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1 Louise M. Michels – ATM24/1 – Patologia II Coração » Doenças cardiovasculares = responsáveis por 1/3 das mortes no ocidente » Independentemente do tipo de doença cardíaca estudada, dependendo da gravidade, resultará em insuficiência; Doenças pulmonares por ex (hipertensão pulmonar); » Fração de ejeção: volume que sai a cada sístole » Valvas: Evitam o refluxo sanguíneo, o mantendo de forma unidirecional. Núcleo fibroso, núcleo esponjoso e camada rica em elastina. » Sistema de condução: Marca passo sinoatrial, nó atrioventricular, feixe de His e fibras de Purkinje. Contração depende de uma condução eficaz » Anel fibroso: Atrasa a condução do impulso nervoso, para que primeiramente os átrios contraiam e depois os ventrículos EFEITO DO ENVELHECIMENTO SOBRE O CORAÇÃO: » Fragilização geral de todo o sistema » Acúmulo de lipofuscina » Maior rigidez das válvulas » Aumento do VE e diminuição do VD » Rigidez da aorta » Praticamente todas as doenças cardiovasculares resultam no aumento cardíaco FISIOPATOLOGIA CARDÍACA: formas como o coração pode adoecer Falência da bomba Obstrução ao fluxo (hipertrofias – redução do espaço da câmara, tumores) Fluxo regurgitante (insuficiência valvar) Fluxo colateral – em situações de cardiopatia congênita (comunicações) Arritmias Ruptura do coração ou de um vaso principal (dissecções ou aneurismas) – choque cardiogênico INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: » Falência da bomba » O coração fica incapaz de bombear o sangue com eficiência para nutrir os tecidos MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO: Mantém a pressão arterial e a perfusão Mecanismo de Frank-Starling: Quanto maior o enchimento cardíaco, maior distensão das fibras musculares, da força de contração dessas fibras, e aumento do débito cardíaco; Ativação dos sistemas neuro-humorais: Principal é a liberação de epinefrina; SRAA (retenção de volume) e liberação do peptídeo natriurético atrial; Alterações na estrutura do miocárdio: Aumento do número de sarcômeros – filamentos contráteis (hipertrofia – aumento do volume das células); o Sobrecarga de pressão → hipertrofia concêntrica; o Sobrecarga de volume → hipertrofia não concêntrica. Angina = Isquemia, não houve morte de cardiomiócitos. Infarto = Há morte de cardiomiócitos. 300 mg de AAS 2 Louise M. Michels – ATM24/1 – Patologia II HIPERTROFIA CARDÍACA: 1º - insuficiência cardíaca com grande hipertrofia ventricular a esquerda (pode ser causado por uma hipertensão mal manejada); as áreas mais pálidas, são áreas de isquemia (não vao causar infarto mas é meio ruim); 2º - coração normal seccionado ao nível dos ventrículos; 3º - Cardiomegalia (pode ser por doença de chagas); vai ter refluxo porque não vai fechar o suficiente → TRANSPLANTE É A SOLUÇÃO; A melhora do quadro é difícil, mas pode ser manejado com o uso de β-Bloqueadores (metoprolol) Junto com a hipertrofia, o sistema de condução elétrica não vai dar conta; Aumento do trabalho por sobrecarga de pressão, de volume ou a sinais tróficos leva a aumento do tamanho dos cardiomiócitos (imagem das células) Alterações moleculares e celulares nos corações hipertrofiados que inicialmente medeiam a função aumentada podem contribuir para o desenvolvimento da insuficiência cardíaca Coração hipertrófico pode ter uma descompensação por isquemia Avaliação da função hepática: bilirrubina, fatores de coagulação, TGO e TGP (integridade); Avaliar infarto → eletrocardiograma, dosagem de enzimas; CONSEQUÊNCIAS: A insuficiência cardíaca é caracterizada por graus variáveis de débito cardíaco e perfusão tecidual reduzidos, e represamento do sangue no sistema venoso de capacitância, o último podendo provocar edema pulmonar, edema periférico ou ambos; INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA: Cardiomegalia Etiologias principais: cardiopatias isquêmicas, HAS, valvopatias e doenças miocárdicas primárias; Os efeitos clínicos são consequências da congestão passiva da circulação pulmonar, estase nas câmaras esquerdas e perfusão tecidual inadequada INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA: