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Trabalho de Material de Construção

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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL 
 
Licenciatura em Engenharia Rural 
2
0 
 Nível 
Cadeira: Materiais de Construção 
 
 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
Autores: 
Aura Vilanculo 
Ivandra Mombe 
 
 
 
Docente: 
Eng. Darla Viane 
 
 
 
 
Vilankulos, Março de 2021 
 
ÍNDICE 
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 2 
1.1. Antecedentes ................................................................................................................................. 2 
1.2. Objectivos ..................................................................................................................................... 3 
1.2.1. Geral ...................................................................................................................................... 3 
1.2.2. Específicos ............................................................................................................................ 3 
II. METODOLOGIA ............................................................................................................................. 3 
3.2. Fisiologia e crescimento da árvore. ............................................................................................... 4 
3.3. Classificação das árvores .............................................................................................................. 5 
3.4. Anatomia da madeira .................................................................................................................... 6 
3.5. Propriedades físicas e mecânicas das madeiras ............................................................................ 7 
3.5.1. Factores que influenciam a variabilidade das Propriedades Físicas e Mecânicas ................. 7 
3.5.2. Factores naturais que influenciam as características da madeira .......................................... 8 
3.5.3. Propriedades físicas da madeira ............................................................................................ 8 
3.5.4. Propriedades mecânicas da madeira.................................................................................... 10 
3.6. Classificação da madeira usada na construção............................................................................ 11 
3.6.1. Madeiras maciças ................................................................................................................ 11 
3.6.2. Madeiras Industrias ............................................................................................................. 12 
3.7. Tipos de Madeira de Moçambique .............................................................................................. 12 
3.8. Obtenção da madeira ................................................................................................................... 13 
IV. CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 15 
V. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 17 
 
 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 2 
 
I. INTRODUÇÃO 
1.1. Antecedentes 
Uso de madeira é de tempos remotos da vida do homem conhecendo suas possibilidades de 
suporte ao contemplar o tecto de cavernas onde ele se escondia de condições climáticas. A 
primeira viga de madeira surgiu a quando verificou-se o caimento de uma árvore margem-
margem num curso de água. O desenvolvimento tecnológico mundial da madeira como material 
estrutural cresceu substancialmente nas últimas décadas, aumentando a industrialização das 
construções em madeira, reconstituídas têm propriedades isotrópicas o que garantem seu 
excelente desempenho estrutural, diversificando seu emprego nas construções. Portanto, sua 
aplicação como material estrutural exige um domínio do conhecimento da estrutura interna dos 
diferentes tipos de madeira para orientar as técnicas de detalhamento das ligações e de regiões 
especiais das estruturas, garantindo-se a segurança e durabilidade das construções de madeira. 
 A madeira como material de construção é depois do aço o material mais utilizado. Pode ser 
usada em várias etapas, desde as fundações até aos acabamentos, passando tanto pela estrutura 
como material auxiliar. Pode ser usada também em diversos tipos de construção como travessas 
em caminhos-de-ferro, pontes, galerias, torres, coberturas. 
Pode ser utilizada como combustível, tem um fraco poder calorífico (seis vezes menos que o 
carvão), sendo entretanto bastante utilizada para esse fim. Serve também como matéria-prima 
para outros usos industriais, tais como para papel, resinas, álcoois, plásticos e outros. É um 
material universal e abundante o suficiente para enfrentar seu desperdício espantoso, mas, será 
praticamente inesgotável se a sua exploração for renovada. Mas do que qualquer outro recurso 
natural, é preciso lembrar para concluir sua vital função de suporte biológico a todos os seres 
vivos 
Então com neste trabalho debruçarmos conteúdos relacionados a madeira como material de 
construção, tomando como foco a propriedades físicas e químicas da madeira. A madeira e e um 
material excepcional como material de construção, além, de ter muitas qualidades como matéria-
prima para outros produtos. As propriedades físicas e mecânicas da madeira são muitos 
importantes, no que se refere as aplicações a que serão destinados. Desse modo, aliado a outros 
aspectos (económicos, estéticos, durabilidade, trabalhabilidade. 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 3 
 
1.2. Objectivos 
1.2.1. Geral 
 Estudar a madeira como material de construção. 
1.2.2. Específicos 
 Falar da madeira e sua aplicação como material de construção; 
 Descrever processos de obtenção de madeira; 
 Caracterizar e classificar madeira de a cordo ao local de aplicação; 
 Descrever as vantagens e desvantagens, e suas propriedades. 
 
