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MÓD I QOA- MÁSTER - JANEIRO E FEVEREIRO

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QOAA-AFN/2021 
TURMA MÁSTER 
CONHECIMENTOS GERAIS 
MÓDULO – I 
JANEIRO 
2021 
 
 
 
 
 
PORTUGUÊS E REDAÇÃO Prof. Rafael Dias 
MATEMÁTICA Prof. César Loyola 
GEOGRAFIA ECÔNOMICA Prof. Odilon Lugão 
HISTÓRIA MILITAR NAVAL Prof. Vagner Souza 
 
 
 
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MATERIAL INTERNO DE USO EXCLUSIVO DOS ALUNOS 
Proibida a reprodução total ou parcial 
 
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CURSO www.cursoadsumus.com.br – adsumus@cursoadsumus.com.br - ESTUDE COM QUEM APROVA! 
http://www.cursoadsumus.com.br/
mailto:adsumus@cursoadsumus.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 
P 
O 
R 
T 
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G 
U 
Ê 
S 
 2 
 
1 
 
Máster 1 
 
1) Indique a função sintática do termo destacado de acordo com o código: 
OD - objeto direto 
OI - objeto indireto. 
 
A seguir, substitua o objeto pelo pronome oblíquo átono apropriado (o, os, a, as, lhe ou lhes). 
 
a) Faltou patriotismo aos membros do parlamento. ( ) 
_____________________________________________________________________________ 
 
b) Muitos estudantes queriam efetivar sua cidadania. ( ) 
_______________________________________________________________________________________ 
 
c) Adoro música popular brasileira. ( ) 
_______________________________________________________________________________________ 
 
d) A todos os presentes comunico meu afastamento do cargo de diretor. ( ) 
_______________________________________________________________________________________ 
 
e) A todos os presentes comunico meu afastamento do cargo de diretor. ( ) 
_______________________________________________________________________________________ 
 
f) Paguei todas as minhas dívidas. ( ) 
_______________________________________________________________________________________ 
 
g) Paguei a todos os meus credores. ( ) 
_______________________________________________________________________________________ 
 
h) Entregarei nossas reivindicações ao presidente da comissão. ( ) 
_______________________________________________________________________________________ 
 
i) Entregarei nossas reivindicações ao presidente da comissão. ( ) 
______________________________________________________________________________________ 
 
 
2) Indique as circunstâncias expressas pelos adjuntos adverbiais destacados nas frases seguintes: 
 
a) De repente, tudo se modificou. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
b) Chegou silenciosamente a casa às 8h. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
c) À noite se podem perceber com muita clareza os efeitos benéficos do silêncio. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
d) As obras foram precipitadamente concluídas. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
e) Viajei de trem por toda a Europa. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
f) Trata-se, obviamente, de produtos baratos. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
g) Minha cidade natal fica no pampa gaúcho. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
h) Na próxima segunda-feira, não haverá expediente das sete às dez da manhã. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
i) A mocinha quase morreu de vergonha. 
_______________________________________________________________________________________ 
2 
 
j) Sem trabalho, nada acontece. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
l) Apesar do barulho, o rapaz conseguiu estudar satisfatoriamente para os exames. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
m) Não corte linhas com os dentes. 
_______________________________________________________________________________________ 
 
 
3) Empregue os sinais de pontuação necessários à organização das frases seguintes. Há casos em que não é 
necessário vírgula alguma. 
 
a) O descomunal e despropositado investimento em rodovias mal planejadas foi lavado do mapa pelas primeiras chuvas 
do verão. 
 
b) Têm feito sensíveis progressos os agricultores que optaram por culturas voltadas ao consumo interno. 
 
c) Foram postos de lado os mal-entendidos as disputas mesquinhas a estupidez mútua. 
 
d) Transmiti os cumprimentos de meus colegas aos representantes das demais escolas da região. 
 
e) Diferentes versões foram transmitidas por rádios jornais e canais de TV. 
 
f) Aos que se sentem prejudicados cabe-lhes o direito de recorrer à Justiça. 
 
g) Quero mais atenção mais interesse mais aplicação. 
 
h) Precisa-se de dois torneiros cinco operadores de retífica oito mecânicos de manutenção e dez eletricistas naquela 
fábrica de motores. 
 
i) O Brasil país que via seus jovens como garantia de um grande futuro parece ter optado por simplesmente eliminar 
boa parte desses jovens. 
 
j) Acorde menino e vá ver a vida lá fora. 
 
k) A cidadania essa ilustre desconhecida ainda passa ao largo de muitas mentes brasileiras. 
 
l) Sob aquelas velhas árvores ali perto do poço repousam muitos dos meus sonhos. 
 
m) Daqui a dois anos poderemos avaliar os efeitos dessas medidas. 
 
n) Vive-me pedindo que o ajude que intervenha em seu favor que faça as coisas por ele. 
 
o) Não creio que tudo possa ser resolvido com palavras e intenções. 
 
p) Faço-lhe um pedido compreender nossos problemas. 
 
q) É surpreendente constatar que muitos ainda acreditam ser possível resolver nossos problemas com promessas 
demagógicas. 
 
r) A Biologia que estuda a organização das formas de vida no planeta tem conhecido notável desenvolvimento nos 
últimos quinze anos. 
 
s) Naquela época era comum referir-se jocosamente aos botafoguenses cujo time que não era campeão havia mais de 
quinze anos. 
 
t) O vulto que vi ontem no quintal não sai de minha lembrança. 
 
u) Se tudo desse certo logo estaríamos em casa. 
 
v) Logo estaríamos em casa se tudo desse certo. 
 
w) Como não houve interessados o concurso foi suspenso. 
3 
 
y) As praias estão poluídas porque não se fizeram investimentos em saneamento básico. 
 
z) O time empenhou-se mas não conseguiu superar o adversário. 
 
 
4) Pontue adequadamente os períodos seguintes: 
 
a) O álcool combustível é uma fonte renovável de energia portanto deve ter seu uso ampliado e estimulado. 
 
b) O álcool combustível é uma fonte renovável de energia deve ter seu uso ampliado e estimulado portanto. 
 
5) Explique a diferença de sentido entre frases: 
 
a) Muitos espíritos sem dúvida passarão a duvidar. 
 
 Muitos espíritos, sem dúvida, passarão a duvidar. 
 
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________ 
 
 
b) Os alunos do terceiro ano que encaminharam seus pedidos de transferência ao diretor devem comparecer à 
secretaria a partir de segunda-feira. 
 
 Os alunos do terceiro ano, que encaminharam seus pedidos de transferência ao diretor, devem comparecer à 
secretaria a partir de segunda-feira. 
 
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________ 
 
 
6) Assinale a alternativa em que a pontuação não pode ser aceita: 
 
a) Os homens fazem as leis; as mulheres, os costumes. 
b) Cada livro dele, de parte o estilo, traz uma novidade. 
c) Cabral,descobridor do Brasil dizia: "Ingrata pátria não terá meus ossos". 
d) Às vezes, lá em casa, um simples telefonema podia suscitar a ocorrência de um cataclismo. 
e) Comigo, meu bem, é que você não pode, por enquanto, contar. 
 
7) Assinale a alternativa em que o período proposto está corretamente pontuado: 
 
a) Neste ponto viúva amiga, é natural que lhe perguntes, a propósito da Inglaterra como é que se explica, a vitória 
eleitoral de Gladstone. 
b) Neste ponto, viúva amiga, é natural que lhe perguntes, a propósito da Inglaterra, como é que se explica a vitória 
eleitoral de Gladstone. 
c) Neste ponto, viúva amiga é natural que, lhe perguntes a propósito da Inglaterra como é que se explica a vitória 
eleitoral, de Gladstone. 
d) Neste ponto, viúva amiga, é natural que lhe perguntes a propósito da Inglaterra, como é que se explica, a vitória 
eleitora de Gladstone. 
e) Neste ponto viúva amiga, é natural que lhe perguntes, a propósito da Inglaterra como é, que se explica, a vitória 
eleitoral de Gladstone? 
 
8) Nesta frase, um imaginário outdoor: Este é o refrigerante amigo, dos seus amigos! 
a. O emprego da única vírgula é suficiente para que se entenda amigo como um vocativo. 
b. Falta uma vírgula depois de refrigerante, se a intenção é utilizar amigo como vocativo. 
c. Falta uma vírgula depois de este, se a intenção é dar ênfase ao destinatário da frase. 
d. O emprego da vírgula está correto, se a intenção é utilizar dos seus amigos como complemento do 
nome amigo. 
e. A vírgula deve ser abolida, se a intenção é empregar amigo como vocativo. 
 
 
 
 
4 
 
9. Aponte a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas na seguinte frase: “Guri que finta banco, 
escritório, repartição, fila, balcão, pedido de certidão, imposto a pagar”. ( Lourenço Diaféria) 
a) Separar o aposto. 
b) Separar o vocativo 
c) Separar orações coordenadas assindéticas. 
d) Separar a oração subordinada adverbial que antecede a principal. 
e) Separar palavras com a mesma função sintática. 
 
