanto em mulheres quanto em homens. 
 A infecção pode entrar no corpo pela vagina ou pela 
uretra. O ureaplasma também pode ser transmitido 
de mãe para filho durante a gravidez. 
 
Quadro clínico: 
 A maioria das não apresenta sintomas 
 Uretrite, corrimento genital, disúria, polaciúria, dor, 
prurido 
 
Diagnóstico: 
 NAAT (teste de amplificação de ácido nucléico) para 
procurar a bactéria. 
 
Tratamento: azitromicina e doxiciclina (antibióticos) 
Prevenção e recomendações: camisinha 
HIV 
Agente etiológico: 
 HIV – vírus da imunodeficiência humana 
 Retrovírus com genoma RNA, da família Retroviridae 
o HIV-1: causa mais comum de AIDS, possui 
carga viral alta (evolução rápida), sendo mais 
frequente nas Américas e na Europa. 
o HIV-2: Possui carga viral mais baixa (evolução 
da infecção tende a ser mais lenta), presente 
na África Ocidental e alguns países da 
Europa. 
 
Quadro clínico: 
 Infecção aguda: É quando ocorre a infecção pelo 
vírus causador da AIDS e o sistema imunológico 
começa a ser atacado. Esse período varia de três a 
seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias 
após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os 
primeiros sintomas são muito parecidos com os de 
uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a 
maioria dos casos passa despercebida. Podem estar 
presentes também sintomas como: fadiga, mialgias, 
dor de garganta, problemas gastrintestinais, 
linfadenopatia, eritema maculopapular e cefaleia. 
 Fase assintomática: Marcado pela forte interação 
entre as células de defesa e as constantes e rápidas 
mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o 
organismo o suficiente para permitir novas doenças, 
pois os vírus amadurecem e morrem de forma 
equilibrada. Esse período pode durar muito anos. 
 Fase sintomática: com o frequente ataque, as células 
de defesa começam a funcionar com menos 
eficiência até serem destruídas. O organismo fica 
cada vez mais fraco e vulnerável a infecções 
comuns. Há uma alta redução dos linfócitos T CD4+ 
que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm3 
de sangue. Os sintomas mais comuns nessa fase são: 
febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. 
 AIDS: a baixa imunidade permite o aparecimento de 
doenças oportunistas, que recebem esse nome por 
se aproveitarem da fraqueza do organismo. Quem 
chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou 
não seguir o tratamento indicado pela equipe de 
saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, 
pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. 
 
Diagnóstico: 
 Testes rápidos: são práticos, de fácil execução e 
leitura visual: podem ser realizados com a coleta de 
uma gota de sangue ou com fluido oral e fornecem 
o resultado em, no máximo, 30 minutos. Esses testes 
são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos 
Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). 
 Exames laboratoriais: 
o ELISA (Enzime Linked Immunosorbent 
Assay, ou ensaio de imunoadsorção ligado à 
enzima), É omais usado, por sua facilidade 
de automação, custo relativamente baixo e 
elevada sensibilidade e especificidade. 
o Imunofluorescência indireta, utilizada na 
confirmação sorológica. 
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o Western-blot, considerado "padrão ouro" 
para confirmação do resultado na etapa de 
triagem. Tem alta especificidade e 
sensibilidade, mas seu custo é alto. 
 Habitualmente, o teste ELISA é o primeiro exame 
de sangue feito para verificar se a pessoa está 
infectada com HIV. Se este teste der positivo, outro 
teste mais específico, normalmente teste Western-
blot, é feito para confirmar os resultados. 
 
Tratamento: 
 O tratamento é feito através de medicamentos 
antirretrovirais (ARV). Eles agem inibindo a 
multiplicação do HIV no organismo e, 
consequentemente, evitam o enfraquecimento do 
sistema imunológico. 
 O uso regular dos ARVs é fundamental para garantir 
o controle da doença e prevenir a evolução para a 
aids. A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) 
traz grandes benefícios individuais, como aumento da 
disposição, da energia e do apetite, ampliação da 
expectativa de vida e o não desenvolvimento de 
doenças oportunistas. 
 Uma pessoa com boa adesão ao tratamento atinge 
níveis de carga viral tão baixos que é praticamente 
nula a chance de transmitir o vírus para outras 
pessoas. Além disso, quem toma o medicamento 
corretamente não adoece e garante a sua qualidade 
de vida. 
 