 
 
 
 
 
II. METODOLOGIA 
Para elaboração do presente trabalho optou-se pelas seguintes metodologias: Revisão 
bibliográfica: onde fez se consultas de obras relacionadas com o tema em estudo, através do qual 
foi possível ter conceitos básicos e fundamentação do tema; 
Consulta na internet: a partir destes serviços, foi possível receber algumas informações úteis 
relacionadas com o tema em estudo. 
 
 
 
 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 4 
 
III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
3.1. Definição da madeira 
 Segundo LANÇA, PEDRO. Madeira é um material natural orgânico, anisotrópico 
(substâncias homogéneas, com propriedades físicas ou químicas cujo valor não é o mesmo em 
todas as direcções) e de estrutura celular, que desempenha as funções estruturais, de transporte 
da seiva, de transformação e armazenamento dos produtos da fotossíntese. 
 
Figura: Madeira. 
3.2. Fisiologia e crescimento da árvore. 
Constituição da árvore é composta pela raiz, pelo caule e pela copa. 
 Raiz 
A raiz fixa a árvore ao solo e dele retira água contendo sais minerais dissolvidos, isto é, a seiva 
bruta, necessária ao desenvolvimento do vegetal. 
 Caule 
Sustenta a copa com as ramificações e conduz com a capilaridade tanto a seiva bruta (da raiz até 
as folhas da copa como a seiva elaborada (das folhas para o lenho em crescimento). 
Considerando o tronco como a parte útil para a produção de peças de madeira natural, material 
de construção, vamos examinar, em detalhe a sua constituição 
 Copa 
A copa desdobra-se em ramos folhas e frutos. Nas folhas processa-se a transformação da água e 
sais minerais em compostos orgânicos (seiva elaborada). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:VeluweTreeTrunk.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Taxus_wood.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:VeluweTreeTrunk.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Taxus_wood.jpg
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 5 
 
 
Figura: Crescimento da árvore. 
3.3. Classificação das árvores 
 Segundo RENDADO, ABDUL. As árvores classificam se em: Endógena/monocotiledóneas, 
germinação interna (desenvolvimento, se processa de dentro para fora), exemplos: Bambus, 
Palmeiras; 
Exógenas/dicotiledóneas, germinação externa (desenvolvimento, se processa pela adição de 
novas camadas concêntricas de células). Exemplo: coníferas (resinosas ou gimnospermas) 
sementes descobertas, folhas aciculares; exemplo: frondosas (folhosas ou angiospermas) 
sementes em frutos, folhas achatam. 
 1- casca; 2 – ritidoma; 3 – entrecasco; 4 - câmbio vascular; 
5 – borne ; 6 – cerne lenho; 7 - medula 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 6 
 
3.4. Anatomia da madeira 
 Constituição do tronco 
1. Casca 
Segundo RODRIGUES, ROMANA. CASCA ou protecção externa da árvore que é constituída 
por uma camada externa de células mortas, variável consoante a idade e a espécie, e uma camada 
interna – líber – fina de tecido celular vivo que transporta as substâncias nutritivas (seiva) das 
folhas para o tronco. Resiste a esforços de tracção. No líber ocorre a mitose, formando-se os 
anéis de crescimento em volta da medula e as células da casca. 
2. Lenho 
É o núcleo de sustentação e resistência da árvore e é pela sua parte viva que sobe a seiva bruta. 
Constitui a secção útil do tronco para obtenção, por abate e preparo, das peças estruturais de 
madeira natural ou madeira de obra. Em quase todas as espécies o lenho apresenta-se com duas 
zonas bem contrastadas: o borne e o cerne. 
a) O borne (externo) tem cor mais clara que o cerne e é formado por células vivas e 
activas. Além da função resistente, é condutor da seiva bruta, por ascensão capilar, desde 
as raízes até à copa. 
b) O cerne (interno), de cor mais escura que o borne, é formado por células mortas. As 
alterações no borne vão formando e ampliando o cerne. As alterações progressivas são 
processos de crescente engrossamento das paredes celulares, provocados por sucessivas 
impregnações de lenhina, resinas, taninos e corantes. Em consequência, o cerne tem 
maior densidade, compacidade, resistência mecânica e, principalmente, maior 
durabilidade, pois, sendo constituído de tecido morto, sem seiva, amido nem açucares, 
não atrai insectos nem outros agentes de deterioração. A sua frequente impregnação por 
resinas e óleos torna-o tóxico ou repelente em relação aos predadores da madeira. 
Contudo, é desaconselhável e antieconómica a prática rotineira de retirar todo o borne (branco 
das árvores) e considerá-lo como impróprio para a construção; desaconselhável não só do ponto 
de vista económico, pois a proporção do borne varia, conforme a espécie, de 25 a 50% de lenho, 
mas também do ponto de vista tecnológico, porque o borne é a parte que melhor se deixa 
impregnar por produtos anti-deteriorantes nos processos de preservação da madeira, além de 
apresentar características mecânicas satisfatórias. 
3. Medula 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 7 
 