10. Assinale a alternativa em que não há erro de pontuação. 
a) A obscenidade existe e está diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a 
miséria. Tem coisa mais obscena do que a guerra? 
b) A obscenidade existe e está diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a 
miséria. Tem coisa mais obscena, do que a guerra? 
c) A obscenidade existe e está, diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a 
miséria. Tem coisa mais obscena do que a guerra? 
d) A obscenidade existe e está, diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a 
miséria. Tem coisa mais obscena, do que a guerra? 
e) A obscenidade existe, e está diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a 
miséria. Tem coisa mais obscena, do que a guerra? 
 
11. Considere as seguintes afirmações sobre a pontuação das frases a seguir. 
 
I. “As famílias pobres e exploradas buscam sobreviver, na desigualdade, através do trabalho.” (O par de vírgulas 
marca um adjetivo deslocado.) 
II. “Isso acontece [...] em casos de invalidez, acidente, separação, desemprego e doença.” (As vírgulas separam 
termos de mesma função sintática.) 
III. “Estas situações devem ser entendidas não como resultantes de dramas ou histórias isoladas e individuais das 
famílias pobres, mas como parte da história social da exploração”. (A vírgula é empregada por força da 
conjunção adversativa.) 
 
 Está(ao) correta(s): 
 
a. Apenas a afirmativa I. 
b. Apenas a afirmativa II. 
c. Apenas a afirmativa III. 
d. A afirmativa I e a II. 
e. A afirmativa II e a III 
 
12. Na frase “Temos presenciado, neste país, um aumento considerável de loucos”, as vírgulas são empregadas para 
destacar um termo deslocado, como na frase: 
a) O louco nada percebe, nada reclama, nada sente. 
b) Há loucos, de uma loucura mansa, perambulando pelas ruas. 
c) A loucura existe, meus amigos, embora seja difícil de percebê-la. 
d) Deve haver uma saída, isto é, uma solução para o problema da loucura. 
e) Não tem havido, ultimamente, um trabalho social voltado para os loucos. 
 
13. Considere os períodos I, II e III, pontuados de duas maneiras diferentes. 
 
I. Pedro, o gerente do banco ligou e deixou um recado. 
 Pedro, o gerente do banco, ligou e deixou um recado. 
 
II. De repente, perceberam que estavam brigando à toa. 
 De repente perceberam que estavam brigando à toa. 
 
III. Os doces visivelmente deteriorados foram postos na lixeira. 
 Os doces, visivelmente deteriorado, foram postos na lixeira. 
 
 Com a alteração da pontuação, houve mudança de sentido somente em: 
a. I. 
b. II. 
c. I e II. 
d. I e III. 
e. II e III. 
 
5 
 
14. “ A favor da mesma tese, poderíamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e não consegue mudar os 
hábitos do publico.”; a segunda e terceira vírgulas desse segmento: 
a) Destacam um esclarecimento do autor; 
b) Separam o aposto do resto da frase; 
c) Mostram uma alteração na ordem direta dos termos; 
d) Indicam fala do autor com o leitor; 
e) Separam orações. 
 
Máster 2 
1. 
 
 
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a) 
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final. 
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações. 
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos 
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à “mãe”. 
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: PREFÁCIO 
 
São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus 
cânticos de amor. 
É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço. 
Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou, – 
como isso dou a lume essas harmonias. 
São as páginas despedaçadas de um livro não lido... 
E agora que despi a minha musa saudosa dos véus do mistério do meu amor e da minha solidão, agora que ela vai 
seminua e tímida por entre vós, derramar em vossas almas os últimos perfumes de seu coração, ó meus amigos, 
recebei-a no peito, e amai-a como o consolo que foi de uma alma esperançosa, que depunha fé na poesia e no amor 
– esses dois raios luminosos do coração de Deus. 
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 2000. p. 120. 
 
2. No prefácio, a cena enunciativa coloca o autor e o leitor em um mesmo tempo e espaço. Quais elementos 
linguísticos contribuem para esse efeito no diálogo? 
a) As vozes em terceira pessoa e a palavra “primavera”. 
b) Os enunciados negativos e o termo “lira”. 
c) As orações adversativas e o substantivo “poeta”. 
d) Os argumentos explicativos e o adjetivo “pobre”. 
e) As frases imperativas e o advérbio “agora”. 
 
3. Pela primeira vez um filme catarinense concorreu à vaga para representar o Brasil no Oscar. A Antropologa, dirigido 
por Zeca Pires, disputou a vaga com outros quatorze filmes, numa lista que incluiu Tropa de Elite 2, de José Padilha, 
e Bruna Surfistinha, de Marcus Balbini. Zeca Pires considerava suas chances remota, mas avaliava que, ao participar 
da disputa, o filme seria visto por um grupo de profissionais de reconhecida competência, que provavelmente não iriam 
assistir ao longa em outra situação. (...) 
Fonte: Candidatura que vale ouro. Diário Catarinense. Caderno Variedades. 14/08/2011. p. 5 adaptado). 
 
 
 
 
 
6 
 
Com relação ao texto, assinale a alternativa CORRETA. 
a) O adjetivo “remota”, no segundo parágrafo, refere-se ao substantivo “chances”; deveria, portanto, ser usadono 
plural. 
b) Segundo o texto, os filmes A Antropologa, Tropa de Elite 2 e Bruna Surfistinha vão representar o Brasil na disputa 
do Oscar. 
c) O trecho “Zeca Pires considerava suas chances remota” indica que ele acreditava que havia pouca possibilidade de 
seu filme ser escolhido. 
d) No primeiro parágrafo, encontram-se dois numerais ordinais: “primeira” e “quatorze”. 
e) No trecho “o filme seria visto por um grupo de profissionais de reconhecida competência”, ocorrem dois artigos, os 
quais antecedem os dois únicos substantivos do trecho. 
 
4. Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo. 
a) Há muitos anos que a política em Portugal apresenta... 
b) Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder... 
c) ... os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar... 
d) ... são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos... 
e) ... aos quatro cantos de uma sala... 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: 
 
Entrevistador: - O protagonismo do STF dos últimos tempos tem usurpado as funções do Congresso? 
Entrevistado: - Temos uma Constituição muito boa, mas excessivamente detalhista, com um número imenso de 
dispositivos e, por isso, suscetível a fomentar interpretações e toda sorte de litígios. Também temos um sistema de 
jurisdição constitucional, talvez único no mundo, com um rol enorme de agentes e instituições dotadas da prerrogativa 
ou de competência para trazer questões ao Supremo. É um leque considerável de interesses, de visões, que acaba 
causando a intervenção do STF nas mais diversas questões, nas mais diferentes áreas, inclusive dando margem a 
esse tipo de acusação. Nossas decisões não deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, são analisados 
cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma insanidade. 
Veja, 15/06/2011. 
 
5. No trecho “dotadas da prerrogativa ou de competência”, a presença de artigo antes do primeiro substantivo e a sua 
ausência antes do segundo fazem que o sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente, 
a) figurado e próprio. 
b) abstrato e concreto. 
c) específico e genérico. 
d) técnico e comum. 
e) lato e estrito. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
[...] a capoeira, a guardiã do jogo, da 7brincadeira, do 1faz de conta que 8luta, mas joga com 3o outro, que simula um 
9golpe e tira 4o outro para dançar e que tem uma vinculação 5étnica e racial com o percurso e o lugar da 2negritude em 
nosso país, acabou, em algumas 6escolas, ensinada sob o 10controle da 11esportivização, com regras e pontuações. 
 
Fonte: Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, 
Volume 1, 2008, p.231. 
 
6. Qual alternativa apresenta uma análise correta sobre o conteúdo ou a organização linguística do fragmento? 
a) Na linha 1, no contexto em que são usados, os substantivos jogo, brincadeira e faz de conta se opõem para 
evidenciar os contrastes da capoeira como prática escolar. 
b) Os processos de formação de faz de conta (ref. 1) e negritude (ref. 2) são, respectivamente, derivação e composição. 
c) As duas ocorrências de o outro (ref. 3 e 4) servem para fazer referência a um espectador qualquer de um jogo de 
capoeira, indeterminando essa referência. 
d) Sem prejuízo da adequação gramatical, o adjetivo composto étnico-racial poderia substituir a sequência dos dois 
adjetivos empregados na referência 5. 
e) O pronome indefinido que acompanha escolas (ref. 6) evidencia que a crítica feita estende-se às escolas brasileiras 
em geral. 
 
7. Na frase: Do velho sentado num banquinho velho, observa-se: 
a) Nas duas vezes em que a palavra VELHO aparece, tem a função de substantivo. 
b) Nas duas vezes em que a palavra VELHO aparece, tem a função de adjetivo. 
c) Primeiramente, VELHO tem a função de substantivo; depois, tem a função de adjetivo. 
d) Primeiramente, VELHO tem a função de adjetivo; depois, tem a função substantivo. 
e) No texto, nas duas vezes em que a palavra VELHO aparece não assume nem a função de adjetivo, nem de 
substantivo. 
7 
 
8. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros 
que fugiram (...) 
Nesta passagem, levando-se em conta o contexto, a função sintática e o significado, verifica-se que faz-sono é 
a) substantivo. 
b) adjetivo. 
c) verbo. 
d) advérbio. 
e) interjeição. 
 