Prevenção e recomendações: 
 A melhor técnica de evitar a Aids/HIV é a prevenção 
combinada, que consiste no uso simultâneo de 
diferentes abordagens de prevenção, aplicadas em 
diversos níveis para responder às necessidades 
específicas de determinados segmentos 
populacionais e de determinadas formas de 
transmissão do HIV (mandala). 
 Uso de camisinha masculina, feminina e gel 
lubrificante 
 Tratamento da pessoa com HIV 
 Testagem de HIV, ISTs e hepatites virais 
 Profilaxia pós-exposição (PEP) 
 Profilaxia pré-exposição (PREP) 
 Transmissão vertical 
 Imunização contra hepatite B e HPV 
 Redução de danos: Disponibilização de kits com 
seringas e agulhas individuais para usuários de drogas 
injetáveis; uso de materiais perfuro-cortantes 
descartáveis; seleção criteriosa de doadores de 
órgãos e adoção de regras rígidas para testar, 
transportar, estocar e transfundir o material (sangue). 
VULVOVAGINITES Candidíase Vaginose Bacteriana Tricomoníase 
Agente Etiológico Candida albicans – fungo Gardnerella vaginalis Trichomonas vaginalis 
Cor Leucorreia branca Leucorreia amarela/verde Leucorreia 
branca/amarela/verde 
Odor - Peixe podre Pode ter ou não 
Prurido Intenso - Pode ter ou não 
Leucorreia Grumosa Fluida Bolhosa 
Observações Não é DST; antes da 
menstruação 
Sniff Test após coleta; após 
a menstruação 
Disúria; mistura das outras 
2; cistite de repetição 
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Inserção de DIU 
Passo a passo 
1. Posição de litotomia (ginecológica) 
2. Toque vaginal bimanual – tocar o fundo de saco 
vaginal e mobilizar o útero para sentir se é AVF ou 
RVF 
3. Introdução do espéculo P ou M – pode conter 
vaselina para lubrificação 
4. Antissepsia com Clorexidina aquosa – não utilizar 
antisséptico alcoólico na mucosa 
5. Preensão do colo do útero com pinça Pozzi às 3 e 
9 horas – realizar a retificação do colo do útero para 
permitir a passagem pelo colo; trancar a pinça na 1° 
medida (momento de dor, reação vasovagal) 
6. Histerômetro – medir o útero desde o orifício 
cervical externo até o seu fundo + avaliar se está 
pérvio; cuidado ao tocar o fundo uterino, pois a 
paciente sente – risco de perfuração 
7. Avaliar o tamanho uterino – procurar por marca de 
muco ou sangue no Histerômetro (geralmente de 6 
a 8 centímetros) 
8. Abrir o DIU 
9. Inserção do DIU – vai até o final, volta 1 centímetro, 
libera os braços, espera de 10-15 segundos, volta até 
o final, libera todo o DIU e então retira o insertor 
10. Cortar os fios 2 centímetros para fora do colo 
Materiais e cuidados necessários 
 Pinça Cheron 
 Clorexidina aquosa/não alcoólica 
 Gazes em Cuba rim 
 Pozzi 
 Histerômetro 
 Tesoura de fio 
 Luvas 
 Dispositivo Intra Uterino 
o DIU Kyleena: pacientes sem filhos, dose hormonal 
ainda mais baixa que Mirena, menor 
o DIU de cobre e prata: ficam em formato de T 
o DIUs hormonais: ficam em formato de guarda-chuva 
o DIU não é recomendado: mioma, pólipo, distorção de 
cavidade, fibrose 
 