 Medula é o núcleo do tronco da madeira onde se verifica o primeiro crescimento. Os anéis de 
crescimento são formados pela casca interior ou líber e podem ser classificados em dois tipos: os 
anéis anuais e os anéis estacionam (zonas tropicais). Dentro de cada anel de crescimento 
distingue-se a madeira formada na Primavera (denominada madeira de Primavera para os anéis 
anuais e de primeiro crescimento para os anéis estacionais) e a madeira formada no Verão 
(madeira de Verão ou de Outono para anéis anuais e de tardia para anéis estacionais). 
A densidade diminui nas resinosas com o aumento da largura do anel, ao passo que folhosas 
aumenta com o aumento da largura do anel. 
 
Figura 1. Medula. Fonte.google.2019 
 
3.5. Propriedades físicas e mecânicas das madeiras 
3.5.1. Factores que influenciam a variabilidade das Propriedades Físicas e Mecânicas 
A escolha da madeira de uma determinada espécie lenhosa para um determinado uso, somente 
poderá ser realizada, com economia e segurança, conhecendo-se os valores médios que definem 
o seu comportamento físico e sua resistência às solicitações mecânicas. 
Esse conhecimento indispensável é adquirido como resultado da realização de numerosos 
ensaios sobre amostras representativas de madeira da espécie lenhosa em questão. Tais ensaios 
devem, necessariamente, levar em consideração todos os factores que influenciam a variação das 
características do material, tanto os factores naturais, decorrentes da própria natureza do 
material, como os factores tecnológicos, decorrentes da técnica de execução dos ensaios. 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 8 
 
3.5.2. Factores naturais que influenciam as características da madeira 
 A espécie botânica da madeira - a estrutura anatómica e a constituição do tecido 
lenhoso, primeiros responsáveis pelo comportamento físico-mecânico do material, 
variam de espécie para espécie lenhosa. Daí ser necessária a perfeita identificação 
botânica da espécie a ser qualificada; 
 A massa volúmica do material - a massa volúmica aparente é um índice da distribuição 
ou concentração de material existente e resistente no tecido lenhoso. A massa volúmica 
da madeira permite estimar valores de outras propriedades com elas relacionadas por 
aplicação de fórmulas determinadas experimentalmente, por correlação; 
 A localização da peça no lenho - o resultado de qualquer ensaio sofre alterações 
conforme o provete é extraído do cerne, do borne, próximo das raízes ou próximo da 
copa. De facto são notáveis as alterações do tecido lenhoso e a massa volúmica, 
conforme as diferentes zonas do lenho; 
 A presença de defeitos - a presença de defeitos (nós, fendas, fibras torcidas e outros), 
dependendo de sua distribuição, dimensões e, principalmente, de sua localização, 
provoca consideráveis anomalias no comportamento físico-mecânico da peça. 
 A humidade - a madeira é constituída por fibras de paredes celulósicas hidrófilas, pelo 
que o grau de humidade determina profundas alterações nas propriedades do material. 
Assim, apresentará o máximo de resistência mecânica quando completamente seca, o 
mínimo quando completamente saturada e valores intermediários para diferentes teores 
de humidade entre esses dois extremos. 
3.5.3. Propriedades físicas da madeira 
 Humidade 
Segundo LANÇA, PEDRO. A água contida na madeira verde encontra se em duas condições 
distintas: 
a) Água livre é aquela que se encontra na madeira numa percentagem superior à 
correspondente ao ponto de saturação das fibras, que preenche os vazios celulares e é 
expulsa com relatividade facilitada por secagem natural ao ar. 
b) Água retida que impregna as paredes celulares e se mantem ligada a estas por pontes 
de hidrogénio e forças de Van der Waals, requerendo uma maior energia para sua 
libertação. 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 9 
 