9. Na frase: “A intensa luta contra a mortalidade infantil...” em relação às palavras que a constituem, temos presente, 
respectivamente, as seguintes classes ou categorias gramaticais: 
a) artigo, substantivo, substantivo, verbo, artigo, substantivo, adjetivo. 
b) artigo, adjetivo, substantivo, preposição, artigo, substantivo, adjetivo. 
c) pronome, adjetivo, substantivo, verbo, artigo, substantivo, adjetivo. 
d) artigo, substantivo, verbo, preposição, artigo, substantivo, adjetivo. 
e) pronome pessoal oblíquo, adjetivo, substantivo. 
 
10. No trecho, “Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto, sem derivativo” (ref.3), o termo sublinhado pode 
ser classificado morfologicamente como 
a) substantivo. 
b) adjetivo. 
c) advérbio. 
d) verbo. 
e) conjunção. 
 
11. Considere o trecho: “Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está 
muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está 
resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”. 
As palavras grifadas são 
a) predicados verbais. 
b) núcleos do sujeito. 
c) substantivos. 
d) advérbios. 
e) adjetivos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
 
8 
 
12. Considerando as frases a seguir: 
I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”. 
II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”. 
a) Na frase II, “tamanho” é um pronome demonstrativo, pois substitui o substantivo “bolsa”. 
b) Na frase II, segundo a norma padrão, é inadequada a concordância de número entre o sujeito e o verbo. 
c) Na frase I, as palavras “nova” e “minha” são, respectivamente, advérbio e pronome. 
d) Na frase I, é inadequada a concordância do pronome possessivo com o substantivo “Luiz Vitão”. 
e) Na frase II, o pronome “seus” faz referência a um terceiro personagem que não aparece na tira. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
VESTIBULAR 
 
Vestibular, aquilo que o Ministério da Educação estuda agora extinguir, é um brasileirismo para algo que em 
Portugal costuma ser chamado de exame de acesso à universidade. Trata-se de um adjetivo que se substantivou, num 
processo semelhante ao que ocorreu com celular, qualificativo de telefone, 2que tenta – e 3na maioria das vezes 
consegue – expulsar a palavra principal de cena sob uma pertinente alegação de redundância, tomando para si o lugar 
de substantivo. Pois o exame vestibular, de tão consagrado no vocabulário de gerações e gerações de estudantes 
brasileiros que perderam o sono por causa dele, acabou conhecido como vestibular só. 1E qualquer associação remota 
com a palavra que está em sua origem – vestíbulo – se perdeu nesse processo. 
4Quando ainda era claramente um adjetivo, ficava mais fácil perceber a metáfora que, com certa dose de pernosticismo, 
levou a palavra vestibular a ser escolhida para qualificar o processo de seleção de candidatos ao ensino superior. 
Vestíbulo (do latim vestibulum) é, na origem, um termo de arquitetura que significa pórtico, alpendre ou pátio externo, 
mas que pode ser usado também, em sentido mais amplo, para designar um átrio, uma antessala, qualquer cômodo 
ou ambiente de passagem entre a porta de entrada e o corpo principal de uma casa, apartamento, palácio ou prédio 
público. Para quem prefere uma solução anglófona,estamos falando de hall ou lobby. 
Como é um ambiente de transição entre o lado de fora e o lado de dentro, vestíbulo ganhou ainda por extensão, em 
anatomia, o sentido de “cavidade que dá acesso a um órgão oco” (Houaiss). Antes de ser admitido no vocabulário da 
educação, “sistema vestibular” já tinha aplicação na linguagem médica como nome dos pequenos órgãos situados na 
entrada do ouvido interno, responsáveis por nosso equilíbrio. 
(Adaptado de: RODRIGUES, S. Vestibular. Disponível em: 
<http://revistadasemana.abril.uol.com.br/edicoes/81/palavradasemana/materia_ palavradasemana_431845.shtml>. 
Acesso em: 6 jun. 2009.) 
 
13. Com relação aos recursos linguísticos utilizados no texto, considere as afirmativas a seguir: 
 
I. Na sentença “E qualquer associação remota com a palavra que está em sua origem – vestíbulo – se perdeu nesse 
processo” (ref. 1), a conjunção “e”, que nesse caso tem valor adversativo, pode ser substituída pela conjunção 
“porém”. 
II. No trecho “que tenta – e na maioria das vezes consegue – expulsar a palavra principal de cena sob uma pertinente 
alegação de redundância” (ref. 2), a palavra “sob” pode ser substituída por “com base em”. 
III. No primeiro parágrafo, a sequência “na maioria das vezes consegue” (ref. 3) pode, facultativamente, ser substituída 
por “na maioria das vezes conseguem”. 
IV. No trecho “Quando ainda era claramente um adjetivo, ficava mais fácil perceber a metáfora” (ref. 4), para introduzir 
uma situação hipotética, pode-se substituir a palavra “quando” por “se” e fazer as devidas alterações verbais. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Hino Nacional 
Carlos Drummond de Andrade 
 
 Precisamos descobrir o Brasil! 
 Escondido atrás das florestas, 
 com a água dos rios no meio, 
 o Brasil está dormindo, coitado. 
05 Precisamos colonizar o Brasil. 
 
 Precisamos educar o Brasil. 
 Compraremos professôres e livros, 
 assimilaremos finas culturas, 
 abriremos 'dancings' e subconvencionaremos as elites. 
10 O que faremos importando francesas 
 muito louras, de pele macia 
 alemãs gordas, russas nostálgicas para 
 'garçonettes' dos restaurantes noturnos. 
 E virão sírias fidelíssimas. 
15 Não convém desprezar as japonêsas... 
 
 Cada brasileiro terá sua casa 
 com fogão e aquecedor elétricos, piscina, 
 salão para conferências científicas. 
 E cuidaremos do Estado Técnico. 
 
20 Precisamos louvar o Brasil. 
 Não é só um país sem igual. 
 Nossas revoluções são bem maiores 
 do que quaisquer outras; nossos erros também. 
 E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões... 
25 os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas... 
 
 Precisamos adorar o Brasil! 
 Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão 
 no pobre coração já cheio de compromissos... 
 se bem que seja difícil compreender o que querem êsses homens, 
30 por que motivo êles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos. 
 
 Precisamos, precisamos esquecer o Brasil! 
 Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado, 
 êle quer repousar de nossos terríveis carinhos. 
 O Brasil não nos quer! Está farto de nós! 
35 Nosso Brasil é o outro mundo. Êste não é o Brasil. 
 Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros? 
 
14. A questão a seguir refere-se ao texto adiante. Analise-a e assinale a alternativa incorreta. 
a) 'fidelíssima'(v.14) é superlativo sintético, seu equivalente analítico é 'muito fiéis'. 
b) 'elétricos'(v.17) está se referindo aos dois substantivos antecedentes, teria o mesmo efeito se usado no singular. 
c) 'inenarráveis'(v.25) significa, originalmente, 'o que não pode ser narrado', pode ser substituído aqui por 'fantástico'. 
d) 'difícil', (v.27) a ideia de superlativo pode ser dada pelo sufixo '-imo', na linguagem erudita, ou pela repetição ('difícil, 
difícil'), na linguagem coloquial. 
e) 'sem igual'(v.21) não tem o mesmo valor semântico de 'ímpar'. 
 
10 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 "Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso 
reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais 
importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, 
com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova 
de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram. 
 Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. 
Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. 
Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o 
quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja. 
 As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é 
impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante 
esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a 
soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida. 
 O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há uma espécie de aura a ser mantida, através do 
essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas 
confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo. 
 Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, 
econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do 
Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição 
inane." 
(Roberto Romano, excerto do texto "Salários de Senadores e legitimidade do Estado", publicado na Folha de 
São Paulo, 17/10/1994, 1º caderno, página 3) 
 
15. Em: 
I - CERTAS instituições encontram sua autoridade na palavra divina. 
II - Instituições CERTAS encontram caminho no mercado financeiro. 
 
As palavras, em destaque, são, no plano morfológico e semântico (significado) 
a) adjetivo em I e substantivo em II, com significado de "algumas" em I e "corretas" em II. 
b) substantivo em I e adjetivo em II, com significado de "muitas" em I e "íntegras" em II. 
c) advérbio em I e II, com significado de "algumas" em I e "algumas" em II. 
d) adjetivos em I e II, com significado de "algumas" em I e "íntegras" em II. 
e) advérbio em I e adjetivo em II, com significado de "poucas" em I e "poucas" em II. 
 
16. Assinale a opção em que se identifica CORRETAMENTE a classe gramatical das palavras destacadas nos trechos 
a seguir: 
a) "projetar a PROVÁVEL tendência futura da VIDA entre os sexos" Substantivos, sendo que o segundo faz parte de 
uma locução adjetiva. 
b) "que teria se iniciado na DÉCADA de 70, impulsionada por dez ANOS de avanço feminino" Advérbios, expressando 
noção de tempo. 
c) "homens QUE incorporaram OUTRAS atitudes" Pronomes, sendo o primeiro classificado como relativo e o segundo 
como indefinido. 
d) "ela reconhece QUE os homens tiveram pouco tempo PARA incorporar as transformações" Conjunções, 
estabelecendo ligação entre as orações. 
e) "SEM rancores, MAS não menos inquieta" Preposições, subordinando um elemento da frase a um outro elemento 
anterior. 
 
