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TEXTO 3 – “Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo” (Ana Cristina e Marco Antônio) Adolescência - conjugação de transformações biológicas, cognitivas, emocionais e sociais; expectativas sociais recaindo sobre os indivíduos Gravidez na adolescência – experiência indesejada por restringir as possibilidades na busca da formação da identidade · Risco biopsicossocial – gestação de risco + pré-natal precário (biológico) e associação a comportamentos de risco (uso de álcool e drogas) · Gestação não incluída na experiência normativa · Problemas na saúde – pobreza (condições de higiene, alimentação, saneamento, etc) · Termos sociais – pobreza, evasão escolar, desemprego, violência (maus tratos infantis), etc. · Termos psicológicos – vivência de dois fenômenos ao mesmo tempo: adolescência e maternidade · As transformações emocionais e cognitivas características da adolescência podem dificultar o desempenho da jovem como mãe – altas demandas da maternidade e possíveis frustrações – e também podem pôr em risco o desenvolvimento do bebê. Precursores da gravidez na adolescência: Os novos padrões de comportamentos sexuais – · Atividade livre sexual - sexo sobre a ótica do prazer e desvínculo com o fator reprodutor · Falta de medidas contraceptivas adequadas - associadas a falta de discussão sobre corpo/sexualidade/gênero · O não uso de anticoncepcionais NÃO está relacionado à falta de informação – a informação não se traduz em comportamento efetivo, pois usá-lo é “assumir” a atividade sexual Dificuldade da extensão/impacto das consequências dos seus atos Termos afetivos – dificuldades no controle dos impulsos e construção da identidade e a separação dos pais. Obs: crise de dessimbiotização (a gravidez como processo inconsciente) – a jovem é impossibilitada de assumir sua autonomia/identidade por não se separar psicologicamente da mãe e, assim, tenta transferir esse vínculo ao filho tentando manter seu estado emocional fusional. Busca por reconhecimento/concretização de vida – carência afetiva “Natureza” da identidade feminina, poder feminino e construção de uma família – valorização/reconhecimento social (classes desprivilegiadas), busca de um novo estatuto de identidade. Intervenção: Não só informações sobre os métodos contraceptivos, mas também buscar trabalhar as dificuldades e dimensões dos diversos comportamentos que envolvem esse fenômeno.
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