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1 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista Tumores Malignos Cânceres de pele: São os mais prevalentes em nosso país! 1. Carcinoma Basocelular (CBC) Tumor maligno mais comum Comportamento menos agressivo: o - Raramente faz metástase o - Localmente mais agressivo Patogênese: o - Homens > Mulheres o - Caucasianos > negros o - Exposição solar crônica Radiação X, radiação UV, agentes químicos como o arsênio -> Levam a mutação do DNA das células da camada basal Existem algumas variantes clínicas: a. Nodular: Pápula perlácea, com teleangiectasias (arboriformes). Pode evoluir para uma ulceração central com sangramento devido as teleangiectasias. b. Superficial: É difícil diferenciar de outras lesões – Placa eritematosa com leve descamação, mas diferente de lesões benignas, a palpação a lesão é infiltrada (mais grosseira) c. Pigmentado – Faz DD com melanoma d. Esclerodermiforme – Parece uma cicatriz Característica: Muito mal delimitada e. Micronodulares – Tumor que pode criar ninhos a baixo da porção visualizada. E isso leva a recidiva desse tumor. f. Cístico – Subtipo mais raro Síndromes Associadas: 2 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista - Xeroderma pigmentoso: o Alteração no reparo do DNA (enzimas) o Autossômica recessiva o Fotossensibilidade severa o Alterações oculares + neurológicas - Síndrome de Gorlin (= nevoide basocelular) o CBC + tumores neurais + tumores de partes moles o Alterações ósseas, cistos odontogênicos, queratodermia palmoplantar (espessamento) DIAGNÓSTICO DE CBC: Biópsia e AP Biópsia por Shaving: Biópsia por Punch: Retira a lesão como um todo, mas não tão profundo. TRATAMENTO: Idealmente: Operar Margens – 4mm Lesões de risco: Lesões >1cm, pescoço, cabeça, mãos e pés (maior chance de recidiva) Esclerodermiforme ou micronodular Recidivas o Margens maiores (0,5-1cm) ou Cirurgia de Mohs (avaliação histológica é seriado e ao mesmo tempo da retirada cirúrgica) Alternativas: Curetagem + eletrocoagulação Imiquimode (subtipo superficial) Criocirurgia Terapia fotodinâmica (TFD): Curetagem, produto antitumoral e luz para ativar a absorção. Radioterapia 2. Carcinoma Espinocelular (CEC): 2º CA de pele mais prevalente Problema: Invasão local e mais metástases Na dúvida diagnóstica de CBC pigmentado ou Melanoma, nunca realizar biópsia por shaving! 3 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista Fatores Predisponentes: o Exposição solar crônica (UVB): Homens idosos, caucasianos o Radiação ionizante o HPV: 6, 11, 16, 18 Exposição química – arsênio Imunossupressão – Transplantes renais Síndromes genéticas – xeroderma pigmentosos, albinismo, epidermodisplasia verruciforme - QUADRO CLÍNICO: Lesão precursora: Queratose actínica (pápula eritematosa encimada por uma espícula córnea), em áreas fotoexpostas. Ceratósico -> infiltrado -> úlcera (?) FACE > MMSS Em fumantes: lábios também podem ser acometidos Linfonodos também podem ser acometidos nesse caso. Obs: Corno cutâneo – Lesao papular com comprimento maior que a base da lesão. Pode ser causado por uma lesão maligna, mas as vezes sua base pode ser uma verruga viral, ou ceratose seborreica (ambas benignas), além de um CEC. Carcinoma Verrucoso: São mais indolentes com menor risco de metástase: o Tumor de Buschke-Lowenstein (genitálias) o Papilomatose oral florida (acomete a mucose jugal com placas esbranquiçadas e papilomatosas) o Epitelioma cuniculatum – lesão plantar de grandes dimensões, hiperceratósica. Quadro Clínico: - Alto risco: o Lesões em mão ou cabeça e pescoço (orelha e lábio) – SC é muito fino, ou seja, aumenta a chance de ter metástase. o >2 cm ou > 0,6 cm nessas áreas o Bordas mal delimitadas o Crescimento muito rápido o Lesões sobre inflamações crônicas (como a Úlcera de Marjolain) o Imunossuprimidos o Tumor recidivante o Grau de diferenciação histológica alta - BIÓPSIA E AP Os tumores mais agressivos pela histopatologia são: Úlcera de Marjolin é malignização em úlceras crônicas já preexistentes. Então atenção se as características da ulcera mudarem! 