17. Em qual das opçõeshá uma análise ERRADA quanto à variação nominal de gênero ou de número? 
a) homem - mulher 
Substantivos que indicam oposição semântica de sexo através de vocábulos distintos. 
b) jornalista - amante 
Substantivos com uma só forma para os dois gêneros. 
c) o rapaz ALEMÃO - a moça ALEMÃ 
Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais. 
d) muito frio - friíssimo 
Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético. 
e) vice-diretor - beija-flor 
Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento. 
 
 
 
 
 
11 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
"... um mal que mata e não se vê". 
"que mal me tirará o que eu não tenho". 
"O homem, mal vem ao mundo, já começa a padecer." 
 
18. Nas três citações, a palavra mal é, pela ordem: substantivo, advérbio e conjunção. Assinalar a alternativa em que 
esta palavra venha convenientemente substituída por equivalentes destas três categorias gramaticais, na mesma 
ordem: 
a) Por castigo dos meus pecados. Fala e escreve erradamente. Logo que você saiu, ele chegou. 
b) A custo conseguiu pronunciar umas poucas palavras. Agiu irregularmente em relação a este processo. Falou de sua 
doença. 
c) Calculou erradamente o resultado da experiência. Assim que se retiraram, desabou o temporal. Riu-se do sofrimento 
que te causou. 
d) Pediu-lhe escusas pelo aborrecimento que lhe trouxe. Tão logo ganhou a rua, foi vítima de atropelamento. Julgou 
injustamente a atitude que tomamos. 
e) Para surpresa nossa, apenas recebeu o pacote, saiu. Está muito doente. Não imaginava que lhe causaria tanto 
prejuízo. 
 
Máster 3 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
"Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei à altura da vida em que tudo de 
bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa 
não ser reacionário. (...) O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só 
quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso 
secundário e a gente tinha de se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem 
diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruibarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. 
(...) Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente pela 
vida afora. (...) Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da 
Universidade Federal da Bahia e me designaram para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de 
professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças 
pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, 
gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta 
(sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o 
plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, 
eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra 'for' tanto podia ser do verbo 'ser' quanto do verbo 'ir'. 
Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser. 
'-Esse for aí, que verbo é esse?' Ele considerou a frase longamente, como se estivesse pedindo que resolvesse a 
quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras, e me encarou sorridente. '-Verbo for' '-Verbo o quê?' '-Verbo for' 
'-Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo'. 'Eu fonho, tu fões, ele fõe' - recitou ele, impávido - 'Nós fomos, vós 
fondes, eles fõem'. (...) Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, 
devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar." 
(João Ubaldo Ribeiro, "O Verbo 'For' ". O ESTADO DE SÃO PAULO, 13/setembro/98) 
 
1. Assinale a alternativa correta: 
a) Há um erro intencional de gramática na seguinte frase "Havia provas escritas e orais", pois, quando significa "existir", 
o verbo "haver" deve concordar com seu sujeito, cujo núcleo é, no presente caso, "provas". 
b) Na frase "tinha só quatro matérias", a palavra em maiúsculo tem o mesmo significado que em: "Eu tinha fama de 
professor carrasco". 
c) O autor invoca o "sentido antigo" do adjetivo "chocante" (aquele ou aquilo que choca, ofende), porque este se opõe 
a um sentido moderno (muitíssimo bom), presente na linguagem coloquial dos jovens. 
d) A frase "a gente tinha de se virar por fora" faz recurso ao registro coloquial da linguagem e, se fosse transposta para 
a norma culta do idioma, seria "a gente virar-se-ia por fora". 
e) Na frase "sendo que esta não constava dos currículos", o pronome destacado tem como antecedente o substantivo 
"matéria" com o qual concorda em gênero e número. 
 
12 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 A expressão "deletar um arquivo de computador" não é mais jargão de quem lida com informática. O termo já 
se tornou uma palavra da língua portuguesa escrita no Brasil. 
 Ele faz parte de um conjunto de cerca de 6.000 novas palavras incluídas na recente edição do "Vocabulário 
Ortográfico da Língua Portuguesa", lançado pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Além de reconhecidas, as novas 
palavras passam a ter uma grafia oficial definida. 
 Agora são aceitas expressões como "deletar um arquivo", "assistir a uma teleconferência" e até "tomar suco 
de acerola", frutinha comum no mercado, mas rara nos dicionários. 
 Também foram incluídos "Internet", "intranet", "scanear", "mouse", "teleducação" e "acessar", entre outros já 
de uso corrente. Eles se somam às 400 mil palavras da primeira edição do vocabulário, de 1982. 
 Diferentemente de um dicionário, que explica o significado de um termo, um vocabulário apenas relaciona 
palavras. Seu objetivo é consolidar a grafia delas (o modo como são escritas), classificá-las segundo o gênero 
(masculino ou feminino) e categoria morfológica (substantivo, adjetivo etc). É também um instrumento normatizador 
oficial, por ser da Academia. (...) 
 Mas, para um termo ser aceito como uma palavra, não basta que ele seja usado por um grupo de pessoas. 
Além da difusão, é preciso que ele substitua outro em determinada área. É o caso de "deletar", explica Antônio José 
Chediak, coordenador da equipe que fez o vocabulário. 
 O mesmo não ocorre com "printar". "Em português, existe a palavra imprimir. Julgamos que o uso de "printar" 
não é amplo o suficiente para incorporá-lo como palavra nova", diz Arnaldo Niskier, presidente da Academia Brasileira 
de Letras. 
 A diferença entre os dois casos é explicada por um limite: a manutenção da identidade de uma língua. "É 
preciso estar aberto à globalização, evitando exageros." 
(FOLHA DE S. PAULO, 10/09/98) 
 
2. "Agora são aceitas expressões como 'deletar um arquivo', 'assistir a uma teleconferência' e até 'tomar suco de 
acerola'..." 
O significado de ATÉ coincide com o do texto anterior em: 
a) Vou até o supermercado fazer compras para o Natal. 
b) Mesmo que você me peça, só esperarei até as 5 horas. 
c) O chefe do departamento até que apreciou nosso relatório. 
d) Queria dançar até sentir os pés dormentes. 
e) Até o dono da escola prestigiou o nosso espetáculo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
1 Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis e com a prática dos deveres, 
inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de 
que se acha rodeada mal abre os olhos à luz. 
2 Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão, fazendo-a crer que é rainha, quando nada 
mais é que a escrava dos vossos caprichos. Nãofaçais dela a mulher da Bíblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se 
melhor do que aquela; nem muito menos a mulher da Idade Média: da qual estamos todas tão distantes que não poder-
nos-ia servir de modelo; mas a mulher que deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à 
regeneração dos povos. 
3 Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira 
da sua vida, devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o berço até seu leito de 
morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das nações; 
dedique-lhe, por último, uma educação como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico 
ascendente do coração; e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e 
providente mãe. 
(FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. (1859) Florianópolis/ Santa Cruz: Ed. Mulheres/ Ed. Da 
UNISC, 1997. p. 115-7.) 
 
3. Assinale a opção em que o termo em destaque não se vincula sintaticamente ao substantivo que o antecede: 
a) "esclarecei seu intelecto COM O ESTUDO DE COISAS ÚTEIS" (par.1) 
b) "Cessai aqueles todos discursos COM OS QUAIS atordoais sua razão" (par.2) 
c) "a mulher DE HOJE EM DIA pode sair-se melhor do que aquela" (par.2) 
d) "quando nada mais é que a escrava DOS VOSSOS CAPRICHOS" (par.2) 
e) "trate-a como uma companheira DA SUA VIDA" (par.3) 
 
4. PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. 
As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente, 
a) locução adverbial - adjetivo - substantivo 
b) advérbio - substantivo - locução adjetiva 
c) locução prepositiva - adjetivo - locução adjetiva 
d) locução prepositiva - adjetivo - locução adverbial 
e) locução adverbial - advérbio - substantivo 
13 
 
 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
1Neste momento, o bordado está pousado em cima do console e o interrompi para escrever, substituindo a tessitura 
dos pontos pela das palavras, o que me parece um exercício bem mais difícil. 
2Os pontos que vou fazendo exigem de mim uma habilidade e um adestramento que já não tenho. 3Esforço-me e vou 
conseguindo vencer minhas deficiências. 4As palavras, porém, são mais difíceis de adestrar e vêm carregadas de uma 
vida que se foi desenrolando dentro e fora de mim, todos esses anos. 5São teimosas, ambíguas e ferem. 6Minha luta 
com elas é uma luta extenuante. 7Assim, nesse momento, enceto duas lutas: com as linhas e com as palavras, mas 
tenho a certeza que, desta vez, estou querendo chegar a um resultado semelhante e descobrir ao fim do bordado e ao 
fim desse texto, algo de delicado, recôndito e imperceptível sobre o meu próprio destino e sobre o destino dos seres 
que me rodeiam. 8Ontem, quando entrei no armarinho para escolher as linhas, vi-me cercada de pessoas com quem 
não convivia há muito tempo, ou convivia muito pouco, de cuja existência tinha esquecido. 9Mulheres de meia-idade 
que compravam lãs para bordar tapeçarias, selecionando animadamente e com grande competência os novelos, 
comparando as cores com os riscos trazidos, contando os pontos na etamine, medindo o tamanho do bastidor. 
10Incorporei-me a elas e comecei a escolher, com grande acuidade, as tonalidades das minhas meadas de linha 
mercerizada. 11Pareciam pequenas abelhas alegres (...), levando a sério as suas tarefas. (...) 12Naquelas mulheres 
havia alguma coisa preservada, sua capacidade de bordar dava-lhes uma dignidade e um aval. 13Não queria que me 
discriminassem, conversei com elas de igual para igual, mostrando-lhes os pontos que minha pequena mão infantil 
executara. 
 (JARDIM, Rachel. O PENHOAR CHINÊS. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.) 
 