À medida que diminui o grau de humidade, aumenta a resistência mecânica da madeira, O 
ponto de saturação das fibras é atingido quando as paredes celulares estão saturadas de água 
(~32%). Acima desse limite a madeira aumenta de peso. Consegue eliminar este tipo de água 
na madeira por dissecação (cortar e separar com instrumento adequados) em estufa a cerca 
de 103ºC. 
 A madeira por ser um material higroscópico (absorve humidade) tem a capacidade de 
absorver ou perder água conforme as condições ambientais (humidade relativa e temperatura 
do ar). A cada estado ambiental corresponde um grau de humidade designado de equilíbrio 
higroscópico. A Humidade da madeira tem grande influência sobre as suas propriedades. O 
teor de humidade da madeira é definidopela razão do peso de água e do peso da amostra seca 
em estufa. 
 
 
 Densidade 
 Segundo RODRIGUES, ROMANA. A densidade é a relação entre a massa e o volume 
para um determinado teor de humidade (geralmente para 12%), e depende da espécie da 
madeira. A madeira é um material permeável, de estrutura porosa permitindo a passagem de 
líquidos, principalmente na zona do borne. O grau de permeabilidade das madeiras vária 
consoante a espécie. 
 
 Quando o valor da densidade da madeira é baixo, comparado com a resistência e com o 
módulo de elasticidade (Ew), significa que a madeira é adequada para aplicações estruturais. 
A densidade real da madeira (isto é da parede celular) é constante para todas as espécies, 
sendo igual a 1500Kg/m3. 
 Durabilidade natural 
 É a resistência natural que a madeira possui face aos ataques de agentes xilófagos 
(animais que roem ou alimenta se de madeira), durante um intervalo de tempo variável. Para 
que o material lenhoso tenha uma boa durabilidade natural deve possuir as características 
seguintes: elevada densidade, elevado número de anéis por centímetro para as resinosas e 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 10 
 
reduzido número para as folhosas, um poro fechado, elevada percentagem de cerne, elevado 
teor em substâncias tóxicas (taninos, resinas, gomas, etc.), e baixo teor em água. Na 
avaliação da durabilidade é fundamental conhecer a empregabilidade da madeira, para se 
poder aumentar a sua durabilidade pela actuação de determinado tratamento preservador. 
3.5.4. Propriedades mecânicas da madeira 
 Resistência a tracção paralela 
A madeira possui uma elevada resistência à tracção paralela às fibras. Como exemplo de 
peças solicitadas a este esforço, podem-se referir a linha e o pendular das asnas. A relação 
entre a tensão e a deformação é praticamente linear até á rotura. 
 Resistência a compreensão paralela 
A resistência à compressão paralela às fibras da madeira é elevada. Como exemplo de peças 
sujeitas a este esforço podem-se referir os pilares, os montantes e as pernas das asnas. A 
relação entre tensão e deformação é linear numa primeira fase e não linear na segunda fase. 
Quanto menor for o módulo de elasticidade, menor é a resistência à compressão de peças 
esbeltas. A resistência à tracção é superior à resistência à compressão nas madeiras livres de 
defeitos. No entanto, em madeira classificada, a resistência à tracção é inferior à resistência à 
compressão, devido à influência dos defeitos (essencialmente nós). 
 
 
 Resistência a flexão 
A resistência à flexão das madeiras é elevada. Exemplo de peças: vigas, vigotas, madres e 
pernas das coberturas, etc. 
 Resistência a tracção perpendicular as fibras 
 A resistência à tracção perpendicular às fibras da madeira é baixa (~ 30 a 70 vezes menor 
que na direcção paralela às fibras), devido à existência de poucas fibras na direcção 
perpendicular ao eixo da árvore e à consequente falta de travamento das fibras longitudinais. 
Esta questão é crítica no caso de peças curvas. 
 Resistência a compressão perpendicular 
A resistência à compressão perpendicular às fibras da madeira é menor que na direcção 
paralela às fibras. A relação tensão de compressão perpendicular às fibras-deformação, é 
inicialmente linear, passando para um estado de esmagamento sem ser perceptível, de 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 11 
 