 
Métodos Contraceptivos 
Critérios de elegibilidade e índice de 
Pearl 
 Os critérios são definidos pelo conjunto de 
características de uma pessoa candidata ao uso de um 
determinado método e indicam se aquela pessoa pode 
ou não utilizá-lo. A Organização Mundial de Saúde 
montou um grupo de trabalho que classificou estas 
condições em quatro categorias: 
1. O método pode ser usado sem qualquer 
restrição. 
2. O uso do método pode apresentar algum risco, 
habitualmente menor do que os benefícios 
decorrentes de seu uso. Com acompanhamento 
clínico rigoroso. 
3. O uso do método pode estar associado a um 
risco considerado superior aos benefícios 
decorrentes de seu uso. O método não é o mais 
apropriado para aquela pessoa, mas pode ser 
usado no caso de não haver outra opção 
disponível ou no caso de a pessoa não aceitar 
qualquer alternativa. 
4. O uso do método determina um risco à saúde, 
inaceitável. O método está contraindicado. 
 
Roda dos critérios: auxilia os provedores do planejamento 
familiar na orientação do uso de métodos contraceptivos 
seguros e eficazes a mulheres que apresentam uma 
certa condição ou característica médica relevante 
Índice de Pearl: contém a taxa de falha dos métodos 
contraceptivos; expressa pela taxa de falhas própria do 
método, em um período de tempo, geralmente um ano 
 
 
 
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Métodos de Barreira e 
comportamentais 
Métodos de barreira: 
 Preservativo: previne ISTs, como HIV, HPV. Podem 
ser masculino ou feminino, e devem ser introduzidos 
antes da penetração. Deve ser usado ou um ou 
outro, não os dois juntos, pois há risco de romper 
o Podem ser feitos de látex, poli-isopreno, 
poliuretano ou borracha de silicone 
o Os preservativos não alergênicos são 
fabricados com um elastômero termoplástico 
sintético, como o poliuretano 
 Diafragma: borracha cilíndrica de extremidade 
flexível, que se encaixa na cérvice e é colocado na 
parte superior e parede lateral da vagina. Eles 
normalmente são usados com um espermicida e, em 
conjunto, fornecem uma barreira eficaz ao esperma. 
o Podem ser lavados e reutilizados. 
o O diafragma deve permanecer no local por 
pelo menos 6 a 8 h após a relação, mas não 
por mais de 24 depois da relação sexual. 
 Capuz Cervical: Assemelha-se ao diafragma, mas é 
menor e mais rígido. Um creme ou gel espermicida 
sempre deve ser usado com um capuz cervical. 
o O capuz cervical deve ser inserido antes da 
relação sexual; deve permanecer no local por 
pelo menos 6 h após a relação sexual e não 
mais que 48 h. 
 Esponja Contraceptiva: age tanto como um 
dispositivo de barreira como um agente espermicida. 
 Espermicida: Espumas, cremes e supositórios 
vaginais contêm agentes que fornecem uma barreira 
química para o esperma, provoca a ruptura da 
membrana dos espermatozoides, matando-os ou 
desacelerando seu movimento 
o Espermicidas não protegem de uma maneira 
confiável contra doenças sexualmente 
transmissíveis (DSTs). 
 
Métodos comportamentais: 
 Coito interrompido: Retirada do pênis do canal vaginal 
antes da ejaculação. Método pouco eficaz e 
arriscado, uma vez que depende do controle 
masculino e possibilita a transmissão de doenças 
sexualmente transmissíveis. 
 Método do muco cervical: Identificação do período 
fértil através do muco cervical. Não utilizado na 
presença de infecções vaginais. 
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 Tabelinha: ter atenção ao período fértil e evitar terrelações sexuais durante esse período, pois assim é 
possível diminuir a probabilidade de gravidez. 
o Mais usado para gravidez guiada que para 
não engravidar 
 Método da curva de temperatura basal: avalia-se a 
temperatura corporal basal, buscando identificar o 
provável dia de ovulação. Isso ocorre porque, depois 
da ovulação, há um aumento da progesterona 
liberada pelo corpo lúteo, a qual atinge o centro 
termorregulador do hipotálamo, levando ao aumento 
da temperatura corporal em 0,2 a 0,5 graus. A 
mulher precisa verificar sua temperatura diariamente, 
de preferência com o mesmo termômetro, no 
mesmo local do corpo e no mesmo horário, de 
preferência pela manhã antes de sair da cama. 
o O problema desse método é que necessita 
de grande disciplina da mulher, além de ter 
um longo período de abstinência. 
 