5. Assinale a opção que indica de modo correto as classes do "O" respectivamente assinalado em 
"...O bordado...", "...O interrompi..." e "...O que me parece..." (10. período). 
a) Artigo, pronome pessoal reto, artigo. 
b) Artigo, pronome pessoal oblíquo átono, pronome substantivo demonstrativo. 
c) Pronome substantivo demonstrativo, pronome substantivo demonstrativo, artigo. 
d) Pronome adjetivo demonstrativo, pronome pessoal oblíquo átono, pronome substantivo demonstrativo. 
e) Pronome adjetivo demonstrativo, preposição, pronome substantivo interrogativo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
"Não é o homem um mundo pequeno que está dentro do mundo grande, mas é um mundo grande que está dentro do 
pequeno. Baste 1por prova o coração humano, que sendo uma pequena parte do homem, excede na capacidade a 
toda a grandeza do mundo. (...) O mar, com ser um monstro 2indômito, chegando às areias, para; as árvores, onde 3as 
põem, não se mudam; os peixes contentam-se com o mar, as aves com o ar, os outros animais com a terra. Pelo 
contrário, o homem, monstro ou quimera de todos os elementos, em nenhum lugar 4para, com nenhuma fortuna se 
contenta, nenhuma ambição ou apetite o falta: tudo confunde e como é maior que o mundo, não cabe nele". 
 
6. Observe as palavras indicadas no texto: "por" (ref. 1); "indômito" (ref. 2); "as" (ref. 3); "para" (ref. 4). Assinale a 
alternativa que analise corretamente a classe gramatical destas palavras: 
a) verbo - substantivo - pronome - preposição 
b) preposição - substantivo - artigo - verbo 
c) verbo - adjetivo - artigo - verbo 
d) preposição - adjetivo - artigo - preposição 
e) preposição - adjetivo - pronome - verbo 
 
7. Examine as afirmativas a seguir. 
I- Em 'Aproximou-se do grupo que jogava bridge e percebeu que eram seus amigos' ocorre silepse de número ou 
concordância ideológica. 
II- 'Deus, anjo, fada e alma' são substantivos concretos, pois representam entidades que subsistem por si mesmas. 
III- 'Chefe, cônjuge, testemunha e vítima' são substantivos comuns de dois gêneros. 
IV- Em 'O rico quer ficar riquíssimo' ocorreu um superlativo absoluto sintético. 
V- Defectivos são verbos como 'precaver-se' e 'reaver', que não são conjugados em todas as formas; faltam-lhes 
tempo(s) ou pessoa(s). 
 
Estão CORRETAS as afirmativas: 
a) somente I e III 
b) somente II, III e IV 
c) somente I, IV e V 
d) somente I, II, IV e V 
e) somente III e V 
 
14 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: OS CÃES 
 - Lutar. Podes escachá-los ou não; 1o essencial é que lutes. Vida é luta. Vida 2SEM LUTA é um mar morto no 
centro do organismo universal. 
 DAÍ A POUCO demos COM UMA BRIGA 3de cães; fato que AOS OLHOS DE UM HOMEM VULGAR não teria 
valor. Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eram dois. Notou que 4ao pé deles estava um osso, MOTIVO 
DA GUERRA, e não deixou de chamar a minha atenção para a circunstância de que o osso não tinha carne. Um 
simples osso nu. Os cães 1(6)mordiam-se, rosnavam, COM O FUROR NOS OLHOS... Quincas Borba meteu a bengala 
5DEBAIXO DO BRAÇO, e parecia EM ÊXTASE. 
 - Que belo que isto é! dizia ele de quando em quando. 
 Quis arrancá-lo dali, mas não pude; ele estava arraigado AO CHÃO, e só continuou A ANDAR, quando a briga 
2(7)cessou INTEIRAMENTE, e um dos cães, MORDIDO e vencido, foi levar a sua fome A OUTRA PARTE. Notei que 
ficara sinceramente ALEGRE, 6posto contivesse a ALEGRIA, segundo convinha a um grande filósofo. Fez-me observar 
a beleza do espetáculo, relembrou o objeto da luta, concluiu que os cães tinham fome; mas a privação do alimento era 
nada para os efeitos gerais da filosofia. Nem deixou de recordar que em algumas partes do globo o espetáculo é mais 
grandioso: as criaturas humanas é que 3(8)disputam aos cães os ossos e outros manjares menos APETECÍVEIS; luta 
que se complica muito, porque entra em ação a inteligência do homem, com todo o acúmulo de sagacidade que lhe 
deram os séculos etc. 
 
8. Identificadas as classes das palavras retiradas do texto e relacionando a segunda coluna em relação à primeira, 
assinale a sequência correta a seguir: 
(1) adjetivo (2) substantivo (3) verbo (4)pronome (5) advérbio (6) conjunção (7) preposição 
(8) locução adjetiva (9) locução adverbial (10) locução substantiva (11) locução prepositiva 
 
( ) o essencial (referência 1) 
( ) sem luta (referência 2) 
( ) de cães (referência 3) 
( ) ao pé deles (referência 4) 
( ) debaixo do (referência 5) 
( ) posto (referência 6) 
 
a) 1-8-8-9-11-3 
b) 1-9-8-9-7-3 
c) 2-8-8-9-11-6 
d) 2-9-10-10-9-11 
e) 2-8-8-10-9-6 
 
9. Na frase "Dada a atitude de CERTOS estudantes, criticá-los é O que se faz NECESSÁRIO", as palavras em 
destaque são, respectivamente, 
a) pronome relativo - artigo - advérbio. 
b) pronome indefinido - pronome demonstrativo - adjetivo. 
c) pronome demonstrativo - artigo - advérbio. 
d) pronome indefinido - pronome demonstrativo - substantivo. 
e) pronome demonstrativo - artigo - adjetivo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 "Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso 
reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais 
importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, 
com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova 
de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram. 
 Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. 
Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. 
Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o 
quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja. 
 As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é 
impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante 
esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a 
soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida. 
 O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há uma espécie de aura a ser mantida, através do 
essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas 
confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo. 
 Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, 
econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do 
Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição 
inane." 
 
(Roberto Romano, excerto do texto "Salários de Senadores e legitimidade do Estado", publicado na Folha de São 
Paulo, 17/10/1994, 1º caderno, página 3) 
15 
 
10. Em: "A prova de que ela é 'divina', dizia um 'erudito', é que os homens ainda não 'a' destruíram ", as palavras, 
entre aspas, são, no plano morfológico e sintático, respectivamente, 
a) substantivo e complemento nominal, advérbio e objeto direto, artigo e locução adverbial. 
b) adjetivo e predicativo, substantivo e sujeito, pronome e objeto direto. 
c) substantivo e predicativo, adjetivo e objeto direto, pronome e objeto indireto. 
d) adjetivo e complemento nominal, advérbio e aposto, artigo e objeto direto. 
e) substantivo e predicativo, adjetivo e sujeito, artigo e objeto direto. 
 
Máster 4 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Ricos e ricos 
 
Os ricos, como ensinou Scott Fitzgerald, são seres humanos diferentes de você e, provavelmente, de todas as pessoas 
que você conhece mais de perto – eis aí, dizia ele, a primeira coisa realmente importante, talvez a única que é preciso 
aprender com eles. Não pense, nem por um instante, que você possa estar na mesma turma. É possível, sim, conviver 
com gente rica, falar de assuntos comuns, frequentar lugares parecidos. Dá para torcer pelo mesmo time de futebol, 
ter gostos semelhantes ou partilhar desta e daquela ideia. Mas inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, vai ficar claro 
que a aproximação chega só até um certo ponto; a partir daí entra em ação um freio automático, e os ricos deslizam 
de volta para o seu mundo psicológico particular. Fitzgerald sabia do que estava falando. Andou cercado de gente rica 
durante a maior parte de sua vida tumultuada e curta, sobretudo depois que espetaculares sucessos como O Grande 
Gatsby ou Suave é a Noite o transformaram num fenômeno na literatura americana e mundial. 
 
Adaptado de: J.R. Guzzo, Revista Veja, edição 2254, 01/02/2012, pag. 106. 
 
