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Profª Ruth Kelly DEFINIÇÃO O Dor é uma “experiência sensorial e emocional associada a um dano tecidual potencial ou real, ou descritas em termos de tal dano”. O “A inabilidade de comunicar verbalmente a dor não nega a possibilidade de o indivíduo a ter experienciado e sua necessidade de receber o tratamento adequado para o seu alívio”. Barreiras para o tratamento efetivo O Mito que crianças não sentem dor da mesma maneira que os adultos. O Dificuldade na avaliação. O Dificuldade na conceitualização e quantificação de uma experiência subjetiva. O processo de avaliação, intervenção e reavaliação da dor deve ser considerado uma prioridade no cuidado. CLASSIFICAÇÃO O Estrutura Somática visceral, Somática não visceral, neurogênica, psicogênica e mista. O Duração Aguda - Uma sensação de curta duração(menos de 6meses), em resposta a um trauma específico; Tem a função de alerta; Geralmente desaparece com a resolução do processo patológico. Crônica – Dura mais de 6meses; Abuso de medicamentos; Insônia; Impede a execução de outras funções; Sensação de desamparo e desespero; Depressão. Expressão da dor de acordo com a faixa etária Expressão da dor de acordo com a faixa etária Expressão da dor de acordo com a faixa etária Expressão da dor de acordo com a faixa etária Principais afecções dolorosa em pediatria Cólicas infantis; Otite média; Faringite aguda; Gengivoestomatites; Infecções urinárias; Fibrose cística; Dor associada a procedimentos; Dor nos membros – Artrite reumatoide ou artrite crônica juvenil; Dor do crescimento; Fibromialgia; Cefaleia; Anemia falciforme; Dor na criança com câncer; Dor dentária; Avaliação e manejo da dor em Pediatria Por que avaliar e mensurar a dor? • Conhecer a dor ou sofrimento do paciente; • Elaborar tratamentos mais adequados à condição dolorosa; • Poder verificar os resultados das intervenções analgésicas; • Serve como medida para basear o tratamento ou a conduta terapêutica. Dor como o “5º sinal vital” • Os sinais vitais são mensurados sistematicamente; • Os valores dos sinais vitais são anotados no prontuário; • Quando sinais vitais estão alterados a equipe médica é informada; • Quando os sinais vitais estão alterados eles são tratados; ABCs do cuidado à criança com dor A - Ask: pergunte à criança sobre sua dor e Assess – avalie a dor sistematicamente; B –Believe : acredite nos relatos da criança criança e sua família sobre a dor e o que alivia; C –Choose : escolha as opções apropriadas de controle da dor para a criança e sua família; D – Deliver : ofereça intervenções oportunas, lógicas, coordenadas; E - Empower: empodere a criança e sua família. Escolha do instrumento de avaliação • A melhor forma de avaliação é aquela em que a criança consegue descrever a intensidade e o tipo da dor; • Escalas de avaliação comportamental devem ser utilizadas quando a criança não consegue expressar sua dor; • É preciso acreditar na criança; • A melhor escala é aquela bem aplicada; • A equipe deve escolher o instrumento adequado e que se adapte às necessidades da criança. Instrumentos para avaliação da dor • Escala visual análoga • Escala comportamental • Diário da dor • Questionários Escala NFCS (Neonatal Facial CodingSystem) Baseia-se na codificação da atividade facial Frequência de aplicação do NFCS pela equipe Avaliação da DOR no RN PÓS- CIRURGICO (CRIES) FLACC Escala Comportamental-NIPS (0-2 a) Escala Objetiva de Dor Hannallah Avaliação Complementar Além das medições da intensidade da dor, é importante registrar: • a localização da dor, • características, • início e duração. Existem situações em que a intensidade da dor, não só muda ao longo do tempo, mas também na localização e características. Orientações Complementares • Passo-a-passo orientação para administrar e interpretar a escala de dor auto-relato • Se possível, introduzir a criança à escala de dor quando ele ou ela não está com dor, porque a dor vai prejudicar a concentração da criança. • Explique para a criança que a medida é para a intensidade da dor e não para a sua ansiedade ou medo de dor. • Oferecer à criança a oportunidade de praticar com a escala por ranking situações hipotéticas que não produzem, baixo e altos níveis de dor. • Sempre que possível, obter classificações de dor regulares e observar o efeito da dor de alívio intervenções, bem como intervenções clínicas conhecidas para aumentar a dor, tais como injeções. Orientações Complementares • Levar em consideração os registros de dor no planejamento do tratamento. • Use as medidas observacionais com crianças muito jovens ou o cognitivo prejudicado. • Evite fazer a criança registrar experiências de dor anteriores pois podem não ser precisos. • Obtenção de escores de dor não deve ser um substituto para a conversa com as crianças e sua narrativa deve sempre ser obtida. • As discrepâncias decorrentes nos escores de dor fornecidos pelo filho, pai e médico muitas vezes pode ser resolvidos por meio da discussão. Princípios do controle da dor •Avaliar antes de tratar; •Explicar as causa da dor; •Adotar uma estratégia terapêutica mista; •Monitorizar a dor; •Reavaliar regularmente as medidas terapêuticas; •Cuidar dos detalhes Abordagem do paciente e família • Farmacológica • Física • Educativa • Cognitivo-comportamental Orientações importantes para a prática da avaliação em criança • Incluir a avaliação da dor como o 5º sinal vital; • A avaliação não é um elemento isolado, deve ser realizada de forma contínua: implementar intervenções, avaliar e reavaliar; • Educar e preparar a família para o cuidado em casa • Os pais podem usar as orientações oferecidas com o objetivo de gerenciar a dor do seu filho; • Um facilitador poderá apoiar a implementação de avaliação da dor para todas as crianças, incluindo aqueles com comprometimento cognitivo. Repercussão da dor não tratada • Dificulta a resolução da patologia; • Aumenta o tempo de internação; • Aumenta custo de hospitalização. Repercussão da dor não tratada • Alteração do sono • Alteração do humor • Alteração das atividades físicas • Associa-se a baixa alto estima • Prejuízos na escola e lazer Devemos ter em mente: • A qualidade de vida do paciente; • A assistência a ele oferecida; • A avaliação, o tratamento e alívio da dor aliado ao tratamento da doença de base. CUIDADOS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DOR O Avaliação da dor - história da dor e intensidade da dor (escalas). O Controlo da dor - Intervenções farmacológicas e não farmacológicas. Intervenções não farmacológicas O Em neonatos e lactentes: • Amamentação e leite humano; • Contato pele a pele; • Sucção não nutritiva; • Toque facilitador (Facilitated Tucking); • Enrolamento (Swadling). Intervenções não farmacológicas O Em crianças: • Distração; • Relaxamento; • Preparação psicológica e Ensaio comportamental; • Cuidados que devem ser adotados por profissionais durante os procedimentos dolorosos. Referências bibliograficas Sousa FAEF. 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