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Abordagens em Psicopatologia

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PSICOPATOLOGIA
• Psicopatologia descritiva versus Psicopatologia dinâmica
Para a descritiva interessa fundamentalmente a forma das 
alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas, àquilo que 
caracteriza a vivência patológica como sintoma mais ou menos 
típico. Para a dinâmica interessa o conteúdo da vivência, os 
movimentos internos dos afetos, desejos e temores do indivíduo, 
sua experiência particular, pessoal, não necessariamente 
classificável em sintomas previamente descritos. A boa prática em 
saúde mental implica uma combinação hábil e equilibrada de uma 
abordagem descritiva, diagnóstica e objetiva e uma abordagem 
dinâmica, pessoal e subjetiva do doente e sua doença.
• Psicopatologia médica versus Psicopatologia existencial
A perspectiva médico-naturalista trabalha com uma noção de 
homem centrada no corpo, no ser biológico como espécie natural 
e universal. Assim, o adoecimento mental é visto como um mau 
funcionamento do cérebro, uma desregulação, uma disfunção de 
alguma parte do “aparelho biológico”. Já na existencial, o doente é 
visto principalmente como “existência singular”, como ser lançado 
a um mundo que é apenas natural e biológico na sua dimensão 
elementar, mas que é fundamentalmente histórico e humano. 
O ser é construído pela experiência particular de cada sujeito, na sua 
relação com outros sujeitos, na abertura para a construção de cada 
destino pessoal. A doença mental não é vista tanto como disfunção 
biológica ou psicológica, mas, sobretudo, como um modo particular de 
existência, uma forma trágica de ser no mundo, de construir um 
destino, um modo particularmente doloroso de ser com os outros.
• Psicopatologia comportamental-cognitivista versus Psicopatologia 
psicanalítica
No enfoque comportamental, o homem é visto como um conjunto de 
comportamentos observáveis, verificáveis, regulados por estímulos 
específicos e gerais, bem como por certas leis e determinantes do 
aprendizado. Associada a essa visão, a perspectiva cognitivista centra 
atenção sobre as representações cognitivistas conscientes de cada 
indivíduo. As representações conscientes seriam vistas como essenciais 
ao funcionamento mental, normal e patológico. Os sintomas resultam de 
comportamentos e representações cognitivas disfuncionais, aprendidas e 
reforçadas pela experiência sociofamiliar.
Na visão psicanalítica, o homem é visto como ser “determinado”, 
dominado por forças, desejos e conflitos inconscientes. A psicanálise dá 
grande importância aos afetos que, segundo ela, dominam o psiquismo; 
o homem racional, autocontrolado, senhor de si e de seus desejos é, 
para ela, uma enorme ilusão. Na visão psicanalítica, os sintomas e as 
síndromes mentais são considerados formas de expressão de conflitos, 
predominantemente inconscientes, de desejos que não podem ser 
realizados, de temores a que o indivíduo não tem acesso.
O sintoma é aceito, nesse caso, como uma “formação de compromisso”, 
certo arranjo entre o desejo inconsciente, as normas e as permissões 
culturais e as possibilidades reais de satisfação desse desejo. A 
resultante desse emaranhado de forças, dessa “trama conflitiva” 
inconsciente é o que identificamos como sintoma psicopatológico.
• Psicopatologia categorial versus Psicopatologia dimensional
As entidades nosológicas ou transtornos mentais específicos podem ser 
compreendidos como entidades completamente individualizáveis, com 
contornos e fronteiras bem demarcados. As categorias diagnósticas seriam “
espécies únicas”, tal qual espécies biológicas, cuja identificação precisa 
seria uma das tarefas da psicopatologia. 
Em contraposição a essa visão “categorial”, a visão “dimensional” em 
psicopatologia seria hipoteticamente mais adequada à realidade clínica. 
Haveria, então, dimensões como, por exemplo, o espectro esquizofrênico, 
que incluiria desde formas muito graves, tipo “demência precoce” (com 
grave deterioração da personalidade, embotamento afetivo, muitos sintomas 
residuais), formas menos deteriorantes de esquizofrenia, formas com 
sintomas afetivos, chegando até o polo de transtornos afetivos, incluindo 
formas com sintomas psicóticos até formas puras de depressão e mania.
Psicopatologia biológica versus Psicopatologia sociocultural 
A psicopatologia biológica enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou 
neurofisiológicos das doenças e sintomas mentais. A base de todo 
transtorno mental são alterações de mecanismos neurais e de determinadas 
áreas e circuitos cerebrais. Doenças mentais são (de fato) doenças 
cerebrais. 
Em contraposição, a perspectiva sociocultural pretende estudar os 
transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir 
de determinados fatores socioculturais, como a discriminação, a pobreza, a 
migração, o estresse ocupacional, a desmoralização sociofamiliar e outros. 
Os sintomas e síndromes devem ser estudados, segundo tal perspectiva, 
no seu contexto eminentemente sociocultural, simbólico e histórico. É nesse 
contexto de normas, valores e símbolos culturalmente construídos que os 
sintomas recebem seu significado e, portanto, poderiam ser precisamente 
estudados e tratados. Mais que isso, a cultura, nessa perspectiva, é 
elemento fundamental na própria determinação do que é normal ou 
patológico na constituição dos transtornos e nos repertórios terapêuticos 
disponíveis em cada sociedade.
• Psicopatologia operacional-pragmática versus Psicopatologia 
fundamental
Na visão operacional-pragmática, as definições básicas dos transtornos 
mentais e dos sintomas são formuladas e tomadas de modo arbitrário, em 
função de sua utilidade pragmática, clínica ou para pesquisa. Não se 
questiona a natureza da doença ou do sintoma ou os fundamentos 
filosóficos ou antropológicos de determinada definição. É o modelo 
adotado pelas modernas classificações de transtornos mentais: o Manual 
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4ª edição (DSM-IV), da 
Associação Americana de Psiquiatria e a Classificação Internacional de 
Doenças, versão número 10 (CID-10), da OMS. 
O projeto de psicopatologia fundamental, proposto pelo psicanalista 
francês Pierre Fedida, objetiva centrar a atenção da pesquisa 
psicopatológica sobre os fundamentos de cada conceito 
psicopatológico. Além disso, tal psicopatologia enfatiza a noção de 
doença mental enquanto pathos, que significa sofrimento, paixão e 
passividade. O pathos é um sofrimento/paixão, que ao ser narrado a 
um interlocutor, em determinadas condições, pode ser transformado 
em experiência e enriquecimento.
Ficará a cargo do profissional, ao avaliar seu cliente, estabelecer 
critérios e os momentos corretos de escolha da melhor escola 
psicopatológica. A maioria das psicopatologias tem início com os 
distúrbios mais clássicos de nossa manutenção vital, o sono. É comum 
encontrar como queixa principal esta observação do paciente ou 
parceiro (a), família, amigos e outros.

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