Buscar

DOENÇAS BACTERIANAS DA PELE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista 
Doenças 
Infectobacterianas 
I. Doenças infectocontagiosas bacterianas agudas: 
a. Infeccoes Superficiais: 
 
- Impetigo: Infecção cutânea + superficial 
Causa: Má higiene – colonização nasal e inguinocrural 
Formas CROSTOSA (vesículas, crostas e secreção melicélica, strepto ou 
stafilo que não produz exotoxina) e bolhosa – mais comum em RN e 
lactentes. A bolha é formada por toxinas que um grupo específico que os 
estafilocócicos fazem. 
 Podem levar a hipersensibidlidade: 
- Síndrome estafilocócica da pele escaldada (SSSS): S. aureus 
(fagogrupo II), exotoxinas -> Ataca a desmogleína 1 (clivagem subcórnea 
= pênfigo foliáceo) -> Exantema generalizado e desprendimento cutâneo 
(sinal de Nikolsy – esfrega a pele do paciente e ela solta). DD: Necrólise 
epidérmica tóxica, mas é na NET é um paciente que vai estar 
clinicamente descompensado. 
Tratamento: Cefalosporinas 1ª geração (oxacilina) + Curativos 
- GNPE 
- Disseminação: otite, sinusite, amigdalite 
- Diagnóstico é clínico e o tratamento – sabonete antisséptico e ATB 
tópicos 
Obs: Casos recorrentes, precisa ser considerada uma descolonização 
 
- Ectima: Lesão única ulcerada, que normalmente acomete os MMII. 
Strepto, stafilo ou pseudômonas. 
- Disseminação – portas de entrada, ppt se imunodeficiência 
- Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (s. pyogenes) 
- Complicações: GN, celulite 
 
 Impetigo 
Bolhoso 
Impetigo 
Crostoso 
Ectima 
Agente s. aureus Streptococus 
s. aureus 
Streptococus 
Clínica Bolhas Pústulas 
Crostosas 
Úlcera 
Local Face Face MMII 
Tratamento Cefalosporinas Penicilina Penicilina 
 
b. Infecções Profundas: 
- Erisipela: Lesão bem delimitada + sintomas sistêmicos, geralmente em 
MMII, ppt em idosos e portadores de DM. 
Strepto hemolítico do tipo A, ppt o pyogenese – Para acontecer depende 
de uma quebra de barreira 
 
Complicações locais: Celulite, abcessos e fasceíte necrotizante 
Complicações sistêmicas: Endocardite e glomerulonefrite 
Tratamento: As penicilinas são a primeira escolha – ideal é que seja IM 
para evitar recorrência, como a penicilina G benzatina. 
 
- Celulite: É mais profunda ainda – fáscia, músculos e tendões 
Feridas operatórias: sítio + comum. Quadro clínico: Eritema e edema, 
MMII. 
 
 
2 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista 
 
PROVA!!! Sítio x agente 
 Cirurgias – streptococcus 
 Feridas abertas/ulceras – staphylococcus 
 Mordeduras de animais – gram neg. e anaeróbios 
 Periorbital em crianças – haemophilus influenzae 
 Face em diabéticos – mucormicose 
 
Continuando a celulite – MMII, quadro clínico é acompanhado de dor, 
pode ser acompanhado de necrose e ulcerações da pele. 
Angina de Ludwig – submandibular. Celulite que veio de um abcesso 
dentário. Quadro grave e pode pressionar as vias aéreas pelo edema, 
deve ser tratado imediatamente. 
Tratamento da celulite: ATB EV (cefalosporinas ou quinolonas) + 
debridamento (se ulcerações) 
 
Como diferenciar lesões de pele em MMII: 
 
Erisipela Celulite Eczema 
Camadas mais 
superficiais da pele 
Estruturas mais 
profundas 
Superficial (é uma 
dermatite) 
Bordas bem 
delimitadas 
Mal delimitadas Eritema + 
descamação bem 
delimitadas 
Dor: Pouca Dor: Intensa Dor: ausente/ 
PRURIDO + 
Recorrência é 
frequente 
Recorrência é rara Recorrência é 
frequente – períodos 
de melhora e piora 
Streptococcus Streptococcus 
s. aureus 
haemophilus sp. 
Insuficiência venosa 
 