1. Assinale o que for correto quanto à classificação das palavras em destaque nos excertos do texto. 
01) ...a partir daí entra em ação um freio automático, e os ricos deslizam de volta para o seu mundo psicológico 
particular. (adjetivo). 
02) É possível... falar de assuntos comuns... (adjetivo). 
04) ...os ricos deslizam de volta para seu mundo psicológico particular. (adjetivo). 
08) ...os ricos deslizam de volta para seu mundo psicológico particular. (substantivo). 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Meus oito anos 
 
Oh! que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
Que os anos não trazem mais! 
Que amor, que sonhos, que flores, 
Naquelas tardes fagueiras 
À sombra das bananeiras, 
Debaixo dos laranjais! 
(Casimiro de Abreu) 
 
2. No primeiro verso, a palavra “que” antecede o substantivo "saudades". Nesse contexto, ela só pode ser substituída 
por 
a) muita. 
b) quais. 
c) quantas. 
d) bastante. 
e) algumas. 
 
3. Aponte a alternativa que supõe o emprego correto do pronome relativo nestes períodos: 
 
I - O desafio_____me refiro é tão ambicioso quanto os objetivos_____você visa. 
II - As promessas_____ela duvidava não eram piores do que os sonhos_____ela sempre se lembrava. 
III-Já foi terminada a casa______ficaremos alojados, é o lugar_____iremos no começo das férias. 
IV - O desagradável incidente_____você aludiu hoje, à tarde, revela-nos segredos_____nunca tivemos acesso. 
V - Os alunos_____notas estão aqui devem pedir perdão à professora_____desobedeceram. 
a) I- a que, a que, II- que, que, III- onde, aonde, IV- de que, que, V- dos quais, a quem. 
b) I- que, que, II- que, a que, III- aonde, onde, IV- que, de que, V- cujas, que. 
c) I- a que, a que, II- de que, de que, III- onde, aonde, IV - a que, a que, V- cujas, a quem. 
d) I- que, que, II- de que, que, III- aonde, aonde, IV- a que, aos quais, V- dos quais, que. 
e) I- de que, que, II- que, com que, III- aonde, onde, IV- que, a que, V- cujas, a quem. 
16 
 
 4. Leia com atenção as frases a seguir: 
 
1 - Vá depressa, que o Chefe quer falar________. 
2 - Leva ________o guarda- chuva, que o tempo está nublado. 
3 - Informaram -________ que amanhã não haverá expediente. 
4 - Felizmente, poucos são os que se aborrecem perante_________. 
 
As lacunas das frases acima devem ser completadas, respectivamente, pelos pronomes: 
a) contigo - consigo - no - ti e mim. 
b) com você - contigo - lhe - ela e mim. 
c) contigo - contigo - lhe - você e eu. 
d) consigo - contigo - lhe - mim e tu. 
e) consigo - com você - no - ti e você. 
 
5. A LÍNGUA ENVERGONHADA (Adaptação) 
 
 "Antigamente (e, na década da onda nostálgica, o advérbio aqui não deve soar mal), havia um certo interesse 
- natural e provocado pelo sistema de ensino - em conhecer, ao menos por alto, os mestres do idioma vigente no País. 
 (...) 
 Escrevendo, estamo-nos expondo à crítica implacável dos que sabem e oferecendo um exemplo aos que 
sabem menos do que nós. Daí a responsabilidade - maisdo que isso, o dever - de escrever corretamente."(Lago 
Burnett) 
 
Observe que, na coluna 1, são apresentados fragmentos do texto que atendem à norma-padrão, no que se refere à: 
 
1. CONCORDÂNCIA VERBAL 
("... havia um certo interesse ...") 
2. COLOCAÇÃO DO PRONOME OBLÍQUO ÁTONO 
("... estamo-nos expondo ...") 
3. CONCORDÂNCIA NOMINAL 
("... os mestres do idioma vigente ...") 
4. REGÊNCIA 
("... estamo-nos expondo à crítica ...") 
5. ACENTUAÇÃO 
("... e, na década da onda nostálgica ...") 
 
Na coluna 2, identifique a RAZÃO dos desvios gramaticais. Feito isto, estabeleça a correspondência: 
 
( ) Apenas exijo mais amor e menas compreensão. 
( ) O presidente não encontra-se, no momento 
( ) Quando pensamos que ninguém nos vê, somos nós que não vêmos. 
( ) O seminário começa de duas horas. 
( ) Não pode existir muitas pressões sobre nós. 
 
A sequência correta é: 
a) 2, 3, 1, 4 e 5; 
b) 1, 2, 5, 4 e 3; 
c) 3, 2, 5, 4 e 1; 
d) 1, 2, 3, 4 e 5; 
e) 2, 4, 5, 3 e 1. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter 
aquilo que a outros levavam apenas trinta ou cinquenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com 
o cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. 
Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco. 
 
6. "Raimundo gastava duas horas em reter 'aquilo' que a outros levavam apenas trinta ou cinquenta minutos". 
 
Observe o trecho anterior transcrito e assinale a alternativa que apresenta um pronome com classificação e função 
sintática iguais às do pronome entre aspas. 
a) "Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes." 
b) "Vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro." 
c) "O mestre era mais severo com ele do que conosco." 
d) "Reunia a isso um grande medo ao pai." 
e) "Chamava-se Raimundo este pequeno." 
17 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TER CEM ANOS, SER CENTENÁRIA 
 
1 Porto Alegre está ficando assim, quando e onde menos se espera aparece um centenário. [...] 1Bem, 2nós 
sabemos que uma 5cidade centenária é muito mais que uma 10cidade de cem anos, uma cidade onde meramente vivem 
figuras e centenários de cem anos. 4Esta, basta deixá-la6 vagar ao sabor do 8calendário, 7que mal ou bem corre17; 
9aquela, porém, precisa muito mais. Precisa, 3por exemplo, da 12vibração que 14só acomete os dispostos a segurar o 
tempo pelos cabelos e impor-lhe11 um ritmo, para fazer história, consistência, com a matéria-prima trivial, dispersão. 
2 Com seus mais de duzentos anos de existência, Porto Alegre se candidata 15agora à honraria de ser centenária. 
Coisas, ambientes, filhos ilustres, artistas, instituições, ruas porto-alegrenses estão fazendo 13acontecer, 16ao longo 
dos anos, a cidade -18 este silencioso depósito de sucessivas camadas de heroísmo, covardia, ousadia, destempero, 
fracasso, vitórias, esperanças, desinteresses, contrariedades, e desejos, em combinações díspares,19 humanas. 
(Fischer, L.A. TER CEM ANOS, SER CENTENÁRIA. Porto & Vírgula, Porto Alegre, nº. 26 agosto/1994, p.1) 
 
7. Vários pronomes no texto retomam elementos anteriormente referidos. Assinale a alternativa em que a associação 
entre o pronome e o elemento substituído está correta. 
a) esta (ref. 4) - uma cidade centenária (ref. 5) 
b) La (ref. 6) - uma cidade centenária (ref. 5) 
c) que (ref. 7) - calendário (ref. 8) 
d) aquela (ref. 9) - uma cidade de cem anos (ref. 10) 
e) lhe (ref. 11) - vibração (ref. 12) 
 
8. "e sob este teto encontrarás CARINHO". Com pronome no lugar da palavra maiúscula: 
a) e sob este teto encontrarás-a 
b) e sob este teto te encontrarás 
c) e sob este teto lhe encontrarás 
d) e sob este teto encontrará-lo-ás 
e) e sob este teto encontrar-te-ás 
 
9. O item 2 deve ligar as orações do item 1, empregando corretamente um pronome relativo. Assinale a alternativa 
em que isso 'não' ocorre: 
a) 1 - O caminho era longo. O atalho do caminho era perigoso. 
2 - O caminho, cujo atalho era perigoso, era longo. 
b) 1 - O caminho era longo. O atalho do caminho era perigoso. 
2 - Longo era o caminho cujo atalho era perigoso. 
c) 1 - São pessoas necessárias, com o auxílio delas sobreviverei. 
2 - São pessoas necessárias, cujo auxílio sobreviverei. 
d) 1 - Era honorável figura, o presidente. De suas mãos recebi o prêmio. 
2- O presidente, de cujas mãos recebi o prêmio, era honorável figura. 
e) 1 - A árvore era antiga, pelos galhos dela passavam fios telefônicos. 
2 - A árvore, por cujos galhos fios telefônicos passavam, era antiga. 
 
10. Leia as frases a seguir: 
 
'Essa" é a etimologia da palavra. 
 
A pedagogia é o processo através 'do qual' o homem 'se' torna plenamente humano. 
 
Como torná-'lo' assimilável pelas novas 
gerações..." 
 