DIU não hormonal e esterilização 
DIU não hormonal: 
 Os DIUs podem ser utilizados em pacientes de todas 
as faixas etárias, mesmo que ainda não tenham tido 
filhos. Após o parto, seja normal ou cesariana, o DIU 
também é uma ótima opção para contracepção 
 Contraindicação absoluta: gravidez; 
 Outras contraindicações: DIP, câncer uterino, câncer 
de mama, doenças do fígado e alergia ao cobre 
 Complicações: perfuração, sangramento genital, 
infecção pélvica, expulsão, aborto 
 DIU de Cobre: método contraceptivo de longo prazo 
(até 10 anos) bastante eficaz no controle da natalidade 
(99,3%) 
o Disponível pelo SUS 
o Pequeno e flexível dispositivo de polietileno 
em formato de T, revestido de cobre na 
haste vertical e dois anéis de cobre em cada 
haste horizontal 
o Mecanismo de ação: O DIU de cobre 
promove mudanças bioquímicas e 
morfológicas no endométrio e muco cervical. 
 
 DIU de Prata: combina cobre e prata em sua 
composição. O objetivo da associação dos dois 
metais é reduzir o risco de oxidação e fragmentação 
dos sais de cobre no útero. O DIU de prata possui 
um tempo de ação contraceptiva de 5 anos. 
o A prata faz com que o fluxo menstrual e 
cólicas menstruais sejam menores em 
comparação com o DIU de Cobre 
o O DIU de prata também tem o mesmo 
mecanismo de ação do DIU de cobre 
o O formato em Y foi pensado para facilitar sua 
inserção e remoção, pois ele é menor do que 
o de cobre 
 
Laqueadura: 
 Realiza-se a obstrução do lúmen tubário, impedindo 
o transporte do óvulo e o encontro dos gametas 
femininos e masculinos. 
 Taxa de sucesso de 99% 
 O local ideal para o procedimento cirúrgico é a região 
ístmica. Pode ser realizada por via videolaparoscópica 
ou laparotômica (minilaparotomia) 
 Ideal: salpingectomia 
 Complicações: infecção, lesão de bexiga ou 
intestinos, hemorragia interna, etc 
 Mulheres com pelo menos dois filhos ou mais de 25 
anos de idade. 
 Mulheres em risco de vida ou em que uma nova 
gestação seja inviável, com parecer de dois médicos 
 
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Métodos hormonais 
Adesivo transdérmico: 
 Adesivo fino, bege, com uma superfície de 20 cm2, 
que contém 750 mg de etinilestradiol (EE) e 6 mg 
de norelgestromina (NGMN). Deve ser trocado em 
torno de uma vez por semana. 
 Pode ser colocada no MS, no abdome, dorso ou 
nádegas 
 Teremos a inibição das gonadotrofinas e, 
consequentemente, da ovulação (usa 
anticoncepcionais hormonais combinados) 
 Deve ser aplicado sobre pele limpa e seca, em área 
sem pelos, no primeiro dia do ciclo, no primeiro 
domingo (Sunday start) ou após a prescrição (quick 
start). Usar um adesivo a cada 7 dias, com rodízio 
semanal dos locais de aplicação. 
 Reduz risco de CA de ovário e endométrio, não 
interfere na eficácia de outros medicamentos, pode 
causar TEV 
 Efeitos adversos: sangramentos irregular, sintomas 
mamários, cefaleia, náusea, dismenorreia 
 Ausência do metabolismo de primeira passagem 
hepática 
 