A principal etiologia são as pneumopatias (principalmente DPOC) Mais comumente causada por insuficiência cardíaca esquerda A forma isolada é pouco frequente e normalmente ocorre em paciente com doenças pulmonares, sendo denominada cor pulmonale. Imagem: fígado em noz moscada; Pacientes com alterações na caixa torácia (ex pectus escavatum) podem levar aos quadros de insuficiência cardíaca direita); No mundo real, as insuficiências Direita e Esquerda coexistem. Insuficiência da bomba direita = Cava = Sistema Porta = Alteração hepática (micro hemorragias) 3 Louise M. Michels – ATM24/1 – Patologia II CARDIOPATIA CONGÊNITA: » Principal etiologia é idiopática, em segundo, vem as doenças genéticas (como SD) » O grau é variável, algumas podem ser descobertas logo ao nascimento, mas que não precisam de intervenção, pois conforme o crescimento, o problema se resolve; PRINCIPAIS MAL FORMAÇÕES Defeito no septo interventricular (42%) Defeito no septo atrial (10%) Estenose pulmonar e ducto arterioso patente (8%) Tetralogia de Fallot (5%) CLASSIFICAÇÕES: Shunt (direção do sangue) da esquerda para a direita: (Sem obstrução) Aumentam o fluxo sanguíneo pulmonar, inicialmente sem cianose; Aumento da resistência arterial pulmonar; Hipertrofia ventricular direita. Cardiopatia isquêmica, HAS, valvopatias e doenças miocárdicas Defeito no septo interventricular ou interatrial; persistência do canal arterioso; Shunt da direita para a esquerda: (Câmaras iguais + obstrução) TETRALOGIA DE FALLOT Sangue venoso é desviado diretamente para o suprimento arterial; Causam cianose no início da vida (Tetralogia de Fallot = forma mais frequente de cardiopatia congênita cianótica; defeito do septo ventricular, obstrução do fluxo de saída do ventrículo direito e obstrução da válvula pulmonar, hipertrofia ventricular direita e excesso de “cavalgamento” da aorta e hipoxemia Embolia paradoxal, osteoartropatia hipertrófica e policitemia. Hipertrofia do VD Malformações obstrutivas: Estreitamento anormal das câmaras, valvas ou vasos. Coarctação da aorta, estenose ou atresia pulmonar, estenose ou atresia aórtica CARDIOPATIA ISQUÊMICA: » Uma das principais causas de morte no mundo; » Nem toda se manifesta como infarto (que é a forma mais crítica); » 90% dos casos é por diminuição da perfusão coronariana causada por placas de aterosclerose; » Íntima relação com isquemia miocárdica » Síndromes cardíacas: Angina pectoris, IAM, CI crônica com IC e morte súbita cardíaca. OCLUSÃO VASCULAR CRÔNICA: » Uma lesão fixa obstruindo mais de 75% da área transversal vascular define uma doença significativa clinicamente » Vasodilatação coronariana/circulação colateral compensatória torna-se insuficiente. » Normalmente é assintomático – vai causar angina apenas aos médios esforços; 4 Louise M. Michels – ATM24/1 – Patologia II SÍNDROMES CLÍNICAS Angina Pectoris: Ataques paroxísticos e recorrentes de desconforto torácico sub esternal ou precordial, causados por isquemia miocárdica transitória. Não provoca necrose de cardiomiócitos. A isquemia não é suficiente para causar necrose dos cardiomiócitos; Infarto Agudo do Miocárdio: Morte de cardiomiócitos devido a isquemia grave prolongada; o Etiologia: trombose aguda de artéria coronária (placa aterosclerótica) Distribuição da necrose está correlacionada com a localização e com a causa da perfusão reduzida Reestabelecimento do fluxo sanguíneo ao miocárdio isquêmico objetiva salvá-lo e limitá-lo espacialmente. o Sequência: necrose, inflamação aguda e tentativas de reparo o Diagnóstico: Sinais clínicos, ECG e testes laboratoriais Ck-MB; Troponina e Mioglobina o Complicações: Disfunção contrátil, arritmias, rupturas,aneurismas, pericardites, trombos e disfunções papilares. o A parte clara da imagem é fibrose (colágeno) o Há pacientes que desenvolvem infarto de parede posterior → não vai ser uma dor tão intensa como no infarto, mas vai ter sintomas de TGI; o O padrão de perfusão é do Epicárdio para o endocárdio; o – A necrose transmural grave está presente dentro de 6h do início do evento – o A sintomatologia depende do vaso afetado, pode ser atípica; o Exames para