imediato, a rotura da peça. Este esforço é característico nas zonas de apoio das vigas, onde 
se concentra toda a carga em pequenas superfícies que deveriam ser capazes de transmitir a 
reacção sem sofrer deformações. 
 Elasticidade e plasticidade 
Elasticidade é a propriedade da madeira sólida que a possibilita retomar à sua forma original, 
após a remoção da carga aplicada que causou certa deformação. As propriedades elásticas 
(reversíveis) são características de corpos sólidos, observadas quando a deformação causada 
pela carga aplicada se situa abaixo do proporcional de elasticidade; quando a carga se situa 
cima deste limite, ocorrerão também deformações plásticas (irreversíveis), seguidas pela 
ruptura do limite material. Na madeira, o teor de humidade é importante, pois com altos 
teores pequenas deformações elásticas, efetuadas por dado período de tempo, poderão se 
tornar deformações plásticas. 
Aparentemente o limite elástico pode ser considerado um conceito arbitrário, de acordo com 
Bach e Baumann (1923), para a madeira, a relação entre a carga aplicada e as deformações 
elásticas até o limite de elasticidade é expressa pela seguinte equação (Lei de Hooke). 
 
3.6. Classificação da madeira usada na construção 
3.6.1. Madeiras maciças 
 Dentro das madeiras maciças existe a madeira roliça, a falquejada e a serrada. A madeira roliça 
é usada nas construções rurais, em estacas, nos escoramentos, nos postes, etc. Este tipo de 
madeiras deve ser usado sob condições meio seca, cujo teor de humidade ronda os 30%, ou seca 
ao ar em que existe o ponto de equilíbrio entre a humidade no interior das células e a humidade 
atmosférica. 
 A madeira falquejada (obtida da árvore com o uso de um machado) é usada em estacas, cortinas 
cravadas, pontes, etc. Devido ao reduzido período de secagem destas madeiras, ocorrem 
retracções transversais provocando fendas nas extremidades. Este efeito é facilmente evitado 
com a aplicação de alcatrão ou outro impermeabilizante nas extremidades. 
A madeira tem a designação de serrada quando é cortada segundo dimensões estandardizadas e é 
submetida a um período de secagem. 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 12 
 
 
 
Tabela.1: Nomenclatura de peças de madeira serradas. 
3.6.2. Madeiras Industrias 
 As madeiras industrializadas, também com o nome de produtos técnicos à base de madeira 
(PBTM ou em inglês, Engineered Wood Products – EWP). Os EWP mais conhecidos no 
mercado são o lamelado colado, as madeiras compensadas, as madeiras micro-lameladas coladas. 
Mais tarde, em finais de 1980 surgiu o processo SCRIMBER em que a madeira é recomposta em 
forma de placas. 
 As madeiras lameladas coladas são constituídas por lâminas cujas fibras têm direcção paralela e 
são coladas sob pressão, formando grandes vigas de secção rectangular. A técnica da colagem e a 
cola são fundamentais para garantir a durabilidade da Madeira 
3.7. Tipos de Madeira de Moçambique 
 Moçambique é reconhecido quase mundialmente pela produção e exportação de madeira 
tropical de qualidade do continente, tendo as seguintes espécies para área de construção: Pau-
ferro, Simbire, Mondzo que podem ser usadas em diferentes áreas de construção devido as suas 
propriedade de resistir aos fenómenos naturais. 
Chafuta, Mbonjo, Panga-panga ou Jambir, Mpepe ou Tingar e Tule são espécie sensível aos 
agentes deteriorizantes e o caso das chuvas. Aplica se mais para áreas com menor contacto com 
água e outros agentes deteriorizantes. 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 13 
 