 
DIUs Hormonais: 
 Mirena: endoceptivo que consiste em uma matriz de 
plástico em formato de T com um reservatório 
contendo levonorgestrel. A taxa de liberação de 
levonorgestrel é de 20μg/dia no primeiro ano da 
inserção, diminuindo progressivamente com o passar 
dos anos de uso 
o Durabilidade de 5 anos 
o Inibição da motilidade espermática, reação a 
corpo estranho e mecanismos moleculares. 
o Sangramento prolongado, escape, 
amenorreia, cefaleia, mastalgia 
 Kyleena: é menor do que o Mirena e libera menos 
hormônio. 
o Mecanismos: Espessamento do muco 
presente no colo uterino, impedindo a entrada 
dos espermatozoides no útero; Atrofia do 
endométrio, dificultando a implantação do 
embrião; Processo inflamatório no 
endométrio, causado pela presença do DIU 
dentro do útero, semelhante ao que acontece 
no DIU de cobre. 
o Não altera o ciclo menstrual, a mulher não 
menstrua pela atrofia do endométrio. A 
absorção sistêmica é mínima 
 
 
Injetáveis: 
 Não tem uma primeira passagem pelo fígado (assim 
não ocorre a redução da biodisponibilidade do 
fármaco, uma vez que é absorvido diretamente na 
circulação sistêmica). 
 Os injetáveis mensais combinados possuem 
formulação semelhante à encontrada na pílula 
anticoncepcional oral combinada, contendo 
estrogênio natural associado ao progestagênio. 
o Perlutan e Preg-Less, Mesigyna e Ciclofemina 
o A primeira injeção deve ser feita até o quinto 
dia do ciclo e as seguintes, a cada 30 dias. 
 Os injetáveis apenas de progesterona são 
preparações de liberação lenta com duração de dois 
a três meses; O mecanismo de ação do AMP-D é 
diferente dos outros métodos contendo apenas 
progestógeno, como os implantes, pois não é um 
sistema de ‘’liberação sustentada’’, sendo assim, além 
de alterar a espessura endometrial e espessar o 
muco cervical, bloqueia o pico do hormônio 
luteinizante (LH) evitando a ovulação; 
o No Brasil, a única formulação desse 
contraceptivo existente é o acetato de 
medroxiprogesterona de depósito (AMPD). 
Esse produto é apresentado em ampolas de 
50 mg, 150 mg e 500 mg; 
 
Implantes de Progesterona 
 Dispositivo contendo progestogênio (Progestinas) a 
ser implantado abaixo da derme para liberação do 
hormônio. Proporciona contracepção por até três 
anos. 
 Implanon System (Organon): trata-se de um único 
bastão subdérmico contendo 68 mg de um 
progestogênio 
 Mecanismo de ação: o progestogênio liberado 
continuamente suprime a ovulação, aumenta a 
viscosidade do muco do colo uterino e promove 
alterações atróficas no endométrio. 
 
Contraceptivos orais combinados: Contraceptivos 
hormonais que contém um estrogênio e um 
progestógeno em diferentes doses e esquemas 
posológicos 
 Monofásica: comprimidos com a mesma 
composição, nas mesmas doses. 
 Bifásica: pílulas com a mesma composição hormonal, 
cujos componentes se apresentam em dois blocos, 
com doses diferentes. 
 Trifásica: as pílulas, apesar de terem os mesmos 
constituintes, dividem-se em três blocos, cada um 
com doses diferenciadas dos hormônios. 
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 A ação mais importante é a inibição da ovulação por 
supressão dos fatores liberadores de gonadotrofina 
hipotalâmica, o que impede a secreção hipofisária de 
LH e FSH 
o Estrogênio: valerato de estradiol 
o Progestogênio: 19-nortestorterona 
 
 
 
 As principais complicações relacionadas à sua 
utilização incluem acidente vascular encefálico (AVE), 
infarto do miocárdio e trombose venosa. 
 