II. Doenças infectocontagiosas bacterianas crônicas: 
a. Hanseníase: 
Mycobacterium leprae, BAAR com grande afinidade pelo ser humano. 
Br= 2ª maior prevalência no mundo 
Depende de contato domiciliar 
 Alta contagiosidade 
 Baixa patogenicidade 
HIV e gestação: Não alteram a evolução 
 
Imunologia x Quadro Clínico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Paucibacilar-> 
 
 
 
 
 
 
 
 Multibacilar-> 
 
 
 
- Indeterminado: Mancha clara, mal delimitada, assintomático – Teste de 
sensibilidade, que vai estar alterado, a 1ª que modifica é a sensibilidade 
térmica, depois, dependendo da imunidade, se vai para o polo TH1 ou 
TH2, vai progredir para um dos polos. 
- Tuberculoide: Placas eritematoedematosas, poucas lesões e tem 
características inflamatórias, emolduradas, sofre com as neurites. Na 
intradermoreação = paciente é Mitsuda + com Baciloscopia - e PGL1-. 
 AP: Granuloma sem bactéria 
- Virchowiano: Paciente com amadarose, fácies leonina pele edemaciada 
como um todo (infiltrada por bactérias), lesões nodulares assintomáticas 
(hansenomas), que ocorre em todo tegumento desse indivíduo. 
Principalmente encontradas no pavilhão auricular do paciente). 
Mitsuda - com Baciloscopia + e PGL1 +. 
 AP: Bacilos + Fite-faraco 
 
Indeterminado
Tuberculoide
(TH1 - celular)
Dimorfo
Dimorfo
tuberculoide
Dimorfo
dimorfo
Dimorfo
virchowiano
Virchowiano
(TH2 - humoral)
 
3 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista 
 
 
 
 
 
- Também há a possibilidade de ser feita uma sorologia, que vai 
acompanhar o resultado da baciloscopia, pois o paciente no polo 
virchowiano tem resposta TH2 (Humoral), logo, terá + de Ac. Lembrando 
que há uma defesa mas nesse caso ela é ineficiente. 
 
IMPORTANTE: Para o paciente na forma indeterminada, vai ser variável 
 
Tratamento: É de notificação compulsória 
Doses supervisionadas 1x/mês 
 
Paucibacilares Multibacilares 
6 doses / 1 semestre 12 doses / 1 ano 
Rifampicina 
+ Dapsona 
Rifampicina + 
Dapsona + 
Clofazimina 
 
Obs: O tratamento de crianças difere na dosagem, mas não nas 
medicações! 
 
Estados Reacionais: A maioria dos pacientes com hanseníase vai ter 
reação. 
 
 Paucibacilar – Reação tipo 1: Faz mais reação, o paciente está 
melhorando. Lesões com essas reações são as mesmas. 
 
 Multipacibacilar – Reação tipo 2: Eritemanodoso hansênico – 
Evolui com nódulos. Surgem várias lesões e não há melhora. 
Além disso tem febre, mal estar, artralgia e demanda uma 
atenção especial. 
 
PROVA: Os pacientes que mais sofrem com estados reacionais são os 
diformos, porém as neurites mais intensas ocorrem nos casos 
tuberculoides (“come” a bactéria e parte da estrutura neural). 
 
Tratamento: Reação tipo 1 com neurite. Pode fazer uma conduta 
expectante, se necessário: prednisona 1-2 mg/kg/dia 
 
Reação tipo 2 (ENH) – Talidomida 100-400 mg/dia, não pode fazer pra 
paciente em idade fértil. Nesse caso, faz-se prednisona. 
 
b. Sífilis: Também é chamada de Lues 
Bactéria espiroqueta, chamada Treponema pallidum. 
Coinfecção com HIV – tem uma infecção cavalar (primária junto com 
secundária, ou sec. Com terciaria). 
Contágio: Soluções de continuidade, sendo considerada uma IST 
 