identificação do IAM: marca a passagem das proteínas intracelulares para o interstício após a necroses; (TGO e TGP aumentados no sangue periférico por ex; CK-MB e troponina), mioglobina se eleva precocemente, mas não é específica; ECG também identifica; ARRITMIAS: Anormalidades de condução miocárdica podem ser persistentes ou esporádicas e os ritmos alterados podem ser iniciados em qualquer nível do sistema de condução Geralmente ocasionadas por lesões isquêmicas ou fatores hereditários (canalopatias) CARDIOPATIA HIPERTENSIVA: Consequência das demandas aumentadas induzidas ao coração pela hipertensão, causando sobrecarga de pressão e hipertrofia ventricular. A gravidade e duração da condição pode ter resultados clínicos diferentes; CARDIOPATIA VALVAR: Ocorre devido a estenoses (falha na abertura ou calcificação no anel valvar), insuficiência (falha no fechamento) ou as duas juntas. Detecção de sopros e ecocardiograma com Doppler Degeneração valvar por calcificação: As valvas estão sujeitas a altos níveis de estresse mecânico repetitivo, particularmente nos pontos em que as cúspides e os folhetos se dobram Número de contração cardíaca, deformação tecidual, gradientes de pressão transvalvares na fase fechada: Estenose aórtica calcificada 5 Louise M. Michels – ATM24/1 – Patologia II o O tratamento é troca valvar Endocardite infecciosa: Infecção microbiana das valvas ou do endocárdio mural, que leva à formação de vegetações compostas por fragmentos de trombóticos e organismos, associados à destruição dos tecidos subjacentes; o Aspectos clínicos = hemorragias subungueais, nódulos de Osler, manchas de Roth e lesões de Janeway; CARDIOMIOPATIAS: Doenças miocárdicas associadas à disfunção mecânica ou elétrica que geralmente exibem hipertrofia ou dilatação ventricular inadequada Problema no músculo cardíaco Podem ser restritivas ao coração ou podem ser parte de distúrbios sistêmicos Cardiomiopatia hipertrófica: até que se prove o contrário é distúrbio genético, heterogêneo, comum, caracterizado pela redução do volume sistólico devido ao enchimento diastólico deficiente o Distúrbio das proteínas dos sarcômeros o O septo fica muito hipertrofiado (dilatado) e os cardiomiócitos ficam desorganizados; o Músculo não consegue atuar como sincício Cardiomiopatia dilatada: dilatação cardíaca progressiva e disfunção contrátil, geralmente com hipertrofia concomitante; (Doença de Chagas, causas genéticas, uso crônico de álcool, periparto e miocardite); o Elevado grau de extensão o É a forma mais frequente de cardiomiopatia; o Fibrose entre as fibras cardíacas Cardiomiopatia restritiva: diminuição primaria da complacência ventricular com consequente enchimento ventricular deficiente durante a diástole; o Parede muscular não consegue se distender para receber o fluxo que deveria o Pode ser idiopática, ou relacionada com doenças sistêmicas (amiloidose). o Destaques: amiloidose, fibrose endomiocárdica e endomiocardite de Löeffler (eosinofilia); DERRAME PERICÁRDICO: o Acúmulo de líquido de forma aguda (infarto com rompimento de câmara cardíaca) ou crônica o Capaz de causar um tamponamento cardíaco potencialmente fatal PERICARDITES: o Inflamação do pericárdio por infecções, febre reumática, lúpus, IAM, uremia o Formas fibrinosas e serofibrinosas são mais frequentes TUMORES CARDÍACOS: o Bastante incomuns, maioria benignos o Mixomas – iniciou benigna e vai acabar benigna (mucopolissacarídeos), fibromas, lipomas, fibroelastomas papilares (potencial de embolização) e rabdomiomas (morte súbita na infância, projeção p/ ventr.), angiossarcoma (átrio, maligno) o Fibroelastoma papilar: tumor benigno que geralemtne envolve as valvas; pode formar trombos no meio das projeções; o Rabdomioma: tumor primário do coração mais comum na pediatria; o Angiosarcoma: tumor maligno primário mais frequente; o Tumores cardíacos secundários (são as metástases): presentes em cerca de 5% dos pacientes que morrem de câncer. Mais frequentes sítios primários: pulmão, linfonodos, mama, medula óssea e pele (melanoma). Constituem o principal tipo de neoplasia do coração.
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