Contraceptivos orais de progesterona: 
 Indicação: Evitar efeitos colaterais dos estrogênios - 
amamentação. 
 Mecanismo de ação: não inibem ovulação. Efeito 
sobre muco cervical e endométrio. 
 Combinadas com aleitamento materno - 
praticamente 100% efetivas por até seis meses. 
 Uso: tomar 1 comprimido por dia ininterruptamente 
(mesmo se menstruada). 
 Contraindicações: CA de mama, gravidez, doença 
hepática, sangramento uterino sem explicação 
 Cistos ovarianos funcionais com maior frequência nas 
mulheres que utilizam esses agentes 
 A efetividade das pílulas contendo apenas 
progestogênio é reduzida por alguns medicamentos. 
 Seuefeito colateral mais comum é a alteração do 
ciclo menstrual, podendo causar desde irregularidade 
a amenorreia. 
 
Contraceptivo de Emergência: A anticoncepção de 
emergência é utilizada para evitar a gravidez após relação 
sexual que ocorreu na ausência de contracepção. Está 
indicada em casos de violência sexual, relações sexuais 
na ausência de qualquer método contraceptivo, na 
vigência de uso de métodos de eficácia limitada ou em 
caso de uso incorreto de métodos contraceptivos 
 Acidentes com preservativo 
 Prática do coito interrompido 
 Uso incorreto de métodos comportamentais 
 Esquecimento de ingestão de anticoncepcionais orais 
ou de troca de adesivo/anel vaginal/aplicação de 
injetáveis 
 Com a anticoncepção de emergência, a chance de 
gravidez é reduzida em torno de 85%. 
 Mecanismos: inibição da ovulação, alterações 
endometriais, interferência com o transporte ou 
penetração de espermatozoides (impede a ovulação 
ou a implantação. Não é capaz de romper um zigoto 
que se tenha implantado.) 
 Não é uma forma de aborto 
 Devem ser tomadas até 72 horas após o ato sexual, 
mas podem ser administradas até 120 horas depois. 
A dose inicial é seguida 12 horas mais tarde por uma 
segunda dose. 
 Náusea e vômitos são comuns com os esquemas 
COC em razão da alta dose de estrogênio 
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o Plano B: duas pílulas com intervalo de 12h 
(0,75mg de levonorgestrel) 
o Plano B em uma etapa: uma pílula (1,5mg de 
levonorgestrel) 
 
 
Anel Vaginal: 
 É um anel de evastane (copolímero de acetato de 
vinil etileno), transparente, leve e flexível, que tem 
diâmetro externo de 54 mm e espessura de 4 mm. 
 Cada anel contém 2,7 mg de etinilestradiol e 11,7 mg 
de etonogestrel, dispersos uniformemente no núcleo 
de evastane. 
 A taxa de falha, o perfil de efeitos adversos e as 
contraindicações são similares aos dos ACOs. 
 Alguns homens e mulheres relatam serem capazes 
de perceber a presença do anel durante a relação 
sexual. Se houver incômodo o anel pode ser retirado 
durante a relação, mas deve ser reintroduzido no 
prazo de três horas. 
 Mecanismos: inibição da ovulação, alteração do 
muco cervical e diminuindo a espessura endometrial 
 Contraindicações: 
o Estenose vaginal 
o Atrofia grave da vagina 
o Prolapso uterino 
o Cistocele ou retocele significativas 
o Vaginismo 
 O anel pode ser utilizado por toda mulher que deseje 
contraceptivos reversíveis, práticos e de alta eficácia 
 Iniciar o uso entre o 1° e o 5° dias do ciclo 
 Inserir em formato de “8”; não necessita circundar o 
colo 
 Deve ser utilizado por 3 semanas consecutivas e 
retirado ao fim da terceira semana (21o dia) para 
ocorrer sangramento de privação 
 Realizar pausa de 7 dias; após a pausa, é reiniciado 
novo ciclo com a colocação de outro anel

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