As palavras entre aspas são, respectivamente, no plano morfológico: 
a) pronome relativo, pronome demonstrativo, conjunção integrante, pronome oblíquo átono. 
b) pronome indefinido, pronome demonstrativo, conjunção condicional, pronome oblíquo tônico. 
c) pronome demonstrativo, pronome relativo, pronome oblíquo átono, pronome oblíquo átono. 
d) pronome demonstrativo, pronome indefinido, pronome oblíquo tônico, pronome oblíquo tônico. 
e) pronome indefinido, pronome relativo, conjunção integrante, pronome oblíquo átono. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 - Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que 
as possui, outra no espírito dos que O ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais 
profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se ELES não 
existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se 
ninguém OS vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais enérgicas, não há espetáculo sem espectador. Um dia, 
estando a cuidar nestas coisas, considerei que, para o fim de alumiar um pouco o entendimento, tinha consumido os 
meus longos anos, e, aliás, nada chegaria a valer sem a existência de outros homens que me vissem e honrassem; 
então cogitei se não haveria um modo de obter o mesmo efeito, poupando tais trabalhos, e esse dia posso agora dizer 
que foi o da regeneração dos homens, pois me deu a doutrina salvadora. (Machado de Assis, O segredo do bonzo) 
 
11. Nos segmentos do texto "o ouvem ou contemplam", "se eles não existissem" e "se ninguém os vir", os pronomes 
O, ELES e OS referem-se, respectivamente, a: 
a) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira. 
b) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens. 
c) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos. 
d) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeira. 
e) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 A questão da descriminalização das drogas se presta a frequentes simplificações de caráter maniqueísta, que 
acabam por estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a discussão quase sempre em torno da 
droga que está mais em evidência. 
 Vários aspectos relacionados ao problema (abuso das chamadas drogas lícitas, como medicamentos, inalação 
de solventes, etc.) ou não são discutidos, ou não merecem a devida atenção. A sociedade parece ser pouco sensível, 
por exemplo, aos problemas do alcoolismo, que representa a primeira causa de internação da população adulta 
masculina em hospitais psiquiátricos. Recente estudo epidemiológico realizado em São Paulo apontou que 8% a 10% 
da população adulta apresentavam problemas de abuso ou dependência de álcool. Por outro lado, a comunidade 
mostra-se extremamente sensível ao uso e abuso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, heroína, etc. 
 Dois grupos mantêmacalorada discussão. O primeiro acredita que somente penalizando traficantes e usuários 
pode-se controlar o problema, atitude essa centrada, evidentemente, em aspectos repressivos. 
 Essa corrente atingiu o seu maior momento logo após o movimento militar de 1964. Seus representantes 
acreditam, por exemplo, que "no fim da linha" usuários fazem sempre um pequeno comércio, o que, no fundo, os 
igualaria aos traficantes, dificultando o papel da Justiça. Como solução, apontam, com frequência, para os 
reconhecidamente muito dependentes, programas extensos a serem desenvolvidos em fazendas de recuperação, 
transformando o tratamento em um programa agrário. 
 Na outra ponta, um grupo "neoliberal" busca uma solução nas regras do mercado. Seus integrantes acreditam 
que, liberando e taxando essas drogas através de impostos, poderiam neutralizar seu comércio, seu uso e seu abuso. 
As experiências dessa natureza em curso em outros países não apresentam resultados animadores. 
 Como uma terceira opção, pode-se olhar a questão considerando diversos ângulos. O usuário eventual não 
necessita de tratamento, deve ser apenas alertado para os riscos. O dependente deve ser tratado, e, para isso, a 
descriminalização do usuário é fundamental, pois facilitaria muito seu pedido de ajuda. O traficante e o produtor devem 
ser penalizados. Quanto ao argumento de que usuários vendem parte do produto: é fruto de desconhecimento de como 
se dão as relações e as trocas entre eles. 
 Duplamente penalizados, pela doença (dependência) e pela lei, os usuários aguardam melhores projetos, que 
cuidem não só dos aspectos legais, mas também dos aspectos de saúde que são inerentes ao problema. 
(Adaptado de Marcos P. T. Ferraz, Folha de São Paulo) 
 
12. A questão da descriminalização das drogas se presta a frequentes simplificações de caráter maniqueísta, "que" 
acabam por estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a discussão quase sempre em torno da 
droga "que" está mais em evidência. 
Os elementos referidos pelos pronomes "que" e "que", entre aspas no texto, são, respectivamente: 
a) caráter maniqueísta - droga 
b) as drogas - a discussão 
c) a questão da descriminalização das drogas - problema extremamente complexo 
d) frequentes simplificações de caráter maniqueísta - a droga 
e) a descriminalização - caráter maniqueísta 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
POESIA AINDA VIAJA PELAS ÁGUAS DO MUNDO 
 
1 Acordei pensando em rios - que dão sempre um toque feminino a qualquer cidade - e me dizendo que o único 
possível defeito do Rio de Janeiro é não ter um rio. Pior ainda, é de ter sufocado o seu rio, exatamente o rio chamado 
Carioca, do vale das Laranjeiras. 
2 Esse rio, hoje secreto, que corre como um malfeitor debaixo de ruas, ninguém, nenhum poeta o cantou melhor 
e mais ternamente do que Alceu Amoroso Lima. 
3 Nascido à beira do Carioca quando o Carioca ainda se fazia ver e ouvir na maior parte do seu breve curso, 
Alceu parece ter guardado a vida inteira o rumor do rio no ouvido. Ele nasceu ali, na Chácara da Casa Azul. 
4 Quando o Rio completou 400 anos, em 1965, Alceu escreveu para Aparência do Rio de Janeiro, de Gastão 
Cruls, então reeditado pelo José Olympio, um artigo que é um verdadeiro poema em prosa, chamado "O Nosso 
Carioca". 
5 Começa assim: "Muito antes de existir o Rio de Janeiro, hoje quatrocentão, existia o rio Carioca. Aquele ficou 
sendo rio por engano. O Carioca, esse já o era, havia séculos. Talvez por isso a contradança das coisas humanas fez 
do que não era rio um Rio para sempre, e do que o era de fato, ao nascer o outro, uma reles galeria de águas pluviais, 
quando o falso rio completa o seu quarto centenário. 'Das Caboclas' era também seu nome". 
6 " 'Carioca', que nos dizem significar casa de branco, e outros, com mais probabilidade, casa de pedra, foi o 
nome dado em virtude do depósito de pipas de água fresca (...) para a aguada das caravelas e dos bergantins. 'Das 
Caboclas' por outros motivos, menos aquáticos que afrodíticos. O rio acompanhava, descoberto, o vale das Laranjeiras, 
desde a encosta do Corcovado até o Flamengo". 
7 No meio de sua deliciosa evocação, em que diz que cada casa do vale, como a sua, tinha sua ponte sobre o 
rio, e que cada ponte parecia estar sempre sendo atravessada por meninas em flor, Alceu, numa breve e certeira 
observação do grande crítico literário que era, põe o humilde Carioca a fluir entre os grandes rios clássicos e eternos. 
8 Pessoalmente, só vi o Carioca à luz do sol uma vez, por ocasião das terríveis chuvaradas do ano de 1967. 
9 A tromba d'água que descia do Corcovado foi tão persistente e se infiltrou pelo solo tão caudalosa que começou 
de repente a fraturar o próprio leito da rua das Laranjeiras, que afinal se rachou em duas partes. Acho que foi esta a 
única vez que o rejeitado Carioca teve fúria de grande rio. 
10 Eu não conheço o assunto mas arriscaria o palpite de que nenhum país do mundo contém mais água doce do 
que o Brasil. Temos rios descomunais. Só que em geral vadios, desocupados. 
11 Ao contrário do que fizeram a Europa, os Estados Unidos, a antiga União Soviética, que comunicaram e 
intercomunicaram seus rios, montando um tapete rolante de gente e de riquezas, aqui deixamos os rios na 
vagabundagem. 
12 Em termos de literatura, quem quiser sentir o que a operosidade dos europeus tem feito para pôr os rios a 
trabalhar para os homens, basta ler Simenon. Os canais, diques e eclusas estão tão presentes em seus livros quanto 
os desesperados e os criminosos. São romances em que a humanidade sofre e envereda pelos caminhos errados, 
mas as barcaças e navios não se enganam nunca. 
13 Os rios têm leito, rumo, juízo. Os homens que continuem cometendo seus desvarios que eles, ainda que 
subindo e descendo de nível quando necessário, deslizam no maior sossego pelas águas ensinadas. 
14 Enquanto isso nós, no Brasil, olhamos com tédio as correias de transmissão de poderosos rios a rolarem vazias 
entre estradas esburacadas e arquejantes de caminhões. 
15 Só no Brasil o transporte mais caro, o de caminhões, é muito maior que o de vias férreas e fluviais. Com 
exceção do rio Tietê, que é praticamente do tamanho do Reno e que pelo jeito acaba ficando tão navegável e próspero 
quanto o Reno. Obcecado com o interior de São Paulo, o Tietê corre de costas para o mar, para percorrer todo o Estado 
e acabar no Paraná, na bacia do rio da Prata. 
16 O Paraná e o Tietê já estão quase prontos para entrar num romance de Simenon, com seus canais artificiais e 
suas eclusas, e os navios abarrotados de calcário, de soja, de milho, álcool de cana. 
17 De qualquer forma ainda estamos, no Brasil, longe dos meus sonhos, que são 1de um país ativíssimo mas 
silencioso. Desde que li, já faz muito tempo, uma monografia sobre hidrovias e a interligação de nossas bacias 
hidrográficas, fiquei escravo da miragem. 
18 A ideia da monografia, escrita por gente do ramo, do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, era 
nada mais nada menos que a ligação pelas águas de Belém do Pará a Buenos Aires. Um mapa todo aquoso mostrava 
uma grande hidrovia artificial na altura de Cáceres, em Mato Grosso, no rio Paraguai, e mais umas barragens e eclusas 
nas bacias do Prata e do Amazonas. 
19 Pronto! Estava completa a ligação de Belém com Buenos Aires, à bagatela de uns nove mil quilômetros de 
imponderável mas indestrutível estrada. Se o Brasil, do tempo em que eu li a monografia para cá, tivesse gasto menos 
dinheiro em quarteladas, Transamazônicas e Angras, teríamos atado para sempre esse nó de águas amazônicas e 
platinas. 
20 Para um romance nesse cenário, Simenon não dava mais. Seria preciso convocar o Rosa. 
(Antonio Callado - In FOLHA DE SÃO PAULO. 09/04/1994.) 
 