4 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista - Subtipo Desmoplásico/acantolítico (aumentar a margem) - Grau de diferenciação de Broders: Grau IV (indiferenciado) - Espessura > 5mm (ou até o SC) o Linfonodo: Palpe as cadeias próximas as lesãos, se necessário – PAAF guiada USG e biópsia. o Estadiamento: TNM - TRATAMENTO: CEC de alto risco ou agressivo: 6mm CEC de baixo risco: 4mm Alternativas: Só se tiver lesão de baixo risco de <2cm de diâmetro: curetagem + eletrocoagulação ou terapia fotodinâmica (TFD) Radioterapia: 2ª escolha se margens comprometidas; Invasão perineural (para complementação do ttmto) 3. Melanoma: Mais agressivo, melanócitos Cutâneo primário: Apareceu e está na pele Secundário: Está na pele mas antes estava na retina, leptomeninges, conduto auditivo e mucosas. Fatores de Risco: o Fototipos I e II o Histórico de queimaduras solares o Nevo atípicos (displásicos, Spitz) e congênitos o Exposição crônica: LMM e MÊS CLÍNICA – Regra do ABCDE + Sinal do “patinho feio” o Assimetria o Bordas o Cores o Diâmetro o Evolução Sinal do patinho feio: Lesão que chama atenção entre os nevos, muito diferente. Obs: Topografia em mulher – MMII Topogragia em homens – Tronco Lentigo Maligno – Face Subtipos do Melanoma: o Melanoma extensivo superficial: Seu crescimento é radial o Melanoma nodular: Tem o crescimento exofítico Queratose seborreica NÃO é precursora de melanoma! Mas é um DD. 5 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista o Lentigo maligno melanoma: Parece uma mancha no rosto do paciente o Melanoma lenitiginoso acral: Acomete principalmente as palmas e plantas dos pacientes, ppt negros. Sinal de Hutchinson o Melanoma amelanocítico: PROBLEMA – Não é escuro, ou seja, confunde. Faz DD com lesões não enegrecidas. - DIAGNÓSTICO: Tem que ser precoce! Pode ter metástase: Pele – próximo aos sítio primário, ganglionar, pele, distante do sítio primário e depois órgãos sólidos (Fígado > Pulmões > Esqueleto > SNC) Biópsia excisional: Margem de 1mm DD – Nevos melanocíticos, CBC pigmentado, queratose seborreica se plana. - BRESLOW = PROGNÓSTICO + IMPORTANTE PARA MELANOMA Índice de Breslow: Margens cirúrgicas, prognóstico é definido por ele. Epiderme até a última célula tumoral. O índice de Breslow mede a espessura da lesão em milímetros, desde a epiderme até as células tumorais mais profundas na pele, excluindo a camada córnea. Quanto mais superficial a lesão na remoção, melhor o prognóstico. - NÍVEIS DE CLARK = Já o Nível de Clark é um sistema baseado na anatomia cutânea. Ou seja: conforme o Melanoma se aprofunda nas camadas da pele (epiderme, derme papilar, derme reticular, tecido subcutâneo), os níveis de Clark aumentam, em uma escala de I a V, sendo que os níveis 1 e 2 têm melhor prognóstico. No entanto, atualmente, o Índice de Breslow vem sendo mais utilizado que o Nível de Clark no estabelecimento de condutas. Linfonodo Sentinela: Quando fazer? o Em pacientes com Breslow >1mm o Breslow <1mm + Clark 4 ou ulceração (?) - Retira-se o linfonodo marcado e envia para o AP 6 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista - Margens para ampliação: Espessura Margem Cirúrgica In situ 0,5-1mm <1mm 1cm 1 a 2 mm 1 a 2 cm >2mm 2cm #IMPORTANTE: Realizar ampliação das margens somente APÓS pesquisa do linfonodo sentinela. Ordem a seguir seguida: 1. AP – Breslow 2. Breslow – LS ou não 3. LS 4. Ampliação da margem - ACOMPANHAMENTO: Estádio I: Exame clínicoe palpação de linfonodos de 3/3 meses no 1º ano. Estádio II: Acompanhamento com raio X de tórax, DHL (1x/ano) Estádio III: Hemograma, função hepática (inclusive DHL), raios X de tórax, TC de tórax e abdome Estádio IV: RNM, SNC, TC de tórax e abdome, PET-scan
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