Vantagens 
 Na flexão resiste tanto a esforços de tracção como de compressão; 
 Baixo peso próprio e grande resistência mecânica; 
 Grande capacidade de absorver choque; 
 Boas características de isolamento térmico e acústico; 
 Grande variedade de padrões; 
 Facilidade de ser trabalhada; 
 Ligações fáceis e simples 
 Custo de produção reduzido e reservas renováveis 
Desvantagens 
 Material heterogéneo e anisotrópico; 
 Formas limitadas: alongadas e de seção transversal reduzida; 
 Deterioração fácil; 
 Combustível; 
 Variações volumétricas x Variação de humidade. 
3.8. Obtenção da madeira 
 Corte 
 Segundo LAVADO, LOURO. Corte – É feita na época do inverno, porque no inverno, os 
troncos nessa altura tem menor teor em amidos e açúcares, sendo menos susceptível ao 
ataque de xilófagos (animais que roem ou alimenta se de madeira). Por não conterem seivaelaborada nos tecidos, tornam-se menos atractivas aos insectos e fungos. 
 Na operação do corte são usados machados, serrotes manuais e mecânicos e, como 
ferramentas auxiliares, cunhas, alavancas, correntes, etc.. É aconselhável iniciar-se o corte 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 14 
 
Com um “talho” do lado mais resistente da árvore (lado seco ou dos ventos predominantes) e 
concluir com um corte de traçador pelo lado oposto. 
 
 Torragem 
 Torragem é o processo em que a árvore é desgalhada (corte de ramos da árvore) e traçada 
em “toros” de tamanhos de 5 a 6 metros para facilitar o transporte. 
 
 Desdobro 
 Desdobro é a operação final na produção de peças estruturais de madeira bruta. Realiza-se 
nas serrações, com a utilização de serras de fitas contínuas ou alternadas. 
 No desdobro são obtidas as “pranchas” com espessura maior que 7cm e largura de 20cm, 
os principais tipos de desdobro são: Desdobro normal, quando as pranchas são paralelas aos 
anéis de crescimento, produzindo peças inteiras de lado a lado do toro e, desdobro radial, 
quando as pranchas são retiradas normalmente aos anéis de crescimento, cortando o tronco 
na direcção do seu diâmetro evitando-se a medula. 
 
 O desdobro radial produz peças de melhor qualidade, tendo menores rachaduras durante a 
secagem, menores empenamentos e defeitos provenientes da heterogeneidade. 
 
 
 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV. CONCLUSÃO 
Só ocorrem alterações das propriedades e mecânicas da madeira devido a variações no 
seu teor de humidade entre 0%U e o PSP, acima deste não há qualquer alteração das 
propriedades. 
O estudo da árvore torna-se cada vez mais importante pelo facto de possuir um grande 
desempenho nos ecossistemas ao realizar o seu processo vital que e a fotossíntese, nas 
cadeias alimentares e tida como produtor. 
 Porem no mundo das construções a árvore e tida como fonte para a exploração do 
material de construção que e a madeira. A madeira. Analisando a sua história pode ser 
definida como sendo um produto de origem vegetal, quanto a classificação a madeira 
pode ser classificada em maciças podendo encontrar as roliças, falquejadas e serradas e 
industriais. A madeira por ser um material orgânico esta susceptível a deterioração esta 
deterioração pode ser executada por agentes biofísico. Destacando-se agentes físico as 
chuvas. Radiações ultravioletas e agentes biológicos as bactérias, os fungos e as térmites 
Então pelo facto de serem matérias orgânicas e vulneráveis a deterioração devem serem 
tomadas algumas medidas preventivas que podem serem naturais assim como 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 16 
 
industrializadas ao aplicar a tinta para a protecção contra os agentes deteriorantes acima 
mencionados. 
 
MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 
UEM-ESUDER Página 17 
 
V. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIA 
1. Propriedades físicas e mecânicas. Piracicaba 2002.168f.Disertacao (mestrado em 
recursos florestais. Tecnologia de produtos florestais) - Escola Superior de 
Agricultura Luiz Queiroz. 
2. NP ENV 1995-1-1: Euro código 5 – Projecto de estruturas de madeira – Parte 1-1: 
Regras Gerais e regras param edifícios 
3. NP EN 350-2: Durabilidade de madeira e derivados de madeira. 
4. NP 2080: Preservação de madeiras. Tratamento de madeiras para construção 
5. Cruz, H; Machado, J S; Nunes, L - Problemas de conservação de madeira em 
edifícios. 2ª ENCORE, LNEC, Junho 1994. 
6. Cruz, H; Machado, JS; Rodrigues, M; Monteiro, Gilda - Madeira para construção 
– M1: Especificação de madeiras para estruturas. LNEC, 1997. 
7. Rodrigues, Romana. Construções antigas de madeira: experiência de obra e 
reforço estrutural. Dissertação apresentada à Universidade do Minho, para 
obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil.2004.

Outros materiais