 
 
 
20 
 
13. Analisando o sétimo parágrafo do texto em seus aspectos morfossintáticos, só NÃO encontramos: 
a) que (pronome relativo), com função de adjunto adverbial. 
b) que (conjunção subordinativa integrante) iniciando oração subordinada substantivaobjetiva direta. 
c) que (pronome relativo) com função de predicativo do sujeito 
 
d) por meninas em flor, com função de agente da passiva. 
e) como (advérbio de modo), com função de adjunto adverbial. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: REFLEXIVO 
 
O que não escrevi, calou-me. 
O que não fiz, partiu-me. 
O que não senti, doeu-se. 
O que não vivi, morreu-se. 
O que adiei, adeus-se.(Affonso Romano de Sant'Anna) 
 
14. Assinale a classificação gramatical correta para os vocábulos 'O' e 'se': 
 
"O que adiei, adeus-se" (50. verso) 
a) artigo - pronome reflexivo 
b) pronome pessoal oblíquo - pronome apassivador 
c) pronome pessoal oblíquo - pronome reflexivo 
d) pronome demonstrativo - palavra de realce 
e) pronome demonstrativo - pronome apassivador 
 
15. "Eu não sou o homem que tu PROCURAS, mas desejava VER-TE, ou, quando menos, possuir o TEU retrato." 
 
Se o pronome "tu" fosse substituído por "Vossa Excelência", em lugar das palavras em destaque no trecho transcrito 
teríamos, respectivamente, as seguintes formas: 
a) procurais, ver-vos, vosso. 
b) procura, vê-la, seu. 
c) procura, vê-lo, vosso. 
d) procurais, vê-la, vosso. 
e) procurais, ver-vos, seu. 
 
Máster 5 
 
1. Assinalar a alternativa na qual o pronome pessoal está empregado de forma incorreta: 
a) Estava aqui porque o mandaram visitar esta firma. 
b) Lembrei-lhe de que devia comparecer ao julgamento. 
c) Mandamos-lhe a encomenda pelo correio. 
d) Por esta vez, perdoo-lhe a ausência. 
e) Acuso-o de ambição desmedida. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: OS CÃES 
 - Lutar. Podes escachá-los ou não; 1o essencial é que lutes. Vida é luta. Vida 2SEM LUTA é um mar morto no 
centro do organismo universal. 
 DAÍ A POUCO demos COM UMA BRIGA 3de cães; fato que AOS OLHOS DE UM HOMEM VULGAR não teria 
valor. Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eram dois. Notou que 4ao pé deles estava um osso, MOTIVO 
DA GUERRA, e não deixou de chamar a minha atenção para a circunstância de que o osso não tinha carne. Um 
simples osso nu. Os cães 1(6)mordiam-se, rosnavam, COM O FUROR NOS OLHOS... Quincas Borba meteu a bengala 
5DEBAIXO DO BRAÇO, e parecia EM ÊXTASE. 
 - Que belo que isto é! dizia ele de quando em quando. 
 Quis arrancá-lo dali, mas não pude; ele estava arraigado AO CHÃO, e só continuou A ANDAR, quando a briga 
2(7)cessou INTEIRAMENTE, e um dos cães, MORDIDO e vencido, foi levar a sua fome A OUTRA PARTE. Notei que 
ficara sinceramente ALEGRE, 6posto contivesse a ALEGRIA, segundo convinha a um grande filósofo. Fez-me observar 
a beleza do espetáculo, relembrou o objeto da luta, concluiu que os cães tinham fome; mas a privação do alimento era 
nada para os efeitos gerais da filosofia. Nem deixou de recordar que em algumas partes do globo o espetáculo é mais 
grandioso: as criaturas humanas é que 3(8)disputam aos cães os ossos e outros manjares menos APETECÍVEIS; luta 
que se complica muito, porque entra em ação a inteligência do homem, com todo o acúmulo de sagacidade que lhe 
deram os séculos etc. 
 
 
 
21 
 
2. Com relação aos segmentos do texto em destaque: 
A. "....o essencial é QUE LUTES" 
B. " as criaturas humanas é QUE DISPUTAM AOS CÃES" 
C. " com todo o acúmulo de sagacidade que LHE DERAM" 
 
é correto afirmar que: 
a) são orações substantivas, introduzidas por conjunção integrante. 
b) apenas em "A" e "B" o "que" funciona como conjunção integrante. 
c) apenas em "B" e "C" o "que" funciona como pronome relativo. 
d) apenas em "A" temos oração substantiva. 
e) a palavra "que" funciona respectivamente como conjunção integrante, pronome relativo e pronome relativo. 
 
3. O rapaz QUE O procurou SÓ queria saber seu novo endereço. Os termos em destaque são, respectivamente, 
a) conjunção integrante - pronome pessoal - advérbio. 
b) pronome relativo - pronome pessoal - advérbio. 
c) conjunção integrante - pronome pessoal - adjetivo. 
d) conjunção integrante - artigo - advérbio. 
e) pronome relativo - artigo - adjetivo. 
 
4. No período: "Cada paulistano produz diariamente um quilo de lixo, que na sua totalidade transforma-se em uma 
montanha de 12 mil toneladas..." a palavra QUE e a oração iniciada por ela são, respectivamente: 
a) pronome relativo - oração adverbial; 
b) pronome relativo - oração adjetiva; 
c) conjunção integrante - oração adjetiva; 
d) conjunção integrante - oração substantiva; 
e) pronome relativo - oração adverbial. 
 
5. Destacar a frase em que o pronome relativo está corretamente empregado: 
a) Este é o laboratório em cuja honestidade você pode confiar. 
b) Feliz a nação cujos os filhos temem a Deus. 
c) Vendi aquele sítio maravilhoso, cujo me deixou bastante triste. 
d) Preciso de ajuda, sem a cuja não poderei terminar o trabalho. 
e) Os alunos, cujos pais telefonei, concordaram com o adiamento da viagem. 
 
6. I - " 'O' valor da oração era superfino e muito mais excelso que 'o' das obras terrenas." 
II - "Os quatro algarismos foram crescendo tanto, que encheram 'a' igreja de alto 'a' baixo." 
III - "Vejamos primeiro 'o' que é que 'o' traz aqui." 
IV - "Assim é 'o' homem, assim são 'as' cousas que 'o' cercam." 
V - "Camilo teve medo e (...) começou 'a' rarear 'as' visitas 'à' casa de Vilela." 
Aponte a sequência totalmente correta quanto à classe gramatical das palavras destacadas nas respectivas frases. 
a) I - artigo definido, artigo definido. 
b) II - artigo definido, pronome pessoal oblíquo. 
c) III - pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo. 
d) IV - artigo definido, preposição, pronome pessoal oblíquo. 
e) V - preposição, preposição, contração da preposição com o artigo. 
 
7. Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados", temos: 
a) dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais; 
b) um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos; 
c) dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos; 
d) um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo; 
e) dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos. 
 
8. "Na ata da reunião, registraram-se todas as opiniões dos presentes." 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a classificação da partícula SE, na frase acima. 
a) índice de indeterminação do sujeito 
b) pronome reflexivo (objeto direto) 
c) partícula apassivadora 
d) conjunção subordinativa integrante 
e) palavra de realce 
 
 
 
 
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 Durante este período de depressão contemplativa uma coisa apenas magoava-me: não tinha o ar angélico do 
Ribas, não cantava tão bem como ele. Que faria se morresse, entre os anjos, sem saber cantar? 
 Ribas, quinze anos, era feio, magro, linfático. Boca sem lábios, de velha carpideira, desenhada em angústia - 
a súplica feita boca, a prece perene rasgada em beiços sobre dentes; o queixo fugia-lhe pelo rosto, infinitamente, como 
uma gota de cera pelo fuste de um círio... 
 Mas, quando, na capela, mãos postas ao peito, de joelhos, voltava os olhos para o medalhão azul do teto, que 
sentimento! que doloroso encanto! que piedade! um olhar penetrante, adorador, de enlevo, que subia, que furava o céu 
como a extrema agulha de um templo gótico! 
 E depois cantava as orações com a doçura feminina de uma virgem aos pés de Maria, alto, trêmulo, aéreo, 
como aquele prodígio celeste de garganteio da freira Virgínia em um romance do conselheiro Bastos. 
 Oh! não ser eu angélico como o Ribas! Lembro-me bem de o ver ao banho: tinha as omoplatas magras para 
fora, como duas asas! 
(O ATENEU. Raul Pompéia) 
 
9. ... o queixo fugia-LHE pelo rosto. O pronome em maiúsculo é oblíquo, mas no texto tem o valor de: 
a) possessivo b) demonstrativo c) relativo d) interrogativo e) indefinido 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Os gatos 
 Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança

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