 
 
 Recente: Dentro do 1º ano da infecção 
 Latente: Fase sem manifestação clínica, pode ser precoce: <1 
ano, ou tardia: > 1 ano, pode durar décadas 
 Tardia: Pode levar anos para ocorrer 
 
1. Sífilis primária – Cancro duro: Lesão ulcerada, de fundo limpo, 
assintomática, no local onde ocorreu a contaminação. Pode levar 
a uma adenopatia regional. 2-3 semanas. Obs: Pacientes 
femininas podem apresentar cancro no canal vaginal, fato que 
dificulta o diagnóstico por ser uma lesão indolor! 
2. Sífilis secundária – Roséola sifilítica, quando há grande 
circulação bacteriana. Acomete regiões palmo-plantares. 
Lesóes eritematodescamativas que podem apresentar prurido. 
Condiloma plano também pode acontecer, em regiões de 
mucosas – vaginal, perianal e/ou oral. Alopécia em clareira. 
“Grande imitadora” da dermatologia – Pois pode simular outras 
doenças. Importante prestar atenção na cronologia: Ulcera genital 
-> Lesões no corpo. 
Sintomas sistêmicos (febre, astenia, períodos bem e com piora) 
Baciloscopia = Exame direto em que se faz a uma 
raspagem da lesão cutânea, especificamente para 
a Hanseníase. 
 
4 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista 
+ Adenopatia generalizada.3. Sífilis terciária: 
- Gomas sifilíticas em pele e ossos. 
- Endarterite de grandes vasos (ppt aorto) 
- SNC: Infartos no território vertebrobasilar, meningite, alterações de 
pares cranianos – Pupilas de Argyl-Robertson (mióticas e não 
fotorreagentes) e Tabes dorsalis: Marcha com aumento da base de 
sustentação, olhar dirigido para o solo, elevação súbita e violenta dos 
MMII, recolocação no solo inicialmente dos calcanhares. 
 
Diagnóstico: Pesquisa em campo escuro 
 Sorologias não treponêmicas são sensíveis – VDRL, PRP (para 
acompanhamento) 
 Sorologias treponêmicas são específicas – Teste rápido, FTA-Abs 
(IgM e IgG), TPHA/MHA-TP 
 Screening: Teste rápido, mas confirma com FTA-Abs e TPHA 
 Confirmação e controle de tratamento: VDRL 
 
Infecção – semana 0: 
 FTA-Abs IgM na semana 2 
 Campo escuro + na semana 3 (cancro) 
 FTA-Abs-IgG e teste rápido na semana 4 
 VDRL + na semana 5 
 Sífilis secundária: Semana 9 (todos os anteriores dão +) 
 
Diagnóstico – SNC: 
- Indicações para exame do líquor: Pacientes HIV + 
- Suspeita de sífilis terciária: pupilas alteradas, tabes dorsalis 
- Falha no tratamento ou contraindicação da penicilina (tem chance desse 
paciente não curar). 
- Sinais neurológicos, mesmo sutis (lapsos de memória, déficits de 
atenção). 
 
Tratamento: 
Obs: Após ttmto, quadro que parece alérgico, mas que ocorre devido a 
um quadro inflamatório, devido a uma quadra grande de bactérias – Na 
verdade significa que o paciente está melhorando. 
 
 
 
 
 
Forma clínica Tratamento: 
Sífilis primária Penicilina benzatina (2.400.000), DU 
(1,2m em cada nádega) 
Sífilis secundária recente (<1a) Penicilina benzatina (2.400.000), DU 
(1,2m em cada nádega) 
Sífilis secundária tardia (>1a) Penicilina benzatina, 3 doses semanais 
Sífilis terciária Penicilina benzatina, 3 doses semanais 
Neurossífilis Penicilina cristalina IV, por 14 dias 
Alérgicos Tentativa de dessensibilização ou 
Estearato de eritromicina 
 
Sífilis congênita: 
 Alta transmissão vertical: 70-100% das gestantes com sífilis vão 
passar para o feto. 
 Gestante são grupos de investigação 
 Alta mortalidade neonatal

Outros materiais